Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Show em que Maga canta Gil e Caetano chega ao DVD entre perdas e ganhos

Resenha de CD
Título: Para Gil & Caetano
Artista: Margareth Menezes
Gravadora: Canal Brasil / Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2

Margareth Menezes é a melhor cantora de música afro-pop-baiana, o gênero rotulado como axé music. Mas nem por isso conseguiu ser dona da melhor discografia do gênero. Nenhum CD ou DVD da artista conseguiu captar toda a força dessa voz que irradia magia e calor. Para Gil e Caetano - CD e DVD ora lançados na coleção Canal Brasil com distribuição da gravadora Coqueiro Verde Records - tampouco transmite todo esse calor, mas é um dos melhores títulos da irregular obra fonográfica de Maga. A captação da imagem - feita em 27 de maio de 2014 em apresentação do show na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ),  sob a direção de Darcy Burger - resultou em DVD por vezes frio. Contudo, entre perdas e ganhos, o show idealizado pela cantora em 2012 - para celebrar os 70 anos de vida então completados pelos cantores e compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil - ganha registro de maior beleza plástica na comparação com o formato original do show (clique aqui para ler a resenha da estreia carioca de Para Gil e Caetano). Entre os ganhos, há o cenário e as projeções que valorizam as exposições de músicas como Reconvexo (Caetano Veloso, 1989). Há também as participações especiais dos homenageados Gilberto Gil - mais bem aproveitado na abordagem terna de Deixar você (Gilberto Gil, 1992) do que na apropriação indébita de Refazenda (Gilberto Gil, 1975), feita com a adesão desnecessária de Preta Gil - e Caetano Veloso, visto nos extras do DVD em duetos com Margareth em Luz do sol (Caetano Veloso, 1982) e Uns (Caetano Veloso, 1983). Pela própria natureza afro-baiana da cantora, temas como Milagres do povo (Caetano Veloso, 1985), Gema (Caetano Veloso, 1980) e o samba Buda Nagô (Gilberto Gil, 1992) já parecem talhados para a voz de Maga. E ela aproveita bem essas músicas. Mas um dos méritos de Para Gil e Caetano é explorar o potencial da intérprete em outras latitudes musicais. No compasso do blues que pauta Como 2 e 2 (Caetano Veloso, 1971), Margareth mostra que é uma grande cantora fora do terreiro do axé. Talento já evidenciado pela interpretação segura de O quereres (Caetano Veloso, 1984) que abre o DVD com a cantora caminhando lentamente pelo cenário, no fundo do palco, ao alto. Se houve ganhos que vieram realmente somar na conta, como a requisição da cantora baiana Rosa Passos para (re)dividir o samba Eu vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965) em dueto com a anfitriã, houve ganhos que parecem subtrair no saldo final. Caso da participação de Preta Gil, cantora sem maturidade para expor toda a expressão e significado de Panis et circensis (Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1968), hino tropicalista que revive em dueto com Margareth. Já as entradas de Bem Gil e Moreno Veloso na banda - em números como Clichê do clichê (Gilberto Gil e Vinicius Cantuária, 1985), a música menos sedutora do roteiro - poderiam ter sido mais evidenciadas. Entre as perdas propriamente ditas, há Bahia de todas as contas (Gilberto Gil, 1983), samba menor de Gil que se constituíra uma das gratas surpresas do roteiro original do show por ter sido valorizado pela interpretação da cantora no show criado sob a eletroacústica direção musical da própria Margareth e do violonista Alexandre Leão, que solta a voz opaca em Força estranha (Caetano Veloso, 1978) e em Meu bem, meu mal (Caetano Veloso, 1981). Já presente no roteiro desde a estreia, Eclipse oculto (Caetano Veloso, 1983) tem sua aura pop iluminada pela presença de Saulo Fernandes, convidado do número. Sozinha, na companhia da banda que harmoniza violões e percussões, a cantora esboça clima épico em Um índio (Caetano Veloso, 1976) e tenta criar um ambiente de introspecção que favoreça a densidade sagrada de Se eu quiser falar com Deus (Gilberto Gil, 1981). Enfim, no momento em que a Bahia celebra os 30 anos do som já diluído da axé music, Margareth Menezes se aproxima da MPB em registro ao vivo que  - entre perdas e ganhos -  jamais depõe contra as obras de Caetano e Gil.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Margareth canta e reverencia o 'Buda nagô' no 1º Prêmio Caymmi de Música

