Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 31 de março de 2016

Luan e Ronaldo representam Brasil no CD 'Totalmente Demais Internacional'

Os cantores Luan Santana e Ronaldo Canto e Mello são os dois únicos representantes do Brasil no elenco estrangeiro do CD Totalmente demais Internacional, lançado neste mês de março de 2016 pela gravadora Som Livre. O sul mato-grossense Luan faz dueto bilíngue com o duo norte-americano de música country Florida Georgia Line. O jovem astro sertanejo canta a parte em português de Fica, versão de Stay (Joseph Kelly Moi, John Frederick Young, Christopher Robertson, Jonathan Lawhorn e Benjamin Daniel Wells, 2011), música lançada pela banda norte-americana de rock Black Stone Cherry e regravada um ano depois, em 2012, pela dupla de música country. Já Ronaldo Canto e Mello dá voz ao standard norte-americano I've got you under my skin (Cole Porter, 1936), lançado há 80 anos no filme Born to dance (Estados Unidos, 1936). O CD tem 14 gravações.

Paula Fernandes grava ao vivo show 'Amanhecer' com intervenção de Sandy

Sandy vai fazer participação na gravação ao vivo do show Amanhecer, de Paula Fernandes. O registro ao vivo do show vai ser feito sob a direção de Raoni Carneiro em apresentações agendadas para 15 e 16 de abril deste ano de 2016, no Citibank Hall da cidade de São Paulo (SP). Mas Sandy vai participar somente da apresentação de 15 de abril.  Estão previstas músicas inéditas no roteiro.

Som Livre negocia com Sony a edição da gravação de 'Gigantes do samba II'

Embora o contrato recém-assinado por Alexandre Pires com a gravadora Som Livre seja restrito à discografia solo do cantor e compositor mineiro, a companhia fonográfica negocia paralelamente com a Sony Music a edição, em parceria, da gravação ao vivo de Gigantes do samba II - projeto que junta Pires aos cantores Belo e Luiz Carlos (mais famoso como vocalista do grupo Raça Negra).

Wildner reconta histórias rock, sexo e violência no CD revisionista 'WanClub'

No álbum de caráter revisionista WanClub, apresentado neste mês de março de 2016 em edição distribuída via gravadora Deck neste mês de março de 2016, Wander Wildner reconta histórias de rock, sexo e violência 20 anos após o lançamento do primeiro álbum solo do artista gaúcho, Baladas sangrentas (Fora da Lei, 1996), disco produzido por Tom Capone (1996 - 2004) no qual o cantor e compositor apresentou músicas autorais que se tornaram clássicos do universo underground, como Bebendo vinho (Wander Wildner, 1996) - composição regravada três anos mais tarde pelo grupo Ira! no álbum Isso é amor (Abril Music, 1999) - e Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo (Wander Wilder, 1996). Em WanClub, disco produzido pelo próprio Wildner com recursos obtidos em plataforma de financiamento coletivo, o artista revive inclusive músicas do repertório do grupo gaúcho que o projetou no universo pop nacional na década de 1980, Os Replicantes. O roqueiro rebobina Surfista calhorda (Carlos Gerbase e Heron Heinz) - com arranjo similar à gravação original feita há 30 anos pelos Replicantes no álbum O futuro é vortex (RCA / BMG, 1986) - e Sandina (Jimi Joe, 1987). Gravado no estúdio Dreher, em Porto Alegre (RS), WanClub alinha 14 músicas na edição física em CD e outras seis na edição digital. O repertório adicional da edição digital inclui a única música inédita composta por Wildner para o disco, Colonos em chamas.

quarta-feira, 30 de março de 2016

'Outro sim' é single inicial do álbum de inéditas que Fernanda lança em maio

A IMAGEM DO SOM - A foto de Flavio Zangrandi flagra Fernanda Abreu com Mini Kerti, diretora do clipe de Outro sim, primeiro single do primeiro álbum de músicas inéditas da cantora e compositora carioca em 12 anos. Produzido e gravado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pela Conspiração Filmes, o clipe vai ser lançado simultaneamente com a chegada da música - composta por Fernanda em parceria com Gabriel Moura e Jovi Joviniano - às rádios em 15 de abril de 2016. Já o álbum - intitulado Amor geral - tem lançamento programado para 6 de maio em edição viabilizada através de parceria do selo da artista, Garota Sangue Bom, com a gravadora Sony Music. Clique aqui para saber mais detalhes do repertório (essencialmente) autoral do álbum Amor geral.

Coleção de Marisa Monte inclui regravações de músicas de Caetano e Jobim

Marisa Monte divulgou em teaser audiovisual postado no Instagram a primeira música de Coleção, primeira compilação da artista carioca. Trata-se da regravação de Nu com minha música - canção de Caetano Veloso, lançada pelo compositor em 1981 - feita por Marisa com o hermano Rodrigo Amarante e com o cantor norte-americano Devendra Banhart para o álbum beneficente Red hot + Rio 2 (E1 Entertainment, 2011), lançado há cinco anos. O repertório inclui também a abordagem de Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972) feita há 20 anos por Marisa com o cantor e compositor escocês David Byrne para o primeiro volume do projeto fonográfico Red hot + Rio (Antilles / Verve, 1996). Coleção chega ao mercado fonográfico em abril deste ano de 2016, em edição dos selos Phonomotor e EMI distribuída pela Universal Music. A seleção foge da linha best of.

Álbum de Lucas e Orelha é eficaz e atual sem ir além dos clichês do funk pop

Resenha de álbum
Título: Vamo além
Artista: Lucas e Orelha
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * *

