Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Elza planeja gravar show 'A mulher do fim do mundo' em comunidade do ABC

Elza Soares pretende fazer ao vivo a gravação audiovisual do show A mulher do fim do mundo em apresentação na comunidade Centre Ville, situada em Santo André, na região do ABC paulista. O registro ao vivo do impactante show - baseado no álbum A mulher do fim do mundo (Circus, 2015) - vai dar origem ao terceiro DVD da videografia da cantora carioca de 85 anos (vista na foto de Rodrigo Goffredo - https://www.instagram.com/rodrigogoffredo/ - na estreia carioca do perfeito espetáculo).

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Álbuns gravados por Elza na Tapecar nos anos 1970 são relançados em caixa

Em 2010, o selo carioca Discobertas lançou edições em CD de seis álbuns gravados por Elza Soares entre 1974 e 1988 pelas gravadoras Tapecar, Som Livre e RGE. Decorridos seis anos, o mesmo selo lança caixa - programada para chegar ao mercado em junho de 2016 - com edições em CD de quatro daqueles seis álbuns. A opção do produtor Marcelo Fróes foi encaixotar os álbuns lançados pela cantora carioca na extinta gravadora Tapecar entre 1974 e 1977. A caixa Elza Soares Anos 70 repõe em catálogo as edições em CD dos álbuns Elza Soares (1974), Nos braços do samba (1975), Lição de vida (1976), Pilão + raça = Elza (1977). Clique aqui para ler ou reler a resenha das seis reedições avulsas lançadas em 2010 no mercado via selo Discobertas.

domingo, 10 de abril de 2016

Elza (re)pisa jardim da saudade ao diluir dor de Lupicínio em gravação ao vivo

Resenha de álbum
Título: Elza canta e chora Lupi
Artista: Elza Soares
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2

"Através de Lupicínio, eu cheguei até onde cheguei", diz Elza Soares no palco do gaúcho Theatro São Pedro, após cantar o samba-canção Nunca (Lupicínio Rodrigues, 1952). Ao se referir ao fato de ter despontado para a fama em dezembro de 1959 com regravação de samba de Lupicínio Rodrigues (16 de setembro de 1914 - 26 de agosto de 1974), Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, 1938), a cantora carioca justificou a emoção de estar em Porto Alegre (RS), cidade natal do compositor gaúcho, cantando e chorando Lupi. Naquela ocasião, em dezembro de 2014, Elza apresentou e gravou ao vivo o show que estreara em maio daquele ano em tributo ao centenário de nascimento deste compositor que destilou mágoas e ressentimentos em sambas-canção que entraram para a história da música brasileira. Lançado neste mês de abril de 2016 em CD e DVD, em edição da Coqueiro Verde Records, Elza canta e chora Lupi perpetua a versão cenicamente mais bem-acabada do show, cujo registro audiovisual foi feito pela Estação Filmes sob direção de Rene Goya. Para o registro audiovisual, viabilizado através de parceria da Joner Produções com a Barravento Artes, Carla Joner aditivou o show com elementos cênicos, projeções e um então inédito desenho de luz. Contudo, musicalmente, o espetáculo manteve a direção criada e seguida pelo saxofonista Eduardo Neves deste a estreia nacional da turnê do show idealizado por Glauber Amaral. Com generoso espaço para os sopros de Neves, como sinalizam as abordagens de músicas como Quem há de dizer (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, 1944) e Esses moços (Pobres moços) (Lupicínio Rodrigues, 1948), os arranjos geralmente caem em suingue jazzy, evocando a atmosfera noir dos cabarés dos anos 1940 e 1950, décadas áureas da produção autoral de Lupicínio. A direção musical vai na contramão da linha melodramática da obra do compositor. Conduzida pelo suingue, Elza dilui as dores do cancioneiro de Lupicínio Rodrigues em gravação ao vivo que soa correta, mas sem o impacto revigorante do álbum A mulher do fim do mundo (Circus, 2015), gravado depois de Elza canta e chora Lupi, mas lançado antes. Ouvida sem acompanhamento na abertura, na interpretação a capella de Exemplo (Lupicínio Rodrigues, 1960), a voz rouca de Elza quase nunca vai fundo na emoção, freada pelo suingue que pauta registros como o de Loucura (Lupicínio Rodrigues, 1960), feito no mesmo andamento acelerado que conduz Ela disse-me assim (Vá embora) (Lupicínio Rodrigues, 1959). Mesmo assim, Elza põe o bloco na rua ao reabrir Caixa de ódio (Lupicínio Rodrigues, 1966) na batida de marcha e enche de sentimento Cadeira vazia (Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves, 1949). Sempre  elegante, a direção musical do show poda excessos dramáticos de sambas-canção como Vingança (Lupicínio Rodrigues, 1951), embora tais excessos (de ódios, mágoas e ressentimentos) sejam a matéria-prima do cancioneiro composto por Lupi a sós ou com parceiros como o também gaúcho Alcides Gonçalves (1908 - 1987), coautor da valsa de temática sulista Jardim da saudade (1952), lançada em disco por Luiz Gonzaga (1912 - 1989) e ouvida em Elza canta e chora Lupi em virtuoso registro instrumental que reitera o approach jazzy do cancioneiro de Lupicínio pela banda orquestrada por Eduardo Neves. Assim como Amigo ciúme (Lupicínio Rodrigues, 1957), samba-canção lançado por Angela Maria e ora revivido por Elza com a voz ainda cheia de viço, Jardim da saudade é título atualmente mais obscuro de roteiro que prioriza as músicas mais conhecidas do compositor sem evitar standards de Lupi como Volta (Lupicínio Rodrigues, 1957) e Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues, 1947). Contudo, é no esquecido samba Eu não sou louco (Lupicínio Rodrigues e Evaldo Rui, 1950) - lançado em disco pela cantora paulista Isaura Garcia (1919 - 1993) - que Elza vive a apoteose vocal da gravação ao vivo, pirando progressivamente neste registro em que simula voz de bêbada e louca, em fina ironia. Só que, no todo, Elza canta e chora Lupi sem a devida dose de loucura que habita a alma desta cantora capaz de ir além do que mostra neste projeto dedicado ao compositor através do qual chegou aonde chegou, avançando,  ora recuando, mas evoluindo sempre que se recusa a repisar o antigo jardim da saudade.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Coqueiro Verde lança gravação ao vivo do show em que Elza 'chora' Lupicínio