SALVADOR (BA) - "Dorival é ímpar / Dorival é par / Dorival é terra / Dorival é mar / Dorival tá no pé / Dorival tá na mão / Dorival tá no céu / Dorival tá no chão / Dorival é belo / Dorival é bom / Dorival é tudo"... Assim que a cantora baiana Margareth Menezes surgiu no palco do Teatro Castro Alves cantando os versos do samba Buda nagô (1992), composto pelo baiano Gilberto Gil para louvar o compositor Dorival Caymmi (1914 - 2008), ilustre conterrâneo que propagou o samba de sua terra em todo o Brasil, um frisson tomou conta da plateia de convidados que assistiu à cerimônia de entrega da primeira edição do Prêmio Caymmi de Música. Realizado pela Via Press Comunicação e Eventos sob direção de Elaine Hazin, o Prêmio Caymmi de Música é dedicado à produção musical da cena indie da Bahia. Desdobramento do então desativado Troféu Caymmi, que laureou Margareth na sua primeira edição (referente à produção musical de 1985), o Prêmio Caymmi de Música entrou em cena na noite de ontem, 30 de abril de 2015, data em que Dorival completaria 101 anos se vivo fosse. Roteirizada pelo diretor André Simões e apresentada pelo ator Jackson Costa (visto ao lado de Margareth, tocando pandeiro, na foto de Marcelo Gandra), a cerimônia louvou Caymmi com depoimentos exibidos no telão - no qual se viu e ouviu saudações ao artista nas vozes de de nomes como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Gilberto Gil e Maria Bethânia - e números musicais, vários feitos pela Orkestra Rumpilezz, regida pelo maestro Letieres Leite. Ao longo de quase três horas, o Prêmio Caymmi de Música distribuiu 21 troféus - alocados em três categorias principais (Show, Música e Videoclipe) - e celebrou o Buda nagô, o desbravador de mares musicais que desaguaram na atual cena independente da Bahia.

 Notas Musicais viajou a Salvador (BA) a convite da produção do Prêmio Caymmi de Música

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Margareth e Rosa reiteram suas origens baianas em gravação ao vivo no Rio

Duas importantes cantoras nascidas na Bahia e projetadas na cena brasileira em gerações e em universos musicais bem distintos, Margareth Menezes e Rosa Passos - em foto de Fred Pontes - reiteraram a origem comum ao cantarem juntas o samba Eu vim da Bahia (1965), de Gilberto Gil, na gravação ao vivo de Para Gil & Caetano, show de 2012 em que Margareth entrelaça os cancioneiros de Caetano Veloso e Gilberto Gil para celebrar os 70 anos de vida dos artistas, também baianos. O show foi captado - para edição de CD e DVD - em apresentação na casa Vivo Rio do Rio de Janeiro (RJ),  em 27 de maio de 2014.  CD e DVD vão sair no segundo semestre via Canal Brasil.

'Eclipse oculto' ilumina o encontro de 'Maga' com Saulo em gravação no Rio

Cantor e compositor em ascensão no mercado de música afro-pop-baiana, Saulo Fernandes foi um dos convidados da cantora Margareth Menezes na gravação ao vivo do show Para Gil & Caetano, feita na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 27 de maio de 2014. A reunião dos artistas baianos - em foto de Fred Pontes - foi na música Eclipse oculto (Caetano Veloso, 1983). Show que estreou em 2012 para celebrar os 70 anos de vida dos cantores e compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, Para Gil & Caetano foi gravado ao vivo para originar CD e DVD previstos para já serem lançados no segundo semestre deste ano de 2014 na Coleção Canal Brasil.