Basta ouvir Hipnotiza (Lucas Arcanjo e Rick Orelha) e Love com você (Lucas Arcanjo e Rick Orelha) - duas das 14 músicas autorais do primeiro álbum da dupla baiana Lucas e Orelha, Vamo além - para perceber que o mix de funk melody, soul, R&B e rap de Lucas Arcanjo e Rick Orelha foi formatado em disco com as batidas e os clichês do funk pop que gera boas cifras e bom público no atual mercado fonográfico. Não por acaso, a produção do álbum foi confiada a Umberto Tavares e a Mãozinha, pilotos de discos de Anitta, Ludmilla e Nego do Borel, entre outras vozes do gênero. Com um toque de reggae, a música Dupla perfeita (Lucas Arcanjo e Rick Orelha) talvez soasse como um funk melody à moda de Claudinho & Buchecha se o disco de Lucas e Orelha estivesse sendo lançado em 1996, ano da ascensão nacional da dupla fluminense. Mas Vamo além chega ao mercado 20 anos depois - embora estivesse previsto para ter sido lançado em novembro de 2015 - e se alinha com o som pop funk em voga neste ano de 2016. Nem poderia ser tão diferente. Criados na periferia de Salvador (BA), Lucas Arcanjo e Rick Orelha formaram a dupla em 2013 - após cantar em igrejas e de trabalharem como backing vocals antes de se conhecerem - e conseguiram atravessar a fronteira baiana com projeção nacional quando participaram da segunda edição do programa Superstar, exibida pela TV Globo em 2015. A vitória na competição musical rendeu à dupla o direito de gravar e lançar álbum pela gravadora Som Livre. Mesmo que a formatação do som de Lucas e Orelha em disco siga a receita da indústria, Vamo além expõe - sobretudo em músicas como Menina nerd (Lucas Arcanjo, Rick Orelha e Luan Vitor) - a habilidade dos jovens cantores e compositores para compor melodias sedutoras de tom popular. Presságio (Lucas Arcanjo, Rick Orelha e Luan Vitor) - primeira música apresentada pela música no reality musical da TV Globo - expõe já na abertura do disco o fraseado soul dos cantores. Na sequência, Preta perfeita (Lucas Arcanjo) - primeira música divulgada na web pela dupla com clipe que ultrapassou sete milhões de visualizações - explicita a influência do R&B no som black pop da dupla. Já o rap está embutido em músicas como Tempo ao tempo (Lucas Arcanjo e Rick Orelha) e, sobretudo, Por que? (Lucas Arcanjo e Rick Orelha). Enfim, Vamo além faz juz ao título se for no sentido de levar Lucas e Orelha para outros cantos e recantos do Brasil, a reboque de uma gravadora de alcance nacional. Musicalmente, a rota seguida é mais curta porque acomoda o som dos meninos no tom atual do mercado, acentuando o clima romântico e por vezes sensual da obra autoral da dupla, ainda que, já perto do fim do disco, Somos do morro (Lucas Arcanjo e Rick Orelha) quebre o clima romântico com letra na qual a dupla brada o orgulho de vir do gueto com sinceridade evidente que a redime dos clichês alinhados nos versos do tema. De todo modo, Vamo além é disco eficaz por trazer o som que a jovem geração pop funk de Lucas e Orelha quer ouvir nos guetos, e fora deles, ignorando o desprezo das elites culturais pelo gênero abraçado pela dupla.

Som Livre anuncia contratação de Alexandre Pires e edição de CD do cantor

Alexandre Pires é o mais novo nome do elenco da Som Livre. A gravadora anunciou a contratação do cantor e compositor mineiro em comunicado que também revelou que o artista lança álbum de gravações inéditas neste ano de 2016, já em edição da Som Livre. Mas nada foi revelado sobre o disco solo do pagodeiro. Aliás, o contrato abrange somente a obra fonográfica solo de Pires e exclui o já previsto registro ao vivo do show da sequência do projeto Gigantes do samba, cuja recém-iniciada turnê internacional junta Alexandre Pires aos cantores Belo e Luiz Carlos. Se concretizada, a edição do DVD e CD ao vivo Gigantes do samba II vai ser lançada através de negociação paralela.

terça-feira, 29 de março de 2016

Brown (re)vitaliza ternuras antigas nos tons amorosos de 'ARTEFIREACCUA'

Resenha de álbum
Título: ARTEFIREACCUA - Incinerando o inferno
Artista: Carlinhos Brown
Gravadora: Candyall Music
Cotação: * * * 1/2

A aparentemente ininterrupta profusão de ideias e sons gerados pela mente efervescente de Carlinhos Brown por vezes embotou o fluxo e o conceito dos álbuns do cantor, compositor e percussionista baiano. Brown nunca pecou pela falta, mas por excessos. Contudo, ARTEFIREACCUA - álbum de músicas inéditas lançado nas plataformas digitais em 25 de março de 2016, por via independente - organiza o movimento e os elementos, guiado pelo sentimento amoroso que pauta as onze composições inéditas e autorais. Brown (re)vitaliza ternuras antigas - mas não velhas - em canções apaixonadas. E o alvo da paixão romantizada pode ser a mulher amada - musa da canção Dois grudados (Carlinhos Brown), na qual o cantor exercita a região aguda da voz em falsete ouvido antes de Arnaldo Antunes recitar em tom grave os versos do poema Repertório de felicidades (Carlinhos Brown) - quanto uma cidade. No caso, a cidade do Rio de Janeiro (RJ), berço da filha caçula do artista, Leila. Em Ruidinho nu (Carlinhos Brown), o baiano inicia a saudação emulando com voz grave e profunda o universo mítico do seminal compositor conterrâneo Dorival Caymmi (1914 - 2008), povoado por mares, ventos e sereias. Só que, quando se espera a ode à Bahia, Ruidinho nu deságua na celebração ao Rio, feita com a adesão do canto de outra filha de Brown, Clara de Holanda, cujo timbre remete ao canto da sereia Marisa Monte, antiga parceira do pai. ARTEFIREACCUA soa menos miscigenado do que discos anteriores de Brown. Ainda assim, os múltiplos elementos da música do artista se harmonizam na produção dirigida pelo próprio Brown com colaborações adicionais de Fernando Deeplick, Mario Adnet e Thiago Pugas. Alocada logo na abertura do álbum, a instrumental  música-título Artefireaccua (Carlinhos Brown) expõe de cara o baticum desse percussionista tribal, de toque tão nacional e ao mesmo tempo tão universal, tão ancestral e ao mesmo tempo tão atual. Brown ignora fronteiras e derruba muros estéticos mundo afora. Afinal, Brown é também o Carlito Marrón do mercado hispânico. E, por isso, soa natural quando ele firma parceria com o compositor espanhol David Bisbal para carnavalizar a felicidade romântica em Dia iluminado. Por isso também, a guitarra árabe tocada pelo tribalista em Pós-guerra (Carlinhos Brown) se harmoniza com as cordas orquestradas por Mario Adnet nesta canção que sonha com a paz. E por falar em sonho, Pra vizinho olhar - música de Brown concluída por Arnaldo Antunes - veio ao baiano durante o sono e se transformou em onírica homenagem aos 50 anos da carreira da cantora baiana Maria Bethânia, filha de Oyá. Detalhe: a música foi lançada na Espanha antes do disco, em versão em castelhano, como trilha de novela local. Composição que acabou virando o subtítulo do álbum, Incinerando o inferno (Carlinhos Brown) alterna peso rocker - alavancado pelo toque da guitarra de Chico Freitas e da marcação da bateria de Miguel Freitas, filhos de Brown - e leveza de canção que acredita no amor como o combustível que dilui o fogo das trevas humanas. Mais festiva, Sambo e beijo (Carlinhos Brown) fala de capoeira enquanto se joga artesanalmente na pista eletrônica com as programações de Thiago Pugas, arranjador da faixa ao lado do próprio Brown. Pugas também ajudou Brown a arranjar Gente singular (Carlinhos Brown), música menos sedutora que celebra o povo da cidade baiana de Cachoeira, terra natal do bisavô de Brown, Augusto Teixeira de Freitas, um dos musos inspiradores de Meia-lua inteira, música que projetou em 1989, na voz de Caetano Veloso, a produção autoral de Brown como compositor. Uma das canções mais inspiradas e fortes do disco, Ocaso é bonita e melodiosa balada arranjada com piano e cordas. Iniciada por Brown, a canção foi concluída pelo compositor carioca Jorge Vercillo com brilho. No fecho do disco, Canção do Lar Natal arremata o tom amoroso do disco ao celebrar o símbolo terreno do amor máximo, Jesus Cristo. A canção é angelical como as vozes do coral do Conservatório de Música Mozart. Com título que combina os quatro elementos fundamentais (ar, terra, fogo e ar), ARTEFIREACCUA é, em síntese, disco de amor, ora expresso com ternura, ora carnavalizado pelo som plural de artista do mundo que parece estar em frequente ebulição criativa.

