Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Angra renova seu metal progressivo entre as sombras de 'Secret garden'

Resenha de CD
Título: Secret garden
Artista: Angra
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Oitavo álbum de estúdio do Angra, Secret garden - lançado no Brasil neste ano de 2015, mas editado em dezembro de 2014 no exterior - representa forçosamente o início de uma nova etapa para o grupo paulistano de metal progressivo. Afinal, trata-se do primeiro álbum de estúdio da banda com seu terceiro vocalista, Fabio Lione, cantor italiano já conhecido na cena metaleira, recrutado para substituir Edu Falaschi. É também o primeiro álbum de estúdio com o baterista Bruno Valverde, convidado a assumir o posto de Ricardo Confessori, que saiu (mais uma vez) do Angra em 2014. São duas mudanças na formação do grupo que, inevitavelmente, influenciam o resultado final de Secret garden. E o fato é que o pulso do Angra ainda pulsa, como já mostra a música que abre o CD, Newborn me (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli e Fabio Lione). Em seu disco mais sombrio, o Angra reduz a praticamente zero a influência da música brasileira no seu som, investe na habitual mistura de progressivo com metal - sobretudo na faixa Upper lewels (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli e Fabio Lione) e na música-título Secret garden, solada pela cantora Simone Simons, da banda holandesa Epica - sem perder peso. Produzido por Jens Bogren, o álbum mostra um Angra em processo de renovação (até pelo fato de Lione ter registro de barítono), não necessariamente melhor ou pior do que antes. Mas ainda reconhecível entre a fúria veloz de Black hearted soul (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro e Fabio Lione) - faixa que mais expõe o D.N.A. sonoro do grupo ao lado de Perfect symmetry (Rafael Bittencourt) - e o tom épico de Crushing room (Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt e Maria Llmoniemi), tema gravado por Lione em dueto com a cantora alemã Doro Pesch. No fim, uma bela balada, Silent call, composta e cantada pelo guitarrista Rafael Bittencourt, fecha bem este álbum em que, tal qual o protagonista do enredo conceitual, o Angra busca a reinvenção e um sentido para seguir existindo. Parece ter encontrado ambos entre as flores negras de seu jardim secreto...

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Oitavo álbum de estúdio do Angra, Secret garden - lançado no Brasil neste ano de 2015, mas editado em dezembro de 2014 no exterior - representa forçosamente o início de uma nova etapa para o grupo paulistano de metal progressivo. Afinal, trata-se do primeiro álbum de estúdio da banda com seu terceiro vocalista, Fabio Lione, cantor italiano já conhecido na cena metaleira, recrutado para substituir Edu Falaschi. É também o primeiro álbum de estúdio com o baterista Bruno Valverde, convidado a assumir o posto de Ricardo Confessori, que saiu (mais uma vez) do Angra em 2014. São duas mudanças na formação do grupo que, inevitavelmente, influenciam o resultado final de Secret garden. E o fato é que o pulso do Angra ainda pulsa, como já mostra a música que abre o CD, Newborn me (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli e Fabio Lione). Em seu disco mais sombrio, o Angra reduz a praticamente zero a influência da música brasileira no seu som, investe na habitual mistura de progressivo com metal - sobretudo na faixa Upper lewels (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli e Fabio Lione) e na música-título Secret garden, solada pela cantora Simone Simons, da banda holandesa Epica - sem perder peso. Produzido por Jens Bogren, o álbum mostra um Angra em processo de renovação (até pelo fato de Lione ter registro de barítono), não necessariamente melhor ou pior do que antes. Mas ainda reconhecível entre a fúria veloz de Black hearted soul (Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro e Fabio Lione) - faixa que mais expõe o D.N.A. sonoro do grupo ao lado de Perfect symmetry (Rafael Bittencourt) - e o tom épico de Crushing room (Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt e Maria Llmoniemi), tema gravado por Lione em dueto com a cantora alemã Doro Pesch. No fim, uma bela balada, Silent call, composta e cantada pelo guitarrista Rafael Bittencourt, fecha bem este álbum em que, tal qual o protagonista do enredo conceitual, o Angra busca a reinvenção e um sentido para seguir existindo. Parece ter encontrado ambos entre as flores negras de seu jardim secreto...

Luca disse...

esse grupo já era...