♪ EDITORIAL - As músicas de Lô Borges e de Samuel Rosa são dois afluentes do mesmo rio mineiro que desaguou na música brasileira no início da década de 1970. Dois rios - a segunda música que os dois compuseram juntos (no caso, com a adesão de Nando Reis), desenvolvendo parceria iniciada com a criação de A última guerra (Samuel Rosa, Lô Borges e Rodrigo Leão, 2000) - explicitou em 2003, em gravação feita para álbum do Skank, a afinidade que aflora plena na gravação ao vivo do show que une os dois cantores, compositores e músicos mineiros. Perpetuado no CD e no DVD Ao vivo no Cine Theatro Brasil, recém-lançados pela Sony Music, o show - na estrada desde 1999 e captado em agosto de 2015 (clique aqui para ler a resenha da gravação ao vivo) - entrelaça no roteiro sucessos do repertório do Clube da Esquina com hits do Skank. Apresentadas como clipes nos extras do DVD e como faixas-bônus no CD, as duas músicas inéditas gravadas pelos artistas para o projeto fonográfico - Dupla chama (composta por Lô com Chico Amaral, parceiro fiel de Samuel desde os primórdios do Skank) e Lampejo (mais uma daquelas canções certeiras feitas por Samuel com Nando Reis) - ilumina e reforça a fina sintonia entre a obra autoral de Lô e o cancioneiro de Samuel. Tal afinidade é alimentada, claro, pelo fato de ambos serem crias e criadores egressos de Belo Horizonte (MG), capital das Geraes. Não por acaso, aliás, o DVD também exibe nos extras o documentário BH e a música de Samuel e Lô. A geografia da música parece importar, pois o som perene do Clube da Esquina - fundado em Belo Horizonte - influenciou a geração de Samuel. E é fato que, em menor grau, o som da geração pop de Samuel também acabou influenciando, duas décadas depois, a obra de Lô. A ponto de os dois terem virados parceiros e estarem na estrada com show que revende os sucessos do Skank e do Clube da Esquina com a bandeira da bela amizade que uniu Lô e Samuel. Feita com "dois lados que deram as mãos", a feira de hits ainda é moderna.
Guia jornalístico do mercado fonográfico brasileiro com resenhas de discos, críticas de shows e notícias diárias sobre futuros lançamentos de CDs e DVDs. Do pop à MPB. Do rock ao funk. Do axé ao jazz. Passando por samba, choro, sertanejo, soul, rap, blues, baião, música eletrônica e música erudita. Atualizado diariamente. É proibida a reprodução de qualquer texto ou foto deste site em veículo impresso ou digital - inclusive em redes sociais - sem a prévia autorização do editor Mauro Ferreira.
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sábado, 23 de abril de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
Duas músicas inéditas turbinam o DVD que exibe o show de Samuel com Lô
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
CD e DVD com a gravação do show de Lô e Samuel saem em março de 2016
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Samuel e Lô fazem 'feira moderna' para (re)vender hits do Clube e do Skank
Resenha de show - Gravação ao vivo de CD e DVD
Título: Multishow ao vivo - Samuel Rosa & Lô Borges
Artistas: Samuel Rosa e Lô Borges (em foto postada no Facebook oficial de Lô Borges)
Local: Cine Theatro Brasil (Belo Horizonte, MG)
Data: 8 de agosto de 2015
Cotação: * * * 1/5
♪ Resenha feita a partir da transmissão ao vivo do show pelo Canal Bis
Título: Multishow ao vivo - Samuel Rosa & Lô Borges
Artistas: Samuel Rosa e Lô Borges (em foto postada no Facebook oficial de Lô Borges)
Local: Cine Theatro Brasil (Belo Horizonte, MG)
Data: 8 de agosto de 2015
Cotação: * * * 1/5
♪ Resenha feita a partir da transmissão ao vivo do show pelo Canal Bis
♪ É sintomático que a primeira música do roteiro da gravação ao vivo do show Samuel Rosa & Lô Borges tenha sido Feira moderna (Beto Guedes, Lô Borges e Fernando Brant, 1970), tocada com pegada de rock. Afinal, de certa forma, os artistas mineiros fizeram uma feira moderna no palco do Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte (MG), para (re)vender hits do Clube da Esquina e do grupo mineiro Skank para um público ávido por ouvir esse repertório de alto quilate. A revenda vai ser feita também em CD e DVD a serem editados via Sony Music no primeiro semestre de 2016 dentro da série Multishow ao vivo - motivo da gravação realizada em 7 e 8 de agosto com as participações realmente especiais de Fernanda Takai e Milton Nascimento (artistas de alma e vivência mineira) na apresentação do dia 8, transmitida ao vivo