Diogo faz a gravação ao vivo do show 'Porta-voz da alegria', no Rio, em maio

Diogo Nogueira vai fazer a gravação ao vivo do show Porta-voz da alegria na cidade natal do artista, o Rio de Janeiro (RJ), em apresentação agendada para 25 de maio de 2016 na casa Vivo Rio. O cantor carioca - em foto de Marcos Hermes - está em turnê nacional desde o segundo semestre de 2015 com show baseado no álbum  Porta-voz da alegria (EMI/Universal Music, 2015).

Cancioneiro soberano de Jobim ganha tons lusitanos em álbum de Carminho

Os cancioneiros de dois dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos inspiram e guiam os próximos disco de dois dos maiores cantores portugueses da atualidade. Enquanto António Zambujo vai lançar álbum dedicado à obra de Chico Buarque neste ano de 2016, a cantora Carminho começa a preparar álbum - previsto para 2017 - com músicas do cancioneiro soberano do compositor carioca Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994). Cabe lembrar que foi cantando em dueto uma parceria de Jobim (foto) com Chico, Sabiá, que Carminho e Zambujo ampliaram o número de fãs brasileiros em número feito, em junho de 2013, na 24ª edição do Prêmio da Música Brasileira.

Criolo reedita em maio álbum de estreia, 'Ainda há tempo', lançado em 2006

Em 2006, o rapper paulistano Criolo ainda adotava o nome artístico de Criolo Doido quando lançou o primeiro álbum, Ainda há tempo, arremessado no mercado fonográfico por via independente com minguada tirada de 500 cópias fabricadas com o selo SkyBlue Music. Dez anos depois, alçado ao estrelado no universo pop nacional a partir do lançamento do segundo álbum Nó na orelha (Oloko Records, 2011), o artista relança Ainda há tempo em nova gravação, com outra capa e somente oito das 22 músicas do álbum original. O rapper revitalizou o disco com vários produtores. Promovido por turnê nacional iniciada por Criolo neste mês de abril de 2016, em São Paulo (SP), a versão redux do álbum ganha edição física em CD e chega às plataformas digitais a partir de maio.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Baleiro apresenta a música-título, 'Era domingo', do disco que lança em maio

A música-título do álbum de músicas inéditas que Zeca Baleiro vai lançar em maio deste ano de 2016, Era domingo, chegou hoje, 28 de março de 2016, às programações das rádios que tocam música brasileira. O single com a música Era domingo vai ser lançado nas plataformas digitais em 15 de abril. O guitarrista Tuco Marcondes produziu e arranjou a gravação de Era domingo, música composta por Baleiro há dois anos ao alvorecer de domingo em Fortaleza (CE), na turnê do show Chão de giz, após noite de insônia. "É uma canção sobre luz e sombra, solidão e esperança, ou, trocando em miúdos, sobre a sobrevivência da alma no mundo contemporâneo", conceitua o cantor, compositor e músico maranhense. A gravação foi mixada por Patrick Dillet em Nova York (EUA), cidade onde a faixa também foi masterizada no estúdio Sterling Sound, por Chris Gehringer. Formatado por vários produtores, o álbum  Era domingo  vai ser lançado pela gravadora Som Livre.

EP do Jota Quest com remixes de 'Blecaute' tem Delasam, Sideral e DJ Hum

Já disponibilizado nas plataformas digitais, o EP Blecaute - Remix alinha seis registros inéditos da música apresentada pelo Jota Quest em single lançado na web em 13 de novembro de 2015. Composta por Márcio Buzelin com Rogério Flausino, Wilson Sideral, Nile Rodgers (cujo toque chic da guitarra adorna a gravação original) e Jerry Barnes (produtor e também guitarrista do fonograma original), Blecaute iluminou o oitavo álbum de inéditas do grupo mineiro, Pancadélico (Sony Music, 2015). Inclusive pela adesão da funkeira pop Anitta. No EP, Blecaute é ouvida em cinco remixes que preservam a voz de Anitta e guitarra de Rodgers. Ambos desaparecem somente na versão acústica que fecha o EP, pautada pelo toque do violão e gravada com o cantor e compositor mineiro Wilson Sideral. O Brabo remix inclui o rap do assumido paulistano Rico Dalasam (Brabo é o novo projeto de Rodrigo Gorky, do Bonde do Rolê). Já o Mister Jam radio remix - produzido pelo DJ paulistano Fábio Almeida, o Mister Jam - joga Blecaute na já habitual pista electro-house-pop do DJ. Blecaute também ilumina projeto de deep house no Clubbers e Joy Corporation remix. Joy Corporation é duo mineiro formado pelo produtor e multi-instrumentista Felipe Sabbá com o DJ Guilherme Xac. Luminoso, EP apresenta também o DJ Hum remix e o Deeplick remix de  Blecaute.

Ex-Sempre Livre, Márcia Nascimento anexa 'Oito temas +' à discografia solo

No momento em que Dulce Quental volta ao mercado fonográfico com a edição de álbum com gravações inéditas de 1994, Márcia Nascimento - companheira de Quental na formação original do grupo carioca Sempre Livre, quinteto feminino surgido na década de 1980 - se prepara para lançar o segundo álbum solo autoral. O disco da cantora, compositora, guitarrista e violonista se chama Oito temas + e tem sonoridade calcada no violão de Márcia, autora das oito músicas do disco, todas dedicadas a pessoas especiais na vida da artista, caso de Lucina, reverenciada com Um tema para Lucina. Outra música do disco (capa à direita) é Um tema para Nana. Luhli, Lucina, Gabriel Thomaz, Mary Fê, Júlia Borges, Isidoro Kutno e Flávia Torga integram o time de convidados do álbum. Gravado entre a primavera de 2014 e o verão deste ano de 2016, Oito temas + chegará às plataformas digitais e ganhará edição física em CD no fim de abril.