Caberá a gravadora carioca Coqueiro Verde Records distribuir no mercado fonográfico brasileiro Elza canta e chora Lupi, registro audiovisual do show em que Elza Soares interpreta a obra do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974). Clique aqui para saber os detalhes da gravação.

terça-feira, 8 de março de 2016

Elza exalta orgulho negro ao reforçar 'Identidade' de Aragão em 'Sambabook'

Cantora que lançou Jorge Aragão como compositor há 40 anos, ao gravar o samba Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976) no álbum Lição de vida (Tapecar, 1976), Elza Soares foi uma das primeiras a gravar participação no Sambabook Jorge Aragão, cujas gravações foram iniciadas ontem, 7 de março de 2016, no Rio de Janeiro (RJ), cidade natal de Aragão e Elza. Coerente com a trajetória valente da vida que leva, a cantora exaltou orgulho negro ao dar voz a Identidade (Jorge Aragão, 1992), samba lançado por Aragão no álbum solo  Chorando  estrelas (RGE, 1992).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

2016 chega com o DVD do show em que Elza Soares canta e chora Lupicínio

Consagrada em 2015 com o disco e o show A mulher do fim do mundo, Elza Soares entra em 2016 com novo produto à vista no mercado fonográfico. O DVD Elza canta e chora Lupi (capa à esquerda) chega às lojas no primeiro trimestre do ano novo com o registro audiovisual do show em que a cantora carioca dá voz às músicas do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974). Idealizado por Glauber Amaral em homenagem ao centenário de nascimento do autor do samba-canção Vingança (1951), celebrado pelo Brasil há dois anos, o show Elza canta e chora Lupi teve o registro audiovisual feito pela Estação Filmes - sob direção de Rene Goya - em 16 e 17 de dezembro de 2014 no Theatro São Pedro, em Porto Alegre (RS), cidade natal de Lupicínio. Elza - vista em foto da gravação postada na página da artista no Facebook - apresentou o show na terra natal de Lupi através de parceria da Barravento Artes e a Joner Produções. Para o registro, Carla Joner aditivou o show com novos elementos físicos, projeções e um inédito desenho de luz. Atributos inexistentes quando o show veio ao mundo e à cena em maio de 2014, em apresentação no Teatro Rival, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Na gravação audiovisual, Elza cantou e chorou Lupi com figurino de Ronaldo Fraga e com o toque de banda formada pelo diretor musical Eduardo Neves (flauta e sax), Antonio Neves (bateria), Gabriel Menezes (baixo), Gabriel Ballesté (guitarra) e Danilo Andrade (teclados). O roteiro do show incluiu temas como Eu não sou louco (Lupicínio Rodrigues e Evaldo Rui, 1950), Exemplo (1960), Nervos de aço (1947) e Volta (1957), entre outras músicas do compositor gaúcho.