pelo Canal Bis. A gravação do show Samuel Rosa & Lô Borges - na estrada desde 1999 - eterniza conexão que, a rigor, começou há 19 anos quando Lô regravou um sucesso então recente do Skank, o pop reggae Te ver (Samuel Rosa, Lelo Zaneti e Chico Amaral, 1994), em seu álbum Meu filme (EMI Music, 1996). Sem músicas inéditas para forjar ar de novidade em um roteiro calcado no passado glorioso do Clube da Esquina e do Skank, o roteiro tem seu charme no fato de mostrar Samuel dando voz e guitarra aos standards do Clube - referência primordial na formação musical deste mineiro nascido e criado em Belo Horizonte (MG) - enquanto Lô transita como músico e cantor (meramente eficaz) por sucessos do Skank com a autoridade de ser um dos principais arquitetos das melodias do Clube, ficando atrás somente do genial Milton. A afinidade real entre os dois artistas - exposta já na primeira parceria de ambos, Dois rios (Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges, 2003), estrategicamente alocada no bis - garante a harmonia do show em todos os sentidos. Samuel e Lô se alternam nos violões e nas guitarras enquanto apresentam um repertório calcado em sucessos, ainda que apareçam eventualmente lados B do Skank e do Clube da Esquina. Música menos conhecida do lendário álbum duplo de 1972 de Milton Nascimento e Lô Borges que oficializou a existência do movimento pop mineiro que misturou o som pacífico das Geraes com o rock que se ouvia e se fazia no mundo a partir da segunda metade dos anos 1960, Trem de doido (Lô Borges e Márcio Borges, 1972) é soft rock mineiro que entrou no roteiro a pedido de Samuel ("Essa música salvou a minha vida", exagerou o artista ao justificar em cena sua sugestão). Não por acaso, os lados B do Skank - Amores imperfeitos e As noites, parcerias de Samuel com Chico Amaral, ambas lançadas em 2003 - são de Cosmotron (Sony Music, 2003), álbum que enfatizou as conexões do grupo com o som feito nas esquinas de Minas ao longo dos anos 1970. O fato é que Samuel Rosa pega O trem azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos, 1972) de forma natural, com Lô entrando com a voz somente no refrão, tal como acontece em Três lados (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2000), música irresistível do Skank pela potência pop, mas destoante do tom do show. Em contrapartida, Lô faz dueto com Samuel em músicas como Resposta (Samuel Rosa e Nando Reis, 1998), número de tom folk em que os artistas empunham seus respectivos violões, assim como em Sutilmente (Samuel Rosa e Nando Reis, 2008), música em que Lô canta somente o refrão. Primeira convidada da apresentação de 8 de agosto de 2015, a amapaense - radicada desde os nove anos de idade em Belo Horizonte (MG) - Fernanda Takai solou com a habitual graciosidade Balada do amor inabalável (Samuel Rosa e Fausto Fawcett), música que entrou no clima do show pelo toque dos teclados de Telo Borges, integrante de banda que destacou também o guitarrista Duca Rolim. Paisagem da janela (Lô Borges e Fernando Brant, 1972) ficou mais bonita em cena com o coro espontâneo do público nessa que é uma das músicas mais populares do álbum duplo Clube da Esquina (Odeon, 1972), como ressaltou Lô antes do número. O show faz mais sentido quando os cantores dividem de forma igualitária as interpretações das músicas, como Equatorial (Lô Borges, Beto Guedes e Márcio Borges, 1979), música apresentada em festival estudantil de 1969 com os nomes de seus autores trocados - como Lô conta ao público em momento de humor - mas lançada em disco somente uma década mais tarde. No fim, Tudo que você podia ser (Lô Borges e Márcio Borges, 1971) acentuou a pegada de rock - já restaurada um número antes pela já mencionada música Trem de doido - e preparou o clima para a entrada triunfal de Milton Nascimento, que introduz Para Lennon & McCartney (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant, 1970) com batida funkeada. A presença de Milton por si só já legitima o encontro de Samuel com Lô, mesmo que sua voz já não ostente a força divina de outrora. No fim, tudo acaba em rock, com um trio de guitarras encerrando Um girassol da cor de seu cabelo (Lô Borges e Márcio Borges, 1972), música cantada em dueto por Lô e Samuel. A feira de hits se sustenta pela modernidade atemporal do cancioneiro do Clube da Esquina e do repertório também já eterno do Skank, grupo herdeiro das revoluções do som feito nas Geraes nos anos 1970.
