Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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domingo, 22 de maio de 2016

Joyce grava em 'Palavra e som' baião nascido rancho com letra de Torquato

Em 2014, Joyce Moreno tomou conhecimento - por meio de postagem no Facebook do poeta e compositor Ronaldo Bastos - de inédito poema do compositor Torquato Neto (1944-1972). Naquele mesmo ano, a cantora e compositora carioca musicou os versos de O poeta nasce feito, escritos em 1969 pelo poeta piauiense quando ele estava em Paris, na França, e entregues a Bastos por Torquato tão logo o poema foi feito. Composta em ritmo de marcha-rancho (certamente pelo fato de a compositora ter ficado sugestionada por saber que Torquato tinha registrado em papel a ideia de abrir a parceria com Joyce com o envio de uma letra que, na imaginação do poeta, viraria uma marcha-rancho), a música foi - enfim - registrada em disco pela artista neste primeiro semestre de 2016. Só que, em vez de marcha-rancho, a música foi gravada com batida de baião. A primeira parceria de Joyce e Torquato Neto integra o repertório basicamente autoral do CD Palavra e som, gravado pela artista sob encomenda do mercado fonográfico do Japão e - por ora - sem previsão de edição no Brasil.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Com Dori, Joyce grava parceria com João Cavalcanti para CD 'Palavra e som'

A IMAGEM DO SOM - Postada por Joyce Moreno em perfil do Facebook, a foto mostra a cantora e compositora carioca com o conterrâneo Dori Caymmi em estúdio da cidade do Rio de Janeiro (RJ) no qual a artista grava o álbum de músicas inéditas Palavra e som. O cantor e compositor gravou participação neste disco que está sendo feito por Joyce sob encomenda para o mercado fonográfico do Japão. Dori pôs voz em Dia lindo, música composta por Joyce com João Cavalcanti. O repertório autoral de Palavra e som abarca músicas como Sambando no apocalipse - registrada por Joyce com os músicos Alfredo Del-Penho, Paulino Dias e Pedro Amorim - e Mingus, Miles & Coltrane, entre outras.

segunda-feira, 21 de março de 2016

'Sambando no apocalipse', Joyce Moreno grava álbum de inéditas para Japão

Joyce Moreno começa a gravar hoje, 21 de março de 2016, o 35º álbum de discografia iniciada em 1968. Trata-se de disco de músicas inéditas, gravado sob encomenda para o mercado japonês, assim como Tudo (Omagatoki, 2012), álbum lançado no Brasil em 2013 pela gravadora Biscoito Fino. Uma das músicas inéditas e autorais do 35º álbum de Joyce - em foto de Philippe Leon - é Sambando no apocalipse. O último CD de Joyce, Cool (Sony Music, 2015), não foi editado no Brasil.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Em show no Rio, Zélia canta Milton (também) através de Chico, Joyce e Horta

Zélia Duncan pegou o trem mineiro na companhia de Jaques Morelenbaum. Em terno show feito somente com o violoncelo do músico carioca, a cantora fluminense deu sua voz grave a 20 canções amigas do repertório de Milton Nascimento. Nem todas as músicas do show - que estreou na noite de ontem, 5 de maio de 2015, dentro da programação da terceira edição do projeto Inusitado - foram compostas por este carioca de alma mineira, mas todas ganharam a voz de Milton. Entre as criações alheias, Zélia cantou músicas de Chico Buarque, Joyce Moreno, Lô Borges e Toninho Horta. A grande maioria do repertório do show foi gravada por Milton na década de 1970, quando sua voz era divina, como bem caracterizou Elis Regina (1945 - 1982) - intérprete de parte dessas canções - com adjetivo lembrado por Zélia no palco do Teatro de Câmara da Fundação Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ). Com transmissão ao vivo agendada para as 21h de hoje no Canal Bis, o show aborda o repertório de Milton em período que vai de 1967 - ano da seminal Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), cantada por Zélia no fecho do bis - até 1981, ano de Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant). Eis o roteiro seguido em 5 de maio de 2015 por Zélia Duncan e Jaques Morelenbaum - em foto de Rodrigo Goffredo - na Cidade das Artes na estreia do lindo show criado para terceira edição do Inusitado, projeto do executivo André Midani: 

