Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Eis as 10 músicas do disco em que Andreia Dias canta raras de Rita Lee

"Beije-me a boca / Com tua boca vermelha / Para que eu sinta a saliva / E o gosto de cuspe / Escorrendo entre os dentes meus", suplica Andreia Dias em versos de Beije-me, amor (Arnaldo Baptista e Élcio Decário, 1972). Censurados, esses versos não são ouvidos na voz de Rita Lee na gravação de Beije-me, amor incluída no segundo álbum solo da roqueira projetada como vocalista do grupo paulistano Os Mutantes, Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida (Polydor, 1972). Tais versos ganham a liberdade e sua primeira gravação oficial no quarto álbum da paulistana Andreia Dias, Prisioneira do amor, originado de show feito pela cantora no fim de 2013. Com lançamento agendado para março de 2015 pela gravadora Joia Moderna, do DJ Zé Pedro, o disco foi gravado em maio de 2014 com produção, arranjos e direção musical de Tim Bernardes, cérebro do grupo paulistano O Terno. Prisioneira do amor alinha no repertório dez músicas do repertório de Rita Lee, lançadas em período de dez anos que vai de 1968 a 1978. Com exceção de Ovelha negra (Rita Lee, 1975), o repertório é formado por composições pouco ouvidas ou mesmo oficialmente inéditas em disco, caso de Bad trip (Rita Lee, 1973), música da época em que Rita - já fora dos Mutantes - formava com Lúcia Turnbull a dupla Cilibrinas do Éden e preparava um disco abortado por André Midani, executivo então no comando da gravadora Philips. Como explica o diretor artístico do disco, Marcus Preto, em texto escrito para o encarte, Prisioneira do amor evita "os sucessos e as facilitações". Uma das dez músicas é Glória aos reis dos confins do além (Paulo César de Castro, 1968), composição lançada pelos Mutantes no LP II Festival estudantil da música popular brasileira, lançado em 1968 pela Philips. Quatro das dez músicas são do primeiro álbum solo de Rita, Build up (Polydor, 1970), inclusive a faixa-título Prisioneira do amor (1970), composição de Élcio Decário, autor de Precisamos de irmãos (1970) e parceiro de Rita em Tempo nublado. Eis, na ordem do CD, as dez músicas do repertório de Rita Lee gravadas por Andreia Dias em Prisioneira do amor, álbum que a gravadora Joia Moderna apresenta em março:

1. Viagem ao fundo de mim (Rita Lee, 1970)
2. Tempo nublado (Rita Lee e Élcio Decário, 1970)
3. Beija-me, amor (Arnaldo Baptista e Élcio Decário, 1972)
4. Precisamos de irmãos (Élcio Decário, 1970)
5. Ovelha negra (Rita Lee, 1975)
6. Bad trip (Rita Lee, 1973)
7. Prisioneira do amor (Élcio Decário, 1970)
8. Glória ao rei dos confins do além (Paulo César de Castro, 1968)
9. Superfície do planeta (Arnaldo Baptista, 1972)
10. Modinha (Rita Lee, 1978)

7 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ "Beije-me a boca / Com tua boca vermelha / Para que eu sinta a saliva / E o gosto de cuspe / Escorrendo entre os dentes meus", suplica Andreia Dias em versos de Beije-me, amor (Arnaldo Baptista e Élcio Decário, 1972). Censurados, esses versos não são ouvidos na voz de Rita Lee na gravação de Beije-me, amor incluída no segundo álbum solo da roqueira projetada como vocalista do grupo paulistano Os Mutantes, Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida (Polydor, 1972). Tais versos ganham a liberdade e sua primeira gravação oficial no quarto álbum da paulistana Andreia Dias, Prisioneira do amor, originado de show feito pela cantora no fim de 2013. Com lançamento agendado para março de 2015 pela gravadora Joia Moderna, do DJ Zé Pedro, o disco foi gravado em maio de 2014 com produção, arranjos e direção musical de Tim Bernardes, cérebro do grupo paulistano O Terno. Prisioneira do amor alinha no repertório dez músicas do repertório de Rita Lee, lançadas em período de dez anos que vai de 1968 a 1978. Com exceção de Ovelha negra (Rita Lee, 1975), o repertório é formado por composições pouco ouvidas ou mesmo oficialmente inéditas em disco, caso de Bad trip (Rita Lee, 1973), música da época em que Rita - já fora dos Mutantes - formava com Lúcia Turnbull a dupla Cilibrinas do Éden e preparava um disco abortado por André Midani, executivo então no comando da gravadora Philips. Como explica o diretor artístico do disco, Marcus Preto, em texto escrito para o encarte, Prisioneira do amor evita "os sucessos e as facilitações". Uma das dez músicas é Glória aos reis dos confins do além (Paulo César de Castro, 1968), composição lançada pelos Mutantes no LP II Festival estudantil da música popular brasileira, lançado em 1968 pela Philips. Quatro das dez músicas são do primeiro álbum solo de Rita, Build up (Polydor, 1970), inclusive a faixa-título Prisioneira do amor (1970), composição de Élcio Decário, autor de Precisamos de irmãos (1970) e parceiro de Rita em Tempo nublado. Eis, na ordem do CD, as dez músicas do repertório de Rita Lee gravadas por Andreia Dias em Prisioneira do amor, álbum que a gravadora Joia Moderna apresenta em março:

1. Viagem ao fundo de mim (Rita Lee, 1970)
2. Tempo nublado (Rita Lee e Élcio Decário, 1970)
3. Beija-me, amor (Arnaldo Baptista e Élcio Decário, 1972)
4. Precisamos de irmãos (Élcio Decário, 1974)
5. Ovelha negra (Rita Lee, 1975)
6. Bad trip (Rita Lee, 1973)
7. Prisioneira do amor (Rita Lee, 1970)
8. Glória ao rei dos confins do além (Paulo César de Castro, 1968)
9. Superfície do planeta (Arnaldo Baptista, 1972)
10. Modinha (Rita Lee, 1978)

Rafael disse...

Ótimo repertório. Tem tudo para ser um sucesso este disco.

Rafael disse...

Uma correção, Mauro: "Prisioneira do Amor" foi composta por Élcio Decário e não Rita Lee.

Celuzo disse...

E o BOX da Rita Lee, Mauro? Hoje faz 9 meses que você postou a notícia sobre a produção dele, e até agora nenhuma novidade...

Mauro Ferreira disse...

Grato pelo toque, Rafael. Ao listar as músicas do disco, eu realmente troquei o nome do compositor da música-título. Sweet Kiwi, a caixa com reedições de álbuns da Rita continua na pauta da gravadora Universal Music. Essas produções sempre atrasam. Abs, MauroF

Fábio Preccaro disse...

Só acho uma pena que todas as homenagens feitas à Rita se mantenham apenas nos lados B dos anos 70. Com Roberto ela produziu canções deliciosas que não se tornaram sucesso e estão no limbo dos discos não relançados. Em álbuns como "BomBom" ou até mesmo o "Zona Zen" há tanto a ser explorado. Mesmo nos anos 90, quando a produção dela começou a cair nos eternos revivals que romperam a segunda metade dos anos 2000. Alguém para regravar um "O Gosto do Azedo" ou um "Homem Vinho"... no próprio "Balacobaco" há coisas lindas. Pena.

lurian disse...

Andréia Dias é uma das grandes herdeiras da fina ironia de Rita Lee. Creio que tenha se sentido absolutamente em casa para fazer o disco.