sábado, 26 de dezembro de 2015

RETROSPECTIVA 2015 – Elza Soares transcende com o disco e show do ano

RETROSPECTIVA 2015 – Elza Soares transcendeu 2015 com o disco e o show do ano, A mulher do fim do mundo. Aos 85 anos, a valente cantora carioca lançou um dos melhores álbuns de carreira fonográfica iniciada em dezembro de 1959. Conectada com ótimos músicos e compositores da cena contemporânea de São Paulo (SP), a menina mulher da pele preta caiu no samba em esquema noise, dando a voz a um repertório inteiramente inédito composto para Elza por compositores como Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Romulo Fróes. Fênix, a cantora dura na queda se elevou mais uma vez, erguida por samba roqueiro nascido da dor que impulsiona a vida punk de Elza. Lançado em outubro em edição da Circus, simultaneamente com o impactante show que entronizou Elza no posto de cantora mais relevante de 2015, o álbum A mulher do fim do mundo começou a ganhar forma em abril, produzido por Guilherme Kastrup sob a direção artística de Celso Sim e Romulo Fróes. Elza pôs a voz em maio nas 11 músicas. Antecedido em agosto pelo single Maria da Vila Matilde (Porque se a da Penha é brava, imagine a da Vila Matilde!), samba de Douglas Germano em que Elza ataca com bravura a violência doméstica sofrida pelas mulheres, o álbum arrebatou crítica e público e foi transposto para o palco com a mesma força, mostrando que a vida da artista é cheia de som e fúria.  Elza Soares reinou,  pairando soberana acima de tudo e de todos em 2015.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Elza irradia luz negra ao cantar treva deste fim de mundo em show impactante

Resenha de show
Título: A mulher do fim do mundo
Artista: Elza Soares (em foto de Rodrigo Goffredo)
Local: Teatro Oi Casa Grande (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 1º de dezembro de 2015
Cotação: * * * * *

 A imponente cenografia idealizada para o show A mulher do fim do mundo, de Elza Soares, é bem explícita ao entronizar a cantora carioca no alto do palco. O cenário expõe a supremacia da rainha da bossa negra na cena que a alinha com músicos que dão o tom da cena contemporânea da cidade de São Paulo (SP) como o guitarrista Kiko Dinucci e o violonista Rodrigo Campos. O canto resistente de Elza paira mesmo acima de tudo e todos no show mais impactante deste ano de 2015. Aos 85 anos, a valente artista saiu da zona de conforto ao dar voz rouca a um repertório inteiramente inédito - composto para ela por compositores paulistanos como Douglas Germano, Romulo Fróes e Clima, além dos já mencionados Kiko Dinucci e Rodrigo Campos - em álbum, A mulher do fim do mundo, que já chegou ao mercado fonográfico em outubro como clássico instantâneo da discografia brasileira. Pois o melhor disco de 2015 resultou no melhor show de 2015 - ambos orquestrados sob a batuta do produtor e diretor Guilherme Kastrup, que também acumula a função de baterista da big-band que incorpora eventualmente quarteto de cordas (arranjado pelo baixista Marcelo Cabral) e naipe de metais soprados pelo Bixiga 70. Do alto, com porte de rainha, Elza Soares comanda a cena. Ela é o centro da cena e, como tal, está posicionada no palco. Quando solta a voz, parece expelir pela garganta toda a forte carga de ancestralidade que eletriza o Brasil mulato. Quando Elza abre o show cantando a capella Coração do mar (José Miguel Wisnik sobre poema de Oswald de Andrade, 2015), é como se o navio negreiro, guerreiro, humano, aportasse no palco para sinalizar que a chapa está quente. Elza Soares canta o fim do mundo no disco - patrocinado pelo projeto Natura Musical - e no show que corre o Brasil na mesma vibe do álbum. E é deste canto guerreiro que a cantora irradia luz negra que ilumina um samba feito em esquema noise, torto, distorcido pelas guitarras do rock. Mas, na essência, samba de pele preta, curtida pela lágrima que brota pelos pés cansados da guerra cotidiana. Samba que harmoniza cordas sobre batuque, como na música-título Mulher do fim do mundo (Romulo Fróes e Alice Coutinho, 2015). Ali, em cena, Elza pisa firme sobre chão que parece se abrir debaixo dos seus pés - e a abertura é tanto musical (pela estrutura harmônica dos arranjos) quanto social. O canal (Rodrigo Campos, 2015) e Luz vermelha (Kiko Dinucci e Clima, 2015) são músicas que caminham juntas no roteiro do show por esse chão sem chão. Só que Elza está acima de tudo, dura na queda, com moral para elevar o preço de A carne (Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Cappelletti, 1998) - a música do grupo Farofa carioca que tomou para si ao gravá-la em disco também relevante, Do cóccix até o pescoço (Maianga Discos, 2002) - ao bradar indignada contra o recente assassinato de cinco jovens negros cariocas por PMs da partida cidade do Rio de Janeiro que pariu a negra Elza no já longínquo ano de 1930. A guitarra tinhosa de Dinucci parece chorar sobre os mortos cobrados pela cantora em cena. Mas Elza lava a carne que ainda tem no osso - para citar verso de Dança (Cacá Machado e Romulo Fróes, 2015) - e caminha para frente com a urgência urbana que pauta Firmeza?! (Rodrigo Campos, 2015), o diálogo apressado travado com Rodrigo Campos no mesmo tom do disco. Sim, Elza reproduz no palco a contundência do disco. Encara a violência doméstica contra a mulher no samba Maria da Vila Matilde (Douglas Germano, 2015) e faz a leoa virar loba no cio que se abre para o macho no samba Pra fuder (Kiko Dinucci, 2015), um dos números turbinados com o naipe de metais orquestrados pelo grupo Bixiga 70. A performática entrada em cena de Rubi - cantor goiano criado no Distrito Federal - valoriza Benedita (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant, 2015), perfil do transexual que comanda a zona do crack. Com movimentos sombrios e um canto cheio de energia, Rubi faz Benedita soar ainda mais desnorteante do que no disco. Após encarnar Benedita, Rubi permanece em cena para ser acalentado por Elza no tom maternal de Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976), samba que Elza lançou há quase 40 anos e que se afina com o repertório fora-da-lei criado para o disco A mulher do fim do mundo. E o mundo parece mesmo ter chegado ao fim quando Elza cria um canto grave, gutural, quase fantasmagórico, para dar voz à concretista Solto (Marcelo Cabral e Clima, 2015). Na sequência, os músicos se deslocam de seus postos e encaram Elza de frente, como espectros de um mundo já decomposto. É o fim inebriante de um show em que a vida adquire caráter transcendental quando Elza arremata o roteiro, a capella, com Comigo (Romulo Fróes e Alberto Tassinari, 2015), se conectando à mãe em outro mundo, outra dimensão espiritual. Mas negra Elza é dura na queda (tanto que disfarça bem o fato de ler algumas letras e textos ditos em cena). O bis é a superação na cadência bonita do samba Volta por cima (Paulo Vanzolini,1962). E o fecho é com Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, 1968). É quando o samba deixa de ficar torto e soa (en)quadrado. Pressentimento é o sopro da esperança que não morre. Facho de luz entre a treva que Elza Soares canta e encara com valentia em show perfeito.