1. Ponta de areia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1974)
2. Canção amiga (Milton Nascimento e Carlos Drummond de Andrade, 1978)
3. Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981)
4. O que foi feito devera (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1978) /
    O que foi feito de Vera (Milton Nascimento e Márcio Borges, 1978)
5. Canção da América (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1979)
6. Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1974)
7. Caxangá (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1977)
8. Beijo partido (Toninho Horta, 1975)
9. Mistérios (Joyce Moreno e Maurício Maestro, 1978)
10. Volver a los 17 (Violeta Parra, 1966)
11. Tudo que você podia ser (Lô Borges e Márcio Borges, 1972)
12. Nada será como antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972)
13. O que será? (À flor da pele) (Chico Buarque, 1976)
14. San Vicente (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1972)
15. Calix bento (tema de Folia de Reis com música e letra adaptada por Tavinho Moura)
16. Peixinho do mar (cantiga de marujada em adaptação de Tavinho Moura)
17. Cravo e canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971)
Bis:
18. Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972)
19. Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Gismonti e Joyce avalizam incursão de Aurélie & Verioca por sons do Brasil

Composição instrumental de Egberto Gismonti, gravada em 1980 pelo artista fluminense para seu álbum Em família (EMI-Odeon, 1981), Lôro ganhou versos em francês da letrista Aurélie Tyszblat. Autorizada por Gismonti, a versão intitulada À la dérive pode ser ouvida no álbum Pas à pas (França, 2014), da dupla francesa Aurélie & Verioca. Gravado entre França e Brasil, o disco está sendo editado no mercado brasileiro neste primeiro semestre de 2015 com distribuição da Tratore. Aurélie Tyszblat e Verioca Lherm mostram bom domínio do idioma musical do Brasil neste CD em que compõem, tocam e cantam ritmos como samba, choro e baião. Com incursões profissionais pelo Brasil desde 2012, Aurélie & Verioca - parceiras desde 2007 - fazem em Pas à pas conexões com a cantora e compositora carioca Joyce Moreno - que canta Chocolat for (h)all, música que vem a ser versão com letra (de Aurélie) de For hall (2004), tema instrumental de Joyce - e com o compositor e violonista paulistano Swami Jr. - autor da música vertida por Aurélie para o francês com o título de Le temps d'un samba. Swami toca violão (de sete cordas) nessa faixa de Pas à pas.

domingo, 5 de abril de 2015

Joyce grava outro álbum para o Japão com Tutty, Hélio Alves e Stroeter

A IMAGEM DO SOM - Cultuada no exterior, Joyce Moreno grava outro álbum para o mercado japonês neste mês de abril de 2015. Postada pela cantora e compositora carioca em seu perfil no Facebook, a foto acima mostra a artista - da esquerda para a direita - com o produtor japonês Kazuo Yoshida,  o baterista Tutty Moreno,  o pianista Hélio Alves e com o baixista Rodolfo Stroeter.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Joyce inaugura parceria com João Cavalcanti, Moacyr Luz e Zélia Duncan

Joyce Moreno continua em fase de grande produtividade como cantora e compositora. A artista carioca - em foto de Leo Aversa - está abrindo parcerias simultâneas com João Cavalcanti (cantor e compositor projetado no grupo carioca Casuarina), com Moacyr Luz e com Zélia Duncan.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CD em que Joyce canta alegrias e tristezas do Rio ganha edição nacional

Álbum gravado pela cantora e compositora carioca Joyce Moreno em abril de 2011 na cidade do Rio de Janeiro (RJ), sob encomenda para o mercado fonográfico do Japão (país aonde o disco foi lançado no segundo semestre daquele ano de 2011), o CD Rio de Janeiro vai enfim ser lançado no Brasil. A edição nacional do disco vai chegar às lojas em fevereiro de 2015, a tempo de celebrar os 450 anos da cidade, a serem festejados em 1º de março. No álbum de voz e violão, Joyce se exercita como intérprete de músicas alheias em repertório que expõe alegrias e tristezas da cidade. Clique aqui para reler a resenha do (excelente) álbum - feita pelo blog Notas Musicais a partir da edição europeia, lançada pela gravadora inglesa Far Out Recordings em março de 2012.

sábado, 21 de junho de 2014

Fatboy Slim põe Ben, Elis, Gil e Joyce em sua pista no duplo 'Bem Brasil'