Assis Medeiros busca versos e sons cortantes em 'Lamina', terceiro CD solo

Cantor, compositor e produtor musical nascido em Pernambuco e atualmente radicado em Brasília (DF), cidade onde produziu (com Fernando Rodrigues) e gravou o álbum Lamina no próprio estúdio Ponto sem Nó, Assis Medeiros parece ter buscado sons e versos cortantes neste terceiro disco solo. Recém-lançado por via independente, Lamina apresenta 14 músicas de autoria do artista, sendo doze de lavra solitária. As exceções são o blues Aviso e a árida Sombra seca (faixa com mais sons do que versos), parcerias de Assis com o poeta maranhense Celso Borges e com Marco Guedes (um dos músicos e arranjadores do disco), respectivamente. O toque cortante de Lamina fica por conta dos solos de guitarras que pontuam faixas como Agora. Contudo, Lamina afia também nos versos ácidos de Tudo é pop, faixa que ironiza o atual estágio da indústria da música pop. Ironicamente, Assis também flerta com o pop em Um pouco de sol e, em tom intencionalmente kitsch, envereda pelo brega em Fogo, tema sensual de versos inflamados.  Com quase uma hora, o álbum soa longo.

domingo, 27 de março de 2016

Paranaense de 15 anos vence 'The Voice Kids', que gera DVD e CD em maio

Cantor e músico paranaense de 15 anos, nascido em São Martinho (PR) e criado em Ilha Floresta (PR), Wagner Barreto é o vencedor da primeira temporada do programa The Voice Brasil - Kids, encerrada na tarde de hoje, 27 de março de 2016. Com a vitória, Wagner Barreto - em foto de Isabella Pinheiro, do site GShow - vai fazer e lançar álbum via Universal Music, gravadora que edita no mercado fonográfico, em maio, CD e DVD com o registro das batalhas disputadas pelos times do programa que emocionou o Brasil e subiu a audiência da TV Globo no início das tardes de domingo.

Gravação feita por Marisa para CD solo de Dadi é revivida em trilha de novela

Acalanto gravado por Marisa Monte com Dadi para o primeiro álbum solo do compositor e músico carioca (Dadi, lançado em 2005 no Japão e em 2007 no Brasil), Da aurora até o luar - canção feita por Dadi em parceria com Arnaldo Antunes - tem o registro revitalizado pela cantora. Feita por Marisa em atmosfera lúdica com adesão da voz de Dadi, a gravação da música Da aurora até o luar integra a trilha sonora da novela Velho Chico, mas não está no repertório da primeira coletânea da cantora. Intitulada Coleção, a compilação de Marisa - em foto de Leo Aversa postada na página da artista no Facebook - vai ser lançada em abril deste ano de 2016 em edição dos selos Phonomotor e EMI distribuída pela gravadora Universal Music. A gravação da música é pouco conhecida no Brasil.

Primeira gravação ao vivo de Iorc vai ser feita em 28 e 29 de abril, em Belém

Exposta na página de Tiago Iorc no Facebook, a foto revela a data e o local da primeira gravação ao vivo da discografia do artista de origem brasiliense. O cantor, compositor e músico vai gravar as apresentações da turnê Troco likes agendadas para 28 e 29 de abril deste ano de 2016 na Estação Gasômetro. A gravação vai originar o CD e DVD Troco likes ao vivo, previstos para serem lançados este ano pelo selo Slap. Roteiro inclui as três músicas do EP Sigo de volta (Slap / Som Livre, 2016).

Gravado por Gadú, André Carvalho lança o segundo álbum autoral, 'Distraído'

Compositor carioca que tem músicas gravadas por cantoras como Jussara Silveira, Maria Gadú e Marisa Monte, André Carvalho - em foto de Daryan Dornelles - se prepara para lançar o segundo álbum neste primeiro semestre de 2016. O sucessor de Tempo do tanto (Independente, 2010), lançado há seis anos, se chama Distraído. Gravado, mixado e masterizado por Daniel Carvalho, o álbum traz no repertório autoral músicas inéditas em disco como Euem - parceria de André Carvalho com o instrumentista Pedro Dantas - e a composição-título Distraído, de autoria somente de Carvalho.

sábado, 26 de março de 2016

Ator que viveu Tim no cinema, Babu prepara EP com Cabeças de Água Viva

Ator que ganhou projeção nacional no universo pop em 2014 ao interpretar o cantor e compositor carioca Tim Maia (1942-1998) na fase adulta, em cinebiografia sobre o Síndico filmada sob direção de Mauro Lima, o carioca Babu Santana vai se lançar oficialmente como cantor neste ano de 2016. O artista - em foto de Jeff Porto - está à frente da banda Babu Santana e Os Cabeça de Água Viva, com a qual pretende lançar EP este ano com repertório inspirado pela música black brasileira.

Álbum 'Vida é arte' comprova que nem tudo é arte na vida de Jorge Vercillo...

Resenha de álbum
Título: Vida é arte
Artista: Jorge Vercillo
Gravadora: Edição independente do artista Radar Records
Cotação: * * 

Lançado nas plataformas digitais em dezembro de 2015 e em edição física em CD (distribuída via Radar Records) neste primeiro trimestre de 2016, Vida é arte em nada vai alterar o status de Jorge Vercillo no mercado fonográfico. O cantor, compositor e músico carioca completa 22 anos de carreira fonográfica em 2016 com obra já desgastada, alvo de piadas na web por ter remetido de início ao cancioneiro de Djavan. Precedido por seis singles jogados por Vercillo na web ao longo de 2015 no projeto Extra-físicoVida é arte - 14º álbum da discografia do artista e o décimo álbum solo gravado pelo cantor em estúdio - expõe vícios, virtudes e a diversidade que vem pautando o cancioneiro do compositor. Diversidade que, no caso de Vida é arte, está longe de ser virtude, pois o disco deixa a impressão de que Vercillo atira em vários alvos sem acertar a maioria. A rigor, para quem adora rotulá-lo como o genérico de Djavan, há apenas uma canção que remete - ainda assim, de longe - às levadas da obra do compositor alagoano. É Permissão, música composta por Vercillo com letra de Dudu Falcão. A faixa que mais se encaixa na moldura popular radiofônica é Pra valer (Jorge Vercillo), música com jeito de hit feita - essa, sim - à imagem e semelhança do pop solar do compositor carioca Lulu Santos. Vercillo brilha mais como compositor quando se parece com... ele mesmo. De belo contorno harmônico, a canção-título Vida é arte sobressai na irregular safra autoral do disco. Trata-se de canção de amor que correlaciona a paixão à arte da pintura com abordagem do tema mais luminosa do que a feita na música Acontecência (Jorge Vercillo e Junior Meirelles), de versos (bem) mais triviais. Vida é arte, o álbum, toca também em assuntos transcendentais em músicas como Cegueira da visão - canção feita pelo norte-americano Patrick Leonard com base em letra escrita por Vercillo sobre os limites do mundo material - e Luzes que se movem pelo céu, parceria de Vercillo com Flávio Venturini que versa sobre ovnis. Esta canção é bonita, mesmo sem chegar ao céu atingido por Fênix (2003), primeira e mais inspirada música assinada conjuntamente pelos compositores. Entre canção pop que se banha na praia do reggae (Talismã sem par, composta por Vercillo sem parceiros) e pálida incursão pelo universo nordestino do baião (em Amparados, parceria de Vercillo com o baiano Jota Velloso), o cantor tropeça ao subir o morro na cadência pouco sedutora do samba-funk Silêncio na favela (Jorge Vercillo), no qual o cantor alinha clichês sobre as comunidades com a adesão da voz e do baticum do baiano Carlinhos Brown. Em clima mais íntimo, o anfitrião esboça clima jazzy com a cantora e compositora carioca Luana Mallet, coautora e convidada da canção Quem. Já Noite dos jangadeiros - outra parceria de Vercillo com o compositor baiano Jota Velloso - soa como simulacro ao se jogar no mar desbravado por Dorival Caymmi (1914 - 2008) a partir da década de 1930. Melhor faz Vercillo ao regravar Pode ser, canção de lavra própria desde 2002 ouvida somente na voz do cantor Pedro Mariano. No todo, o álbum Vida é arte reitera a sensação - corroborada por Desafio (Beto Dourah e Jorge Vercillo) - de que o artista já apresentou safras autorais mais uniformes e inspiradas. Tivesse sido formatado como EP de seis músicas, o disco obteria resultado mais harmonioso, pois nem tudo é arte na vida.

