Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Gaby põe tempero do forró em 'Pimenta com Sal' com cantora do Aviões

Gaby Amarantos vai dar um rasante com Solange Almeida, vocalista do grupo Aviões do Forró. A cantora do sucesso Ex-Mai Love (Veloso Dias) decidiu pôr tempero mais popular em Pimenta com Sal (Eliakim Rufino), música de seu hype primeiro álbum solo, Treme (Som Livre, 2012), gravada no disco em dueto com Fernanda Takai. Gaby vai registrar o tema no ritmo do forró em duo com a cantora do Aviões do Forró para mirar a face mais popular do mercado musical.

Show Tudo Tanto confirma em cena o espetacular desabrochar de Tulipa

Resenha de show
Título: Tudo Tanto
Artista: Tulipa Ruiz (em foto de Natura Musical)
Local: Teatro Castro Alves (Salvador, Bahia)
Data: 30 de agosto de 2012
Cotação: * * * * *
Agenda da turnê nacional do show Tudo Tanto:
* 7 e 8 de setembro de 2012 - Auditório Ibirapuera (São Paulo, SP)
* 15 de setembro de 2012 - Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)

Se o segundo álbum de Tulipa Ruiz (Tudo Tanto, 2012) confirmou o êxito das apostas feitas dois anos antes, quando a cantora e compositora foi eleita pela mídia a sensação musical daquele momento por conta do (superestimado) bom disco de estreia da artista (Efêmera, 2010), o excelente e decisivo show Tudo Tanto amplia essa confirmação, expondo em cena o espetacular desabrochar de Tulipa como compositora e até mesmo como cantora. O fofo pop florestal do primeiro disco - o rótulo pop florestal foi criado pela própria artista, paulista criada em Minas Gerais - ganhou peso e densidade no segundo CD. No show, arquitetado (como o disco) com o conforto financeiro do patrocínio obtido no projeto Natura Musical, Tulipa reproduz o som encorpado do álbum Tudo Tanto à frente de banda afiada que destaca trio de cordas e as guitarras do mano brother Gustavo Ruiz e do pai Luiz Chagas. Os gritos e uivos de Like This (Ilhan Ersahin e Tulipa Ruiz) - experimentados pela cantora em sintonia com o toque rascante da guitarra de Chagas - sinalizam que lobos e serpentes já transitam pela floresta pop indie desbravada por Tulipa. Com seu veneno bluesyVíbora (Tulipa Ruiz, Criolo, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Caio Lopes), aliás, contamina toda a plateia em número de forte teatralidade, iniciado por Tulipa ao fundo do palco, atrás da banda, e arrematado com a intérprete sentada. Com espantosa segurança vocal, a cantora arrisca agudos altos ao desfiar desinibida o roteiro aberto e fechado com É (Tulipa Ruiz). Ao longo dos 19 números do show Tudo Tanto, a artista - dona da cena - explora os limites de sua voz sem jamais sair do tom. E sem concessões no roteiro. Não, não há releituras de músicas alheias para facilitar a digestão do show. "Bem-vindos ao meu segundo disco", recepcionou Tulipa, após lustrar a pérola pop Ok (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz), ao se dirigir ao público que lotou o Teatro Castro Alves em Salvador (BA), na noite de 30 de agosto de 2012, para ver a estreia nacional da turnê. Com espirituosidade, a cantora assumiu em cena a troca de palavras da letra de Script (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz) - erro perpetuado na gravação do disco Tudo Tanto ("Bem-vindos à minha primeira errata", ironizou) - e filtrou parte do repertório do primeiro CD pela estética densa do segundo. No sucesso Só Sei Dançar Com Você (Tulipa Ruiz), a intérprete se enrola propositalmente no fio do microfone em mise-en-scène que realça o significado dos versos da canção, acompanhada em coro pelo público, e não somente porque tem sido propagada em escala nacional na trilha sonora da novela Cheias de Charme (TV Globo, 2012). Tulipa Ruiz deu seu show lindamente iluminado (por João Batista) para um público majoritariamente antenado com a trajetória luminosa da artista. Com som que transita entre o pop e o rock de tonalidade indie, o show Tudo Tanto reitera - em números como Pedrinho (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz) - que Tulipa é do tipo de intérprete que canta também com o corpo. E o fato é que o show segue redondo, cativante, envolvente. Se Desinibida (Tulipa Ruiz e Tomáz Cunha Ferreira) preserva em cena o tom experimental do disco (em que pese a diluição do inicial clima bossanovista no arranjo polifônico do show) e expõe a expansão do canto livre de Tulipa, Expectativa (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz) destaca o riff cortante da guitarra de Luiz Chagas. Por sua vez, Dois Cafés perde em cena o aroma tribalista, mas conserva o sabor pop que evoca o suingue da música de Lulu Santos (convidado da música no disco). Número pautado por estranhezas, Bom (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz) é exemplo de que a sonoridade esperta de Tudo Tanto valoriza até uma ou outra música menos inspirada. A polifonia ouvida em Cada Voz (Tulipa Ruiz) é exemplo do requinte do tratamento da obra da compositora. Já Do Amor (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz) repõe em movimento o velho trem mineiro com projeções rápidas feitas sob a ótica de quem admira a paisagem da janela desse trem. Enfim, o show Tudo Tanto é (ainda) melhor do que o CD homônimo e alinha Tulipa Ruiz no primeiro time nacional. 

Confiante, Tulipa canta roteiro totalmente autoral no show 'Tudo Tanto'

Salvador (BA) - Confiante no seu taco autoral, Tulipa Ruiz montou somente com músicas de sua lavra o roteiro do show Tudo Tanto, cuja consagradora estreia nacional aconteceu na noite de quinta-feira, 30 de agosto de 2012, no Teatro Castro Alves, na capital da Bahia. Com segurança, espirituosidade e a voz aguda que Deus lhe deu, a cantora - vista em foto de Wilson Militão - cantou todas as onze músicas de seu recém-lançado segundo álbum, Tudo Tanto (2012), e completou o roteiro com sete músicas do anterior, Efêmera (2010). Aliada à força vocal  da artista, a evolução como compositora - nítida em Tudo Tanto - proporcionou um show à altura de todas as grandes expectativas. Luz, cenário (telas de tule nas quais são projetadas imagens diversas, algumas filmadas na hora pelo cameraman Fred) e banda afiada (com destaque para o trio de cordas e para as guitarras familiares de Gustavo Ruiz e Luiz Chagas) armaram a cama firme para que a cantora deitasse e rolasse ao interpretar seu repertório autoral no show que segue para São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) em setembro de 2012. Eis o roteiro seguido por Tulipa na estreia nacional do show Tudo Tanto, em Salvador:

1. É (Tulipa Ruiz, 2012)
2. Ok (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
3. Script (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
4. Só Sei Dançar Com Você (Tulipa Ruiz, 2010)
5. Pedrinho (Tulipa Ruiz, 2010)
6. Expectativa (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
7. Like This (Ilhan Ersahin e Tulipa Ruiz, 2012)
8. Quando Eu Achar (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
9. Do Amor (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2010)
10. Sushi (Tulipa Ruiz e Luiz Chagas, 2010)
11. Desinibida (Tulipa Ruiz e Tomás Cunha Ferreira, 2012)
12. Brocal Dourado (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2010) - instrumental
13. Dois Cafés (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
14. Bom (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2012)
15. Víbora (Tulipa Ruiz, Criolo, Gustavo Ruiz, Luiz Chagas e Caio Lopes, 2012)
16. Cada Voz (Tulipa Ruiz, 2012)
17. Efêmera (Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz, 2010)
Bis:
18. A Ordem das Árvores (Tulipa Ruiz, 2010)
19. É (Tulipa Ruiz, 2012)

Mariene de Castro vai gravar DVD e CD ao vivo com o repertório de Clara

Frequentemente associada a Clara Nunes (1942 - 1983) pelo calor de sua voz e pela identidade afro-brasileira de seu visual e de seu repertório, Mariene de Castro vai reforçar o elo com a cantora mineira em seu quarto projeto fonográfico. A convite da Universal Music, a artista baiana vai gravar ao vivo CD e DVD - filmado em parceria com o Canal Brasil - com músicas do repertório de Clara. Ainda em fase inicial de produção e seleção de repertório, o novo projeto vai ser lançado em 2013, ano em que se completam 30 anos da morte da mineira guerreira.