O DJ e músico britânico Norman Cook - conhecido no universo pop pelo nome artístico de Fatboy Slim - está de olho no lance. No CD Fatboy Slim presents Bem Brasil, lançado pela Universal Music neste mês de junho de 2014 para pegar carona na mídia sobre a Copa do Mundo disputada no Brasil, o DJ põe na sua pista gravações de André Abujamra, Bebeto, Elis Regina (1945 - 1982), Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Joyce Moreno e MPB-4. Contudo, Fatboy Slim não assina o set sozinho. Para fazer os 20 remixes que compõem Bem Brasil, Slim arregimentou colegas DJs e produtores como Felguk, DJ Fresh, DJ Marky, Doorly, Joey Negro, NERVO, Psychemagik e Yousef. O disco é duplo e conceitual. No CD 1, Para noite, o foco são os sons das raves, das festas noturnas em praias e das boates das metrópoles. É nesse clima noturno que se ambientam os remixes de Taj Mahal (Jorge Ben Jor, 1972) - assinado por Felguk, duo de origem carioca formado pelos DJs e produtores Felipe Lozinsky e Gustavo Rozenthal - e de O cavaleiro e os moinhos (João Bosco e Aldir Blanc, 1976). Nessa música de força política lançada no roteiro do show Falso brilhante (1975) e ora trazida para a pista pelo DJ britânico Yousef, Elis se valia dos versos metafóricos de Aldir Blanc para bradar que iria ter fim a opressão da ditadura que abafava os ares do Brasil desde 1964. No CD 2, Para dia, a intenção do DJ foi fazer um som em sintonia com o clima mais ensolarado e relaxante dos barzinhos e das praias. É nessa clima que o paulistano DJ Marky remixa a gravação de Agiborê (Tom e Dito, 1972) feita pelo grupo MPB-4 para seu álbum Cicatrizes (Philips, 1972). E que o duo britânico Psychemagik - representante da nova cena dance - reprocessa o suingue de Aldeia de Ogum, música de Joyce Moreno, lançada pela cantora e compositora carioca em seu álbum Feminina (EMI-Odeon, 1980). Nome recorrente nas pistas europeias desde os anos 1990, Joyce - a propósito - é erroneamente creditada em Bem Brasil como uma das autoras de Princesa negra de Angola, música de Bebeto e Dhema, lançada pelo paulistano Bebeto em seu álbum Esperanças mil (Copacabana, 1977) e remixada pelo DJ Doorly. Duas gravações de Gilberto Gil, Maracatu atômico (Jorge Mautner e Nelson Jacobina, 1973) e Toda menina baiana (Gilberto Gil, 1979), também figuram no CD Para dia em remixes assinados por Greg Wilson com Derek Kaye e pelo DJ britânico Ashley Beedle, respectivamente. Com repertório completado por músicas inéditas de autoria dos DJs  e produtores (Carl Cox, por exemplo, contribui com Keepee uppee), Bem Brasil tem o mérito de pôr em campo um som eletrônico produzido a partir do suingue brasileiro, valorizando mais o país do que o álbum oficial da Copa.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Álbuns de Edu, Gal, Joyce, Ney e Ramil disputam o 25º prêmio da música

Edu Lobo, Gal Costa, Joyce Moreno, Lula Queiroga, Ney Matogrosso e Vitor Ramil estão entre os 103 nomes indicados nas 16 categorias da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira. Todos têm discos concorrendo a prêmios de melhor álbum nas categorias MPB e Pop / Rock / Reggae / Hip hop / Funk. Mas chama atenção fato inédito na história do prêmio idealizado e produzido pelo empresário José Maurício Machline: indicado a melhor álbum de Pop / Rock / Reggae / Hip hop / Funk, o quarto disco solo do cantor e compositor pernambucano Lula Queiroga, Todo dia é o fim do mundo (2011), já havia disputado em 2012 o mesmo prêmio, na mesma categoria, na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira. A sua nova (discutível...) indicação é resultante de o CD ter sido reeditado em 2013 pela gravadora Universal Music, dois anos após Queiroga ter lançado o disco de forma independente. Seja como for, Todo dia é o fim do mundo vai disputar o troféu com Atento aos sinais (Som Livre, 2013 - registro de estúdio do atual show do cantor Ney Matogrosso) e com Recanto ao vivo (Universal Music, 2013 - registro ao vivo do atual show da cantora Gal Costa). Na categoria MPB, os três CDs indicados ao troféu de melhor álbum do gênero são Edu Lobo & Metropole Orkest (Biscoito Fino, 2013), Foi no mês que vem (Satolep Music, 2013 - CD duplo revisionista do compositor gaúcho Vitor Ramil) e Tudo (Biscoito Fino, 2013 - álbum de inéditas gravado por Joyce Moreno em 2012 para o mercado japonês). Os 103 indicados foram revelados hoje, 14 de abril de 2014.

