Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Disco em que Danilo canta Dorival com Lullo e Domenico sai em CD em 2016

Álbum somente disponível até então nas plataformas virtuais, em edição digital do selo Maravilha 8 lançada na web em 28 de agosto de 2015, Don Don vai ganhar edição física em CD no primeiro semestre de 2016 através da gravadora Discobertas, do pesquisador musical Marcelo Fróes. Como o título do disco já explicita, Danilo canta o cancioneiro do pai, Dorival Caymmi (1914 - 2008), com o toque dos músicos Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti. Clique aqui para ler a resenha do álbum em que Danilo, Di Lullo e Domenico dão frescor ao cancioneiro de Dorival com respeito à bela obra.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Danilo canta Dorival com frescor, nas levadas de Domenico e Bruno Di Lullo

Resenha de álbum
Título: Don Don - Danilo Caymmi canta Dorival com Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti
Artista: Danilo Caymmi
Gravadora: Maravilha 8
Cotação: * * * * *

As músicas de Dorival Caymmi (1914 - 2008) são maravilhas contemporâneas, criadas com zelo de ourives pelo compositor baiano. A modernidade do cancioneiro de Caymmi é atemporal. Talvez pela leveza com que foram compostos, seus sambas e sambas-canção atravessam gerações e vozes sem data de validade - como as melhores canções da Bossa Nova. O mérito de Don Don - disco gravado pelo filho caçula de Dorival, Danilo Caymmi, com Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti, músicos cultuados na cena contemporânea carioca por suas respectivas habilidades no baixo e na bateria - não é modernizar um cancioneiro já em si moderno, mas reapresentá-lo com frescor, com levadas mais atuais, sem jamais descaracterizar a arquitetura dos sambas e sambas-canção abordados pelo trio com adesões de músicos como Moreno Veloso e Pedro Sá, gente da turma de Domenico e Di Lullo. Como já sinalizara em junho de 2015 a gravação do samba inédito que dá nome ao disco, as leves levadas de Don Don são mais contemporâneas, abrindo mão do refinado classicismo das orquestrações majestosas de Dori Caymmi, principal arranjador da obra de Dorival. Aliás, Don Don - o samba que jazia no baú de inéditas de Dorival com o título de Segura Don Don - é bissexta parceria do compositor baiano com o empresário paraibano do ramo das comunicações Assis Chateaubriand (1892 - 1968). Trata-se de  samba maroto que reitera a habilidade de Caymmi de quase nunca ter pesado a mão na arte da composição (e, quando pesou, como em Sargaço mar, obra-prima de 1985, o fez com brilho). Disponível nas plataformas digitais desde 28 de agosto de 2015, em edição do selo carioca Maravilha 8, o álbum Don Don - Danilo Caymmi canta Dorival com Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti prima pela leveza, perceptível na suavidade do canto de Danilo em Dora (1945), samba-canção ambientado na terra do frevo e do maracatu. Danilo saúda Dora com canto íntimo. Mas, à beira dos três minutos, a pulsação da faixa muda, com ênfase nas quebras do ritmo que, no entanto, preservam inteiramente a melodia. Valsa com toque de samba, adornada com cordas orquestradas com maestria pelo maestro Arthur Verocai, Das rosas (1964) enfatiza a moldura instrumental do disco. O canto de Danilo é ouvido somente quando a faixa já contabiliza um minuto e meio. Como baterista, Domenico Lancellotti reina na marcação de sambas como Lá vem a baiana (1947), Requebre que eu dou um doce (1941) e A vizinha do lado (1946). Composto por Dorival à moda carioca, este samba assanhado adentra o salão de uma gafieira no registro de Don Don. Danilo também acerta o tom ameno de sambas-canção como Nem eu (1952) e Só louco (1955), aclimatados em atmosfera mais clássica com as lindas cordas de Verocai, mas com leveza. Afinal, Dorival nunca fez drama em suas incursões pelo gênero. O que torna o canto suave de Ana Claudia Lomelino automaticamente ajustado ao registro de Nunca mais (1949). A vocalista do grupo carioca Tono divide com Danilo a interpretação deste samba-canção menos ouvido do cancioneiro de Caymmi, belamente abordado em Don Don com violão que evoca o universo da Bossa Nova. Com voz de outra dimensão, mais grave e encorpada, a cantora carioca Alice Caymmi, filha de Danilo e neta de Dorival, adensa o clima do álbum ao entoar a agoniada Canção da noiva (1947). Se Vatapá (1942) tem seu sabor alterado ao fim da gravação, O que é que a baiana tem? (1939) - samba que abriu alas para Caymmi em sua chegada à cidade do Rio de Janeiro (RJ) em 1938 - incorpora um balangandã nortista sem perder os enfeites baianos. Enfim, como já dito, Don Don - disco gravado no primeiro semestre de 2014, ano do centenário de nascimento de Caymmi - jamais moderniza obra que já nasceu moderna na sua essência. Mas reapresenta a obra de Caymmi com outros tons, e outras levadas, fechando apoteoticamente os festejos do centenário de Dorival.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Bruno Capinan lança 'single' e arquiteta álbum a ser produzido por Domenico