'Fractal', CD solo de Luis do Monte, tem voz de Chico e escaleta de Hermeto

Filho do compositor, arranjador e multi-instrumentista pernambucano Heraldo do Monte, Luis do Monte seguiu os passos musicais do pai. Radicado na cidade de São Vicente (SP), o compositor e multi-instrumentista paulistano toca guitarra, baixo, cavaquinho, caxixi, violão e trompete no primeiro álbum solo, Fractal, lançado pela gravadora Biscoito Fino neste mês de março de 2016. Em Fractal, Luis alinha temas da obra autoral - Cabra safado, Choro de gaveta, Paternal, Sadao San, Sonho lídio e Velho pescador - entre composições do pai Heraldo do Monte, autor da música inédita Francisco e de Pablo (1993), duas das 13 composições de Fractal. Álbum basicamente instrumental, Fractal tem a voz de Chico César em Procura. O cantor paraibano dá voz aos versos escritos pelo poeta Lysias Enio (parceiro de João Donato) sobre a melodia de Luis do Monte. O músico e compositor alagoano Hermeto Pascoal faz solo de escaleta em Candango (1987), tema da própria lavra. O repertório de Fractal abrange o choro Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957).

Show de Bruno & Marrone e Chitãozinho & Xororó é capturado ao vivo em SP

Em turnê pelo Brasil desde 2015, o show de Bruno & Marrone com Chitãozinho & Xororó vai ser gravado ao vivo em abril deste ano de 2016. Originado de apresentação conjunta improvisada pelas duplas sertanejas em Barretos (SP) em 2013, o show vai ser registrado na minitemporada agendada para 1º e 2 de abril, no Espaço das Américas, casa da cidade de São Paulo (SP) habituada a abrigar shows populares. A intenção da gravação é gerar DVD e CD ao vivo previstos para serem lançados ainda neste ano de 2016. As duplas - em foto da CDC shows & eventos - reviverão os respectivos hits reunidos na estrada do sertão. Está prevista a adição de música inédita na edição do CD e DVD.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Gurjão estreia solo com inusitado álbum pautado por leveza contemporânea

Resenha de álbum
Título: Ela
Artista: Clara Gurjão
Gravadora: Edição independente da artista
Cotação: * * * 1/2

♪ O currículo musical de Clara Gurjão é tão vasto e diversificado que a cantora, compositora e violonista carioca poderia ter partido para qualquer direção no primeiro álbum solo. Bacharel em MPB pela faculdade fluminense UniRio, Gurjão já foi violonista do grupo de samba Cabide de Molambo, cantora de samba-jazz do Clara Gurjão Trio e integrante do grupo Violeiros Urbanos, além de ter atuado como arranjadora e produtora musical de shows alheios. Mas Ela - o álbum solo que Gurjão lança neste mês de março de 2016 por via independente - situa ela, a artista multifacetada, em segmento pop contemporâneo com ecos da MPB atuante na formação musical da artista. Ela expõe de cara uma compositora promissora, de talento evidenciado no suingue em que cai a música-título Ela - turbinado pelo naipe de metais formado pelo trompete de Diogo Gomes, o sax alto de Emerson Costa, o sax barítono de Rodrigo Revelles e o trombone de Wanderson Cunha - e nas síncopes e alternâncias de tempo que pautam Sempre é pouco. Ela, Sempre é pouco e O mundo é tentador, rapaz (faixa guiada pelo groove) sobressaem na safra autoral que totaliza dez composições inéditas de autoria da artista. Contudo, o álbum extrapola a produção autoral da artista e apresenta duas regravações. A do bonito bolero Como fue - título mais célebre do cancioneiro do compositor espanhol Ernesto Duarte Brito (1922 - 1988), lançado originalmente em 1953 - foge das lembranças óbvias do gênero, reforçando o tom inusitado de Ela. Já Muito (Caetano Veloso, 1978) ressurge nos tons contemporâneos de Danilo Andrade (teclados e arranjo vocal), Kassin (baixo e guitarra fuzz), Marcelo Costa (bateria), Maurício Pacheco (guitarra) e Stéphane San Juan (percussão) - músicos que formam a banda.arregimentada para o disco. No caso de Muito, há a adesão de Gabriel Mayall, o Bubu, piloto de uma das guitarras da faixa. Entre um samba lento (Armadilha) e uma Canção lisboeta (sem a atmosfera lusitana pretendida pela artista), Gurjão soa mais original quando descortina a hipocrisia social em Pequenos segredos, ácida música gravada com a adesão da cantora Silvia Machete e com picardia na voz e no arranjo que destaca o piano e os metais em estilo ragtime. A voz da cantora, a propósito, soa leve neste disco (bem) produzido pela própria Clara Gurjão com Danilo Andrade, Kassin e Marcelo Costa. A sonoridade dos produtores valoriza o repertório de Ela, disco que, tivesse sido formatado por outras mãos e cérebros, talvez perdesse a leveza contemporânea porque, em essência, há intensidade até kitsch nos versos de músicas como Rendição e Leonino. Enfim, Clara Gurjão deixa boa impressão no CD por não se parecer com ninguém, sobretudo como compositora.

Vanguart vai lançar em abril o segundo DVD, gravado em São Paulo em 2015

Grupo indie de Cuiabá (MT) cujo inspirado repertório gira em torno das produções autorais dos cantores, compositores e músicos Hélio Flanders e Reginaldo Lincoln, Vanguart vai lançar o segundo DVD, Muito mais que o amor ao vivo, em abril deste ano de 2016, em edição da gravadora Deck. Sete anos após lançar o primeiro DVD, Multishow registro - Vanguart (Universal Music, 2009), o sexteto apresenta ao mercado fonográfico o registro audiovisual do show captado em 19 de julho de 2015 em apresentação da banda no Centro Cultural São Paulo. Dirigido por Ricardo Spencer, o DVD exibe show que alinha 19 músicas no roteiro baseado no terceiro álbum do Vanguart, Muito mais que o amor (Deck, 2013). O grupo já vem dando prévias da gravação ao vivo através da disponibilização de vídeos de músicas como Se tiver que ser na bala, vai (Hélio Flanders, 2011), Pra onde eu devo ir? (Reginaldo Lincoln e Hélio Flanders, 2013) e Demorou pra ser (Hélio Flanders e Reginaldo Lincoln, 2013). Música do primeiro álbum do grupo, Vanguart (Independente, 2007), Cachaça figura no roteiro do show de atmosfera íntima capturado pela banda para o segundo DVD.