domingo, 30 de março de 2014

Eis a capa de 'Raiz', CD de Joyce que vai ser lançado em junho no Japão

Esta é a capa de Raiz, CD de bossa nova gravado por Joyce Moreno em fevereiro deste ano de 2014, no Rio de Janeiro (RJ), para o mercado japonês. O disco - gravado pela cantora, compositora e violonista carioca com os músicos Hélio Alves (piano), Rodolfo Stroeter (baixo) e Tutty Moreno (bateria) - tem lançamento agendado para 14 de junho pelo selo Omagatoki. O repertório - divulgado pela artista antes das gravações em seu blog Outras bossas - inclui músicas como Cartão de visita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), Madame quer sambar (Roberto Menescal, Carlos Lyra e Joyce Moreno, 2013), O barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961), O morro não tem vez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963) e Tamba (Luiz Eça, 1952). Luxo só!

terça-feira, 18 de março de 2014

Joyce Moreno apresenta 'Setenta anos', CD de inéditas de Dori Caymmi

Coube a Joyce Moreno - com quem Dori Caymmi gravou o álbum Rio-Bahia, lançado em 2005 no Japão - escrever o texto que apresenta Setenta anos, disco de inéditas que celebra as sete década de vida do cantor, compositor, violonista e arranjador carioca. Eis o texto sucinto e preciso de Joyce sobre o CD de voz e violão que Dori - em foto de Myrian Vilas Boas - lança neste mês de março de 2014, em edição da gravadora Acari Records, com 13 músicas inéditas:

"O violão é a mais perfeita tradução musical do Brasil.  E meu amigo Dori Caymmi é um dos mestres do violão brasileiro. Durante estes tantos anos de amizade e música, não foram poucas as vezes em que me flagrei 'estudando' com ele, observando seus acordes e as harmonias que ninguém no planeta faz igual. O Dori cantor é igualmente sublime, enchendo de sentido e emoção qualquer canção em que se aventure. Mas aqui está o compositor. Aos setenta anos, sem precisar provar mais nada, Dori se reinventa a cada dia, compondo com a fome de bola de um garoto e a calma de um velho marinheiro.

Quando se espera que o compositor descanse sobre a grande obra  já construída, ele vem com este CD, de deslumbrante simplicidade, homenageando o instrumento do qual é ao mesmo tempo parceiro e senhor. Músicas inéditas, despidas de qualquer recurso que não seja a própria beleza, todas infalivelmente matadoras, criadas sobre poemas de Paulo César Pinheiro, parceiro de tantos anos. Canções que falam de um paraíso perdido, um país que talvez só exista ainda na imaginação dos poetas. De um Brasil que hoje, quem sabe, talvez seja apenas uma fotografia na parede. Mas como dói."
        
                      Joyce Moreno
                      Rio de Janeiro, verão de 2014

terça-feira, 11 de março de 2014

Joyce grava dois álbuns, um de 'pura bossa nova' e outro de voz e piano

Em fase de grande produtividade no mercado fonográfico, Joyce Moreno - em foto de Leo Aversa - apronta dois discos. Um deles, de "pura bossa nova", como a cantora revelou em seu blog, se chama Raiz e tem a participação de Roberto Menescal (compositor e músico carioca que, em 1964, há 50 anos, pôs a artista carioca, pela primeira vez, em estúdio de gravação). Foi feito sob encomenda para o mercado japonês, mas deverá ser editado também na Europa. Gravado com dois virtuoses paulistas, o pianista Hélio Alves e o baixista Rodolfo Stroeter, esse disco de bossa nova traz no repertório músicas como Cartão de visita (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964), Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959), Madame quer sambar (Roberto Menescal, Carlos Lyra e Joyce Moreno, 2013), O Barquinho (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, 1961) e Tamba (Luiz Eça, 1952). Já o outro álbum - gravado nos Estados Unidos neste mês de março de 2014 - é CD centrado na voz de Joyce e no piano do músico norte-americano Kenny Werner, que tocou em vários discos feitos pela artista para o exterior. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Célia grava novas de Fátima e Joyce em álbum que traduz SP via Gil e Criolo