Margareth grava ao vivo, no Rio, o show em que une e celebra Caetano e Gil

A foto de Fred Pontes flagra o momento em que a cantora baiana Margareth Menezes recebe Gilberto Gil e Preta Gil no palco da casa Vivo Rio durante a gravação ao vivo do show Para Gil & Caetano, idealizado e estreado em 2012 com a intenção de festejar os 70 anos completados pelos artistas baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil naquele ano. Em turnê pela Europa com o show Abraçaço, Caetano ficou de gravar sua participação em estúdio. Mas Gil compareceu à gravação ao vivo feita no Rio de Janeiro (RJ) na noite de ontem, 27 de maio de 2014. Com Gil, Margareth cantou Clichê do clichê (Gilberto Gil e Vinicius Cantuária, 1985) e Deixar você (Gilberto Gil, 1982). Com a adesão de Preta Gil, filha do cantor, Margareth e Gil também reviveram Refazenda (Gilberto Gil, 1975). Os cantores Saulo Fernandes e Rosa Passos também participaram da gravação ao vivo, assim como Bem Gil e Moreno Veloso. O registro do show vai dar origem a CD ao vivo e a DVD, previstos para serem editados no segundo semestre de 2014, dentro da Coleção Canal Brasil.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Margareth vai incluir Bethânia e Caetano em faixas-bônus de seu quinto DVD

O quinto DVD de Margareth Menezes - em foto do estúdio Gato Louco - terá Caetano Veloso e Maria Bethânia em faixas-bônus. Programada para 27 de maio de 2014 em apresentação na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ), a gravação ao vivo do bom show Para Gil & Caetano - idealizado e estreado em 2012 para celebrar os 70 anos de vida de Caetano Veloso e Gilberto Gil - vai ter participações de Bem Gil, Moreno Veloso, Preta Gil, Rosa Passos e Saulo Fernandes, além do próprio Gil. Mas estão certas as gravações posteriores (a serem feitas em estúdio) de Caetano e Bethânia.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Com Gil, Margareth vai gravar ao vivo no Rio show dedicado a Gil e Caetano

A cantora baiana Margareth Menezes vai gravar ao vivo, no Rio de Janeiro (RJ), o show Para Gil e Caetano. Idealizado em 2012 para festejar os 70 anos de vida completados naquele ano pelos compositores baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, o show vai ser perpetuado em DVD e CD ao vivo. A gravação ao vivo está agendada para 27 de maio de 2014, em apresentação na casa carioca Vivo Rio. Gil participará da gravação. Os cantores baianos Saulo Fernandes e Rosa Passos também estão confirmados entre os convidados. Clique aqui para (re)ler a resenha do show em que a cantora - em foto de Gato Louco - dá voz a músicas como Gema (Caetano Veloso, 1980), Buda Nagô (Gilberto Gil,  1992), Reconvexo (Caetano Veloso,  1989) e  Deixar você (Gilberto Gil,  1982).

sábado, 25 de janeiro de 2014

'Maga' anima pré-folia baiana com 'Ensaio AfroPop' que celebrou Caymmi

Salvador (BA) - Já está aberta na capital da Bahia a temporada pré-Carnavalesca. Dona de uma das vozes mais potentes e calorosas da folia soteropolitana, Margareth Menezes abriu na noite de 23 de março a temporada 2014 de seu Ensaio AfroPop com show no Clube Fantoches que se estendeu pela madrugada de sexta-feira, 24 de março. Na abertura do show, sozinha, a cantora baiana - em foto de Mauro Ferreira - animou o público essencialmente gay com sucessos como Dandalunda (Carlinhos Brown, 2001) e Canto ao pescador (Jauperi e Pierre Onassis, 1991). Com citação da Canção da partida (Dorival Caymmi, 1957), o sucesso do grupo baiano Olodum foi a deixa para um tributo de Margareth a Dorival Caymmi (1914 - 2008) por conta do centenário de nascimento do compositor baiano, de cuja obra Maga reviveu O samba da minha terra (1940) e Maracangalha (1956).  Ao longo do show de mais de três horas, Margareth recebeu convidados como os rappers cariocas Gabriel O Pensador e MV Bill, a cantora baiana Daniela Mercury e o já citado Olodum. Com o grupo, Maga encerrou a noite ao som de sucessos como Requebra (Pierre Onassis e Nego, 1993). Mas foi ao lado de Daniela que o caloroso Ensaio AfroPop atingiu sua temperatura mais alta quando as duas cantoras uniram forças e vozes em duetos em músicas como Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969) e Maimbê Dandá (Carlinhos Brown, 2004), tema explosivo rebobinado em ponto de fervura. A julgar pelo show de Margareth Menezes no Clube Fantoches, o Carnaval baiano de 2014 eletrizará foliões.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Com DVD 'Voz talismã', Margareth Menezes assina com Coqueiro Verde