domingo, 9 de agosto de 2015
Samuel e Lô gravam ao vivo em Minas show que teve Milton e roteiro de hits
♪ Sócio fundador do Clube da Esquina, o carioca Milton Nascimento foi a participação mais especial da gravação ao vivo do show Samuel Rosa & Lô Borges. Saudado por Lô Borges, Bituca entrou no palco do Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte (MG), para fazer com os artistas mineiros a última música do show, Para Lennon & McCartney (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant, 1970),que ganhou batida funkeada na introdução feita por Milton - visto em cena na foto postada por Samuel Rosa em sua página oficial no Facebook. Na estrada desde 1999, o show Samuel Rosa & Lô Borges foi gravado em duas apresentações, feitas em 7 e 8 de agosto de 2015, para edição de CD ao vivo e DVD a serem lançados no primeiro semestre de 2016 pela gravadora Sony Music dentro da série Multishow ao vivo. Na companhia de banda formada por Alexandre Mourão (baixo), Doca Rolim (guitarra), Robinson Matos (bateria) e Telo Borges (teclados), irmão de Lô, os dois cantores se revezaram nos violões e nas guitarras enquanto deram voz a um roteiro de hits que entrelaçou clássicos do Clube da Esquina com sucessos do Skank, como a Balada do amor inabalável (Samuel Rosa e Fausto Fawcett, 2000), revivida com adesão de Fernanda Takai. Eis o roteiro seguido por Lô Borges e Samuel Rosa na apresentação de 8 de agosto de 2015, transmitida ao vivo pelo Canal Bis:
1. Feira moderna (Beto Guedes, Lô Borges e Fernando Brant, 1970)
2. O trem azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos, 1972)
3. Te ver (Samuel Rosa, Lelo Zaneti e Chico Amaral, 1994)
4. Clube da esquina nº 2 (Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, 1972)
5. Resposta (Samuel Rosa e Nando Reis, 1998)
6. Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges e Márcio Borges, 2002)
7. Nenhum segredo (Lô Borges, Samuel Rosa e Patrícia Maês, 2011)
8. As noites (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2003)
9. Balada do amor inabalável (Samuel Rosa e Fausto Fawcett, 2000) - com Fernanda Takai
10. Sutilmente (Samuel Rosa e Nando Reis, 2008)
11. Horizonte vertical (Lô Borges, Samuel Rosa e Nando Reis, 2011)
12. Paisagem da janela (Lô Borges e Fernando Brant, 1972)
13. Amores imperfeitos (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2003)
14. Equatorial (Lô Borges, Beto Guedes e Márcio Borges, 1979)
15. Trem de doido (Lô Borges e Márcio Borges, 1972)
16. Tudo que você podia ser (Lô Borges e Márcio Borges, 1971)
17. Três lados (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2000)
18. Para Lennon & McCartney (Lô Borges, Márcio Borges e Fernando Brant, 1970)
- com Milton Nascimento
Bis:
19. Dois rios (Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges, 2003)
20. Um girassol da cor de seu cabelo (Lô Borges e Márcio Borges, 1972)
Bis 2:
21. Vou deixar (Samuel Rosa e Chico Amaral, 2003)
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Samuel revive hits do Clube da Esquina em registro ao vivo de show com Lô
♪ Foi em 1999 que Samuel Rosa e Lô Borges se reuniram pela primeira vez em cena para fazer show cujo roteiro equilibra sucessos do Skank - grupo mineiro do qual Samuel é vocalista, guitarrista e principal compositor - e hits do Clube da Esquina, o movimento dos anos 1970 para o qual Lô contribuiu com clássicos como Para Lennon & McCartney (Márcio Borges, Lô Borges e Fernando Brant, 1970), O trem azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos, 1972), Paisagem da janela (Lô Borges e Fernando Brant, 1972) e Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges e Lô Borges, 1972). Ao lado de parcerias dos artistas mineiros, como Dois rios (2003), os clássicos do repertório do Clube figuram evidentemente no roteiro do show que, 16 anos após sua seminal estreia, ganha registro ao vivo para edição de CD e DVD em apresentações agendadas para hoje e amanhã, 7 e 8 de agosto de 2015, no Cine Theatro Brasil em Belo Horizonte (MG), terra natal dos artistas. O canal Bis vai transmitir ao vivo a apresentação do show Samuel Rosa & Lô Borges às 21h de 8 de agosto.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Lô Borges e Samuel Rosa vão gravar DVD e CD em show em BH em agosto