Em show com Rubi, Elza eleva 'Carne' ao citar jovens mortos por PMs no Rio

Nunca o verso "A carne mais barata do mercado é a carne negra", da música A carne (Seu Jorge, Marcelo Yuki e Ulisses Cappelletti, 1998), fez tão sentido na voz de Elza Soares como na estreia carioca do show A mulher do fim do mundo, realizada na noite de ontem, 1º de dezembro de 2015, no Teatro Oi Casa Grande. Ao cantar a música do repertório do grupo Farofa Carioca que tomou para si desde que a regravou no álbum Do cóccix até o pescoço (Maianga Discos, 2002), Elza bradou contra os cinco jovens mortos a tiros de fuzis por PMs no último sábado, 28 de novembro de 2015, perto de um conjunto de favelas do subúrbio do Rio de Janeiro (RJ). "Mais cinco crianças foram mortas! Mais cinco negros foram mortos", denunciou, do alto de seus 85 anos de luta e do alto do deslumbrante cenário de Ana Turra que a entroniza como a rainha absoluta do show idealizado e dirigido por Guilherme Kastrup, baterista da banda e produtor do álbum A mulher do fim do mundo (Circus, 2015), disco que gerou o show feito pela cantora carioca com o toque de músicos paulistanos como o guitarrista Kiko Dinucci e o violonista Rodrigo Campos, expoentes da big-band que teve quarteto de cordas (arranjadas pelo baixista Marcelo Cabral) e naipe de metais orquestrados pelo grupo Bixiga 70. A citação dos jovens assassinados valorizou A carne na primeira das duas apresentações cariocas do show A mulher do fim do mundo - a ponto de Elza ter sido aplaudida de pé ao fim do número. A participação performática de Rubi - cantor goiano que dividiu com Elza a interpretação de Benedita (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant, 2015) e que foi acarinhado pela cantora ao longo da interpretação maternal do samba Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976), como visto na foto de Rodrigo Goffredo - foi outro ponto eletrizante de show impactante que se impôs instantaneamente como o melhor espetáculo de 2015 pela voz da cantora e o vigor do repertório inédito. Eis o roteiro seguido por Elza Soares em 1º de dezembro de 2015 na forte estreia carioca de A mulher do fim do mundo no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, onde o show fica em cartaz somente até hoje, 2 de dezembro de 2015:

1. Coração do mar (José Miguel Wisnik sobre poema de Oswald de Andrade, 2015)
2. Mulher do fim do mundo (Romulo Fróes e Alice Coutinho, 2015)
3. O canal (Rodrigo Campos, 2015)
4. Luz vermelha (Kiko Dinucci e Clima, 2015)
5. A Carne (Seu Jorge, Marcelo Yuki e Ulisses Cappelletti, 1998)
6. Dança (Cacá Machado e Romulo Fróes, 2015)
7. Firmeza?! (Rodrigo Campos, 2015) - com Rodrigo Campos
8. Maria da Vila Matilde (Douglas Germano, 2015)
9. Pra fuder (Kiko Dinucci, 2015)
10. Benedita (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant, 2015)

      - com Rubi
11. Malandro (Jorge Aragão e Jotabê, 1976) - com Rubi
12. Solto (Marcelo Cabral e Clima, 2015)
13. Comigo (Romulo Fróes e Alberto Tassinari, 2015)
Bis:
14. Metade pássaro (Murilo Mendes, 1940) - poema recitado
15. Vatapá (Dorival Caymmi, 1942) - citação
16. Volta por cima (Paulo Vanzolini, 1962)
17. Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, 1968)

domingo, 8 de novembro de 2015

Elza dá voz a duas músicas de Jobim no terceiro álbum de Mitch Winehouse

Elza Soares canta no terceiro álbum de Mitch Winehouse. O pai de Amy Winehouse (1983 - 2011) está levando adiante sua (obscura) carreira musical no rastro da fama da cantora inglesa. No disco, intitulado Bella Brazil, a cantora carioca - em foto de Stéphane Munnier - dá voz a duas músicas de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Insensatez (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961) e Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959). As canções são abordadas por Mitch nas versões em inglês conhecidas mundialmente e intituladas How insensitive (escrita por Norman Gimbel e lançada em 1963) e Meditation (também escrita por Gimbel e lançada em 1962).

terça-feira, 13 de outubro de 2015

'A mulher do fim do mundo' é a lágrima de Elza no esquema do samba 'noise'

Resenha de CD
Título: A mulher do fim do mundo
Artista: Elza Soares
Gravadora: Circus
Cotação: * * * * *
♪ Disco disponível para audição no portal do projeto Natural Musical

Elza Soares é dura na queda. É mulher sobrevivente de um mundo onde a tristeza não tem fim, como já sentenciou o samba de Tom & Vinicius. Primeiro álbum de repertório inteiramente inédito na discografia da cantora carioca, A mulher do fim do mundo representa mais uma lágrima negra que escorre sobre a pele escura desta resistente habitante do planeta fome, como a própria Elza jogou na cara do apresentador Ary Barroso (1903 - 1964) quando era ainda caloura com voz, mas sem vez, no mundo da música. Lágrima que cai na cadência bonita do samba, mas no esquema noise da turma de músicos paulistanos que pariram o disco produzido por Guilherme Kastrup, sob a direção artística de Romulo Fróes e Celso Sim, e lançado neste mês de outubro de 2015. Símbolo da mulher que apanhou muito da vida punk sem jamais dar sua cara à tapa, a cuíca chora e geme no pancadão do rock'n'roll. Mas nem há, a rigor, cuíca nos arranjos dos sambas de espírito roqueiro que pautam o disco valorizado pela bossa negra de uma voz rouca que desafia o tempo e a vida. Mas há o cavaco de um sambista que toca também guitarra - Rodrigo Campos - e há a guitarra de Kiko Dinucci, pontuando distorcidos temas incandescentes como Luz vermelha, parceria de Dinucci com Clima. Cheio de som e fúria, A mulher do fim do mundo encara o apocalipse e versa sobre universo em desencanto sem abrir mão da poesia. É um poema do modernista paulistano Oswald de Andrade (1890 - 1954) - Coração do mar, musicado por José Miguel Wisnik - que abre o disco a capella, evocando o navio negreiro que transportava homens e mulheres de peles pretas como esta cantora de declarados 78 anos e presumíveis 85. Em essência, A mulher do fim do mundo é mais um ato de resistência de Elza Soares. "Me deixem cantar até o fim", exige no samba-título Mulher do fim do mundo (Romulo Fróes e Alice Coutinho). A chapa está quente, o barulho é feio e distorcido, mas Elza é fera ferida que não nega a força da raça e vira leoa para se defender da violência doméstica contra a mulher, assunto do samba-punk Maria da Vila Matilde (Douglas Germano), single que revelou a virulência deste disco que já se impõe como o mais forte do ano. A mulher do fim do mundo está para este ano de 2015 como Encarnado (Independente, 2014) - o impactante álbum solo de Juçara Marçal - esteve para o ano passado. Eterna fênix nas cinzas da vida, Elza é a leoa que também se transforma na loba voraz e sedenta de sexo personificada na explícita Pra fuder (Kiko Dinucci), faixa aquecida com os metais em brasa do Bixiga 70, orquestrados por Thiago França em clima de gafieira punk. O mesmo naipe de metais reaparece em Benedita (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant), mas já arranjados pelo próprio grupo. Crônica da violência punk das periferias, Benedita perfila sem meias-palavras a personagem-título, travesti cujo fim no disco é fazer a mulher Elza dar voz a um submundo de drogas, crimes e dribles para escapar do tiroteio cotidiano. Também com os metais do Bixiga 70 e a voz de seu compositor Rodrigo Campos, Firmeza?! é diálogo cortante que versa sobre as urgências da apressada vida cotidiana, evocando Sinal fechado (Paulinho da Viola, 1969), mas sob o prisma dos dias turbulentos de hoje. O tempo de Elza Soares é hoje. Valente, ela vê a cara da morte, mas sai viva, abrindo a tampa do caixão no passo passional da macabra Dança (Cacá Machado e Romulo Fróes). Com o toque oriental da rabeca de Thomas Rohrer, O canal (Rodrigo Campos) também cavuca o chão de sal do qual saem almas perdidas. Mas o corpo e a voz de Elza Soares parecem caminhar sozinhos, pairando acima do tom etéreo de Solto (Marcelo Cabral e Clima), composição de versos concretistas que se afinam com os traços da criativa capa do disco, assinada pela designer Elaine Ramos. Mas Elza não está sozinha. Leva com ela sua mãe que já se foi, como reitera em Comigo (Romulo Fróes e Alberto Tassinari), faixa que encerra este disco em que, após o fecho, a voz de Elza ainda se faz ouvir além do fim do mundo. Em suma, A mulher do fim do mundo é acertado passo torto desta cantora que sempre foi gauche na vida. Punk por natureza, ela legitima seu encontro antológico com o núcleo de músicos paulistanos que fizeram a artista dar um passo além em discografia que já parecia estagnada desde que Elza se jogou na pista eletrônica do álbum Vivo feliz (Reco-Head Records / Tratore, 2003). Como tristeza não tem fim, e felicidade, sim, Elza Soares renasce com disco pautado por samba roqueiro nascido da dor que impulsiona sua vida punk. A mulher do fim do mundo é a lágrima e a bossa negras da mulher da pele preta, guerreira ainda dura na queda que dá rasteiras na vida desde que o samba é samba.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Eis as onze músicas gravadas por Elza no álbum 'A mulher do fim do mundo'