♪ Célia ganhou músicas inéditas das compositoras Fátima Guedes e Joyce Moreno para incluir no disco que começa a gravar nesta segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014. Produzido por Thiago Marques Luiz para seu recém-aberto selo Nova Estação, o 13º álbum da cantora paulistana - em foto de Jardiel Carvalho - vai moldar retrato contemporâneo da cidade de São Paulo (SP) através de músicas como  Punk da periferia (Gilberto Gil, 1983)  e  Não existe amor em SP (Criolo, 2011).

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Todas as faces de Joyce Moreno se harmonizam no refinado show 'Tudo'

Resenha de show
Título: Tudo 
Artista: Joyce Moreno (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Miranda (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 5 de setembro de 2013
Cotação: * * * *

"Tudo é melodia / Tudo é harmonia / Tudo é uma canção", sentencia Joyce Moreno na bela música que dá título ao álbum que gravou para o Japão em 2012 e que lançou no Brasil neste ano de 2013. Canção que prega a tolerância, como ressaltou a artista para o público antenado que foi ver seu show na casa carioca Miranda na noite de 5 de setembro, Tudo (Joyce Moreno, 2012) é atestado da inspiração perene desta compositora que ajudou a abrir caminhos para a produção feminina nacional na virada dos anos 70 para os 80. Não é à toa que o show Tudo - enfim apresentado no Rio de Janeiro (RJ), cidade natal da cantora - abre com Samba de mulher (Joyce Moreno e Léa Freire, 1995) e fecha com Feminina (Joyce Moreno, 1979), samba que marcou o início da fase de maior popularidade da carreira da artista no Brasil. Contudo, a obra de Joyce Moreno se tornou plural ao longo dessa trajetória profissional que já caminha para os 50 anos, contabilizados a partir de sua primeira gravação oficial, feita em 1964 para disco do grupo vocal Sambacana. Tudo, o show, ilumina e harmoniza as várias faces musicais de Joyce Moreno - ainda que esteja obviamente calcado na vigorosa safra inédita e autoral do CD feito para o mercado japonês. Se Puro ouro (Joyce Moreno, 2012) faz reluzir no show a face da artista que também bebeu na fonte do samba-jazz dos anos 60, Estado de graça (2012) - primeira parceria da compositora com Nelson Motta - ilumina a cantora que, como todos de sua geração, se banhou nas águas da Bossa Nova. Não por acaso, o samba mais mordaz do disco e do show Tudo se chama Quero ouvir João (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro, 2012) em alusão ao genial criador da Batida Diferente que revolucionou tudo em 1958. Já Essa mulher (Joyce Moreno e Ana Terra, 1979) põe em cena a compositora de canções que, no show, ganham o toque jazzístico do trio formado pelo pianista Rafael Vernet, o baixista Rodolfo Stroeter e o baterista Tutty Moreno. E, como se isso fosse tudo, há também a intérprete que se maturou com o tempo e que dá as caras nos sambas Céu e mar (Johnny Alf, 1953) - número ensolarado, cheio de energia - e Adeus, América (Haroldo Barbosa e Geraldo Jaques, 1948), tema em que a musicista expõe a ginga que enlouquece os gringos desde os anos 90, década em que a música de Joyce Moreno caiu na pista. A face da musicista - que toca em cena o primeiro violão que comprou com seu dinheiro, há mais de 40 anos, como revelou à plateia com humor - é exposta especialmente no set de voz-e-violão em que Joyce cai no samba ao som de composições de Billy Blanco (1924 - 2011) e Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), saudados por ela com Viva meu samba (1958) e Águas de março (1972), respectivamente. Vinicius de Moraes (1913 - 1980) também é lembrado com Medo de amar (1958) por esta artista negra demais no coração que em 1988 gravou disco dedicado à obra do poeta compositor. De volta à sua seara autoral, Joyce mostra Choro do anjo (Joyce Moreno, 2012), de toque jazzy, e reitera o apurado senso rítmico ao levar nos vocalises o tema instrumental Tringuelingue (Joyce Moreno), composto com inspiração nos sons ouvidos na praia. À vontade nessa sua praia, a carioca recebe o cantor conterrâneo Zé Renato para cantar dois sambas de safra recente. Pra você gostar de mim (2012) - com música de Zé e letra de Joyce - é puro ouro. Um grande samba que poderia até cair na boca do povo se a trilha sonora do Brasil fosse a dos anos 70 ou 80. Dor de amor é água (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro, 2012) é valorizado pelo dueto de Joyce com Zé Renato, feito no show tal como no disco. No fim, Aquelas canções em mim (Joyce Moreno, 2012) faz bater uma saudade de um Brasil que já foi mais evoluído do ponto de vista musical. Era um Brasil que ouvia Mistérios (Joyce Moreno e Maurício Maestro, 1979), canção que trouxe Zé Renato de volta ao palco, já no bis, em dueto que fez todo o sentido porque a música figura tanto no repertório de Joyce como no do Boca Livre. No passado ou no presente, tudo é harmonia no som de Joyce Moreno.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Simone dá voz a Alzira, Fátima, Joyce, Rita e Ro Ro em CD de mulheres