Cantor e compositor baiano radicado em Toronto, no Canadá, Bruno Capinan edita oficialmente na próxima segunda-feira, 6 de julho de 2015, o single Acalanto. De autoria de Capinan, a música foi lançada em 2010 como vídeo feito para o canal norte-americano de TV Bravo. Mas somente agora, cinco anos depois, Acalanto vai ser editado como single nas plataformas digitais, em escala mundial. Enquanto promove o single, já disponível para audição no portal SoundCloud, o artista já arquiteta o seu terceiro álbum, a ser produzido pelo compositor e baterista carioca Domenico Lancellotti. A edição do sucessor de Tudo está dito (Maravilha 8, 2014) já está prevista para 2016.

sábado, 20 de junho de 2015

Inédita de Caymmi com Assis batiza o disco de Danilo com Lullo e Domenico

Até então inédita em disco, uma bissexta parceria do compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008) com o empresário paraibano Assis Chateaubriand (1892 - 1968), Don Don, já pode ser ouvida no portal SoundCloud na voz de Danilo Caymmi. Guardado no baú de inéditas de Dorival com o título de Segura Don Don, o samba dá nome ao disco em que Danilo aborda o cancioneiro de seu pai com a pegada contemporânea do baixista Bruno Di Lullo e do baterista Domenico Lancellotti. Os músicos são os produtores do álbum Don Don - Danilo Caymmi canta Dorival com Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti. Eleito o primeiro single do álbum, muito provavelmente pelo ineditismo da composição, o samba é bom e ostenta aquela simplicidade genial que pauta o cancioneiro de Dorival Caymmi. Feita com músicos como Moreno Veloso, a gravação soa leve e tem arranjo que evoca a influência de  Dori Caymmi  como orquestrador da obra de Dorival.  O disco sairá em julho de 2015.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Catto começa a gravar no Rio, com produção de Kassin, seu álbum 'Tomada'

A IMAGEM DO SOM - Postada por Ricky Scaff em seu Facebook, a foto acima flagra o cantor e compositor gaúcho Filipe Catto com o baterista carioca Domenico Lancellotti na área externa de estúdio da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Desde a última segunda-feira, 18 de maio de 2015, Catto grava no Rio seu segundo álbum de estúdio, Tomada, sob a produção de Alexandre Kassin. Além de músicas autorais, o repertório de Tomada inclui Partiu - música de Marina Lima, lançada pela cantora e compositora carioca em shows, em 2013, mas ainda inédita em disco - e Depois de amanhã,  a primeira parceria de Catto com Moska. O álbum vai sair no segundo semestre de 2015.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Conduzida por Domenico, Zabelê alça seguro voo solo em disco moderno

