Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Gabriel Improta cai no samba-jazz e apresenta inédita de Donato em 'Milagre'

O violonista, compositor e arranjador carioca Gabriel Improta cai no samba-jazz no terceiro álbum, Milagre, lançado neste mês de maio de 2016 pela gravadora Kalimba. Improta - que já defendeu tese de doutorado sobre o samba-jazz, gênero derivado da Bossa Nova e cultivado nas boates da cidade do Rio de Janeiro (RJ) da primeira metade da década de 1960 - faz do ritmo o mote do álbum batizado com música do compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008). Milagre (1977) é imersa por Improta nas águas do samba-jazz em que emergem os vocais da cantora holandesa Brancka. Ainda dentro do mar baiano, Improta pesca o samba Eu vim da Bahia (1965), cartão-de-visita do compositor Gilberto Gil na migração para o Rio de Janeiro. Contudo, o maior destaque do repertório de Milagre é um tema inédito (em disco) da lavra do compositor João Donato, Férias no Acre, apresentado por Improta com o toque do piano do próprio Donato. A música foi feita em 1966. Entre tema ecológico de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Passarim (1985), e suíte chorona de Egberto Gismonti (7 anéis, de 1988), Improta toca o autoral Choro para McCoy, composto em tributo ao pianista norte-americano de jazz McCoy Tyner, ás do bebop. Apesar do título, o tema mixa choro, samba, jazz e maracatu. Ainda dentro da seara autoral, Improta assina em Milagre as composições Bossa lunar, Herr Andreas na macumba e Rosa e cravo.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

♪ O violonista, compositor e arranjador carioca Gabriel Improta cai no samba-jazz no terceiro álbum, Milagre, lançado neste mês de maio de 2016 pela gravadora Kalimba. Improta - que já defendeu tese de doutorado sobre o samba-jazz, gênero derivado da Bossa Nova e cultivado nas boates da cidade do Rio de Janeiro (RJ) da primeira metade da década de 1960 - faz do ritmo o mote do álbum batizado com música do compositor baiano Dorival Caymmi (1914 - 2008). Milagre (1977) é imersa por Improta nas águas do samba-jazz em que emergem os vocais da cantora holandesa Brancka. Ainda dentro do mar baiano, Improta pesca o samba Eu vim da Bahia (1965), cartão-de-visita do compositor Gilberto Gil na migração para o Rio de Janeiro. Contudo, o maior destaque do repertório de Milagre é um tema inédito (em disco) da lavra do compositor João Donato, Férias no Acre, apresentado por Improta com o toque do piano do próprio Donato. A música foi feita em 1966. Entre tema ecológico de Antonio Carlos Jobim (1927 - 1994), Passarim (1985), e suíte chorona de Egberto Gismonti (7 anéis, de 1988), Improta toca o autoral Choro para McCoy, composto em tributo ao pianista norte-americano de jazz McCoy Tyner, ás do bebop. Apesar do título, o tema mixa choro, samba, jazz e maracatu. Ainda dentro da seara autoral, Improta assina em Milagre as composições Bossa lunar, Herr Andreas na macumba e Rosa e cravo.