♪ A gravação ao vivo do show que junta os cantores e compositores mineiros Lô Borges (à esquerda na foto extraída de vídeo do YouTube) e Samuel Rosa vai ser feita em duas apresentações programadas para 7 e 8 de agosto de 2015 no Cine Theatro Brasil, em Belo Horizonte (MG). A gravação do show vai dar origem a DVD e a CD ao vivo que serão lançados em 2016 via Sony Music.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Graziela Medori canta com Seu Jorge e regrava Lô e Raul no segundo álbum
♪ Quatro anos após lançar seu primeiro (bom) álbum, A hora é essa (Lua Music, 2011), a cantora paulistana Graziela Medori prepara seu segundo disco em São Paulo (SP). Pai da artista, o baterista Chico Medori é o produtor do CD e o compositor da música já eleita o primeiro single do álbum, Toma limonada, gravada por Graziela em parceria com o cantor carioca Seu Jorge. Com video-teaser já em rotação no YouTube, o single sinaliza a direção pop tomada pela cantora neste álbum em que regrava músicas como Top top (Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Rita Lee e Liminha, 1971), Let me sing, let me sing (Raul Seixas, 1972), A Paraíba não é Chicago (Marcos Valle, Paulo Sérgio Valle, Laudir de Oliveira, Peter Cetera e Leon Ware, 1980) - híbrido de funk e baião lançado por Marcos Valle no álbum Vontade de rever você (Som Livre, 1980) - e Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges e Lô Borges, 1972). Filha da cantora carioca Cláudia, Graziela - vista no estúdio na foto de Tati Provenzano - também dá voz a uma música do jovem compositor baiano Thiago Pimentel (Nada mais que cinema) e canta Na pisada do baião, parceria de seu pai, Chico Medori, com o compositor carioca Paulo César Pinheiro. O álbum ainda está em fase de gravação.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Em show no Rio, Zélia canta Milton (também) através de Chico, Joyce e Horta
♪ Zélia Duncan pegou o trem mineiro na companhia de Jaques Morelenbaum. Em terno show feito somente com o violoncelo do músico carioca, a cantora fluminense deu sua voz grave a 20 canções amigas do repertório de Milton Nascimento. Nem todas as músicas do show - que estreou na noite de ontem, 5 de maio de 2015, dentro da programação da terceira edição do projeto Inusitado - foram compostas por este carioca de alma mineira, mas todas ganharam a voz de Milton. Entre as criações alheias, Zélia cantou músicas de Chico Buarque, Joyce Moreno, Lô Borges e Toninho Horta. A grande maioria do repertório do show foi gravada por Milton na década de 1970, quando sua voz era divina, como bem caracterizou Elis Regina (1945 - 1982) - intérprete de parte dessas canções - com adjetivo lembrado por Zélia no palco do Teatro de Câmara da Fundação Cidade das Artes, no Rio de Janeiro (RJ). Com transmissão ao vivo agendada para as 21h de hoje no Canal Bis, o show aborda o repertório de Milton em período que vai de 1967 - ano da seminal Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant), cantada por Zélia no fecho do bis - até 1981, ano de Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant). Eis o roteiro seguido em 5 de maio de 2015 por Zélia Duncan e Jaques Morelenbaum - em foto de Rodrigo Goffredo - na Cidade das Artes na estreia do lindo show criado para terceira edição do Inusitado, projeto do executivo André Midani:
1. Ponta de areia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1974)
2. Canção amiga (Milton Nascimento e Carlos Drummond de Andrade, 1978)
3. Encontros e despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981)
4. O que foi feito devera (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1978) /
O que foi feito de Vera (Milton Nascimento e Márcio Borges, 1978)
5. Canção da América (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1979)
6. Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1974)
7. Caxangá (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1977)
8. Beijo partido (Toninho Horta, 1975)
9. Mistérios (Joyce Moreno e Maurício Maestro, 1978)
10. Volver a los 17 (Violeta Parra, 1966)
11. Tudo que você podia ser (Lô Borges e Márcio Borges, 1972)
12. Nada será como antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972)
13. O que será? (À flor da pele) (Chico Buarque, 1976)
14. San Vicente (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1972)
15. Calix bento (tema de Folia de Reis com música e letra adaptada por Tavinho Moura)
16. Peixinho do mar (cantiga de marujada em adaptação de Tavinho Moura)
17. Cravo e canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971)