Resenha de CD
Título: Zabelê
Artista: Zabelê
Gravadora: Pommelo Distribuições
Cotação: * * * *

A voz e o visual de Zabelê Gomes escancaram o DNA da mãe, Baby do Brasil. Mas Zabelê - o álbum gestado em 2013, gravado em 2014 e lançado neste mês de março de 2015 - tira a cantora e compositora carioca de seu ninho familiar. Guiada por Domenico Lancellotti, produtor do disco mixado por Moreno Veloso, Zabelê alça voo seguro na rota contemporânea que pauta este seu ótimo primeiro trabalho solo. O CD alinha dez músicas inéditas assinadas por um dream team da moderna música carioca. A sonoridade e o repertório do disco conduzem Zabelê a um porto seguro e distante do pop industrializado do SNZ, pop ouvido nos três álbuns desse trio - formado por Zabelê com as irmãs Nãna Shara e Sarah Sheeva em 1999  - que virou dupla em 2003 com a saída de Sheeva e que foi desativado em 2009. Sim, há ecos do som de Baby do Brasil e de Pepeu Gomes nos anos 1980 no disco Zabelê, notadamente nas faixas Atenção (Marcelo Callado e Quito Ribeiro) e Cara de cão (Gustavo Benjão e Domenico Lancellotti), esta formatada com a voz adicional de Moreno Veloso e com as guitarras suingantes de Pedro Sá. Da mesma forma, Céu - parceria de Zabelê com Pedro Sá e com Domenico, criada no estúdio em clima de jam session - reverbera uma ideologia nova baiana em versos de espírito zen como "Sentir o calor / Rolar na tarde de sol / Saber perdoar / Ter paz". De todo modo, o disco tira Zabelê da asa da mãe e do pai. Mesmo que Prática seja música assinada por André Carvalho, filho do leãozinho novo baiano Dadi Carvalho, Zabelê parece ter encontrado a sua turma, longe da redoma familiar. E que turma! Produtor musical mais requisitado da atualidade para pilotar discos de A a Z, Kassin surpreende positivamente como compositor de uma das músicas mais saborosas do disco, Enquanto desaba o mundo, neobolero aclimatado na mesma atmosfera romântica e leve que ambienta Colado (Alberto Continentino e Domenico Lancellotti) e também Nossas noites (Alberto Continentino e Domenico Lancellotti). Contribuição da cantora e compositora paulistana Luísa Maita, Na paz sopra introspecção de tom etéreo que contrasta com o balanço extrovertido de Sabadá, música em que seu compositor Rubinho Jacobina cai no suingue com influência de mestres como o compositor e pianista acriano João Donato. Gravada com ótimo arranjo em que sobressai o fender rhodes pilotado pelo tecladista Ricardo Dias Gomes, Livre (Domenico Lancellotti) completa o repertório, evidenciando o único defeito do disco: o canto por vezes sem viço de Zabelê. Mas o fato é que o repertório e a sonoridade do álbum Zabelê são tão sedutores que encobrem eventuais apatias vocais (nesse ponto, a cantora não puxou a mãe), fazendo com que o disco solo de Zabelê Gomes já se imponha como a boa surpresa do ano fonográfico de 2015.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Álbum que revelou Domenico e Pedro Sá faz 20 anos e gera show no Rio

