Mauro Ferreira no G1

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sábado, 25 de agosto de 2012

Chegam ao CD três álbuns de Juarez Araújo, saxofonista cheio de bossa

No mesmo ano de 1962 em que o saxofonista norte-americano Stan Getz (1927 - 1991) sedimentou seu nome nos Estados Unidos ao soprar em seu tenor a leveza da Bossa Nova, sintetizada no álbum Jazz Samba (Verve, 1962), gravado por Getz com o guitarrista norte-americano Charlie Byrd (1925 - 1999), um músico brasileiro - egresso de Pernambuco, mas àquela altura já radicado nos Estados Unidos - também mostrou que se podia tocar um sax tenor cheio de bossa. Juarez Araújo (7 de outubro de 1930, Surubim, PE - 5 de outubro de 2003, Rio de Janeiro, RJ) nunca obteve o reconhecimento mundial de Stan Getz e tampouco fez fama no Brasil. Mas seus álbuns ainda hoje são cultuados por músicos bossanovistas. Três deles - O Inimitável Juarez (1962), Bossa Nova nos "States" (1962) e Masterplay Goes To New York (1963), lançados pela extinta gravadora Masterplay - chegam ao formato digital em reedições produzidas por Marcelo Fróes para seu selo Discobertas. As reedições reproduzem os textos dos LPs originais. Um deles, escrito pelo cronista e compositor Sérgio Porto (1923 - 1968) para a contracapa de Bossa Nova nos "States", é especialmente elucidativo por dissecar a gênese do samba-jazz, por perfilar o artista e por detalhar as 12 gravações do ótimo álbum.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

No mesmo ano de 1962 em que o saxofonista norte-americano Stan Getz (1927 - 1991) sedimentou seu nome nos Estados Unidos ao soprar em seu tenor a leveza da Bossa Nova, sintetizada no álbum Jazz Samba (Verve, 1962), gravado por Getz com o guitarrista norte-americano Charlie Byrd (1925 - 1999), um músico brasileiro - egresso de Pernambuco, mas àquela altura já radicado nos Estados Unidos - também mostrou que se podia tocar um sax tenor cheio de bossa. Juarez Araújo (7 de outubro de 1930, Surubim, PE - 5 de outubro de 2003, Rio de Janeiro, RJ) nunca obteve o reconhecimento mundial de Stan Getz e tampouco fez fama no Brasil. Mas seus álbuns ainda hoje são cultuados por músicos bossanovistas. Três deles - O Inimitável Juarez (1962), Bossa Nova nos "States" (1962) e Masterplay Goes To New York (1963), lançados pela extinta gravadora Masterplay - chegam ao formato digital em reedições produzidas por Marcelo Fróes para seu selo Discobertas. As reedições reproduzem os textos dos LPs originais. Um deles, escrito pelo cronista e compositor Sérgio Porto (1923 - 1968) para a contracapa de Bossa Nova nos "States", é especialmente elucidativo por dissecar a gênese do samba-jazz, por perfilar o artista e por detalhar as 12 gravações do ótimo álbum.