Bis:
18. Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972)
19. Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967)
terça-feira, 14 de abril de 2015
Lô anuncia gravação ao vivo, em agosto, de show feito com Samuel Rosa
♪ O show feito por Lô Borges com Samuel Rosa vai ser gravado ao vivo para edição de CD e DVD. O anúncio da gravação foi feito por Lô em sua página no Facebook, onde postou a foto na qual aparece na Mata do Jambreiro, em Nova Lima (MG), ao lado de Samuel Rosa (de camisa branca) e da banda formada por Alexandre Mourão (à esquerda), Doca Rolim (entre Mourão e Samuel), Robinson Matos e Telo Borges (à direita). No show, os cantores e compositores mineiros apresentam músicas compostas em parceria como Dois rios (Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis, 2003) - sucesso do Skank que alavancou a parceria - e Horizonte vertical (Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis, 2011), música que deu título ao álbum de inéditas lançado por Lô em 2011.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Lô conceitua coletânea centrada na sua produção do período 2003 - 2013
Artista que nunca acertou o ritmo industrial ditado pelas gravadoras, Lô Borges estava habituado a lançar discos de inéditas de forma espaçada. Mesmo no período em que esteve em maior evidência na cena musical brasileira, ao longo dos anos 1970 e 1980, o cantor e compositor mineiro sempre caminhou no ritmo de seu próprio passo. Que foi acelerado na década que vai de 2003 a 2013. Nesse período, motivado pelo que caracteriza de "necessidade imperiosa de produzir coisas novas", Lô gravou nada menos do que quatro álbuns de inéditas. Os CDs Um dia e meio (2003), BHanda (2006), Harmonia (2008) e Horizonte vertical (2011) registraram a intensa produção autoral do compositor no período. Produção compilada nos 14 fonogramas que compõem a coletânea 2003 - 2013, editada simultaneamente pela Ultra Music Records com o Songbook Lô Borges posto no mercado literário pela Neutra Editora. No material promocional enviado à imprensa, o artista conceitua a compilação. Com a palavra, Lô:
"Quando em 2000 o relógio do tempo mudou a década, o século, o
milênio, senti uma necessidade imperiosa de fazer coisas novas, compor, gravar
discos. Comecei a colocar em prática esse meu desejo. Compus quase 60 músicas e gravei 4 discos de inéditas. Depois de Horizonte vertical, o meu mais recente álbum, passei a pensar em uma coletânea, uma compilação remasterizada sobre esse trabalho
construído nessa década. Fiquei quase um ano escolhendo as canções que representassem bem
esse período, aproveitando o lançamento de um songbook com canções de todos os
tempos da minha carreira. Aliás, esse songbook foi muito aguardado e feito com
muito carinho, dedicação e trabalho pelas pessoas envolvidas. Ele é super útil para quem
quiser ter contato com a minha obra e com a coletânea. Espero com esse disco deixar o público mais inteirado da minha
produção recente. O trabalho foi feito, está aí a compilação da última década, e eu
espero que vocês gostem das minhas escolhas". Lô Borges
'Songbook' indica os caminhos para se chegar em 55 músicas de Lô Borges
♪ Sócio-fundador do Clube da Esquina, tendo gravado e assinado com Milton Nascimento o álbum duplo de 1972 que organizou o mais importante movimento musical das Geraes, o cantor e compositor mineiro Lô Borges construiu obra autoral pautada por refinados caminhos harmônicos. Produzido por Barral Lima, o Songbook Lô Borges indica os caminhos para se chegar nessa obra, mais precisamente para adentrar os meandros das 55 músicas de Lô que tiveram letras, partituras e cifras transcritas por Carlos Laudares para o segundo livro da série iniciada pela Neutra Editora em 2013 com o lançamento do igualmente caprichado Songbook Beto Guedes. O livro de Lô está sendo editado neste mês de abril de 2014 com aval do próprio Lô Borges, que revisou as partituras e cifras de seu cancioneiro para o songbook. Certeiro ensaio escrito por Pablo Castro, Alquimista da harmonia, disseca a obra de Lô Borges a partir da reconstituição dos passos fonográficos do artista. Passos que se tornaram mais rápidos a partir dos anos 2000. O que justificou a edição - simultânea com o Songbook Beto Guedes - da coletânea 2003 - 2013, que reúne 14 fonogramas extraídos dos quatro álbuns de inéditas gravados pelo artista em década de forte produção autoral.