Ninguém conseguiu prever em 1994 - ano em que a gravadora Warner Music pôs no mercado fonográfico o primeiro e único álbum do grupo Mulheres Q Dizem Sim - que, naquele disco, estava a semente de um som que iria germinar e dar o tom da música brasileira a partir dos anos 2000. Mulheres Q Dizem Sim foi o quarteto formado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) pelos músicos Domenico Lancellotti (bateria, triângulo e berros), Maurício Pacheco (guitarra), Palito (baixo) e Pedro Sá (guitarra). Produzido por Guto Graça Mello, o álbum Mulheres Q Dizem Sim - incompreendido na época de seu lançamento, porém já cultuado pelo antenado Caetano Veloso - antecipou a estética sonora que resultaria no trio + 2 (formado por Domenico com Kassin e com Moreno Veloso) e que iria reverberar na discografia de nomes então já consagrados como Adriana Calcanhotto - que se associaria à turma de Domenico a partir do álbum Cantada (BMG, 2002) - e Caetano Veloso. No disco, cujos 20 anos de vida serão festejados com show previsto para acontecer no Rio de Janeiro em outubro de 2014 com a reunião provisória do grupo, referências da música brasileira eram filtradas pelo universo do pop indie rock. Temas autorais como Ú-jaz (Pedro Sá), Salsa-punk (Palito) e Et... (Lucas Santana e Pedro Sá) ainda soam afinados com a música contemporânea brasileira produzida neste ano de 2014. Elemento marcante na trilogia de álbuns gravados em estúdio por Caetano com a BandaCê, o suingue da guitarra de Pedro Sá pontua o álbum Mulheres Q Dizem Sim. Contudo, o posto de guitarrista solista do disco é dividido por Pedro com Maurício Pacheco, músico que obteve menor projeção do que seu colega ao longo desses 20 anos. Efeméride que, aliás, justificaria a reedição pela Warner Music desse disco vanguardista, objeto de justo culto.

domingo, 20 de abril de 2014

'Pérola-poesia', parceria com Domenico, prenuncia o álbum solo de Lomelino

♪ Já em rotação no portal SoundCloud, a gravação de Pérola-poesia é o prenúncio do primeiro disco solo de Ana Cláudia Lomelino, vocalista da banda carioca Tono. Parceria da artista com o compositor e baterista Domenico Lancellotti, Pérola-poesia é joia de delicadeza que faz o canto suave de Lomelino crescer e aparecer, já que, à frente do Tono, a cantora não justifica o aval do mundinho hype. Embora não haja referência na página do SoundCloud a disco solo da artista, o projeto do CD existe e está em fase adiantada de produção, devendo ser lançado ainda em 2014 ou no início de 2015. Eis a letra de Pérola-poesia, música cujo registro evoca sons de Dominguinhos (1941 - 2013) numa (bela) passagem instrumental em que sobressai o toque suave de uma sanfona:

Pérola-poesia
(Domenico Lancellotti e Ana Cláudia Lomelino)

Segue pela sombra

Esquece sua luz
Meu único sinal de amor
Não se identificou
Mas ronda como um pastor

Ilha desgarrada

Perdida em alto mar
Parece que deixei por lá
Na crença de um lugar
Que nunca vou encontrar

Senhor

Vou cantar
Para ir

Até lá

Rios de tormentos

Torrentes de ilusões
Andei vagando por aí
Nos becos estações
Desertos de solidões

Pérola poesia

Acende sua cor
Vibrante num sinal de luz
Em noites sem luar
Que serve para guiar

Senhor

Vou cantar
Para ir

Até lá

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Danilo canta 12 de Caymmi no disco gravado com Domenico e Bruno Di Lullo

 O disco ora gravado por Danilo Caymmi com produção de Bruno Di Lullo - à direita na foto - e Domenico Lancellotti é mais um tributo do cantor e compositor carioca ao seu pai, Dorival Caymmi (1914-2008), por conta do centenário de nascimento do cantor e compositor baiano, festejado neste mês de abril de 2014. Danilo vai (re)apresentar doze títulos do cancioneiro de Caymmi com sonoridade mais contemporânea - tal como sua filha Alice Caymmi vem fazendo no show Dorivália. Com esse disco, Danilo contabiliza nada menos do que três álbuns gravados em homenagem ao 100 anos de Dorival. Um, Caymmi, já foi editado em 2013, assinado por Danilo com seus irmãos Dori e Nana. O outro, Dorival Caymmi - Centenário, está em fase final de produção nos estúdios da gravadora Biscoito Fino, no Rio de Janeiro (RJ), e é disco orquestral - com arranjos de Mario Adnet e Dori Caymmi - que une os três filhos de Caymmi a Caetano Veloso,  Chico Buarque  e Gilberto Gil.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Danilo grava (mais) Caymmi em álbum produzido por Di Lullo com Domenico