Ganhadeiras de Itapuã finalizam gravação de disco que inclui Margareth

O grupo baiano Ganhadeiras de Itapuã - coletivo feminino que preserva as tradições do samba de roda à moda de Itapuã - finalizou ontem, 30 de agosto, a gravação de seu primeiro CD, Kwará, produzido por Alê Siqueira sob a direção artística de Jackson Costa. O disco foi gravado na segunda quinzena deste mês de agosto de 2012 no estúdio Coaxo do Sapo (de Guilherme Arantes), situado na Bahia. Em 27 de agosto, a cantora Margareth Menezes gravou sua participação na faixa Festa na Aldeia (Amadeu Alves e Reginaldo Souza) - como visto na foto de Tiago Arantes. Previsto para ser lançado no início de 2013, o CD Kwará alinha no repertório temas inéditos como Maré Mansa (Jenner Salgado), O Bando das Ganhadeiras (Amadeu Alves, Edson Sete Cordas e Reginaldo Souza) e Com a Alma Lavada (Jenner Salgado). 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Espere o melhor do Vaccines em segundo álbum ora calmo, ora enérgico

Resenha de CD
Título: Come of Age
Artista: The Vaccines
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *

Acredite no hype e espere o melhor do grupo inglês The Vaccines no segundo álbum deste quarteto que foi uma das sensações do universo pop com seu álbum What Did You Expect From the Vaccines?, tão cultuado em 2011 que acabou sendo forçosamente lançado no Brasil pela Sony Music - ainda que com um ano de atraso. Nas lojas do Reino Unido a partir da próxima segunda-feira, 3 de setembro de 2012, Come of Age é um disco cativante que busca caminhos novos para o Vaccines sem anular de todo a energia jovial do primeiro CD do grupo, rebobinada em faixas como Teenage Icon e a irresistível I Always Knew. "... Its's hard to come of age", admite o vocalista Justin Young em verso de No Hope, o incendiário primeiro single do álbum. Sim, pode ser duro amadurecer, mas Young, Árni Hjörvar (baixo), Freddie Cowan (guitarra) e Pete Robertson (bateria) dão sinais em Come of Age que vão conseguir crescer e sair da redoma adolescente - onde tudo é, se não permitido, pelo menos desculpado - sem perda de seu poder de sedução. Tais sinais são evidentes na tonalidade sombria de Ghost Town, na melancolia de Lonely World (a bela balada que fecha a edição standard do álbum) e na introspecção que dá o tom de temas mais calmos como Weirdo, destaque de um álbum que tem pegada, várias boas melodias, riffs empolgantes e um certo ar vintage por volta e meia evocar  momentos do rock dos anos 60 e 90. Basta ouvir Aftershave Ocean para perceber que, sim, Come of Age pavimenta outros caminhos para o Vaccines sem se desviar por completo da urgência adolescente de What Did You Expect From the Vaccines? - um álbum certamente menos maduro do que seu sucessor. Os fãs do jorro do disco de 2011 talvez possam estranhar uma música como I Wish I Was a Girl, cujo título está em sintonia com a imagem andrógina e surpreendente da capa de Come of Age. Com som menos cru, bem mais limpo, mas ainda eletrizante, The Vaccines caminha a passos largos para seu crescimento. Espere o melhor dele.

Edição em vinil de 'Oásis de Bethânia' valoriza a capa de Gringo Cardia

Era para a edição em vinil de Oásis de Bethânia ter sido lançada simultaneamente com a edição em CD do 50º título da discografia de Maria Bethânia, em 30 de março de 2012, mas erro na grafia da faixa Lágrima (Cândido das Neves) - grafada como Lágrina na contracapa - inutilizou a tiragem inicial do LP fabricado sob encomenda da gravadora Biscoito Fino. Enfim nas lojas, com meses de atraso, a edição em vinil de Oásis de Bethânia valoriza a capa criada por Gringo Cardia. O LP em si é embalado por capa interna na qual estão as letras das músicas do álbum. Oásis de Bethânia vai gerar show com estreia marcada para este semestre (já há ingressos à venda para a apresentação de Florianópolis - SC, agendada para 13 de dezembro).

Com Tatau de volta, Araketu faz gravação ao vivo com Ivete e Daniela

Para iniciar nova fase com o cantor Tatau, reintegrado ao grupo em junho deste ano de 2012 após cinco anos de carreira solo, o Araketu vai gravar ao vivo o show que faz na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), a partir das 18h desta quinta-feira, 30 de agosto. Estão previstas as participações das cantoras Daniela Mercury e Ivete Sangalo, entre outros convidados. O roteiro vai rebobinar os sucessos do Araketu entre inéditas como A Volta, composta por Tatau para marcar seu retorno ao grupo que lhe deu projeção na década de 90. 

Nei Lopes une faixas de dois CDs em coletânea que festeja seus 70 anos

Lançada pela gravadora carioca Fina Flor, a coletânea Samba de Fundamento festeja os 70 anos do compositor carioca Nei Lopes, completados em 9 de maio de 2012. A compilação reúne fonogramas de dois álbuns gravados pelo artista na Fina Flor, Partido ao Cubo (2004) e Chutando o Balde (2009). A seleção das 14 músicas da compilação foi feita pelo próprio Nei.

