Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


domingo, 1 de novembro de 2015

Zizi toca Beethoven ao piano na sala em que canta Ned, Roberto e Bee Gees

É tocando ao piano uma das melodias mais conhecidas da obra erudita do compositor alemão Ludvig Van Beethoven (1770 - 1827) - Für Elise (1810), no título original alemão - que Zizi Possi inicia seu show Na sala com Zizi, apresentado na noite de ontem, 31 de outubro de 2015, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). A rigor, o show - cuja turnê nacional estreou em junho deste ano de 2015 dentro da série Sala de estar, do Sesc de São Paulo - começa com a cantora paulistana falando de seu nascimento e criação no Brás, bairro italianíssimo da cidade de São Paulo (SP), pois Na sala com Zizi se trata de uma "biografia musical", como enfatizou a cantora em cena. Mas o primeiro número do show - feito antes de a banda entrar em cena - foi o tema de Beethoven tocado ao piano por Zizi (como visto na foto de Mauro Ferreira). Ainda ao piano, Zizi deu voz à canção napolitana Santa Lucia (Teodoro Cottrau) - registrada em 1849 e lançada em disco em 1916 - para lembrar os tempos em que tocava o tema para o avô italiano, saudoso de sua Nápoles natal. Na sequência, já com a presença do quarteto orquestrado pelo guitarrista e diretor musical Webster Santos, Zizi desfiou o cancioneiro que interliga momentos cruciais de sua formação musical nas décadas de 1960 e 1970 em roteiro poliglota - assinado por José Possi Neto, diretor de teatro e irmão da cantora - que atingiu picos de beleza em Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1974), Tudo passará (Nelson Ned, 1969), Gracias a la vida (Violeta Parra, 1966), Traumas (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971), I started a joke (Barry Gibb, Maurice Gibb e Robin Gibb, 1968) - uma das mais pungentes baladas do repertório inicial do trio australiano Bee Gees - e Dio, come ti amo (Domenico Modugno, 1966). Eis o roteiro alinhavado por José Possi Neto e seguido por Zizi Possi na noite de 31 de outubro de 2015 na estreia carioca do belo show Na sala com Zizi na casa Vivo Rio:

1. Für Elise (Beethoven, 1810)
2. Santa Lucia (Teodoro Cottrau, 1849 / 1916)
3. Datemi un martello (If I had a hammer)

    (Pete Seeger, 1958, em versão em italiano de Sergio Bardotti, 1964)
4. Fortissimo (Bruno Canfora e Lina Wertmüller, 1966)
5. Dio, come ti amo (Domenico Modugno, 1966)
6. Noite cheia de estrelas (Cândido das Neves, 1954)
7. I started a joke (Barry Gibb, Maurice Gibb e Robin Gibb, 1968)
8. Gracias a la vida (Violeta Parra, 1966)
9. Sucesso, aqui vou eu (Build up) (Arnaldo Baptista e Rita Lee, 1970)
10. Traumas (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971)
11. Jingle do creme Rugol
12. Esses moços (Pobres moços) (Lupicínio Rodrigues, 1948)
13. Acontece (Cartola, 1972)
14. Joia (Caetano Veloso, 1975)
15. A menina dança (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1972)
16. Blackbird (John Lennon e Paul McCartney, 1968) /
17. Eleanor Rigby (John Lennon e Paul McCartney, 1966)

18. You've got a friend (Carole King, 1971)
19. Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1974)
20. Jingle das Óticas Teixeira
21. Jingle da Ilha do Sol (Walter Queiroz, Paulo Levita e João Donato) - áudio em off
22. Tudo passará (Nelson Ned, 1969)
23. Sabor a mí (Álvaro Carrillo, 1959)
24. Palco (Gilberto Gil, 1981)
Bis:
25. Perigo (Nico Rezende e Paulinho Lima, 1985)
26. O amor vem pra cada um (Love comes to everyone)
      (George Harrison, 1979, em versão em português de Beto Fae, 1983) - com Luiza Possi
27. Noite (Nico Rezende e Jorge Salomão, 1987) - com Luiza Possi
28. Asa morena (Zé Carapidia, 1982) - com Luiza Possi