 Enquanto celebra o centenário de seu pai, um certo Dorival Caymmi (1914-2008), Danilo Caymmi grava no Rio de Janeiro (RJ) álbum produzido por Bruno Di Lullo -  visto à direita na foto de Ana Alexandrino - e Domenico Lancellotti com abordagem moderna do cancioneiro do compositor baiano. O disco também celebra o centenário de Dorival. O último CD solo do cantor e compositor carioca - Alvear, um disco de inéditas autorais - foi lançado em 2011 pela gravadora Biscoito Fino.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Produzida por Calcanhotto, nova edição do disco 'Arca de Noé' inclui Gal

Postada por Domenico Lancellotti em sua página no Facebook, a foto mostra o músico com Adriana Calcanhotto e Gal Costa na gravação da nova edição do disco A arca de Noé, projeto infantil de Vinicius de Moraes (1913 - 1980). A nova edição foi produzida por Calcanhotto com algumas músicas ausentes dos dois discos originais de 1980 e 1981. Gal canta As borboletas, parceria póstuma de Vinicius com Cid Campos, lançada por Calcanhotto no álbum Partimpim dois (2009). Encerradas as gravações neste mês de agosto de 2013, o disco já está em processo de masterização, no Rio de Janeiro (RJ), e vai ser lançado em outubro, dentro das celebrações do centenário de nascimento do poeta. Os discos originais estão sendo reeditados.

domingo, 18 de março de 2012

Moreno apresenta no Rio inéditas feitas com Domenico para seu novo CD

Com novo disco a caminho, Moreno Veloso aproveitou sua apresentação na segunda edição do projeto Sonoridades - idealizado por Nelson Motta com mix de artistas de estilos, origens e/ou gerações distintas - para apresentar duas músicas inéditas, compostas como Domenico Lancellotti, que figuram no repertório do CD. As novidades foram o samba Não Acorde o Neném e o acalanto Coisa Boa. Revezando-se entre o pandeiro e o violão, o artista também cantou Num Galho de Acácias (versão de  J. Carlos para Un Peu D'amour, de Stanislao Silesu e Nilson Fysher) - música que regrava em seu próximo disco - e duas pérolas raras do cancioneiro do compositor baiano Assis Valente (1911-1958), casos dos sambas Amanhã Eu Dou (1942) e Jacaré te Abraça (1944), ambos gravados pela cantora carioca Aracy de Almeida (1914 - 1988). Eis o roteiro seguido por Moreno Veloso - visto em foto de Rodrigo Amaral - no show que fez no Teatro Oi Futuro, em Ipanema, no Rio de Janeiro (RJ), em 17 de março de 2012:

1. A Base do Supremo (Moreno Veloso e Rogério Duarte)
2. Jardim de Alah (Moreno Veloso e Quito Ribeiro)
3. Não Acorde o Neném (Moreno Veloso e Domenico Lancellotti)
4. Coisa Boa (Moreno Veloso e Domenico Lancellotti)
5. Só Vendo que Beleza (Henricão e Rubens Campos)
6. Num Galho de Acácias (Un Peu D'Amour) (Stanislao Silesu e Nilson Fysher em versão de J. Carlos)
7. Requiem para Mãe Menininha (Gilberto Gil)
8. Bate Coração (Antonio Barros e Cecéu)
9. Brasil Pandeiro (Assis Valente)
10. Deusa do Amor (Adailton Poesia e Valter Farias)
11. Lá Vem a Baiana (Dorival Caymmi)
12. Amanhã Eu Volto (Antônio Almeida e Roberto Martins)
13. Meio Tom (Rubinho Jacobina)
14. Um Passo à Frente (Moreno Veloso e Quito Ribeiro)
15. Pimenteira (Roque Ferreira)
16. Deusa do Ébano (Miltão)
17. Pot-pourri de sambas de roda (vários autores)
Bis:
18. Jacaré te Abraça (Assis Valente)
19. Amanhã Eu Dou (Assis Valente)
20. Nosotros (Cesar Portillo de La Luz)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Com canções, Domenico associa som à imagem no CD solo 'Cine Privê