Aval de 'Reimixes' e gravação com músicos de Lulu arejam obra do 'Rei'

Roberto Carlos está em sintonia com os tempos modernos. Depois de avalizar a concretização do CD Reimixes, projeto com remixes de suas músicas que tem produção capitaneada pelo DJ Felipe Venâncio, o cantor recrutou dois músicos feras da banda de Lulu Santos - o baterista Chocolate (à esquerda na foto de Emerson Sperandio) e o baixista Jorge Ailton (de camisa branca na foto postada por Ailton em seu facebook) - para gravar duas músicas no estúdio mantido por Roberto em sua casa, na Urca, no Rio de Janeiro (RJ). O Rei quis gravar com a cozinha da azeitada banda de Lulu depois que conferiu na casa carioca Vivo Rio, no início deste mês de agosto de 2012, o show Lulu Santos Interpreta Roberto Carlos e Erasmo Carlos, apresentado dentro do Circuito Cultural Banco do Brasil. Não há informações oficiais sobre as duas músicas, mas especula-se que sejam o funk e a canção romântica cedidas pelo cantor com exclusividade para a trilha sonora da novela Salve Jorge, que tem estreia agendada para outubro na Rede Globo. Quanto ao disco de remixes, a previsão é de que o CD chegue às lojas até o fim do ano via Sony Music. O projeto agrega nomes respeitados no universo da música eletrônica como DJ Marky (Além do Horizonte), DJ Marlboro (Todos Estão Surdos) e DJ Memê (Fera Ferida) e DJ Marcelinho da Lua (Cama e Mesa), entre outros. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ivete adiciona dois temas de novela às inéditas do álbum 'Real Fantasia'

Ivete Sangalo aproveitou as folgas de seu trabalho como atriz na novela Gabriela, na qual interpreta a personagem Maria Machadão, para gravar um álbum de inéditas. Décimo título da discografia solo da cantora baiana, o CD Real Fantasia já está pronto e tem lançamento programado para outubro de 2012 em edição da Caco Music distribuída pela Universal Music. Com direção musical de Alexandre Lins, Real Fantasia alinha 12 músicas em repertório inédito ao qual foi adicionado, como faixas-bônus, os dois temas gravados pela artista para as trilhas sonoras das novelas Fina Estampa (Eu Nunca Amei Alguém Como Eu te Amei, de Eduardo Lages e Paulo Sérgio Valle) e Gabriela (Me Levem Embora, parceria póstuma de Dori Caymmi com o escritor Jorge Amado). Na foto de Rafa Mattei, Ivete posa com Giovanni Bianco, diretor de arte do disco. As fotos do álbum foram feitas este mês por Gui Paganini em Salvador (BA). 

Com 'cover' de Lulu na TV, Jota tem lançado mais um registro de show

Enquanto a temporada 2012 / 2013 de Malhação rebobina o cover de Tempos Modernos (Lulu Santos, 1982), recém-gravado pelo Jota Quest em tom festivo e com alta dose de eletrônica para a abertura da série juvenil da TV Globo, o grupo mineiro tem lançado mais um registro ao vivo de show. Rock in Rio ao Vivo - Jota Quest é o mais dispensável e redundante de todos os seis títulos que perpetuam shows da edição 2011 do festival em CDs e DVDs. Afinal, trata-se da quinta gravação ao vivo de show do Jota Quest lançada em DVD entre 2003 e 2012, sendo que a anterior, Folia & Caos, foi lançada em abril deste ano dentro da série Multishow ao Vivo. Por isso mesmo, somente os fãs mais extremados da banda vão se interessar pelo CD e pelo DVD que reproduzem as 12 músicas cantadas pelo Jota Quest no show feito em 30 de setembro de 2011 na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro (RJ), dentro da programação da quarta edição carioca do festival. O roteiro rebobina hits como O Sol, Do Seu Lado e Na Moral.

'Ágape Amor Divino' é o novo milagre comercial de padre Marcelo Rossi

Nas lojas a partir de 10 de setembro de 2012 com expressiva tiragem inicial de 400 mil cópias, nos formatos de DVD e CD ao vivo, Ágape Amor Divino é o novo provável milagre comercial de padre Marcelo Rossi em tempos de vendas minguadas no mercado fonográfico. O primeiro single do projeto, Hoje Livre Sou, está sendo lançado pela Sony Music nesta quarta-feira, 29 de agosto. Ágape Amor Divino registra o show captado em 20 de maio no Santuário Mãe de Deus, em São Paulo (SP), na presença de estimados 50 mil católicos. Para ajudar no milagre da multiplicação de CDs e DVDs nas lojas, o padre cantor recrutou elenco formado por artistas populares como Alexandre Pires, Belo, Xuxa e o ex-rival padre Fábio de Melo. Formado por músicas católicas, algumas inéditas na voz do padre pop, o repertório de Ágape Amor Divino inclui o Hino Nacional Brasileiro, apresentado sob a regência do maestro João Carlos Martins. 

Stones entram em estúdio de Paris para gravar suposto repertório inédito

A foto de Mick Jagger em estúdio - postada pelo cantor em seu Twitter - foi tirada em estúdio de Paris, onde os Rolling Stones se reuniram há alguns dias. Especula-se que a banda entrou no estúdio Guillaume Tell para gravar repertório inédito sob a produção de Don Was. Tudo indica que o grupo gravou uma ou duas músicas inéditas para turbinar coletânea que vai resumir os 50 anos de carreira dos Stones. Mas a hipótese de álbum de inéditas ainda não foi descartada.

Nasi regrava temas de Taiguara e da banda Garotas Suecas em 'Perigoso'

Música da lavra do compositor Taiguara (1945 - 1996), lançada por Erasmo Carlos no álbum Carlos, Erasmo (1971), Dois Animais na Selva Suja da Rua ganha registro de Nasi. O cantor dá voz ao tema em seu terceiro disco solo, Perigoso, em fase de gravação em São Paulo (SP) sob a produção de Apollo Nove. Nasi também regrava Tudo Bem, música da banda indie paulistana Garotas Suecas, já lançada no primeiro álbum do grupo, Escaldante Banda (2010). 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Caixa reúne 59 discos gravados por Cash na Columbia entre 1958 e 1985

Nas lojas dos Estados Unidos a partir de 30 de outubro de 2012, a caixa Johnny Cash - The Complete Columbia Album Collection embala toda a obra fonográfica do cantor e compositor norte-americano Johnny Cash (1932 -2003) na Columbia Records. A caixa totaliza 61 títulos em 63 CDs entre compilações e álbuns (uma coletânea e um álbum são duplos). Foram encaixotados todos os 59 álbuns gravados por Cash na Columbia entre 1958 e 1985, sendo que dois foram lançados após a saída do artista da gravadora em 1986. Dos 59 títulos, 35 vão ser lançados pela primeira vez nos EUA no formato de CD. A coleção inclui discos ao vivo raros no mercado norte-americano como Johnny Cash Pa Osteraker (1973 - álbum gravado em 1972 para o mercado europeu em show do artista em penitenciária sueca), Straberry Cake (1976 - disco gravado em 1975 em apresentação de Cash no Palladium, em Londres) e Koncert V Praze - In Prague Live (1983 - álbum gravado em Praga em 1978 e nunca incorporado oficialmente à discografia norte-americana de Cash). Eis todos os 61 títulos da Johnny Cash - The Complete Columbia Album Collection, caixa que inclui libreto com ensaio sobre o artista - escrito pelo pesquisador musical Rich Kienzle - e que não será lançada no Brasil pela Sony Music:

1. The Fabulous Johnny Cash - 1958
2. Hymns By Johnny Cash - 1959
3. Songs of Our Soil - 1959
4. Now There Was A Song - 1960
5. Ride This Train - 1960
6. Hymns From The Heart - 1961
7. The Sound of Johnny Cash - 1962
8. Blood, Sweat And Tears - 1962
9. Ring Of Fire: The Best of Johnny Cash - 1963
10. The Christmas Spirit - 1963
11. Keep On The Sunny Side by the Carter Family
 -  1963
12. I Walk The Line - 1964
13. Bitter Tears: Johnny Cash Sings Ballads of - 1964
14. Orange Blossom Special - 1965
15. Johnny Cash Sings The Ballads of The True West - 1965
16. Everybody Loves A Nut - 1966
17. Happiness Is You - 1966
18. Carryin' On With Johnny Cash and June Carter - 1967
19. From Sea To Shining Sea - 1967
20. Johnny Cash At Folsom Prison - 1968
21. The Holy Land - 1968
22. Johnny Cash At San Quentin - 1969
23. Hello, I'm Johnny Cash -  1970
24. The Johnny Cash Show - 1970
25. I Walk The Line (trilha sonora do filme) - 1970
26. Little Fauss and Big Halsey (trilha sonora do filme) - 1970
27. Man In Black - 1971
28. A Thing Called Love - 1972
29. America - A 200-Year Salute In Story and Song - 1972
30. Christmas - The Johnny Cash Family - 1972
31. Any Old Wind That Blows - 1972
32. The Gospel Road [duplo] - 1973
33. Johnny Cash and His Woman - 1973
34. Johnny Cash pa Osteraker - 1973
35. Ragged Old Flag - 1974
36. The Junkie And The Juicehead Minus Me - 1974
37. The Johnny Cash Children's Album - 1975
38. Johnny Cash Sings Precious Memories - 1975
39. John R. Cash - 1975
40. Look At Them Beans - 1975
41. Strawberry Cake - 1976
42. One Piece at a Time - 1976
43. The Last Gunfighter Ballad - 1977
44. The Rambler - 1977
45. I Would Like To See You Again - 1978
46. Gone Girl - 1978
47. Silver - 1979
48. Rockabilly Blues - 1980
49. Classic Christmas - 1980
50. The Baron - 1981
51. The Survivors - com Jerry Lee Lewis e Carl Perkins - 1982
52. The Adventures of Johnny Cash - 1982
53. Johnny 99 - 1983
54. Koncert V Praze - In Prague Live - 1983
55. Rainbow - 1984
56. Highwayman - com Waylon Jennings, Willie Nelson e Kris Kristofferson - 1985
57. Heroes - com Waylon Jennings - 1986
58. Highwayman 2 - com Waylon Jennings, Willie Nelson e Kris Kristofferson - 1990
59. At Madison Square Garden - 2002
Compilações:
60. Johnny Cash With His Hot & Blue Guitar - 2012
61. The Singles, Plus (duplo) - 2012

Maestrini vira personagem na transposição de 'Drama'n Jazz' para o palco

Resenha de show
Título: Drama'n Jazz
Artista: Alessandra Maestrini (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Teatro dos Quatro (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 27 de agosto de 2012
Cotação: * * * 1/2
Show em cartaz no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro (RJ), até 28 de agosto de 2012

"É a primeira vez que eu encarno eu mesma". A frase dita por Alessandra Maestrini no início da estreia carioca do show Drama'n Jazz é a senha para o entendimento do espetáculo dirigido por Gringo Cardia com base no primeiro disco da atriz e cantora, também intitulado Drama'n Jazz e editado pela Som Livre (clique aqui para ler a resenha do CD, que chega às lojas a partir de 3 de setembro de 2012). É que, no palco do Teatro dos Quatro, Maestrini vira personagem e convence ao interpretar a si mesma: uma cantora segura de voz extensa e de exuberante teatralidade, qualidades evidentes já no primeiro número, Help The Poor (Charles Singleton). Maestrini é a protagonista absoluta que divide a cena com o quarteto formado por João Carlos Coutinho (piano e direção musical), João Castilho (violão e guitarra), Jorge Helder (baixo) e Xande Figueiredo (bateria). Transitando com desenvoltura pelos móveis brancos do cenário arquitetado pelo diretor Gringo Cardia, Maestrini é a senhora dessa cena pautada pela sofisticação de seu canto. A afinação e emissão exemplares saltam aos ouvidos em números como I Love You, a versão em inglês escrita pela própria Maestrini para Eu Te Amo (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque) com o aval do próprio Chico, compositor também presente no roteiro com a canção Sem Fantasia, um dos números mais sedutores do show pelo fato de a música já ser naturalmente um canal para a veiculação da dramaticidade do canto da artista, sem a necessidade de enfatizar o virtuosismo vocal já inerente às interpretações da atriz. Sem Fantasia é um dos momentos em que o roteiro do show extrapola o repertório do CD Drama'n Jazz. Outro é Step By Step, tema em inglês de autoria de Alexandre Elias, compositor que tem alcançado alguma visibilidade na internet com sua banda French Kiss Bossa Nova. No teatro da canção, a atriz-cantora solta a voz em sintonia com o suingue posto pelo baixo de Jorge Helder em 'Round Midnight (Bernard Hanighen, Cootie Williams e Thelonious Monk) e recita poema de sua autoria, Pretérito Imperfeito ou Semibreve, após mostrar delicada canção de sua lavra, Onde (Alessandra Maestrini). A bela iluminação cria climas adequados para que Maestrini vá do jazz propriamente dito de I Feel Good (I Got You) - retumbante releitura do tema composto e interpretado por James Brown (1933 - 2006), apresentada com a intérprete inicialmente deitada num dos móveis do cenário - ao pop assumido da funkeada Se Vacilar (Alessandra Maestrini, Ana Carolina e Torcuato Mariano), música salutarmente infectada com o balanço do soul/r & b norte-americanos. Enfim, Alessandra Maestrini faz sua mise-en-scène ao transpor Drama'n Jazz do disco para o palco, interpretando ela mesma com a confiança de quem sabe que pode encarnar bem a personagem da cantora de grandes dotes vocais, pois a técnica de seu canto é real, jamais uma ilusão proporcionada pelo teatro, celeiro de dramas e algum jazz.

Maestrini faz Drama'n Jazz no palco com Chico, Cole, Morrison e Womack

Nothing Ever Hurt Like You (James Morrison, Mark Taylor e Paul Barry) - quarto dos cinco singles do segundo álbum de estúdio do cantor e compositor britânico James Morrison, Songs For You, Thuths For Me (2008) - ganha abordagem de Alessandra Maestrini no show Drama'n Jazz, inspirado no primeiro homônimo álbum da atriz e cantora paulista. A estreia carioca do show aconteceu na noite de 27 de agosto de 2012, no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro (RJ), onde Drama'n Jazz fica em cartaz até esta terça-feira, 28 de agosto. Assim como Sem Fantasia (Chico Buarque, 1975) e Step By Step (Alexandre Elias), Nothing Ever Hurt Like You é música ausente da seleção final do repertório do CD Drama'n Jazz, nas lojas a partir de 3 de setembro via Som Livre. Com músicas de Bobby Womack (Trust in Me) e Cole Porter (You're the Top, em inglês e na versão em português de Augusto de Campos), eis o roteiro seguido por Alessandra Maestrini - em foto de Rodrigo Amaral - na estreia carioca de Drama'n Jazz:

1. Help The Poor (Charles Singleton)
2. You're the Top (Cole Porter)
3. Que Sorte Eu Tenho (How Lucky Can You Get) (Fred Ebb e John Kander)
4. Step By Step (Alexandre Elias)
5. 'Round Midnight (Bernard Hanighen, Cootie Williams e Thelonious Monk)
6. I Love You (Eu te Amo) (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque em versão de Alessandra 
   Maestrini)
7. Onde (Alessandra Maestrini)
8. Pretérito Imperfeito ou Semibreve (Alessandra Maestrini) - poema
9. Sem Fantasia (Chico Buarque)
10. True Colors (Tom Kelly e Billy Steinberg)
11. Deixa Estar (Cross My Heart) (Tim Maia em versão de Alessandra Maestrini)
12. Nothing Ever Hurt Like You (James Morrison, Mark Taylor e Paul Barry)
13. I Feel Good (I Got You) (James Brown)
14. Mon Coeur S'Ouvre À Ta Voix (Camille Saint-Saëns em adaptação de Nelson Motta, 
     Alessandra Maestrini e João Carlos Coutinho)
Bis:
15. Se Vacilar (Ana Carolina, Alessandra Maestrini e Torcuato Mariano)
16. Você É o Mel (You're the Top) (Cole Porter em versão de Augusto de Campos)
17. Trust in Me (Bobby Womack)
18. The Man I Love (George Gershwin e Ira Gershwin)