10 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ É tocando ao piano uma das melodias mais conhecidas da obra erudita do compositor alemão Ludvig Van Beethoven (1770 - 1827) - Für Elise (1810), no título original alemão - que Zizi Possi inicia seu show Na sala com Zizi, apresentado na noite de ontem, 31 de outubro de 2015, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). A rigor, o show - cuja turnê nacional estreou em junho deste ano de 2015 dentro da série Sala de estar, do Sesc de São Paulo - começa com a cantora paulistana falando de seu nascimento e criação no Brás, bairro italianíssimo da cidade de São Paulo (SP), pois Na sala com Zizi se trata de uma "biografia musical", como enfatizou a cantora em cena. Mas o primeiro número do show - feito antes de a banda entrar em cena - foi o tema de Beethoven tocado ao piano por Zizi (como visto na foto de Mauro Ferreira). Ainda ao piano, Zizi deu voz à canção napolitana Santa Lucia (Teodoro Cottrau) - registrada em 1849 e lançada em disco em 1916 - para lembrar os tempos em que tocava o tema para o avô italiano, saudoso de sua Nápoles natal. Na sequência, já com a presença do quarteto orquestrado pelo guitarrista e diretor musical Webster Santos, Zizi desfiou o cancioneiro que interliga momentos cruciais de sua formação musical nas décadas de 1960 e 1970 em roteiro poliglota - assinado por José Possi Neto, diretor de teatro e irmão da cantora - que atingiu picos de beleza em Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1974), Tudo passará (Nelson Ned, 1969), Gracias a la vida (Violeta Parra, 1966), Traumas (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971), I started a joke (Barry Gibb, Maurice Gibb e Robin Gibb, 1968) - uma das mais pungentes baladas do repertório inicial do trio australiano Bee Gees - e Dio, come ti amo (Domenico Modugno, 1966). Eis o roteiro alinhavado por José Possi Neto e seguido por Zizi Possi na noite de 31 de outubro de 2015 na estreia carioca do belo show Na sala com Zizi na casa Vivo Rio:

1. Für Elise (Beethoven, 1810)
2. Santa Lucia (Teodoro Cottrau, 1849 / 1916)
3. Datemi un martello (If I had a hammer)(Pete Seeger, 1958, em versão em italiano de Sergio Bardotti, 1964)
4. Fortissimo (Bruno Canfora e Lina Wertmüller, 1966)
5. Dio, come ti amo (Domenico Modugno, 1966)
6. Noite cheia de estrelas (Cândido das Neves, 1954)
7. I started a joke (Barry Gibb, Maurice Gibb e Robin Gibb, 1968)
8. Gracias a la vida (Violeta Parra, 1966)
9. Sucesso, aqui vou eu (Build up) (Arnaldo Baptista e Rita Lee, 1970)
10. Traumas (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1971)
11. Jingle do creme Rugol
12. Esses moços (Pobres moços) (Lupicínio Rodrigues, 1948)
13. Acontece (Cartola, 1972)
14. Joia (Caetano Veloso, 1975)
15. A menina dança (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1972)
16. Blackbird (John Lennon e Paul McCartney, 1968) /
17. Eleanor Rigby (John Lennon e Paul McCartney, 1966)
18. You've got a friend (Carole King, 1971)
19. Lígia (Antonio Carlos Jobim, 1974)
20. Jingle das Óticas Teixeira
21. Jingle da Ilha do Sol (Walter Queiroz, Paulo Levita e João Donato) - áudio em off
22. Tudo passará (Nelson Ned, 1969)
23. Sabor a mí (Álvaro Carrillo, 1959)
24. Palco (Gilberto Gil, 1981)
Bis:
25. Perigo (Nico Rezende e Paulinho Lima, 1985)
26. O amor vem pra cada um (Love comes to everyone)(George Harrison, 1979, em versão em português de Beto Fae, 1983) - com Luiza Possi
27. Noite (Nico Rezende e Jorge Salomão, 1987) - com Luiza Possi
28. Asa morena (Zé Carapidia, 1982) - com Luiza Possi

Rafael disse...

Nossa, o roteiro do show está lindíssimo. Repertório muito bem escolhido...

Vladimir disse...

Muito bom, Mauro!! Não estive lá e por este motivo é gratificante saber detalhes deste show que talvez, infelizmente, não será registrado em CD nem em DVD.

Carlos Almeida disse...

Que repertório cafona... Muda o disco, Zizi!

Unknown disse...

Com a voz da Zizi até um arroto ganha beleza!!!!!!!!

Eduardo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

É uma pena que uma cantora da grandeza da Zizi Possi parece ter desistido de lançar um álbum de músicas inéditas. Será que faltam novos compositores? Será que falta um produtor com ânimo para ajudá-la nesta tarefa de pesquisador repertório, ainda que seja de regravações menos óbvias? Existem verdadeiras pérolas esquecidas em discos de grandes compositores brasileiros, novos ou antigos, que poderiam soar como inéditas. A Gal com o Marcus Preto conseguiu selecionar um ótimo repertório no Estratosférica. Muitas cantoras perdem muito tempo sem gravar e quando resolvem fazer a voz já não é a mesma. Será que podemos sonhar com um disco arrebatador da Zizi? O show atual deve ser muito bonito, mas imagino um álbum que tenha o ímpeto daqueles do início de carreira, com a sofisticação da fase Eldorado/Velas e com a maturidade vocal de hoje. Já que sonhar não custa nada...

Marcelo disse...

Lindo o repertório mas duvido que vire cd de estúdio. De qq forma fico na torcida!!

Roberto de Brito disse...

O repertório nao é cafona. É coerente com a proposta do espetáculo!

Pedro disse...

A qualidade desse repertório é impressionante. Obrigado, Mauro, por dar visibilidade para esse show através do seu registro tão cuidadoso.