Margareth Menezes é a mais nova contratada da gravadora carioca Coqueiro Verde Records. A artista baiana - em foto do estúdio Gato Louco - assinou o contrato com a Coqueiro Verde dias após apresentar via Canal Brasil seu quinto registro ao vivo, Voz talismã, editado em CD e DVD através de parceria da empresa de Margareth, Estrela do mar, com o Canal Brasil, que exibiu a gravação em novembro de 2013. Com distribuição nacional garantida para 2014 pela Coqueiro Verde, Voz talismã perpetua dois shows realizados pela cantora e compositora em Salvador (BA) em fevereiro e em julho de 2012. O show de fevereiro foi captado na Concha Acústica anexada ao Teatro Castro Alves. À frente de cenário concebido pelo artista plástico Alberto Pita com alusão aos búzios, Maga reviveu sambas-reggaes famosos em sua voz e fez o primeiro registro fonográfico oficial de Bonapá, música que Carlinhos Brown lhe deu em 2011 para o Carnaval de 2012. Já o show de junho foi apresentado na sala principal do Teatro Castro Alves. Emoldurada por cenário afropop de Zuarte Jr., a cantora deu voz a músicas como Cordeiro de Nanã (sucesso do grupo Os Tincoãs) e Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento e Fernando Brant). Nos extras do DVD Voz talismã, Margareth recebe Daniela Mercury (em Oyá por nós, parceria das cantoras), Elba Ramalho (em Frevo mulher, música de Zé Ramalho), Gilberto Gil (Toda menina baiana, música de Gil, regravada com a adesão do grupo de afoxé Filhos de Gandhy) e Paula Lima (em É d'Oxum, parceria de Gerônimo com Vevé Calazans) - além dos grupos Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê e Muzenza.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Margareth registra dois shows feitos na Bahia no seu CD e DVD 'Voz talismã'

Margareth Menezes lança neste mês de outubro de 2013 o quinto registro ao vivo de carreira fonográfica iniciada há 25 anos com a edição do álbum Margareth Menezes (Polydor, 1988). Sucessor de Naturalmente acústico (MZA Music, 2010), Voz talismã é produto independente da empresa da artista baiana, Estrela do Mar, que vai ser lançado nos formatos de CD e DVD - o quarto da cantora - em edição da Coleção Canal Brasil. Sob a direção artística de André Simões, Margareth registra em Voz talismã dois shows feitos em Salvador (BA) em fevereiro e em julho de 2012. Exibido somente no DVD, o de fevereiro foi captado na Concha Acústica anexada ao Teatro Castro Alves. À frente de cenário criado pelo artista plástico Alberto Pita com alusão aos búzios, Maga reviveu sambas-reggaes famosos em sua voz e fez o primeiro registro fonográfico oficial de Bonapá, música que Carlinhos Brown lhe deu em 2011 para o Carnaval de 2012. Já o show de julho - que tem 17 números reproduzidos no CD e é a base do DVD - foi apresentado na sala principal do mesmo Teatro Castro Alves. Emoldurada por cenário afropop de Zuarte Jr., a cantora deu voz a músicas como Cordeiro de Nanã (sucesso do grupo Os Tincoãs) e Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento e Fernando Brant). Nos extras do DVD Voz talismã, Margareth recebe convidados como Daniela Mercury (em Oyá por nós, parceria das cantoras), Elba Ramalho (em Frevo mulher, música de Zé Ramalho, lançada em 1979), Gilberto Gil (em Toda menina baiana, música de Gil, lançada em 1979 e regravada com a adesão do grupo de afoxé Filhos de Gandhy) e Paula Lima (em É d'Oxum, parceria de Gerônimo com Vevé Calazans, lançada em 1985) - além dos grupos Cortejo Afro, Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê e Muzenza. Eis as (23) músicas do DVD  Voz talismã:

