Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Chico César aguça 'Estado de poesia' ao interpretar Tenga e Vandré no show

Um dos mais belos sambas-reggaes compostos e lançados nos anos 1980, década áurea da música afro-pop-baiana rotulada como axé music, Brilho de beleza (1988) - tema de autoria do compositor baiano Nego Tenga, regravado por cantoras como Gal Costa e Margareth Menezes - se afina com o discurso contra a negação da negritude brasileira feito por Chico César em Negão, uma das músicas inéditas de seu nono álbum, Estado de poesia (Chita Discos / Urban Jungle / Pommelo Distribuições / Lab Fantasma, 2015). Por isso mesmo, Brilho de beleza se encaixou bem no roteiro do eletrizante show Estado de poesia, enfim estreado pelo cantor e compositor paraibano no Rio de Janeiro (RJ), em apresentação que seduziu o público que compareceu ao Theatro Net Rio na noite de terça-feira, 24 de novembro de 2015. Parceria do artista com Zeca Baleiro, lançada por Chico no álbum Cuscuz clã (MZA Music, 1996), Mand'Ela também reapareceu no roteiro, aguçando com trocadilho o discurso amoroso-político de Estado de poesia, show nascido de disco cujo repertório foi parido pela paixão romântica do artista por sua atual mulher, Bárbara Santos. Em roteiro que encadeou todas as 14 músicas do álbum, Chico surpreendeu ao sair do trilho autoral quando cantou Espumas ao vento (Accioly Neto, 1997) e quando, já no segundo bis, deu voz a Brilho de beleza e ao maior sucesso do compositor (também paraibano) Geraldo Vandré, Pra não dizer que não falei das flores, canção engajada de 1968 - conhecida popular e nacionalmente como Caminhando - que Chico César revive em arretado ritmo que ficou entre o xote e o reggae. Eis o roteiro seguido em 24 de novembro de 2015 por Chico César - em foto de Mauro Ferreira - na estreia carioca do (apaixonante) show  Estado de poesia no Theatro Net Rio:

1. Caninana (Chico César, 2015)
2. Guru (Chico César, 2015)
3. Palavra mágica (Chico César, 2015)
4. Atravessa-me (Chico César, 2015)
    - com citação de Zazueira (Jorge Ben Jor, 1968)
5. Da taça (Chico César, 2015)
6. Onde estará o meu amor? (Chico César, 1996)
    - com citação de Diana (Paul Anka, 1957, em versão de Fred Jorge, 1958)
7. Negão (Chico César, 2015)
8. Mand'ela (Chico César e Zeca Baleiro, 1996)
9. Miaêro (Chico César, 2015)
10. Espumas ao vento (Accioly Neto, 1997)
11. Estado de poesia (Chico César, 2013)
12. Caracajus (Chico César, 2015)
13. Museu (Chico César, 2015)
14. Quero viver (Chico César e Torquato Neto, 2015)
      - com citação de Besta é tu (Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Luiz Galvão, 1972)
15. No Sumaré (Chico César) - com Escurinho
16. Alberto (Chico César)
Bis:
17. Reis do agronegócio (Chico César e Carlos Rennó, 2015)
Bis 2:
18. Mama África (Chico César, 1995)
19. Brilho de beleza (Nego Tenga, 1988)
20. Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968)