Gravação ao vivo em SP festeja 70 anos de vida e 50 de carreira de Toquinho

Em cena desde 1966, Toquinho celebra 50 anos de carreira já perto de fazer 70 anos de vida, a serem completados em 6 de julho deste ano de 2016. As duas efemérides - sobretudo a profissional - motivaram a gravação ao vivo de show de caráter retrospectivo, na cidade de São Paulo (SP). para edição de CD e DVD. A gravação acontece hoje, 25 de março de 2016, no Teatro WTC, situado no Complexo World Trade Center São Paulo. No show, cujo roteiro foi estruturado em blocos temáticos, o cantor, compositor e violonista paulistano vai receber convidados como Ivan Lins, Paulo Ricardo - com quem Toquinho já gravou disco dedicado à parceria firmada com Vinicius de Moraes (1913 - 1980) ao longo da década de 1970 - e Tiê. Estão previstos no roteiro sucessos como O caderno (Toquinho e Mutinho, 1983), Que maravilha (Jorge Ben Jor e Toquinho, 1969) e Regra três (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1971), Além do show, o DVD vai exibir números captados em outros cenários. Toquinho e João Bosco cantam Tarde em Itapoã (Toquinho e Vinicius de Moraes, 1971). Já a pianista Eliane Elias figura em gravação do Samba de Orly (Toquinho, Chico Buarque e Vinicius de Moraes, 1971) feita para o DVD, previsto para ser lançado neste ano de 2016.

Com quatro músicas, sendo duas (de fato) inéditas, Joelma lança EP na web

Antecedendo o primeiro álbum solo de Joelma, o EP lançado pela cantora paraense - disponível nas plataformas digitais desde ontem, 24 de março de 2016 - apresenta quatro músicas. Duas - Se vira aí e A página virou - são de fato inéditas. As outras duas - Não teve amor e Ai, coração - já tinham sido previamente apresentadas pela artista na web. Intitulado Joelma, assim como o EP, o primeiro álbum solo da ex-vocalista da Banda Calypso vai ser lançado em abril com distribuição da Universal Music. No embalo da expectativa pelo álbum, o EP está entre os mais vendidos do iTunes.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Coqueiro Verde lança gravação ao vivo do show em que Elza 'chora' Lupicínio

Caberá a gravadora carioca Coqueiro Verde Records distribuir no mercado fonográfico brasileiro Elza canta e chora Lupi, registro audiovisual do show em que Elza Soares interpreta a obra do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974). Clique aqui para saber os detalhes da gravação.

DVD 'Rainha dos raios ao vivo' expõe Alice em instante de plenitude artística

Resenha de DVD
Título: Rainha dos raios ao vivo
Artista: Alice Caymmi
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * * *

A edição do primeiro DVD de Alice Caymmi, Rainha dos raios ao vivo, chega ao mercado fonográfico um pouco tardia, neste mês de março de 2016, mas ainda em tempo de perpetuar um instante de plenitude artística da cantora e compositora carioca. A artista já mostrou que honraria o nobre sobrenome no álbum de estreia, Alice Caymmi (Kuarup / Sony Music, 2012). Entre músicas inéditas de safra autoral que vislumbrava o horizonte da MPB, Alice mostrou que criava onda própria ao dar a voz grave a Sargaço mar (Dorival Caymmi, 1985), música do avô-gênio que rendeu clipe exibido na versão mais bem acabada do show Rainha dos raios e rebobinada nos extras do DVD ora lançado e captado em dezembro de 2014 na apresentação do espetáculo no Teatro Itália, na cidade de São Paulo (SP). Até a cantora e compositora islandesa Björk manifestou publicamente a admiração com a abordagem de Unravel (Björk e Guy Sigsworth, 1997) que valorizou o primeiro álbum de Alice. Contudo, foi com a edição do segundo álbum - Rainha dos raios, lançado pela gravadora Joia Moderna, do DJ Zé Pedro, em 15 de setembro de 2014 - que Alice Caymmi cresceu, apareceu e seduziu o universo pop em 2014 com sucesso que se estendeu por 2015. O encontro da artista com o produtor e multi-instrumentista Diogo Strausz - piloto do disco e único músico presente no palco do Teatro Itália - resultou em disco inebriante que evidenciou a forte personalidade de Alice Caymmi como intérprete, expandiu o universo estético-musical da artista (com repertório que ia de MC Marcinho a Caetano Veloso, passando por Alberto Continentino e Domenico Lancellotti, compositores da apoteótica Como vês) e gerou show que teve versão mais convencional até ser remodelado pelo diretor Paulo Borges, ícone da moda paulistana, na primeira incursão pelo mundo da música. O DVD Rainha dos raios ao vivo exibe a versão hi-tech concebida por Borges. Trata-se de impactante espetáculo audiovisual que ampliou o significado das músicas do disco - com base no vídeo-cenário criado por Richard Luiz, diretor do DVD - e acrescentou outras músicas ao repertório de Alice (clique aqui para ler a resenha do show e aqui para ver o roteiro seguido pela cantora nas apresentações do Teatro Itália). Além de criar a cena do espetáculo, Borges se revelou diretor sensível ao refinar a postura da cantora em cena, podando excessos que evidenciaram, na versão anterior do show, a necessidade de um diretor (Alice costumava falar muito e por vezes perdia a noção de timing do show). O que se vê e ouve no DVD Rainha dos raios ao vivo é um show perfeito de uma cantora em momento áureo, valorizado - verdade seja dita - pela produção sofisticada erguida em tempo recorde, somente quatro meses após o telefonema dado por Alice em agosto de 2014 para o DJ Zé Pedro para sondar a viabilidade do álbum Rainha dos raios ser editado pela gravadora Joia Moderna. O disco em si já estava pronto, mas foi a ponte entre Zé Pedro e Paulo Borges que pavimentou a versão mais refinada do show Rainha dos raios ora eternizada no DVD, cujos extras incluem making of e o clipe do samba Falam de mim (Noel Rosa de Oliveira, Éden Silva e Aníbal Silva, 1948) que propaga a gravação lançada pela cantora na web em 9 de fevereiro de 2015. É registro destoante do clima do show, feito já sem a produção fundamental de Diogo Strausz. Clipe por clipe, o da valsa Antes de tudo (Alice Caymmi, 2014) - cujo vídeo também é rebobinado nos extras - está mais em sintonia com o tom impactante do disco e show Rainha dos raios. E o clipe de Homem (Caetano Veloso, 2006) - filmado com travestis e exibido no DVD ao fim do show, como vídeo escondido fora dos extras - corrobora a força e o impacto daquele momento na carreira da artista, que realmente reinou entre o fim de 2014 e o início de 2015. Caberá ao tempo rei mostrar se Alice Caymmi vai se manter rainha no universo pop em álbuns e shows futuros. Ou se o espetáculo exibido em Rainha dos raios ao vivo vai se tornar o instante mais relevante da carreira da artista. Um instante de plenitude deixado para a eternidade.