Teatro Castro Alves
1. Cordeiro de Nanã (Mateus Aleluia e Dadinho)
2. Olho do farol (Lenine)
3. Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento e Fernando Brant)
4. Amor ainda (Carlinhos Brown e Margareth Menezes)
5. Passe em casa (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Margareth Menezes)
6. Alegre menina (Dorival Caymmi e Jorge Amado)
7. Marmelada (Christovão de Alencar e Antenógenes Silva)
8. Emboladas (pot-pourri) (Quadra e meia)
9. Acará (Antonio Vieira)
10. Vou mandar (Foca)
11. Cume da memória (Tonho Matéria)
12. Escrito nas estrelas (Arnaldo Black e Carlos Rennó)
13. Preciso (Margareth Menezes)
14. Negra melodia (Jards Macalé e Waly Salomão)
15. Alegria da cidade (Jorge Portugal)
16. Lambadinha da Ribeira (Margareth Menezes)
17. Toda menina baiana (Gilberto Gil)

Concha Acústica do Teatro Castro Alves
1. Ifá – Canto pra subir (Walter Queiroz e Vevé Calazans)
2. Bonapá (Carlinhos Brown)
3. Saudação ao caboclo (Selei meu cavalo selei) (Quirino e Cacau Araújo)
4. Faraó (Divindade do Egito) (Luciano Gomes)
5. Toté de maianga (Gerônimo e Saul Barbosa)
6. Dandalunda (Carlinhos Brown)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ganhadeiras de Itapuã finalizam gravação de disco que inclui Margareth

O grupo baiano Ganhadeiras de Itapuã - coletivo feminino que preserva as tradições do samba de roda à moda de Itapuã - finalizou ontem, 30 de agosto, a gravação de seu primeiro CD, Kwará, produzido por Alê Siqueira sob a direção artística de Jackson Costa. O disco foi gravado na segunda quinzena deste mês de agosto de 2012 no estúdio Coaxo do Sapo (de Guilherme Arantes), situado na Bahia. Em 27 de agosto, a cantora Margareth Menezes gravou sua participação na faixa Festa na Aldeia (Amadeu Alves e Reginaldo Souza) - como visto na foto de Tiago Arantes. Previsto para ser lançado no início de 2013, o CD Kwará alinha no repertório temas inéditos como Maré Mansa (Jenner Salgado), O Bando das Ganhadeiras (Amadeu Alves, Edson Sete Cordas e Reginaldo Souza) e Com a Alma Lavada (Jenner Salgado). 

domingo, 5 de agosto de 2012

'Maga' celebra 70 anos de Gil e Caetano em belo show pautado por surpresas

Resenha de show
Título: Para Gil e Caetano
Artista: Margareth Menezes (em foto de Rodrigo Amaral)
Participação: Alexandre Leão
Local: Teatro Rival (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 4 de agosto de 2012
Cotação: * * * *