Com lançamento programado para 5 de outubro de 2015 nas plataformas físicas e digitais, o disco A mulher do fim do mundo (Circus) - gravado por Elza Soares com músicos da cena paulistana contemporânea - apresenta 11 músicas inéditas na voz da cantora carioca. Produzido pelo baterista Guilherme Kastrup sob a direção artística de Celso Sim e Romulo Fróes, o álbum foi formatado com músicos como Kiko Dinucci (guitarra), Marcelo Cabral (baixo), Rodrigo Campos (guitarra) e Felipe Roseno (percussão). Eis, na ordem do álbum, as 11 músicas inéditas cantadas por Elza Soares em A mulher do fim do mundo,  projeto viabilizado com recursos financeiros do projeto Natura Musical:

1. Coração do mar (José Miguel Wisnik sobre poema de Oswald de Andrade)
2. Mulher do fim do mundo (Romulo Fróes e Alice Coutinho)
3. Maria da Vila Matilde (Douglas Germano)
4. Luz vermelha (Kiko Dinucci e Clima)
5. Pra fuder (Kiko Dinucci)
6. Benedita (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant)

    - com Celso Sim
7. Firmeza?! (Rodrigo Campos) - com Rodrigo Campos
8. Dança (Cacá Machado e Romulo Fróes) - com Romulo Fróes
9. O canal (Rodrigo Campos)
10. Solto (Marcelo Cabral e Clima)
11. Comigo (Romulo Fróes e Alberto Tassinari)

sábado, 22 de agosto de 2015

André Morais lança 'Dilacerado', álbum que tem participações de Elza e Naná

André Morais disponibiliza seu segundo álbum, Dilacerado, para download gratuito a partir de hoje, 22 de agosto de 2015. Conceituado por esse cantor, compositor e poeta paraibano como "um disco de amor e erotismo", Dilacerado expõe na capa uma foto sensual feita pelo artista também paraibano Ary Régis Lima. Sob a direção musical de Herlon Rocha e Pedro Medeiros, Morais produziu a gravação das 10 músicas que compõem o repertório de Dilacerado, sucessor de Bruta flor (Independente, 2011) na discografia deste artista multimídia (em cena também como ator, diretor, roteirista e cineasta). Elza Soares e Naná Vasconcelos participam do disco. A cantora carioca tem sua voz ouvida em Nua, tango composto por Chico César com versos de Morais. Já o percussionista pernambucano põe seu toque em Confissão (Seu Pereira e André Morais) e em Deserto (Seu Pereiro e André Morais). A música-título Dilacerado é assinada por André Morais com a compositora mato-grossense Lucina, também parceira de Alarido e Delito. Inteiramente autoral, Dilacerado oscila entre o amor romântico de Teu (Michel Costa e André Morais) e o amor erotizado de Orgia (Seu Pereira e André Morais), expondo parceria de Morais com Giana Viscardi na faixa .