domingo, 2 de setembro de 2012
Lô solta a voz na estrada que celebra 50 anos de carreira do amigo Milton
Salvador (BA) - "Para quem não conhece, esse é o Lô Borges", apresentou Milton Nascimento tão logo o cantor e compositor mineiro entrou no palco do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), para iniciar sua habitual participação no show da turnê nacional Milton Nascimento - 50 Anos de Carreira, que chegou à Bahia na noite de 1º de setembro de 2012, após passar por Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). Nem era preciso fazer a apresentação. O público baiano conhecia Lô e, sobretudo, as canções do lendário álbum duplo Clube da Esquina (1972) - cujos 40 anos também estão sendo celebrados em 2012 - que o artista reviveu sozinho e em duetos com Milton no palco do Teatro Castro Alves. Convidado de todas as apresentações da turnê patrocinada pelo projeto Natura Musical, Lô - visto com Milton na foto de Mauro Ferreira - dividiu com o anfitrião a interpretação de Clube da Esquina 2 (Milton Nascimento e Lô Borges, 1972) e solou Nuvem Cigana (Lô Borges e Ronaldo Bastos, 1972) em sua primeira entrada no show. Na segunda, feita com a pegada do pop rock quase ao fim do show, quando Milton chama "o meu amigo Lô Borges" de volta à cena, o cantor fez duetos com o amigo-irmão em Nada Será Como Antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972) e Para Lennon & McCartney (Márcio Borges, Lô Borges e Fernando Brant, 1970) antes de pegar sozinho O Trem Azul (Lô Borges e Ronaldo Bastos, 1972) e de encerrar seu solo com Um Girassol da Cor de Seu Cabelo (Márcio Borges e Lô Borges, 1972). Lô saiu de cena, mas voltou logo em seguida ao palco do Castro Alves - ao lado de Carlinhos Brown, o convidado especial da apresentação baiana da turnê 50 Anos de Carreira - para abraçar Milton ao fim de Canções e Momentos (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1986), o emocionante fecho do show que festeja os 70 anos de vida e os 50 de carreira de Milton Nascimento, voz que ecoa forte em todas as estradas musicais do Brasil 45 anos após o início da (monumental) travessia.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
'Horizonte Vertical' se situa no mesmo alto nível dos discos áureos de Lô
Resenha de CD
Título: Horizonte Vertical
Artista: Lô Borges
Convidados: Fernanda Takai, Milton Nascimento e Samuel Rosa
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *
Título: Horizonte Vertical
Artista: Lô Borges
Convidados: Fernanda Takai, Milton Nascimento e Samuel Rosa
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * * *
Sócio-fundador do Clube da Esquina, Lô Borges continua fiel ao som, à poesia e ao espírito gregário do som que brota nessa área das Geraes. Em Horizonte Vertical, disco independente de gravação viabilizada com o patrocínio do projeto Natura Musical e de distribuição feita pela Sony Music neste mês de novembro de 2011, o cantor e compositor mineiro alinha 12 inéditas criadas em sua maioria a partir do piano. Inspirada, a safra de inéditas recicla a estética do Clube da Esquina com um pé no passado e outro no presente. Música iniciada nos anos 80, Antes do Sol (Lô Borges e Márcio Borges) bem poderia figurar no cancioneiro do lendário álbum duplo de 1972 que alicerçou os cânones e estatutos do clube. Assim como Antes do Sol, Xananã (Lô Borges e Patrícia Maês) é uma das quatro faixas que contam com a voz de Fernanda Takai, amapaense de alma mineira, convidada do disco ao lado de Milton Nascimento e Samuel Rosa. Horizonte Vertical renova o repertório de Lô no tom habitual do