Gravado sob produção de Bia Paes Leme e Leandro Braga, pianista que assina os arranjos, o CD com que Simone festeja 40 anos de carreira é focado em canções compostas por mulheres. Simone dá voz a músicas de Alzira Espíndola, Angela Ro Ro, Fátima Guedes, Joyce Moreno, Rita Lee e Sueli Costa, entre outras compositoras. Zélia Duncan - envolvida na produção do disco, gravado no Rio de Janeiro (RJ) no estúdio da gravadora Biscoito Fino - é parceria de Simone na inédita Só se for. O CD vai ser lançado no início de outubro 2013 pela Biscoito Fino. 

domingo, 16 de junho de 2013

Álbum 'Tudo' flagra Joyce Moreno em estado de graça como compositora

Resenha de CD
Título: Tudo
Artista: Joyce Moreno
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * * 1/2

Tudo - álbum gravado por Joyce Moreno para o Japão em março de 2012 - ganha edição no Brasil quase um ano após ter sido editado no país que o encomendou. Somente por ser o primeiro álbum de inéditas autorais da compositora carioca desde Just a little bit crazy (2004) - CD lançado no Brasil com o título de Banda Maluca - Tudo já merece atenção do público que admira essa cantora projetada em escala nacional na virada dos anos 70 para os 80. De todo modo, trata-se de um dos melhores discos da artista. Em estado de graça como compositora, Joyce apresenta inspirada safra de inéditas compostas com certa diversidade rítmica, ainda que o samba seja o ritmo predominante no repertório. A agalopada Boiou (Joyce Moreno) é a obra-prima de Tudo, levando Joyce para a terra nordestina com um toque jazzy. Ambientada na praia carioca frequentada por Joyce desde o início de sua trajetória musical, Estado de graça (Joyce Moreno e Nelson Motta) cria um clima de bossa para a cantora dar voz aos versos que citam Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro, 1937) e que, ao fim, incorporam improvisada alusão a Só tinha de ser com você (Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira, 1964). Em outro ponto carioca, mais para o Centro do Rio de Janeiro (RJ), o samba Puro ouro (Joyce Moreno) convida a mocidade para sambar e embute no chamado os apropriados vocais do coletivo Segunda Lapa - formado por Alfredo Del Penho, João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda, cantores que foram à luta quando o samba mandou lhes chamar. "Toda sexta-feira / A moçada quer sambar", reitera Joyce nos versos iniciais de Quero ouvir João (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro), samba que traça, com a visão crítica do poeta, o mapa dos atuais sons do Rio de Janeiro, cidade partida até na música que abriga tanto o pancadão do funk quanto a levada cadenciada do reggae. "É tanta barulheira / Música de réveillon / Ninguém ouve nada, não / Ninguém ouve, não / É pau na moleira / Tudo feito pra dançar / De tanta besteira / O que é que ainda vai ficar?", questiona Joyce através dos versos nacionalistas do conservador Pinheiro, para quem basta um violão e uma voz. A de João, claro. João Gilberto, a quem Joyce de certa forma reverencia na atmosfera de bossa que aclimata Aquelas canções em mim (Joyce Moreno), bela música de amor que embute algum saudosismo. Sim, já temos um passado e, por isso, a impressionista Claude et Maurice (Joyce Moreno) tem arranjo vocal (de Maurício Maestro) que remete ao legado de grupos como Os Cariocas. Mais agitada, Tringuelingue é tema instrumental formatado com sons ambientes de uma praia e com vocalises que reiteram o senso rítmico de Joyce, cujo suingue propiciou sua descoberta pelos DJs europeus que a projetaram ao longo dos anos 90 na Inglaterra (país, aliás, onde Tudo está sendo lançado pelo selo britânico Far Out Recording neste mês de