A primeira (má) impressão do show em que Margareth Menezes canta músicas de Caetano Veloso e Gilberto Gil - em tributo aos 70 anos completados pelos cantores e compositores baianos neste ano de 2012 - não é a que fica. Apesar do suingue posto pela cantora no samba Aquele Abraço (Gilberto Gil, 1969), o número de abertura deixou no ar a sensação de que o público do carioca Teatro Rival ia ouvir mais do mesmo. Pista falsa. Na sequência, Como 2 e 2 (Caetano Veloso, 1971) ganhou interpretação de tom intenso - à moda das grandes cantoras negras norte-americanas do século 20 - que reiterou a potência e o calor da voz de Maga. Já nesse segundo número começou a se desenhar a pegada do show Para Gil e Caetano, urdida com azeitado mix eletroacústico do violão de Alexandre Leão com a guitarra de Théo Silva e as percussões de Guto Messias e Daniela Pena. Repertório, arranjos e interpretações fugiram do óbvio, em sua maior parte, fazendo o show ser pautado por boas surpresas. Os vocais de tom viajante que se irmanaram com os acordes da guitarra de Théo Silva, ao fim de Alguém Cantando (Caetano Veloso, 1977), foi uma delas. A opção por recitar a letra de Metáfora (Gilberto Gil, 1982) - ressaltando o caráter filosófico dos versos da canção de Gil - foi outra. Com seu som afropop, a cantora realçou a baianidade de Buda Nagô (Gilberto Gil, 1992) - em abordagem sedutora que engrandeceu o samba em que Gil celebrou a personalidade singular de Dorival Caymmi (1914 - 2008) - e se encontrou no recôncavo rítmico de Reconvexo (Caetano Veloso, 1989). Pela própria natureza baiana, a cantora também soube evidenciar a ancestral africanidade embutida em Milagres do Povo (Caetano Veloso, 1985) - tema que explodiu no refrão - e valorizar até samba menor de Gil, Bahia de Todas as Contas, lançado por Gal Costa no álbum Baby Gal (1983). O suingue das abordagens de Eclipse Oculto (Caetano Veloso, 1983) e Esotérico (Gilberto Gil, 1976) reforçaram a certeza de que Margareth Menezes ainda deve um disco à altura de sua voz, hábil também na exposição de registros mais suaves como os das interpretações de Queixa (Caetano Veloso, 1982), Deixar Você (Gilberto Gil, 1982) e A Linha e o Linho (Gilberto Gil, 1983) - tema bordado pela costura da voz da cantora com o toque do violão de Alexandre Leão .Um disco que exponha a força de seu canto, capaz de brilhar em Gema (Caetano Veloso, 1980) tanto quanto Maria Bethânia, intérprete original do samba, linkado no roteiro com Purificar o Subaé (Caetano Veloso, 1981), tema cujo suingue veio mais da guitarra de Théo Silva do que das percussões. Nem o fato de ler em cena boa parte das letras minimiza a força natural das interpretações de Maga, que ainda tocou violão eletroacústico em músicas como Um  Índio (Caetano Veloso, 1976). Ainda que um ou outro número do roteiro soe mais previsível, especialmente Expresso 2222 (Gilberto Gil, 1972) e Refazenda (Gilberto Gil, 1975), o show Para Gil e Caetano se impõe como um dos melhores trabalhos de Margareth Menezes ao longo dos 25 anos de (irregular) carreira da cantora, dona de voz quente, talhada para expor todas as contas e temas da Bahia - plural,  universal  e sempre atual - (de)cantada por Gilberto Gil e Caetano Veloso.

'Maga' canta em show a Bahia de todas as contas (e temas) de Gil e Caetano

Samba pouco conhecido de Gilberto Gil, lançado por Gal Costa no álbum Baby Gal (1983), Bahia de Todas as Contas foi a maior surpresa do roteiro do show Para Gil e Caetano, idealizado por Margareth Menezes para festejar os 70 anos completados pelos cantores e compositores baianos em 2012. A cantora - vista em foto de Rodrigo Amaral - estreou o show no Theatro Dom Pedro, em Petrópolis (RJ), em 2 de agosto de 2012. Na imediata sequência, a intérprete baiana fez duas apresentações do show no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ). Aos 25 anos de carreira, a artista entrelaçou em clima eletroacústico os cancioneiros de Gil e Caetano no toque do violão de Alexandre Leão, da guitarra de Théo Silva e das percussões de Guto Messias e Daniela Pena. Eis o roteiro seguido por Margareth Menezes na calorosa apresentação de seu (excelente) show Para Gil e Caetano,  que lotou o Teatro Rival em 4 de agosto de 2012 e que vai seguir em turnê pelo Brasil:

1. Aquele Abraço (Gilberto Gil, 1969)
2. Como 2 e 2 (Caetano Veloso, 1971)
3. Queixa (Caetano Veloso, 1982)
4. Esotérico (Gilberto Gil, 1976)
5. Deixar Você (Gilberto Gil, 1982)
6. A Linha e o Linho (Gilberto Gil, 1983)
7. Alguém Cantando (Caetano Veloso, 1977)
8. Eclipse Oculto (Caetano Veloso, 1983)
9. Metáfora (Gilberto Gil, 1982)
10. Clichê do Clichê (Gilberto Gil e Vinicius Cantuária, 1985) - Alexandre Leão
11. Trem das Cores (Caetano Veloso, 1982) - Alexandre Leão
12. Eu Vim da Bahia (Gilberto Gil, 1965) - Alexandre Leão
13. Meu Bem Meu Mal (Caetano Veloso, 1981) - Alexandre Leão com Margareth Menezes
14. Buda Nagô (Gilberto Gil, 1992)
15. Gema (Caetano Veloso, 1980)
16. Purificar o Subaé (Caetano Veloso, 1981)
17. Refazenda (Gilberto Gil, 1975)
18. Reconvexo (Caetano Veloso, 1989)
19. Expresso 2222 (Gilberto Gil, 1972)
20. Um Índio (Caetano Veloso, 1976)
21. Milagres do Povo (Caetano Veloso, 1985)
22. Bahia de Todas as Contas (Gilberto Gil, 1983)
Bis:
23. É Hoje (Mestrinho e Didi) 
     - Samba-enredo da União da Ilha do Governador, gravado por Caetano Veloso no álbum Uns (1983)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Baleiro vai a Salvador gravar dueto com Margareth para disco de inéditas