Maestrini une técnica e teatralidade em 'Drama'n Jazz' sem descartar pop

Resenha de CD
Título: Drama'n Jazz
Artista: Alessandra Maestrini
Gravadora: Som Livre
Cotação: * * * 1/2

Alessandra Maestrini sempre exerceu a arte de cantar no palco. Aplaudida por suas interpretações em musicais como Ópera do Malandro (na encenação de 2003 assinada pela dupla Charles Möeller & Claudio Botelho) e 7 - O Musical (2007 / 2008), a cantora paulista transpõe a teatralidade natural de suas interpretações para seu primeiro CD, Drama'n Jazz, nas lojas a partir de 3 de setembro de 2012 em edição da gravadora Som Livre. Tal dramaticidade se descortina já na faixa de abertura, Help The Poor (Charles Singleton), tema associado ao repertório do bluesman B.B. King. Contudo, ao contrário do que insinua seu título, Drama'n Jazz extrapola o universo jazzístico e teatral - opção estética exposta no eclético time de produtores que, entre nomes como Rodolpho Rebuzzi (piloto de seis das 14 faixas) e Mu Carvalho, inclui até Ana Carolina, parceira de Maestrini em Se Vacilar, a faixa mais descaradamente pop de um disco pontuado pela técnica exuberante da cantora. A extensão e os agudos da voz de Maestrini saltam aos ouvidos em I Feel Good (I Got You), música de James Brown (1933 - 2006) que a cantora traduz para a linguagem do jazz com a personalidade que falta em True Colors (Tom Kelly e Billy Steinberg), o cover reverente do sucesso de Cyndi Lauper já ouvido na trilha sonora da novela Ti Ti Ti (TV Globo, 2010 / 2011). Com segurança de veterana, a intérprete arrisca uma composição autoral (Onde, de sedutora delicadeza) e até uma ária - Mon Coeur S'Ouvre À Ta Voix (Camille Saint-Saëns em adaptação de Nelson Motta, Alessandra Maestrini e João Carlos Coutinho), da ópera Sansão & Dalila - sem sair do tom. Maestrini é do tipo de cantora que tem voz suficiente para encarar um standard como The Man I Love (George Gershwin e Ira Gerswhin) sem despertar no ouvinte a saudade das gravações mais emblemáticas do tema. Aliado à técnica e à dramaticidade da cantora, seu apurado senso rítmico - evidente na abordagem de You're the Top (Cole Porter), clássico ouvido também na versão em português escrita por Augusto de Campos e intitulada Você É o Mel - reitera a sofisticação vocal que norteia Drama'n Jazz. Fora do universo dos standards, a cantora envereda pelo soul em dueto sensual com Tiago Abravanel, convidado de Deixa Estar, versão de Maestrini para Cross My Heart, tema obscuro de Tim Maia (1942 - 1998), gravado pelo Síndico em álbum (Só Você - Para Ouvir e Dançar, 1997) praticamente desconhecido. O dueto funciona - até porque Abravanel resiste à tentação de reproduzir o vozeirão de Tim Maia como fez de maneira fenomenal em musical de 2011. Mas é nos temas impregnados de teatralidade - como Que Sorte Tenho Eu, versão de Maestrini para How Lucky Can You Get (Fred Ebb e John Kander), música do filme Funny Girl (1975) - que a cantora soa mais à vontade. No palco, Alessandra Maestrini fica em casa para fazer seu drama e seu jazz.

Garfunkel lança duas músicas entre as 34 faixas da coletânea 'The Singer'

Nas lojas dos Estados Unidos a partir desta terça-feira, 28 de agosto de 2012, a coletânea dupla The Singer compila toda a obra fonográfica do cantor norte-americano Art Garfunkel, apresentando duas músicas inéditas do artista - Lena e Long Way Home, ambas gravadas por Garfunkel com produção de Maia Sharp - entre as 34 faixas. Além das duas inéditas registradas para a compilação, The Singer resume com abrangência aa obra do cantor com seleção que vai de 1964 (ano do primeiro álbum gravado por Garfunkel com Paul Simon) até 2007, ano de Some Enchanted Evening, último álbum da carreira solo iniciada em 1973. A seleção inclui Waters of March, versão em inglês de Águas de Março, o samba de Tom Jobim (1927 - 1994).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sobrinha de Beth, Luciana Carvalho grava no Rio com Diogo Nogueira

Sobrinha de Beth Carvalho, Luciana Carvalho grava no Rio de Janeiro (RJ) seu primeiro CD, O Samba Que Eu Sei. Diogo Nogueira participa do disco. Na última quinta-feira, 23 de agosto de 2012, o filho de João Nogueira (1941 - 2000) pôs voz na faixa Quero Ter Você, de autoria da própria Luciana. Na foto de Claudia Rodrigues, Diogo posa no estúdio com cantora e compositora carioca. O álbum de Luciana Carvalho está sendo produzido por Misael da Hora - filho de Rildo Hora, produtor de vários discos de Beth Carvalho - e tem repertório todo inédito.

will.i.am agrega Bieber, Britney, Jagger e Rihanna no álbum '#willpower'

De início intitulado Black Einstein, o quarto álbum solo do cantor e compositor norte-americano e will.i.am vai se chamar #willpower e tem lançamento programado para outubro de 2012. O estelar time de convidados do disco inclui vai de Justin Bieber (em Flyin') até Mick Jagger (em faixa, T.H.E (The Hardest Ever), que também agrega Jennifer Lopez). Eis as 20 músicas e os respectivos convidados da Deluxe Edition de #willpower, álbum que sucede Songs About Girls (2007) na discografia solo do rapper que lidera o grupo The Black Eyed Peas:

1. Drop That (B.E.A.T.)
2. This Is Love - com Eva Simons
3. Fresh Shit
4. Run It Back - com Rihanna
5. Club's on Fire (Don't Put It Out)
6. Fuckin' With Me?
7. Sexy Sexy - com Britney Spears
8. Make It Last - com David Guetta
9. One of Those Nights - com Chris Brown
10. Reach For The Stars
11. Party Like an Animal - com Redfoo & Eva Simons
12. Mona Lisa Smile - com Nicole Scherzinger
13. Willpower
14. Love Maker - com Ne-Yo
15. Flyin' - com Justin Bieber
16. All At Once
17. T.H.E (The Hardest Ever) - com Jennifer Lopez e Mick Jagger
18. Great Times
19. It - com Cheryl Cole
20. Dirty Beat

Sai em setembro CD em que Los Sebosos Postizos interpretam Ben Jor

Projeto paralelo criado há mais de dez anos por quatro músicos da Nação Zumbi (Dengue, Jorge Du Peixe, Lucio Maia e Pupillo), o grupo Los Sebosos Postizos se preparam para lançar em setembro de 2012 o álbum Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor. O lançamento vai acontecer simultaneamente nos formatos de CD (a ser editado pela Deck) e vinil (fabricado pela PolySom). Gravado no estúdio YB em São Paulo (SP), com produção de Mario Caldato Jr., o disco alinha no repertório temas antigos como O Telefone Tocou Novamente (Jorge Ben Jor, 1970), Os Alquimistas Estão Chegando os Alquimistas (Jorge Ben Jor, 1974) e Rosa, Menina Rosa (Jorge Ben Jor, 1963). O primeiro single do álbum, O Homem da Gravata Florida (Jorge Ben Jor, 1974) já se encontra disponível para audição no YouTube.