Resenha de CD
Título: Cine Privê
Artista: Domenico Lancellotti
Gravadora: Coqueiro Verde Records
Cotação: * * * 1/2

Encerrada a trajetória do trio + 2, com o qual gravou o disco experimental Sincerely Hot (2004), Domenico Lancellotti começa a esboçar uma carreira solo com o lançamento do CD Cine Privê, editado pela gravadora Coqueiro Verde Records. Antes de se tornar um dos bateristas mais requisitados pelos músicos e cantores de sua geração, Domenico foi pintor. O que ajuda a entender a associação entre som e imagem perserguida pelo artista neste primeiro disco solo. As 10 músicas não chegam a formar um roteiro conexo de filme, mas Cine Privê consegue o link entre som e imagem em temas como Os Pinguinhos (Tomás Ferreira e Domenico Lancellotti), faixa cujo instrumental delicado está em fina sintonia com os versos cinematográficos. Como já sinaliza a faixa-título que abre o CD e ganha efeitos no fim, Cine Privê é disco de canções. A dose de experimentação - alta em Sincerely Hot - é rala, mas existe e pauta o flerte com a poesia concreta em Pedra e Areia, faixa que traz no refrão a voz de Adriana Calcanhotto, co-autora do tema ao lado de Pedro Sá, Alberto Continentino, Moreno Veloso - músicos recorrentes na ficha técnica - e do próprio Domenico. Como também já sinaliza a faixa 5 Sentidos (Domenico Lancellotti e Moreno Veloso), Cine Privê é um disco em que o conceito supera por vezes as canções. Mas que brilha quando a música está no mesmo alto nível do conceito - caso de Fortaleza (Domenico Lancellotti), faixa em que os músicos simulam o som da "corda que rangia" na beira do mar - imagem recorrente na letra. Na mesma onda e cenário, mas com mais vivacidade rítmica, Zona Portuária (Domenico Lancelotti e Kassin) forja o som do apito de um navio a partir do sax barítono de Thiago Queiroz. No todo, a narrativa do disco-filme transcorre em tonalidade zen, a exemplo de Receita, parceria de Domenico com Jorge Mautner. Opção acertada, já que a voz pequena do pseudo-cantor se ajusta bem a essa sonoridade suave. Com direito à bela e felliniana canção composta e entoada em italiano, Su Di Te (Alberto Continentino e Domenico Lancellotti), Cine Privê tem mais poesia do que melodia em temas como Sua Beleza (Marlon Sette e Domenico Lancellotti). No fim, Hugo Carvana - tema instrumental batizado com o nome do ator de emblemática carreira no cinema - põe suingue na trilha deste filme imaginário que reitera o talento esboçado por Domenico desde os anos 90, década em que formou o grupo Mulheres Q Dizem Sim. Cine Privê tende a ser superestimado por parte da mídia por conta da turma hype envolvida na produção, capitaneada pelo próprio Domenico com auxílio de Moreno Veloso, mas é um bom disco nos momentos em que a qualidade da música de fato se equipara ao conceito.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Domenico Lancellotti ingressa na Coqueiro Verde para lançar 'Cine Privê'

Um dos músicos mais requisitados de sua geração, o baterista carioca Domenico Lancellotti - visto em foto de Caroline Bittencourt - assinou contrato com a Coqueiro Verde Records. Cabe à gravadora pôr nas lojas seu disco Cine Privê, que reúne músicas como Zona Portuária, Hugo Carvana (tema que celebra o homônimo ator e diretor de cinema), 5 Sentidos e Pedra e Areia.