junho de 2013). De tom ensolarado, o samba Domingo de manhã (Joyce Moreno) reitera a carioquice entranhada no disco e perceptível também no Choro do anjo (Joyce Moreno), choro de toque jazzy e temática espiritualista. Samba dolente que abre a parceria de Joyce com Teresa Cristina, Sem poder dançar expõe feminilidade também embutida no cancioneiro da compositora que obteve sucesso popular justamente com um álbum intitulado Feminina (1980). Parceiro de Joyce em Pra você gostar de mim, samba cuja introdução remete à obra de Baden Powell (1937 - 2000), Zé Renato também figura em Tudo como cantor, dividindo com a anfitriã os versos de outro samba, Dor de amor é água (Joyce Moreno e Paulo César Pinheiro). No fim, a música-título Tudo (Joyce Moreno) restaura o clima de bossa e reitera a inspiração da safra autoral registrada pela cantora e compositora neste disco produzido pela própria Joyce com o baterista Tutty Moreno, integrante com o pianista Hélio Alves e o baixista Rodolfo Stroeter da banda que construiu a sonoridade precisa deste grande álbum em que, como diz a bonita faixa-título, tudo é poesia, melodia e harmonia. Enfim, tudo é uma canção.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Com dois álbuns inéditos no País, Joyce opta por lançar 'Tudo' no Brasil

Ao longo de 2012, Joyce Moreno lançou dois álbuns no mercado externo. Rio de Janeiro - ou simplesmente Rio, como creditado na capa da edição do selo inglês Far Out - foi lançado no primeiro semestre de 2012 na Europa. No segundo semestre, Tudo - álbum de inéditas autorais - chegou às lojas do Japão. Na impossibilidade de lançar de imediato os dois CDs no Brasil, a cantora e compositora carioca decidiu lançar primeiramente Tudo no mercado nacional. A decisão foi tomada após uma enquete informal promovida por Joyce com seu público. Tudo apresenta parcerias de Joyce com Paulo César Pinheiro (Quero ouvir João e Dor de amor é água), Teresa Cristina (Sem poder dançar), Nelson Motta (Estado de graça, "bossa super slow" na definição de Joyce) e Zé Renato (Pra você gostar de mim), convidado da já citada faixa Dor de amor é água. Sozinha, Joyce assina oito das 13 músicas: Tringuelingue, Aquelas canções em mim, Puro ouro (samba gravado com Alfredo Del Penho, João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda), Choro do anjo, Boiou (com arranjo vocal de Maurício Maestro), TudoDomingo de manhã e Claude et Maurice (com um arranjo vocal de Maestro).

sábado, 11 de agosto de 2012

Disco de inéditas de Joyce, 'Tudo' já está disponível no mercado japonês

Álbum de inéditas autorais gravado por Joyce Moreno no Rio de Janeiro (RJ) para o mercado japonês, Tudo foi lançado na terra do sol nascente em 25 de julho de 2012, em edição do selo Omagatoki distribuída pela gravadora Columbia. Já disponível para venda em lojas virtuais, Tudo alinha parcerias de Joyce com Paulo César Pinheiro (Quero Ouvir João e Dor de Amor é Água), Teresa Cristina (o samba Sem Poder Dançar), Nelson Motta (Estado de Graça, "bossa super slow", na definição de Joyce) e Zé Renato (Pra Você Gostar de Mim), convidado da já citada faixa Dor de Amor e Água. Joyce Moreno assina sozinha oito das 13 músicas. São elas: Tringuelingue, Aquelas Canções em MimPuro Ouro (samba gravado com Alfredo Del Penho, João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda), Choro do AnjoTudo, Boiou (com arranjo vocal de Maurício Maestro), Domingo de Manhã e Claude et Maurice (outra faixa de vocais orquestrados por Maestro).Tudo ainda não tem previsão de lançamento no mercado brasileiro.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Com samba e poesia, Joyce retrata em 'Rio' alegrias e tristezas da cidade