Gabriel tira onda ao reciclar música de Ben na inédita 'Surfista Solitário'

Há sete anos sem lançar disco de inéditas, Gabriel O Pensador arquiteta enfim o sucessor de Cavaleiro Andante (2005). O rapper carioca já lançou na internet a faixa Surfista Solitário, gravada com Jorge Ben Jor. Por conta da parceria inusitada, o rap do Pensador ganha o suingue típico do som do Zé Pretinho nas partes em que Surfista Solitário recicla a música Solitário Surfista, composta por Jorge Ben e lançada pelo autor no álbum Alô Alô, Como Vai? (Som Livre, 1980). Surfista Solitário já pode ser ouvida e baixada no site oficial do Pensador.

Tulipa revive bem Dalva, 'soprano ensandecida', em 'Cantoras do Brasil'

Resenha de programa de TV
Série: Cantoras do Brasil
Título: Tulipa Ruiz Canta Dalva de Oliveira
Idealização: Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto
Direção: Simone Elias
Emissora: Canal Brasil
Cotação: * * * * 
Estreia programada pelo Canal Brasil para as 18h45m de 6 de setembro de 2012

"Dalva era uma soprano ensandecida que cantava o amor ensandecidamente também". A inusitada definição de Dalva de Oliveira (1917 - 1972) é dada por Tulipa Ruiz no primeiro dos treze programas da série Cantoras do Brasil. Com estreia marcada para 6 de setembro no Canal Brasil, Cantoras do Brasil - série idealizada e produzida por Mariana Rolim, Mercedes Tristão e Simone Esmanhotto - foca uma cantora do passado pela ótica de uma intérprete contemporânea. Filmado em preto e branco, sob a direção de Simone Elias, cada programa dura cerca de dez minutos e apresenta gravações inéditas e exclusivas de duas músicas do repertório da diva do passado na voz da cantora do presente. A julgar pelo ótimo resultado do programa Tulipa Ruiz Canta Dalva de Oliveira, a série vai alcançar sucesso e repercussão. Com performances primorosas que reiteram a beleza e o alcance de sua voz aguda, Tulipa Ruiz revive Que Será (Marino Pinto e Mário Rossi, 1950) e Fim de Comédia (Ataulfo Alves, 1953) com a banda formada por Alex Dias (baixo), Daniel Grajew (piano e acordeom), Flavio Lazzarin (bateria), Mauricio Tagliari (violão e percussão) e Pipo Pegoraro (guitarra). Em Que Será ("Música da minha memória afetiva, do meu repertório de vida", revela Tulipa), a cantora e compositora paulista acelera o andamento do tema, diluindo a dor e o desespero dos versos com o suingue de sua gravação, realçado pelo toque da guitarra de Pegoraro e pelo acordeom de Grajew. Fim de Comédia ("Fui capturada pela música", confidencia a cantora) ganha abordagem igualmente inventiva, alternando climas que remetem ao universo do tango, da seresta e do fado. Em ambas as gravações, Tulipa Ruiz solta seus agudos com desenvoltura, confirmando a evolução de seu canto, perceptível em seu recém-lançado segundo álbum, Tudo Tanto. Imortal cantora do Brasil, Dalva de Oliveira é muito bem representada por Tulipa Ruiz.

domingo, 26 de agosto de 2012

Zélia programa para novembro o lançamento do CD em que canta Itamar

Zélia Duncan programou para novembro de 2012 o lançamento do CD em que dá voz somente a músicas de Itamar Assumpção (1949 - 2003), compositor paulista recorrente na discografia da cantora. Produzido sob a direção musical de Kassin, o CD - gravado desde maio - está pronto.

Rodrigo Bittencourt expõe no álbum 'Casa Vazia' um refinado espaço interior

 Enquanto aguarda a estreia nos cinemas do primeiro longa-metragem que dirigiu, Totalmente inocentes, o cantor, compositor e cineasta carioca Rodrigo Bittencourt promove o terceiro álbum solo, Casa vazia, lançado neste mês de agosto de 2012. A convite do artista, o editor de Notas Musicais, Mauro Ferreira, escreveu um dos textos de apresentação - release, no jargão jornalístico - do disco produzido pelo guitarrista Pedro Sá. Eis - na íntegra - o release do álbum de Bittencourt:

O refinado espaço interior do artista

Rodrigo Bittencourt lança o terceiro  álbum solo, Casa vazia, gravado artesanalmente com produção de Pedro Sá

Se não tivesse virado clichê entre críticos caracterizar um disco ou filme como ‘íntimo e pessoal’, tais adjetivos seriam perfeitos para dar a pista de Casa vazia, quarto álbum - o terceiro solo - do cantor, compositor, cineasta e escritor carioca Rodrigo Bittencourt. Disponível para venda no iTunes a partir de setembro, em edição digital independente, Casa vazia é disco repleto de sentimentos e sons recolhidos no espaço interior do artista. Mas há um traço concreto e determinante na arquitetura artesanal de Casa vazia. Ao terminar um casamento de oito anos e meio, Rodrigo Bittencourt se viu a sós em todos os sentidos. Morar sozinho proporcionou um natural e inevitável mergulho interior que gerou o repertório inédito e autoral decorado em Casa vazia de forma despojada, sincera, verdadeira. No entanto, em seu bloco do eu sozinho, o artista se deixou acompanhar rotineiramente de dois músicos fundamentais na arrumação das onze músicas: Domenico Lancellotti e Pedro Sá, grifes da moderna música brasileira. Essa dupla deu um trato na cozinha de Casa vazia. Domenico entrou com os pratos (de personalíssima bateria) e com os sons de seu MPC. Celebrado pelo toque da guitarra, Sá tocou os baixos e assumiu a produção propriamente dita. Já o dono da casa se encarregou dos violões e do canto. Rubinho Jacobina cuidou das eventuais cordas enquanto Marcos Kuzka contribuiu com alguns objetos (piano, viola e wurlitzer) que fazem a diferença na decoração final. Já o toque feminino ficou por conta das participações da cantora e compositora Alexia Bomtempo (convidada em Agora e em Casa vazia, além de parceira do anfitrião em Till the end) e da atriz e cantora Mariana Rios (convidada de Pra não me machucar).