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Single de Elza, 'Maria da Vila Matilde' bate na tecla da violência contra mulher

"Você vai se arrepender de levantar a mão pra mim", repete Elza Soares, soltando os cachorros ao fim de Maria da Vila Matilde (Porque se a da Penha é brava, imagine a da Vila Matilde!), samba roqueiro de Douglas Germano que bate na tecla da violência contra a mulher e que anuncia oficialmente a edição - agendada para 3 de outubro de 2015 - de A mulher do fim do mundo, primeiro álbum de repertório inteiramente inédito gravado pela cantora em carreira fonográfica iniciada em 1959. Disponível para download gratuito no portal Natura Musical a partir do início da tarde de hoje, 11 de agosto de 2015, Maria da Vila Matilde é o primeiro single do álbum que marca o inédito encontro da carioca Elza - em foto de Alexandre Eça - com músicos da cena contemporânea de São Paulo (SP). Produzido por Guilherme Kastrup sob a direção artística de Celso Sim e Romulo Fróes, o álbum A mulher do fim do mundo vai apresentar onze composições inéditas assinadas por compositores como Cacá Machado (autor de Dança, em parceria com Fróes), Celso Sim (compositor de Benedita, samba punk assinado por Sim com Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant), Clima (parceiro de Kiko Dinucci em Luz vermelha), Douglas Germano, José Miguel Wisnik (compositor de Coração do mar, poema do modernista Oswald de Andrade musicado por Wisnik), Kiko Dinucci (autor de Pra fuder), Marcelo Cabral (Solto, com Clima), Rodrigo Campos (Firmeza?!) e Romulo Fróes (parceiro de Alice Coutinho na música-título Mulher do fim do mundo). Em gravação de ambiência noise que embute elementos de rock e de samba, Elza reitera a atitude combativa que norteia sua trajetória artística e humana.  “A música é na sua essência um samba-de-breque a la Kid Morengueira, entortado pelo arranjo distorcido da banda, que dialoga com a tradição do samba e do rock sem se prender a nenhum estereótipo de gênero”, conceitua o produtor Guilherme Kastrup. Além da voz de Elza, Maria da Vila Matilde foi formatada no disco - gravado nos estúdios da Red Bull Station, em São Paulo, entre abril e maio de 2015 - com as guitarras de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos, o baixo de Marcelo Cabral, a bateria de Kastrup, as percussões de Felipe Roseno e o sopro de Edy do Trombone. É samba esquema noise!!!

terça-feira, 9 de junho de 2015

Música de Romulo Fróes e Alice Coutinho nomeia o álbum paulistano de Elza

Música composta por Romulo Fróes com Alice Coutinho, Mulher do fim do mundo foi escolhida para nomear o álbum gravado pela carioca Elza Soares - em foto de divulgação da TV Cultura - com músicos e compositores da cena paulistana. Produzido por Guilherme Kastrup, sob direção artística de Celso Sim (compositor da música Benedita, assinada por Sim com Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant) e do próprio Romulo Fróes, o disco A mulher do fim do mundo  tem lançamento programado para 3 de outubro de 2015.  O repertório do álbum é inteiramente inédito.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Elza dá voz a inéditas de Romulo e Rodrigo em álbum produzido por Kastrup

Elza Soares vai pôr voz, ao longo deste mês de maio de 2015, nas músicas selecionadas em abril para o disco em que a cantora carioca - em foto de Rodrigo Braga - interpreta somente obras de compositores da cena contemporânea de São Paulo (SP). Inteiramente inédito, o repertório inclui músicas de Celso Sim, Rodrigo Campos e Romulo Fróes, entre outros compositores. Celso e Romulo assinam a direção artística do álbum produzido por Guilherme Kastrup e já em fase de gravação. Está prevista participação do rapper paulistano Emicida. O CD vai sair no segundo semestre do ano.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Produzido por Kastrup, disco de Elza com músicos de Sampa já ganha forma