Zeca Baleiro grava álbum de inéditas - o primeiro desde o projeto duplo O Coração do Homem Bomba (2008). O CD será lançado neste primeiro semestre de 2012. Uma das faixas autorais, Último Post, vai ser gravada em duo com Margareth Menezes. O cantor maranhense (em foto de Marcos Hermes) vai a Salvador (BA) para gravar a faixa com  a intérprete baiana (em foto do Estúdio Gato Louco). A gravação vai ser feita no estúdio Ilha dos Sapos - de propriedade de Carlinhos Brown - na próxima segunda-feira, 30 de janeiro de 2012. Em seu último CD de estúdio, Naturalmente (2008), Margareth gravou Febre, parceria de Baleiro com Lúcia Santos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Daniela canta Chico no 'Pôr do Som' de Salvador com Margareth e Paula

Salvador (BA) - Daniela Mercury abriu sua agenda de shows de 2012 com o repertório de Chico Buarque. Ao lado de Margareth Menezes e Paula Lima, Daniela refez no projeto Pôr do Som - apresentado no Farol da Barra, em Salvador (BA), em 1º de janeiro - o show com músicas do compositor carioca que apresentou com as cantoras ao longo de 2011 para celebrar os 150 anos da Caixa Econômica Federal. Após números individuais e um dueto de Daniela com Paula em Olhos nos Olhos, as três cantoras - vistas em foto de Rodrigo Amaral - se juntaram para unir vozes em músicas como O Que Será, O Meu Amor, Apesar de Você, Samba do Grande Amor, Quem te Viu Quem te Vê e Mulheres de Atenas. No bis, com a presença das colegas, cada cantora fez seus sucessos. Oyá por Nós, parceria de Daniela e Margareth, fechou o show.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Margareth promove inédita de Brown, 'Bonapá', de olho no Carnaval 2012

Dez anos após estourar a música Dandalunda (2001) na Bahia, com um sucesso retumbante que logo depois se estendeu por todo o Brasil, Margareth Menezes volta a apostar em música de Carlinhos Brown. De olho no Carnaval de 2012, a cantora baiana já promove neste mês de dezembro de 2011 a inédita Bonapá. A música - cujo título Bonapá é corruptela aportuguesada criada por Brown para a expressão francesa Bon Appétit - já está em rotação na internet e pode ser ouvida via SoundCloud. "É uma canção vibrante e bonita que mistura a tradição afro-brasileira com a linguagem pop", conceitua Maga. Gerson Silva produziu e arranjou a gravação.

Bonapá
(Carlinhos Brown)

Um é ímpar, dois é par (4x)
Bonapá, melhor acostumar
Cacei o que caçar
No mar
Para lhe dar

Um é ímpar, dois é par (4x)
Bonapá, melhor afortunar
Parceiro de passar
A mão
Para brindar

Um é ímpar, dois é par (4x)
É de Gana essa cigana
É de lá
Do tabuleiro
O valor de quem se ama
É de lá
Meu canto inteiro


Aqui estou
Deixei o discriminador
Navio navegador
Vencendo e amado
Se hoje sou
Alado cantador
Alegre regador
Com o amor do lado

Laiá LaLaLa Laê
LaLaiê LeLeLe LeLeiá


Um é ímpar, dois é par (4x)
É de Gana essa cigana
É de lá
Do tabuleiro
O valor de quem se ama
É de lá
Meu canto inteiro

Um é ímpar, dois é par (4x)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Margareth se divide entre a noite de Preta Gil e a 'Noite da Beleza Negra'