Música regravada com Zé Manoel é o primeiro single do DVD do Dois em Um

Música composta por Luisão Pereira com Mateus Borba que batizou o segundo álbum do duo baiano Dois em Um, Agora ganha regravação feita pela dupla - formada por Luisão com a cantora e violoncelista carioca Fernanda Monteiro - com a adesão do cantor pernambucano Zé Manoel. O novo registro da música Agora é o primeiro single do primeiro DVD do duo, Ao Vivo no Museu do Recôncavo Wanderley Pinho. A participação de Zé Manoel na regravação de Agora é simbólica pelo fato de  a música ter sido composta com inspiração nas cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Luisão é baiano de Juazeiro. Zé nasceu em Petrolina. O fonograma já está disponível para audição e/ou download gratuito no portal Natura musical. O DVD vai sair neste primeiro semestre de 2016.

EP que sintoniza Sandra de Sá com mercado atual ganha edição física em CD

EP com sete músicas, lançado por Sandra de Sá nas plataformas digitais em 15 de janeiro deste ano de 2016, Lado B ganha edição física em CD neste mês de março, com tiragem inicial de mil cópias. No disco, feito com a intenção de sintonizar o som da artista carioca com o atual momento do mercado fonográfico, Sandra rebobina cinco músicas que passaram despercebidas na discografia da cantora, apresenta composição inédita - a balada Vou ficar (Sandra de Sá, Beto Coutinho e Edmon, 2016) - e se joga na pista do pancadão funk em Freneticão (Sandra de Sá, Danny Sax e DJ Detonna, 2014), música lançada na web em 2014. Clique aqui para (re)ler a resenha do EP Lado B.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Grupo Metá Metá conclui - em apenas três dias - a gravação do quarto disco

"Atualização de status: disco novo gravado!!!". Assim, de forma direta e sucinta, o trio paulistano Metá Metá - formado por Kiko Dinucci, Juçara Marçal e Thiago França - anunciou na página oficial do grupo no Facebook que concluiu a gravação do quarto disco. Iniciada na última segunda-feira, 21 de março de 2016, a gravação foi feita em apenas três dias. O disco anterior do trio foi um EP.

Galo grava segundo álbum solo, 'Sol', no qual canta Lira, Mautner e Capucho

A IMAGEM DO SOM - Extraída a partir de vídeo recém-postado por Gustavo Galo na plataforma de financiamento coletivo Kickante, a foto mostra o cantor e compositor paulistano no estúdio Submarino Fantástico, na cidade de São Paulo (SP). Dois anos após lançar o primeiro álbum solo, Asa (Independente, 2014), Galo entrou em estúdio neste mês de março de 2016 para começar a gravar o segundo álbum solo. Intitulado Sol, o disco vai totalizar dez músicas entre composições de autoria do artista e canções dos compositores Jorge Mautner, José Paes Lira (o Lirinha) e Luis Capucho. De Mautner, Galo canta Salto no escuro, parceria do compositor carioca com Nelson Jacobina (1953 - 2012), lançada por Mautner em álbum de 1974. De Capucho, a música escolhida foi Para pegar, lançada pelo artista capixaba - radicado em Niterói (RJ) - no álbum Cinema Íris (Multifoco, 2012). Gustavo Ruiz é o produtor de Sol. Na companhia do trio formado por Pedro Gongon (bateria), Tomás Oliveira (baixo, piano, teclados, synths), Gustavo Ruiz (baixo e guitarra), Galo planeja gravar e mixar Sol até o início de maio. Estão previstas participações dos guitarristas Luiz Chagas e Sessa.  Clique aqui para ajudar o Sol de Gustavo Galo a sair com o brilho necessário.

Disco de boleros de Alcione tem sambas de Ary Barroso e Herivelto Martins

Embora Alcione ainda não tenha começado efetivamente a gravar o anunciado disco de boleros que pretende lançar neste ano de 2016, álbum para o qual estão previstas as participações dos cantores Alexandre Pires e Nana Caymmi, a Marrom - em foto de Marcos Hermes - já seleciona repertório para o projeto, cuja turnê nacional vai ser iniciada na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em apresentação programada para 7 de maio na casa Metropolitan. O repertório de Alcione boleros inclui Risque (Ary Barroso) - samba-canção lançado em 1952 na voz de Aurora Miranda (1915 - 2005), mas associado ao canto de Linda Batista (1919 - 1988) por conta da emblemática gravação de 1953 - e Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto, 1947), outro grande samba-canção, este imortalizado na voz de Dalva de Oliveira (1917 - 1972). O bolero Que queres tu de mim? (Jair Amorim e Evaldo Gouveia) - lançado em 1964 na voz de Altemar Dutra (1940 - 1983) - também figura no repertório de tons românticos e bem passionais selecionado pela  Marrom  para o projeto.

Segundo álbum da BaianaSystem, 'Duas cidades', vai sair (ainda) em março

Com capa que expõe arte de Filipe Cartaxo, o iminente segundo álbum do grupo soteropolitano BaianaSystem, Duas cidades, chega às plataformas digitais em 29 de março de 2016.  Antecedido pela divulgação de dois singles, Playsom (Russo Passapusso) e Lucro (Descomprimindo) (Russo Passapusso e Mintcho Garrammone), o álbum produzido por Daniel Ganjaman é o primeiro do grupo baiano em seis anos. O primeiro álbum, BaianaSystem, foi lançado em 2010 por via independente.

terça-feira, 22 de março de 2016

Metá Metá entra em estúdio em São Paulo para gravar quarto disco do grupo

Trio paulistano formado pela cantora Juçara Marçal com o saxofonista Thiago França e com o guitarrista Kiko Dinucci, Metá Metá entrou ontem, 21 de março de 2016, em estúdio da cidade de São Paulo (SP) para começar a gravar o quarto título da discografia independente do grupo. O disco sucede os álbuns Metá Metá ( 2011) e MetaL MetaL (2012) e o EP Metá Metá (2015) na obra fonográfica do trio. Clique aqui se quiser (re)ler a resenha do (excelente) EP Metá Metá, de 2015.

