Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Álbum que revelou Domenico e Pedro Sá faz 20 anos e gera show no Rio

Ninguém conseguiu prever em 1994 - ano em que a gravadora Warner Music pôs no mercado fonográfico o primeiro e único álbum do grupo Mulheres Q Dizem Sim - que, naquele disco, estava a semente de um som que iria germinar e dar o tom da música brasileira a partir dos anos 2000. Mulheres Q Dizem Sim foi o quarteto formado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelos músicos Domenico Lancellotti (bateria, triângulo e berros), Maurício Pacheco (guitarra), Palito (baixo) e Pedro Sá (guitarra). Produzido por Guto Graça Mello, o álbum Mulheres Q Dizem Sim - incompreendido na época de seu lançamento, porém já cultuado pelo antenado Caetano Veloso - antecipou a estética sonora que resultaria no trio + 2 (formado por Domenico com Kassin e com Moreno Veloso) e que iria reverberar na discografia de nomes então já consagrados como Adriana Calcanhotto - que se associaria à turma de Domenico a partir do álbum Cantada (BMG, 2002) - e Caetano Veloso. No disco, cujos 20 anos de vida serão festejados com show previsto para acontecer no Rio de Janeiro em outubro de 2014 com a reunião provisória do grupo, referências da música brasileira eram filtradas pelo universo do pop indie rock. Temas autorais como Ú-jaz (Pedro Sá), Salsa-punk (Palito) e Et... (Lucas Santana e Pedro Sá) ainda soam afinados com a música contemporânea brasileira produzida neste ano de 2014. Elemento marcante na trilogia de álbuns gravados em estúdio por Caetano com a BandaCê, o suingue da guitarra de Pedro Sá pontua o álbum Mulheres Q Dizem Sim. Contudo, o posto de guitarrista solista do disco é dividido por Pedro com Maurício Pacheco, músico que obteve menor projeção do que seu colega ao longo desses 20 anos. Efeméride que, aliás, justificaria a reedição pela Warner Music desse disco vanguardista, objeto de justo culto.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Ninguém conseguiu prever em 1994 - ano em que a gravadora Warner Music pôs no mercado fonográfico o primeiro e único álbum do grupo Mulheres Q Dizem Sim - que, naquele disco, estava a semente de um som que iria germinar e dar o tom da música brasileira a partir dos anos 2000. Mulheres Q Dizem Sim foi o quarteto formado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelos músicos Domenico Lancellotti (bateria, triângulo e berros), Maurício Pacheco (guitarra), Palito (baixo) e Pedro Sá (guitarra). Produzido por Guto Graça Mello, o álbum Mulheres Q Dizem Sim - incompreendido na época de seu lançamento, porém já cultuado pelo antenado Caetano Veloso - antecipou a estética sonora que resultaria no trio + 2 (formado por Domenico com Kassin e com Moreno Veloso) e que iria reverberar na discografia de nomes então já consagrados como Adriana Calcanhotto - que se associaria à turma de Domenico a partir do álbum Cantada (BMG, 2002) - e Caetano Veloso. No disco, cujos 20 anos de vida serão festejados com show previsto para acontecer no Rio de Janeiro em outubro de 2014 com a reunião provisória do grupo, referências da música brasileira eram filtradas pelo universo do pop indie rock. Temas autorais como Ú-jaz (Pedro Sá), Salsa-punk (Palito) e Et... (Lucas Santana e Pedro Sá) ainda soam afinados com a música contemporânea brasileira produzida neste ano de 2014. Elemento marcante na trilogia de álbuns gravados em estúdio por Caetano com a BandaCê, o suingue da guitarra de Pedro Sá pontua o álbum Mulheres Q Dizem Sim. Contudo, o posto de guitarrista solista do disco é dividido por Pedro com Maurício Pacheco, músico que obteve menor projeção do que seu colega ao longo desses 20 anos. Efeméride que, aliás, justificaria a reedição pela Warner Music desse disco vanguardista, objeto de justo culto.

rafael disse...

Que ótima notícia! Esse pessoal, sem ter o menor interesse em se levar a sério, acabou construindo o que de mais novo a música brasileira conheceu em muito tempo. Seguiram bem a escola do Caetano e tropicalizaram tudo.