Salvador (Bahia) - Na madrugada deste domingo, 13 de fevereiro de 2011, Margareth Menezes se dividiu entre a noite de Preta Gil - como convidada da última apresentação do show Noite Preta na boate Maddre - e a 32ª edição da Noite da Beleza Negra, concurso promovido pelo bloco afro Ilê Aiyê para eleger a Deusa de Ébano de 2011. Antes de se apresentar como atração principal do concurso realizado na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, sede do bloco afro, Maga dividiu o palco da boate Maddre com Preta. Com a filha de Gilberto Gil, a cantora baiana - vista com Preta na foto de Rodrigo Amaral - interpretou seus hits carnavalescos Saudação a Caboclo (Selei meu Cavalo Selei) - tema de Quirino e Cacau Araújo que Maga promove na folia de 2011 - e Dandalunda (Carlinhos Brown), antes de terminar sua participação com medley que agregou Toté de Maianga (Gerônimo e Saul Barbosa), Cavaleiro de Aruanda (Tony Osanah) e Preta Pretinha (o clássico do grupo Novos Baianos, hit de 1972).

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

'Naturalmente Acústico' documenta a irregularidade da obra de Margareth

Resenha de CD e DVD
Título: Naturalmente Acústico
Artista: Margareth Menezes
Gravadora: MZA Music
Cotação: * * *

Naturalmente Acústico - 13º título da discografia de Margareth Menezes - documenta a irregularidade que pauta a obra da calorosa cantora, uma das melhores intépretes do universo da música afro-pop-baiana rotulada como axé music. Através de cenas de bastidores, clipes fimados em cenários naturais da Bahia e takes captados no estúdio Ilha dos Sapos, em Salvador (BA), o DVD esboça retrato pálido da artista que canta profissionalmente desde 1987, ano em que lançou single com Faraó - Divindade do Egito, samba-reggae de Luciano Gomes, desde então obrigatório nos shows da intérprete. Por mais que conte com a aura mítica que cerca locações baianas como o Candeal e a Praia da Ribeira, Naturalmente Acústico resulta e soa extremamente redundante quando rebobina músicas do álbum que o inspirou, Naturalmente (2008), trabalho de sotaque pop em que a artista procurou se dissociar (momentaneamente) do universo da axé music. O teor de novidade reside nas músicas inéditas na voz quente de Maga. Mesmo assim, a irregularidade do repertório reforça a impressão de que a artista não conduziu sua discografia com o devido rigor estilístico.  Entre os destaques, presentes tanto no DVD quanto no CD, figuram o harmonioso dueto com Roberto Mendes em A Beira e o Mar - tema que evoca o balanço do Recôncavo Baiano e que deu título ao álbum lançado por Maria Bethânia em 1984 - e o medley explosivo que junta FM Rebeldia (Alceu Valença) com Qual É? (Marcelo D2 e David Corcos). Já o dueto com Carlinhos Brown em Amor Ainda - balada pop romântica assinada por Brown em parceria com a própria Margareth - não empolga pela pegada trivial da canção. Como compositora, Maga se sai (um pouco) melhor em Quero te Abraçar, samba-reggae diluído em solução pop. Contudo, a faixa com mais jeito de hit carnavalesco é Saudação a Caboclo (Selei meu Cavalo Selei), tema de Gilson Quirino e Cacau Araújo cuja batida afro-brasileira remete a Dandalunda e outros sucessos da cantora na folia baiana. Fora do circuito dos trios, Margareth revive O Quereres - sem evidenciar as sutilezas da letra de Caetano Veloso, mas com pegada roqueira que fica heavy no fim - e Gracias a la Vida. No registro do tema da compositora chilena Violeta Parra (1917 - 1967), propagado na voz politizada da cantora argentina Mercedes Sosa (1935 - 2009), a cantora é acompanhada ao violão por Saul Barbosa (1953 - 2010). Trata-se de uma das últimas gravações do compositor baiano, morto em 15 de setembro. Com seu violão, Saul pôs delicioso molho de salsa em Gracias a la Vida que dá frescor à música, ainda que o forte significado da letra se dilua diante da vivaz moldura rítmica que envolve o tema.  Voa (Abala Tudo) - reggae bem pop de autoria de Duller, Luciano Luila, Faísca e Fumaça que parece vocacionado para as paradas - e Côco do M (Jacinto Silva e Zé do Brejo) completam o cardápio de novidades na voz da artista sem desfazer a impressão de que Naturalmente Acústico não faz jus ao canto forte de Maga.