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Um dos mais belos sambas-reggaes compostos e lançados nos anos 1980, década áurea da música afro-pop-baiana rotulada como axé music, Brilho de beleza (1988) - tema de autoria do compositor baiano Nego Tenga, regravado por cantoras como Gal Costa e Margareth Menezes - se afina com o discurso contra a negação da negritude brasileira feito por Chico César em Negão, uma das músicas inéditas de seu nono álbum, Estado de poesia (Chita Discos / Urban Jungle / Pommelo Distribuições / Lab Fantasma, 2015). Por isso mesmo, Brilho de beleza se encaixou bem no roteiro do eletrizante show Estado de poesia, enfim estreado pelo cantor e compositor paraibano no Rio de Janeiro (RJ), em apresentação que seduziu o público que compareceu ao Theatro Net Rio na noite de terça-feira, 24 de novembro de 2015. Parceria do artista com Zeca Baleiro, lançada por Chico no álbum Cuscuz clã (MZA Music, 1996), Mand'Ela também reapareceu no roteiro, aguçando com trocadilho o discurso amoroso-político de Estado de poesia, show nascido de disco cujo repertório foi parido pela paixão romântica do artista por sua atual mulher, Bárbara Santos. Em roteiro que encadeou todas as 14 músicas do álbum, Chico surpreendeu ao sair do trilho autoral quando cantou Espumas ao vento (Accioly Neto, 1997) e quando, já no segundo bis, deu voz a Brilho de beleza e ao maior sucesso do compositor (também paraibano) Geraldo Vandré, Pra não dizer que não falei das flores, canção engajada de 1968 - conhecida popular e nacionalmente como Caminhando - que Chico César revive em arretado ritmo que ficou entre o xote e o reggae. Eis o roteiro seguido em 24 de novembro de 2015 por Chico César - em foto de Mauro Ferreira - na estreia carioca do (apaixonante) show Estado de poesia no Theatro Net Rio:

1. Caninana (Chico César, 2015)
2. Guru (Chico César, 2015)
3. Palavra mágica (Chico César, 2015)
4. Atravessa-me (Chico César, 2015) - com citação de Zazueira (Jorge Ben Jor, 1968)
5. Da taça (Chico César, 2015)
6. Onde estará o meu amor? (Chico César, 1996) - com citação de Diana (Paul Anka, 1957, em versão de Fred Jorge, 1958)
7. Negão (Chico César, 2015)
8. Mand'ela (Chico César e Zeca Baleiro, 1996)
9. Miaêro (Chico César, 2015)
10. Espumas ao vento (Accioly Neto, 1997)
11. Estado de poesia (Chico César, 2013)
12. Caracajus (Chico César, 2015)
13. Museu (Chico César, 2015)
14. Quero viver (Chico César e Torquato Neto, 2015)
15. No Sumaré (Chico César) - com Escurinho
16. Alberto (Chico César)
Bis:
17. Reis do agronegócio (Chico César e Carlos Rennó, 2015)
Bis 2:
18. Mama África (Chico César, 1995)
19. Brilho de beleza (Nego Tenga, 1988)
20. Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando) (Geraldo Vandré, 1968)

maroca disse...

Augusto Flávio (Petrolina-Pe/Juazeiro-Ba)

Brilho de beleza é um grande sucesso do Bloco afro "Muzenza" em 1989 assisti o show "Estrangeiro" de Caetano Veloso no teatro "Yemanjá" do centro de convenções em Salvador e foi um dos shows mais bonitos que já vi em toda minha vida. E até hoje guardo com muita emoção como se fosse hoje, dois momentos belo do espetáculo, foi quando Caetano cantou "Pétala" de Djavan num arranjo extraordinário e "Brilho de beleza" no qual Carlinhos Brown era percussionista da banda e mandou ver em "Brilho de beleza" e "Meia lua inteira" grande sucesso do disco em função da exibição da novela "Tieta" soube dias depois que a Rede Globo teria gravado o show para especial de fim de ano e infelizmente não foi exibido. Uma pena pois o show "Estrangeiro" é lindo.

maroca disse...

Augusto Flávio (Petrolina-Pe/Juazeiro-Ba)

"Espumas ao vento" aqui no Nordeste já encheu o saco há muito tempo.

Mauro Ferreira disse...

Augusto, o samba-reggae 'Brilho de beleza' foi lançado em disco em 1988 pela banda Terceiro Mundo, no LP 'Marley Vive. Abs, MauroF