Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 28 de maio de 2016

Mauro Senise toca (bem...) 13 composições de Gil no álbum 'Amor até o fim'

Após álbuns dedicados aos cancioneiros de compositores como Dolores Duran (1930 - 1959), Edu Lobo, Noel Rosa (1910 - 1937) e Sueli Costa, o saxofonista e flautista carioca Mauro Senise dá outro sopro de vitalidade ao tocar a obra plural do compositor baiano Gilberto Gil no álbum Amor até o fim. Lançado pela gravadora Fina Flor neste mês de maio de 2016, em edição dupla que agrega DVD com o making of da gravação do disco, o CD transita por 13 temas do cancioneiro do compositor baiano em seleção que vai de 1965 a 1983. Revezando-se entre a flauta, o sax alto, o sax soprano e o piccolo, instrumento com que Senise faz circular o popular Expresso 2222 (1972) no fecho do álbum, o músico - de 66 anos completados no último dia 18 de maio de 2016 - apresenta abordagem instrumental da obra de Gil. A única música de Gil rebobinada com letra - no caso, declamada pelo próprio cantor e compositor em participação avalizadora do tributo - é a canção existencialista Preciso aprender a só ser (1973). Na flauta, Senise leva o samba-título Amor até o fim (1966), a sinuosa Ladeira da preguiça (1973), a apaixonada canção Flora (1981) e o samba cartão-de-visitas Eu vim da Bahia (1965). Com o sax soprano, o músico sopra a beleza melódica de Drão (1982), segue a veloz Procissão (Gilberto Gil e Edy Star, 1967) em andamento de forró, refaz Refazenda (1975) e viaja pelo toque de Oriente (1973). Com o sopro sonoro do sax alto, Senise cai no samba Mancada (1967), alinhava o lirismo de A linha e o linho (1983), reza pela cartilha zen de Se eu quiser falar com Deus (1980) e dá o toque existencialista da já mencionada Preciso aprender a só ser. No todo, Senise toca Gil em Amor até o fim com respeito à arquitetura melódica das 13 composições. O músico gravou o disco de forma gregária, ao lado de feras da música instrumental brasileira. O virtuoso time de arranjadores do álbum inclui o acordeonista Kiko Horta e os pianistas Cristóvão Bastos, Gabriel Geszti, Gilson Peranzzetta e Jota Moraes (no vibrafone e nos arranjos de Expresso 2222 e Oriente). Mauro Senise toca Gilberto Gil com alma e com amor, do início ao fim...

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Após álbuns dedicados aos cancioneiros de compositores como Dolores Duran (1930 - 1959), Edu Lobo, Noel Rosa (1910 - 1937) e Sueli Costa, o saxofonista e flautista carioca Mauro Senise dá outro sopro de vitalidade ao tocar a obra plural do compositor baiano Gilberto Gil no álbum Amor até o fim. Lançado pela gravadora Fina Flor neste mês de maio de 2016, em edição dupla que agrega DVD com o making of da gravação do disco, o CD transita por 13 temas do cancioneiro do compositor baiano em seleção que vai de 1965 a 1983. Revezando-se entre a flauta, o sax alto, o sax soprano e o piccolo, instrumento com que Senise faz circular o popular Expresso 2222 (1972) no fecho do álbum, o músico - de 66 anos completados no último dia 18 de maio de 2016 - apresenta abordagem instrumental da obra de Gil. A única música de Gil rebobinada com letra - no caso, declamada pelo próprio cantor e compositor em participação avalizadora do tributo - é a canção existencialista Preciso aprender a só ser (1973). Na flauta, Senise leva o samba-título Amor até o fim (1966), a sinuosa Ladeira da preguiça (1973), a apaixonada canção Flora (1981) e o samba cartão-de-visitas Eu vim da Bahia (1965). Com o sax soprano, o músico sopra a beleza melódica de Drão (1982), segue a veloz Procissão (Gilberto Gil e Edy Star, 1967) em andamento de forró, refaz Refazenda (1975) e viaja pelo toque de Oriente (1973). Com o sopro sonoro do sax alto, Senise cai no samba Mancada (1967), alinhava o lirismo de A linha e o linho (1983), reza pela cartilha zen de Se eu quiser falar com Deus (1980) e dá o toque existencialista da já mencionada Preciso aprender a só ser. No todo, Senise toca Gil em Amor até o fim com respeito à arquitetura melódica das 13 composições. O músico gravou o disco de forma gregária, ao lado de feras da música instrumental brasileira. O virtuoso time de arranjadores do álbum inclui o acordeonista Kiko Horta e os pianistas Cristóvão Bastos, Gabriel Geszti, Gilson Peranzzetta e Jota Moraes (no vibrafone e nos arranjos de Expresso 2222 e Oriente). Mauro Senise toca Gilberto Gil com alma e com amor, do início ao fim...

Rafael disse...

Esse disco é lindo... A seleção de faixas é primorosa...