compositor. Inclusive pela letra em inglês, cantada por Lô harmoniosamente com Takai, On Venus (Lô Borges e Ronaldo Bastos) explicita mais uma vez a influência dos Beatles no som dos mineiros do clube, mais até do que a balada O Seu Olhar (Lô Borges e Patrícia Maês), inspirada em John Lennon (1940 - 1980). Há ecos fortes de Beatles também na balada Da Nossa Criação (Lô Borges e Patrícia Maês), cuja letra versa sobre a amizade fraterna que une Lô e Milton, convidado afetivo da faixa. O piano de Lô e os teclados de Barral evocam na faixa os arranjos de Wagner Tiso que emolduraram a obra de Milton na década de 70. Música que abre o disco, De Mais Ninguém (Lô Borges e Ronaldo Bastos) ostenta pegada mais pop, detectada também em Nenhum Segredo (Lô Borges, Samuel Rosa e Patrícia Maês). Além de cantar a música com Lô, Samuel Rosa é o autor da melodia que reitera a afinidade do vocalista e compositor do Skank com a estética do clube. Aliás, a faixa-título de Horizonte Vertical é da lavra de Lô com Samuel e Nando Reis. Também entoada por Lô em dueto com Samuel, Horizonte Vertical é bela canção que já vale o disco por si só e que confirma o vigor da safra inédita e autoral do álbum. Contudo, Mantra Bituca (Lô Borges) - tema que traz a voz e o violão de Milton Nascimento, o Bituca - e Você e Eu (Lô Borges) mostra que Lô precisa de um letrista para manter o nível poético de sua obra. Quem me Chama (Lô Borges e Márcio Borges) - faixa que tem vocalização atonal de Takai - também não se impõe na safra, embora exponha toda a harmonia que envolve os irmãos Borges. Ao fim do disco produzido pelo próprio Lô com Barral, Canção Mais Além (Lô Borges e Patrícia Maês) aglutina crianças no coro, exibe novamente a força do melodista e sedimenta a impressão de que Horizonte Vertical é um dos títulos mais sedutores da discografia de Lô Borges, se situando no mesmo alto nível dos clássicos da coerente obra fonográfica do artista. Quase 40 anos depois, a esquina mineira ainda dá frutos.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Lô alinha inéditas em 'Horizonte Vertical' junto de Milton, Samuel e Takai
Parceria de Lô Borges com Nando Reis e Samuel Rosa, Horizonte Vertical dá nome ao 11º disco solo de Lô. Samuel canta na faixa e em Nenhum Segredo (outra parceria sua com Lô). Nas lojas ainda neste mês de outubro de 2011, com distribuição da gravadora Sony Music, Horizonte Vertical traz a participação especial de Fernanda Takai - vocalista do grupo mineiro Pato Fu - nas faixas Antes do Sol (tema de Lô com o mano Márcio Borges), Quem me Chama (outra da lavra dos irmãos) e Xananã (de Lô e Patrícia Maês). Já Milton Nascimento - amigo e sócio de Lô no seminal álbum duplo Clube da Esquina (1972) - é o convidado de Mantra Bituca, figurando também em De Nossa Criação (outra de Lô e Maês). Produzido por Barral com o próprio Lô Borges, o CD Horizonte Vertical alinhas músicas inéditas como On Venus e De Mais Ninguém. Eis as 12 faixas do sucessor de BHanda (2008) e Harmonia (2009):
1. De Mais Ninguém (Lô Borges e Ronaldo Bastos)
2. On Venus (Lô Borges e Ronaldo Bastos)
3. Antes do Sol (Lô Borges e Márcio Borges)
4. O Seu Olhar (Lô Borges e Patrícia Maês)
5. Horizonte Vertical (Lô Borges, Samuel Rosa e Nando Reis)
6. Xananã (Lô Borges e Patrícia Maês)
7. Da Nossa Criação (Lô Borges e Patrícia Maês)
8. Nenhum Segredo (Lô Borges, Samuel Rosa e Patrícia Maês)
9. Mantra Bituca (Lô Borges)
10. Quem me Chama (Lô Borges e Márcio Borges)
11. Você e Eu (Lô Borges)
12. Canção Mais Além (Lô Borges e Patrícia Maês)
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