Na discografia solo de Rodrigo Bittencourt, Casa vazia sucede Mordida (2008). Se o disco anterior exteriorizou uma veia pop, já mostrando para quem quisesse ouvir que estamos diante de um dos grandes compositores de sua geração, Casa vazia esboça um movimento para dentro. É um (grande) disco interiorizado, confessional. E que, em direção própria, reitera a alta qualidade do repertório de Rodrigo Bittencourt, compositor que deu os primeiros passos no mercado fonográfico em 2003 com o lançamento de seu álbum de estreia Canção para ninar adulto e que começou a ser efetivamente notado, comentado e (mais) gravado quando Maria Rita abriu e batizou o terceiro álbum de estúdio, Samba meu (2007), com nome de composição de Bittencourt. A mesma música que reaparece cinco anos depois em Casa vazia no registro pessoal do autor.

Artista multimídia, Rodrigo Bittencourt construiu o repertório de Casa vazia com conexões com outras formas de arte. O próprio projeto gráfico de Flávio Soares dialoga de forma primorosa com o universo particular do disco. Pelas fotos do cantor e pelas imagens de objetos e cômodos dispostas ao longo do encarte, já é possível ter clara noção do espaço interior do artista na concepção das músicas e do disco propriamente dito. Rodrigo Bittencourt – para quem não sabe – também transita por outros caminhos artísticos. Cineasta em ascensão, Bittencourt já lançou quarto curtas de ficção e apresenta o primeiro longa-metragem, Totalmente inocentes, neste mesmo segundo semestre de 2012 em que Casa vazia chega ao mercado nas prateleiras virtuais das melhores casas do ramo digital. Como escritor, o múltiplo artista já contabiliza um romance adulto (Esmalte, de 2008) e um livro infantil (Ópera Brasil de embolada, 2010).

Casa vazia atesta a versatilidade de Rodrigo Bittencourt não somente por conta das conexões com outras formas de arte (várias imagens poéticas das letras, perdoem o clichê, são cinematográficas ou são poesia pura mesmo). O compositor revela facetas e influências novas. Afinal, Casa vazia habita um mundo musical totalmente diferente do último projeto fonográfico do artista, Quero ser cool, o irônico disco gravado e assinado por Bittencourt com o trio carioca Les Pops, projeto paralelo do artista. Aliás, um dos integrantes do Les Pops, Thiago Antunes, é o parceiro de Santinho, música que mostra que Rodrigo Bittencourt agora reza por outras cartilhas. Mas o único milagre em Casa vazia é o da inspiração do compositor. Todo o processo de gravação do disco foi feito de forma transparente, sem uso de autotunes e sem truques de estúdio. Eventuais sujeiras não foram empurradas para debaixo do tapete de Casa vazia. É por isso que tudo soa absolutamente limpo e aconchegante no disco, pequena obra-prima da cena indie nativa. Sim, Casa vazia é um disco íntimo e pessoal – ó santinho, me livra dos clichês – mas Rodrigo Bittencourt abre as janelas de seu mundo interior para os ouvintes. Entre sem bater. De certa forma, pelo tom universal das emoções e sentimentos expostos no cancioneiro confessional, Casa vazia é sua também.

Mauro Ferreira, Agosto de 2012

Casa vazia – Um olhar sobre cada cômodo

1. Agora (Rodrigo Bittencourt)
Invertendo posições na guerra dos sexos, é a fêmea que caça o macho desiludido e em fuga nos versos poéticos deste samba cool que expõe a maestria de Rodrigo Bittencourt como compositor. Alexia Bomtempo junta sua voz suave à do anfitrião de Casa vazia neste tema adornado com as cordas do quarteto orquestrado por Rubinho Jacobina.

2. Casa vazia (Rodrigo Bittencourt)
A faixa-título de Casa vazia exibe arquitetura sofisticada na construção do arranjo. Que reitera o significado da letra com pausas e silêncios, como os que interrompem a bela canção de ecos ruralistas após o verso ‘Pego um cigarro mentolado pra esperar’. Em contrapartida, o arranjo fica encorpado, com os vocais de Alexia Bomtempo, após o verso ‘Deixa a vida barulhar’. As cordas também pontuam os movimentos em que o personagem acorda para a vida.
3. From yourself (Rodrigo Bittencourt)
Música bilíngue, em português e em inglês, que sinaliza certa influência benéfica da arquitetura da obra de Caetano Veloso na construção do tema. Piano de clima bossa-novista, carioca, se faz ouvir na faixa que cita o Rio de Janeiro, cidade vazia de sentido sem a musa amada. Mas a praia é quase a do reggae em canção cuja fonte é a saudade.
4. Pra não me machucar (Rodrigo Bittencourt e Liah Soares)
A cantora e compositora Liah Soares é a partner autoral de Bittencourt nesta música gravada pelo cantor em dueto com a atriz e cantora Mariana Rios. A letra junta os cacos emocionais de um amor que chegou ao fim. É a faixa em que mais saltam aos ouvidos os barulhinhos bons do MPC e da bateria de Domenico Lancellotti. Pra não me machucar é canção que evolui para a levada do xote. Doídos pela separação, os amantes endurecem sem perder a ternura.
5. Macunaíma (Rodrigo Bittencourt)
Nosso herói solitário tritura antropofagicamente referências da brasilidade tupiniquim. Com as cordas dispostas de forma inventiva, a música reprocessa a cadência bonita do samba e outros toques da terra do axé, de Pelé, do apresentador Chacrinha (1917 – 1988) e do café. Uma música de espírito tropicalista, coerente com a obra de um compositor brasileiro, herói poeta que ri e que chora. E que prefere nossos sambistas....
6. Espresso (Rodrigo Bittencourt)
Espresso é a expressão italianada que designa o café nosso de cada dia corrido. A levada do violão de Rodrigo Bittencourt conduz esta faixa bilíngue que dialoga com o universo do folk rock. A letra é poesia pura, resistindo bem sem a música. O poeta bebe a vida como quer, sorvendo o mundo sem açúcar que foca com suas retinas cheias de sonhos.
7. Santinho (Rodrigo Bittencourt e Thiago Antunes)
A parceria de Bittencourt com Thiago Antunes – seu colega no carioca trio Les Pop – realça o canto em feitio de oração na exposição de letra em feitio de poesia. No caso, versos que remetem a um universo interiorano impregnado de religiosidade. Um mundo barroco se descortina enquanto o fiel apaixonado roga aos santos a volta da amada.
8. Morro bom (Rodrigo Bittencourt)
Neste dengo moderno, o anfitrião está com a casa e o coração abertos para a entrada da mulher amada. Faixa de tom aconchegante, Morro bom ressalta as linhas bem marcadas do baixo de Pedro Sá, condutor do tema.
9. Samba meu (Rodrigo Bittencourt)
Trata-se da única música de Casa vazia que já tinha registro em disco. No caso, um registro feito em 2007 por Maria Rita, que recorreu ao tema de Bittencourt para pedir a benção para passar para o lado do samba em seu terceiro CD. Na letra, o poeta pede ao samba a benção para passar a dor de amor. “Meu samba não despreza o esquisito / ... / Meu samba é de bossa e não de grito”, dão a pista certeira alguns versos do samba cool.
10. The river (Rodrigo Bittencourt)
Essa balada classuda, composta e gravada em inglês, é exemplo perfeito do caráter confessional que pauta o repertório de Casa vazia. O heroico poeta macunaímico se encontra à procura de sua garota, de Deus e, sobretudo, de si mesmo. Conduzida pelo violão de Bittencourt, a canção ganha denso registro de intensidade crescente.
11. Till the end (Rodrigo Bittencourt e Alexia Bomtempo)
No fim de um disco de concepção solitária, o anfitrião convida para um mergulho a dois, sem rede, nos sonhos e na vida. O instrumental sujo, indie, da música composta por Bittencourt com Alexia Bomtempo ganha pressão à medida em que Casa vazia se fecha, abrindo novas possibilidades de amar. (M.F.)