Resenha de CD 
Título: Rio de Janeiro
Artista: Joyce Moreno
Gravadora: Far Out Recordings
Cotação: * * * *

Chega a ser irônico que Joyce Moreno abra seu disco Rio de Janeiro (2011) - ou simplesmente Rio, como está creditado na borda lateral da capa do CD lançado na Europa em março deste ano de 2012 pela gravadora inglesa Far Out Recordings - com samba, Adeus, América (Haroldo Barbosa e Geraldo Jaques, 1948), em que expressa saudade do Brasil. Cantora e compositora que tem conseguido dar continuidade à carreira fonográfica por iniciativa de selos da Europa e do Japão, Joyce Moreno apresenta seu álbum de espírito mais carioca. Gravado em 9 e 10 de abril de 2011 no estúdio da gravadora Biscoito Fino, situado na cidade que dá nome ao disco (lançado originalmente no Japão em agosto de 2011),  Rio de Janeiro celebra as belezas da cidade natal de Joyce. A voz e o violão da artista - extremamente suingantes no citado samba Adeus, América - retratam maravilhas da cidade apesar de tudo maravilhosa. Berço do samba que brota no chão da cidade, como sintetiza poético verso do inédito samba Puro Ouro (Joyce Moreno, 2012), o Rio é (bem) retratado em Rio com flashes de alegria e poesia que nem sempre camuflam a tristeza escondida nos barracos da cidade, cenário de Vela no Breu (Paulinho da Viola e Sérgio Natureza, 1976). "A tristeza é senhora", já sentencia Caetano Veloso no verso inicial de Desde que o Samba É Samba (1993), tema providencialmente incluído no afetivo repertório de Rio de Janeiro e alocado próximo da triste e sublime melodia de Feitio de Oração (Noel Rosa e Vadico, 1933). Com muito mais alegrias do que tristezas nesta ode ao Rio, Joyce parece sorrir de nostalgia dentro da linda melodia de Valsa de Uma Cidade (Antonio Maria e Ismael Neto, 1954), introduzida com vocais que remetem ao estilo do grupo Os Cariocas. Tema da lavra autoral da compositora, naturalmente menos inspirado por ter sido o primeiro exercício da artista na arte da composição (feito na adolescência), Rio Meu (Joyce Moreno) explicita já no título o fato de a homenagem à cidade ser feita sob a ótica pessoal e intransferível dessa carioca de Copacabana, bairro retratado com a luz do idealismo em Manhã no Posto 6 (Armando Cavalcanti, 1963), samba do repertório de Wilson Simonal (1938 - 2000) que fala das maravilhas da orla local em celebração reiterada em O Mar (Tom Jobim e Billy Blanco, 1954), faixa na qual a cantora se permite elevar os tons com a mesma desenvoltura com que se aventura pelo particular idioma paulistano do compositor Adoniran Barbosa (1910 - 1982) ao reviver As Mariposa (1955), tema deslocado, ainda que irmanado em medley com o samba Com Que Roupa? (Noel Rosa, 1930) para ilustrar no disco a proximidade geográfica das cidades de Rio de Janeiro e São Paulo. Em bela forma vocal, Joyce sustenta bem a capella os versos iniciais do Samba do Carioca (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1962). Veículo ideal para regravações da bossa-novista Tardes Cariocas (Joyce Moreno, 1983) e da marcha Cidade Maravilhosa (André Filho, 1934), abordada em registro mais melódico de clima mais íntimo e menos carnavalesco, Rio de Janeiro é um dos discos mais sedutores de Joyce Moreno pela costura nem sempre óbvia de repertório e por mostrar que essa carioca cheia de balanço e bossa - devota do samba que brota no chão da cidade - se basta com sua voz e com seu violão.