Iorc volta com EP em que segue a fórmula pop popular do álbum 'Troco likes'

Resenha de EP
Título: Sigo de volta
Artista: Tiago Iorc
Gravadora: Slap / Som Livre
Cotação: * * *

Não é somente pelo título, Sigo de volta, que o EP lançado por Tiago Iorc nas plataformas digitais neste mês de março de 2016 se conecta ao último e mais bem-sucedido álbum do artista, Troco likes (Slap / Som Livre, 2015). A fórmula das três músicas inéditas e autorais do EP seguem a fórmula pop popular do primeiro álbum em português deste cantor e compositor nascido em Brasília (DF), criado na Inglaterra até os quatro anos de idade e radicado em Curitiba (PR) na volta ao Brasil. Milhares de pessoas - mulheres, em maioria - caíram na rede de Iorc a partir da edição de Troco likes e, sobretudo, a partir do lançamento do clipe da canção Amei te ver (Tiago Iorc, 2015), filmado pelo artista com cenas sensuais feitas com a atriz Bruna Marquezine. Com a missão de viralizar as três músicas que vão figurar na primeira gravação ao vivo de Iorc, programada para ser feita em Belém (PA), em abril, Sigo de volta é direcionado a esse público feminino que tem lotado os shows do cantor Brasil afora. Não por acaso, a música que mais se aproxima da perfeição pop popular (per)seguida por Iorc se chama Mulher (Tiago Iorc, 2016). "Mulher / Sabe com toda a certeza / Quando não sabe o quer / Mulher / Sabe que com jeitinho / Pode ter o que quiser / Vai ver a graça é não entender / Exatamente o que se passa dentro de você / Que se disfarça / No teu olhar que tudo vê / Não te entendo / Nem de longe / Mas te quero / Te quero bem perto / Não te entendo / Nem de perto / Mas te quero / Te quero e te quero", canta Iorc, em cantada bem explícita para quem se joga na rede do artista, atualmente radicado na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Amor sem onde (2016) - parceria de Iorc com o paulistano Dani Black - tem contornos menos previsíveis (na melodia e nem tanto na letra sobre amor desfeito). Já Chega pra cá (Tiago Iorc, 2016) é outra cantada passada por Iorc no público feminino que o segue nas redes sociais. Produzidas pelo próprio Iorc com o DJ e produtor Fernando Deeplick, as gravações do EP Sigo de volta são inéditas e atuais. Mas as músicas foram compostas na safra de Troco likes, tendo sobrado na seleção final do álbum. O que justifica o parentesco entre o repertório do álbum e as três músicas do EP. De todo modo, Tiago Iorc - cantor que já reúne pequenas multidões a cada show - já descobriu o caminho musical que precisa seguir para manter o público conectado na rede.

Uma década após estourar, Leozinho planeja lançar álbum 'Pra você dançar'

Funkeiro que viveu o auge comercial há dez anos, com o sucesso nacional da música Ela só pensa em beijar (MC Leozinho, 2006), MC Leozinho - nome artístico do cantor e compositor fluminense Leonardo Freitas Mangeli de Brito - pretende lançar álbum neste ano de 2016, uma década após o estouro do hit que lhe deu fama. Estimulado pela inclusão da música Patricinha da favela (MC Leozinho, 2015) na trilha sonora da novela I love Paraisópolis (TV Globo, 2015), o artista entrou em estúdio no último trimestre de 2015 para gravar esse álbum, intitulado Pra você dançar. Formatado pelos produtores Alex MPC, Batutinha, Leandro Barros e Rick Joe, o álbum Pra você dançar inclui músicas como Baile funk e Lapso, ambas de autoria de Leozinho. A música-título Pra você dançar foi lançada na web em 2014.  O repertório recicla músicas antigas como Toda gostosa.

À vontade no quintal do samba, Daniel Scisinio lança álbum 'Arte de ser feliz'

Em 2006, paralelamente ao trabalho desenvolvido no grupo Unha de Gato, o cantor, compositor e cavaquinista fluminense Daniel Scisinio lançou o primeiro álbum solo, Nova poesia (Independente), gravado com intervenções de bambas como Délcio Carvalho (1939 - 2013) e Wilson Moreira. Uma década e dois álbuns do Unha de Gato depois, Scisinio volta a lançar um disco solo. Editado de forma independente neste mês de março de 2016, o álbum Arte de ser feliz flagra o artista à vontade no quintal do samba e do choro. Produzido pelo próprio Scisinio, Arte de ser feliz apresenta repertório basicamente autoral, incluindo parcerias do sambista chorão com os bambas Bandeira Brasil (É na ponta do pé), Ivor Lancellotti (Sem noção), Zé Katimba (Meu pai falou) e Moyseis Marques, coautor e convidado de Atravessou. A música-título é apenas da lavra de Scisinio.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Elogiada por Marina, Clara Valente linka hit 'Fullgás' a TV on the Radio em EP

"Muito bom!! Adorei, Clara Valente!!". Feito via Twitter, o elogio público de Marina Lima avaliza uma das duas gravações inéditas perpetuadas pela cantora e compositora carioca Clara Valente no EP Verve, lançado neste mês de março de 2016 por via independente. Marina se refere ao medley em que Clara junta Fullgás (1984) - uma das músicas mais famosas da parceria da compositora com o irmão poeta Antonio Cícero - com Staring at the sun (David Sitek, Kyp Malone e Tunde Adebimpe, 2004), música do primeiro single da banda norte-americana de indie rock TV on the Radio. A outra faixa do EP Verve é a abordagem de O último dia (Moska e Billy Brandão, 1995). As releituras do EP são heranças do show feito por Clara com base no repertório autoral do primeiro álbum da artista, Mil coisas (Independente, 2014). O EP Verve já pode ser ouvido no SoundCloud.

Álbum de guitarrista brasileiro é indicado, nos EUA, ao 'Blues Music Awards'

Álbum inédito no Brasil, tendo sido lançado em fevereiro de 2015 pelo selo norte-americano Delta Groove Music, Way down south rendeu ao guitarrista brasileiro Igor Prado - mentor e líder da banda que toca no disco - uma indicação na 37ª edição do Blues Music Awards. Natural da cidade paulista de São Caetano do Sul (SP), Prado concorre ao prêmio de Artista revelação (Best new artist), embora o músico e produtor já esteja há alguns anos na estrada. Assinado pela Igor Prado Band - quarteto formado por Igor Prado com o irmão Yuri Prado (bateria), Rodrigo Mantovani (contrabaixo elétrico e acústico) e Denílson Martins (saxofone barítono) - com a Delta Groove All Stars, o álbum Way down south é disco de blues à moda tradicional já lançado nos Estados Unidos, em países da Europa e na Ásia. Guitarrista canhoto que toca guitarra com as cordas invertidas e que também cultua o west coast swing (estilo que mistura o blues com o swing das big-bands de jazz), Igor é o primeiro artista da América do Sul indicado ao Blues Music Awards. A 37ª edição do prêmio dedicado ao blues está programada para 5 de maio deste ano de 2016, em Memphis (EUA).

'Sambando no apocalipse', Joyce Moreno grava álbum de inéditas para Japão

Joyce Moreno começa a gravar hoje, 21 de março de 2016, o 35º álbum de discografia iniciada em 1968. Trata-se de disco de músicas inéditas, gravado sob encomenda para o mercado japonês, assim como Tudo (Omagatoki, 2012), álbum lançado no Brasil em 2013 pela gravadora Biscoito Fino. Uma das músicas inéditas e autorais do 35º álbum de Joyce - em foto de Philippe Leon - é Sambando no apocalipse. O último CD de Joyce, Cool (Sony Music, 2015), não foi editado no Brasil.