Primeiro dos três álbuns de Mano Décio da Viola ganha reedição em CD

Mano Décio da Viola (14 de julho de 1909 - 18 de outubro de 1984) é baiano de Santo Amaro da Purificação, cidade onde também nasceram Caetano Veloso e Maria Bethânia. Mas foi no Rio de Janeiro (RJ) que Décio Antônio Carlos se criou desde um ano de idade e que tomou contato com o samba que iria nortear sua carreira de compositor. Capítulo Maior da História do Samba - o disco de Mano Décio ora reeditado pelo selo carioca Discobertas, do produtor Marcelo Fróes - é o primeiro dos três únicos álbuns gravados pelo artista. Foi lançado originalmente pela extinta gravadora Tapecar em 1974, quando Décio já tinha imortalizado seu nome na história do samba por ter sido compositor de sambas-enredos antológicos como Exaltação a Tiradentes (Mano Décio da Viola, Estanislau Silva e Penteado, 1949) e Heróis da Liberdade (Mano Décio da Viola, Manoel Ferreira e Silas de Oliveira, 1969), ambos feitos para o Império Serrano, a agremiação que Mano Décio fundara, em março de 1947, com dissidentes da seminal escola Prazer da Serrinha. Lançado dez anos antes de o compositor sair de cena, com produção de Xavier e participações do Conjunto Nosso Samba e de As Gatas, o álbum Capítulo Maior da História do Samba apresentou regravações desses dois sambas-enredos em seu repertório inteiramente autoral. No disco, reeditado com a capa e contracapa originais, Mano Décio deu voz a temas como Santos em Outros Tempos (Mano Décio da Viola), Encontro Marcado (Mano Décio da Viola e Casado), O Negro na Cultura Brasileira (Mano Décio da Viola e Nilson Azevedo) e Dona Santa, Rainha do Maracatu (Mano Décio da Viola). Clássico!

Discípulo de Chico e Tom, Pessoa reitera força de sua obra em ''Habitat'

Resenha de CD
Título: Habitat
Artista: Mauricio Pessoa
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Em 2007, o cantor, compositor e violonista carioca Mauricio Pessoa despontou no mercado fonográfico com álbum - Mauricio Pessoa (MP,B / Universal Music, 2007) - que revelou um autor inspirado, nitidamente influenciado por Chico Buarque em faixas como o samba Tereza e o tema de pegada nordestina Francisco. Naquele disco, já ficou claro que o compositor era bem maior do que o cantor e que merecia uma atenção que não obteve. Pessoa foi para Nova York (EUA) e lá gravou seu segundo álbum, Habitat, com dez músicas inéditas de sua autoria. Produzido por Zé Luis Oliveira (criador dos arranjos) com Béco Dranoff, Habitat ganha edição no Brasil neste mês de agosto de 2012, via Sony Music, na sequência de seu lançamento nos Estados Unidos. Embora duas das dez músicas do CD sejam cantadas em inglês, Linda (faixa de clima bossanovista) e Summer Rain (flerte com a canção norte-americana), Habitat reforça o elo de Pessoa com a música brasileira, em especial com o samba e com a MPB mais tradicional. Com safra de inéditas de alta qualidade, o álbum reitera a grande inspiração do cancioneiro autoral do artista. Tal como seu antecessor Mauricio Pessoa, Habitat mostra que o cantor - de voz opaca, mas afinada e bem colocada - novamente se apequena diante da expressividade da obra. Habitat também ecoa novamente a influência de Chico Buarque - perceptível especialmente em Prisma, tema que remete à atmosfera da canção As Vitrines (Chico Buarque, 1982) - mas vai além, explicitando a salutar influência de Tom Jobim (1927 - 1994) e de Paulinho da Viola. Pessoa somente conseguiu pavimentar a bonita Estrada da Terra porque ouviu o Maestro Soberano, cuja obra monumental também está refletida em Saudade, tema instrumental de tom camerístico que concilia lirismo e melancolia. Por sua vez, Paulinho da Viola é celebrado no samba Água da Fonte, que bebe das tradições dos mais nobres quintais cariocas - a faixa foi gravada no Rio de Janeiro (RJ) pelo produtor Rodrigo Campello - enquanto cita versos de Timoneiro (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, 1996). O samba, a propósito, é ritmo recorrente na obra de Pessoa. Destaque da safra autoral de Habitat, o samba Boca no Lodo vocifera contra a banda podre da política brasileira com a inspiração melódica que soa mais rarefeita em Tenho Guardado em Meu Peito. Já Tulipa Turca é samba que floresce em tom mais cool. Ecos da bossa sempre nova se fazem ouvir em Quando Falas Coração, tema que deixa a sensação - recorrente ao longo de Habitat - de que Maurício Pessoa é um compositor de algum lugar do passado, deslocado no tempo presente, o que talvez dificulte a absorção imediata de sua excelente obra autoral. Mas ela, a obra, está aí para se fazer ouvir e lembrar que a MPB jaz soterrada, inteira, pelo lixão musical de todo dia.

Duas músicas marcam o retorno de Missy Elliott ao mercado fonográfico

Sem lançar álbum de repertório inédito desde 2005, ano em que editou The Cookbook, a rapper norte-americana Missy Elliott está de volta ao mercado fonográfico com o lançamento de duas músicas em single, 9th Inning e Triple Threat. O anúncio do retorno de Elliott foi feito pelo produtor Timbaland - colaborador frequente da artista - via Twitter. As músicas em tese fazem parte do sétimo álbum de estúdio de Elliott, Block Party, arquitetado desde 2008. Triple Threat conta com a participação do próprio Timbaland. Get Loud, Patty Cake, Pin the Tale e Real Hip Hop são músicas previstas para estar no repertório do CD feito há quatro anos.

sábado, 25 de agosto de 2012

Leitte junta Brown, Max, Sergio Mendes e Tico Santa Cruz em 'NegaLora'

Terceiro título da discografia solo de Claudia Leitte, NegaLora - Íntimo chega às lojas até o fim deste mês de agosto de 2012, com distribuição da Som Livre, nos formatos de CD, DVD e em edição dupla que junta CD e DVD no mesmo produto. Em qualquer formato, NegaLora - Íntimo traz o registro ao vivo do show captado em dezembro de 2011 no Teatro Castro Alves, o palco mais nobre de Salvador (BA). Leitte - que transita neste projeto por som mais distante do universo festivo da música rotulada como axé music - recebe nomes como Carlinhos Brown (mentor do codinome NegaLora e convidado do do Repente da Nega Lora e do pot-pourri que agrega Pra Todo Efeito e Amantes Cinzas), Max Viana (em Sorri, Sou Rei), Sergio Mendes (em Magalenha) e Tico Santa Cruz (na regravação de O Tempo Não Pára, parceria de Arnaldo Brandão com Cazuza, lançada por Cazuza em 1989). Claudia Leitte incluiu no repertório as canções Falando Sério (Maurício Duboc e Carlos Colla) - lançada por Roberto Carlos em álbum de 1977 - e Telegrama (Zeca Baleiro, 2002). NegaLora - Íntimo exibe os 20 números do show.