Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Take That lança EP 'Progressed' com oito sobras de seu álbum 'Progress'

Chega às lojas do Reino Unido nesta segunda-feira, 13 de junho de 2011, Progressed, EP em que o grupo britânico Take That apresenta oito músicas que sobraram de seu sexto álbum, Progress (2010), trabalho que marcou a reintegração de Robbie Williams à boyband. O EP foi precedido pela edição em maio do single Love Love, tema propagado na trilha sonora do filme X-Men - Primeira Classe. (2011). Eis as oito músicas de Progressed, EP editado pela Polydor:

1. When We Weew Young (Robbie Williams e Gary Barlow)
2. Man (Gary Barlow)
3. Love Love (Gary Barlow e Mark Owen)
4. The Day the Work Is Done (Mark Owen e Gary Barlow)
5. Beautiful (Gary Barlow)
6. Don't Say Goodbye (Gary Barlow)
7. Aliens (Howard Donald)
8. Wonderful Orange (Mark Owen e Jason Orange)

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Há 25 anos, a Plebe Rude debutou em disco com EP - ou miniLP, para usar o termo criado pela gravadora EMI Music na época - gravado em 1985 com sete músicas. Corrosivo, O Concreto já Rachou (1986) expôs com alguma mordacidade parte da podridão que o reino de Brasília (DF) exportava para um Brasil corroído por inflação, corrupção e injusta distribuição de renda. Decorridos 25 anos da chegada às lojas desse histórico EP de ideologia punk, a Plebe Rude põe no mercado seu primeiro DVD, cujo título Rachando Concreto ao Vivo em Brasília alude explicitamente ao seu incendiário disco de estreia. E essa alusão significa tanto a preservação da atitude da banda - intacta - como a constação de que, de lá para cá, a Plebe Rude nunca mais produziu um disco tão significativo quanto O Concreto Já Rachou. Tanto que todas as sete músicas do EP - Brasília, Proteção, Minha Renda, Seu Jogo, Johnny Vai à Guerra (Outra Vez), Sexo e Karatê e o hit Até Quando Esperar? (de refrão memorável, repetido pelo público) - foram alocadas no roteiro que contabiliza 21 números. Excessos de pretensão e exaltação de egos ajudaram a implodir a carreira fonográfica da banda após o lançamento dos álbuns Nunca Fomos Tão Brasileiros (1987) e Plebe Rude (1998). Já rachada, a banda chega ao DVD e aos 30 anos - a Plebe se reuniu lá pelos idos de 1981 - com metade de sua formação original. Permaneceram seus mentores Philippe Seabra (voz e guitarra) e André X (baixo). Debandaram o baterista Gutge (substituído por Txota, egresso do Maskavo Roots) e Jander Bilaphra, que fazia com com Philippe um jogo de vozes e guitarras que ora é armado (sem o mesmo impacto) com Clemente (líder do lendário grupo punk Inocentes) neste show captado por câmeras de alta definição em 12 de setembro de 2009 na Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranapoá. Editado em CD e DVD, Rachando Concreto ao Vivo em Brasília expõe a Plebe ainda rude, mas já sem aquela ira punk que se ajusta melhor a jovens de 20 e poucos anos. E o fato é que a banda hoje cativa mais pela atitude (sempre íntegra) do que por músicas que já ostentam menor poder de fogo. Impressão reiterada pela inédita Tudo que Poderia Ser (Philippe Seabra) incluída no roteiro que somente se afasta da trilha autoral quando a Plebe reverencia as bandas Escola de Escândalos (Luzes, sobre iniciação sexual) e Cólera (Medo). Filmado sob a direção de Rodrigo Ginaetto, o show começa ainda no entardecer e avança pela noite de Brasília (DF). Cantar músicas como Censura e A Ida no Distrito Federal ainda tem todo um significado especial para os plebeus e, por isso, Brasília vira tópico à parte nas entrevistas dos extras, que exibem também os clipes de Vote em Branco (controvertida música do último álbum de estúdio da Plebe Rude, R ao Contrário, editado em 2006), The Wake (versão em inglês de A Ida), O Que se Faz e R ao Contrário. Enfim, a Plebe Rude sempre teve a fama de soar mais contundente no palco do que no estúdio. Portanto, um registro audiovisual da banda - mesmo tardio - é bem-vindo por perpetuar show de um grupo que se conserva fiel à sonoridade e à ideologia semeada há 30 anos no árido Planalto Central.