Com patrocínio obtido no projeto Natura musical, o disco que une Elza Soares a compositores e músicos da cena paulistana - como Kiko Dinucci, Marcelo Cabral, Rodrigo Campos e Romulo Fróes (integrantes do quarteto Passo Torto) - começou a ser ensaiado esta semana no estúdio Toca, de São Paulo (SP). As gravações serão feitas a partir da próxima segunda-feira, 20 de abril de 2015, no estúdio da Red Bull Station, também em São Paulo (SP). A cantora vai pôr voz somente em maio. Guilherme Kastrup é o produtor do álbum - a ser gravado sob a direção artística de Romulo Fróes e de Celso Sim.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Coletânea celebra e perfila o Rio nas vozes de Caetano, Elza, Gil e Nana

Coletânea produzida pela gravadora Universal Music para celebrar os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro (RJ), festejados em 1º de março de 2015, ...E o Rio continua lindo foi batizada com verso extraído do samba Aquele abraço, composto e cantado por um baiano, Gilberto Gil, para ser sua carta de despedida no momento em que partiu para forçado exílio na Europa. Aquele abraço, claro, figura no repertório - selecionado por Carlos Savalla - na gravação original de 1969. Ao longo de 14 faixas, o Rio é perfilado através de gravações como as de Menino do Rio (Caetano Veloso, 1979) e Samba do carioca (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1962), músicas ouvidas nas vozes de Caetano Veloso e Wilson Simonal (1938 - 2000), respectivamente. Em sua maioria, as letras falam mais das belezas do que do caos do Rio, mas Rio 40 graus (Fernanda Abreu, Fausto Fawcett e Carlos Laufer, 1992) - ouvida na compilação em registro ao vivo feito em 2006 por sua intérprete original, Fernanda Abreu -  atinge a temperatura ideal ao traçar perfil multifacetado da cidade partida, mas também unida por idiossincrasias sociais. Há também nostalgia em algumas das 14 saudações musicais ao Rio. Saudade do Rio (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, 1998) e Rio antigo (Como nos velhos tempos) (Nonato Buzar e Chico Anísio, 1979) expressam - nas vozes de Nana Caymmi e de Alcione - saudade da cidade em épocas e águas passadas. E, como no Rio tudo (quase) sempre acaba em samba, Rio, Carnaval dos Carnavais (Padeirinho, Nilson Russo e Moacyr, 1972) cai na folia na voz  valente de Elza Soares. O mais recente fonograma de ...E o Rio continua lindo é Ela é carioca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1963), samba ouvido na voz suave de um legítimo carioca da gema, Marcos Valle,  em gravação de 2011.

domingo, 15 de março de 2015

Mazzer canta com Elza em CD que passa por Assis, Amy, Björk e Itamar

Gravado de abril a junho de 2014, o primeiro álbum solo de Simone Mazzer, Férias em videotape, está sendo lançado neste mês de março de 2015 em edição do selo Pimba (originado da gravadora Dubas). Produzido por Leonel Pereda, o disco tem repertório baseado no roteiro do excelente show que a cantora e atriz de Londrina (PR) vem apresentando no Rio de Janeiro (RJ) a partir de 2012. Elza Soares participa de Férias em videotape como convidada da música Essa mulher, de autoria de Bernardo Pellegrini, compositor natural de Londrina (PR). No disco, Mazzer dá voz a músicas como Babalu (Margarita Lecuona, 1939), Back to black (Amy Winehouse e Mark Ronson, 2006), Camisa listrada (Assis Valente, 1937), Hyper ballad (Björk, Nellee Hooper e Marius De Vries,1995), Parece que bebe (Itamar Assumpção, 1994) e Tango do mal (Luciano Salvador Bahia, 2014). A música-título Férias em vídeo tape é parceria de Mazzer com Elton Mello e Silvio Ribeiro. Beto Martins (6D) assina a arte do disco solo de Simone Mazzer, atriz da Cia. Armazém de Teatro que iniciou a sua carreira de cantora em 1989, tendo integrado a banda Chaminé Batom.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Obra de Lupicínio vai reverberar nas vozes de três cantoras ao longo de 2015

Embora o centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues (1914 - 1974) tenha sido festejado em 2014, a obra do compositor gaúcho vai ecoar ao longo deste ano de 2015 nas vozes de - pelo menos - três cantoras do Brasil. Conterrânea de Lupicínio, a gaúcha Adriana Calcanhotto (foto) planeja lançar CD e DVD com gravação ao vivo do show em que abordou o cancioneiro do compositor e que foi apresentado somente em Porto Alegre (RS) em dezembro de 2014. Mês em que Elza Soares também fez, na mesma cidade de Porto Alegre (RS), o registro audiovisual do show em que canta Lupicínio para edição de DVD. Já Gal Costa vai estrear em março deste ano de 2015 Ela disse-me assim - Canções de Lupicínio Rodrigues, show que também será gravado ao vivo para gerar (somente) CD.