Mauro Ferreira no G1

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domingo, 2 de dezembro de 2012

Amabis se escora em climas e minimalismos em 'Trabalhos Carnívoros'

Resenha de CD
Título: Trabalhos Carnívoros
Artista: Gui Amabis
Gravadora: YB Music
Cotação: * * *

Segundo título da discografia solo do produtor e compositor Gui Amabis, Trabalhos Carnívoros é o disco em que o artista solta a voz, meramente eficiente no canto em tons menores de nove dos 10 temas autorais do álbum. A única faixa não cantada por Amabis, Pausa (Gui Amabis), é tema instrumental formatado somente com teclados e programações eletrônicas - faixa que, mesmo sendo quase uma vinheta, dá a pista certa do tom climático deste disco. Em Trabalhos Carnívoros, Amabis se escora em ambiências introspectivas, climas minimalistas que soam coerentes com o currículo do artista, produtor de trilhas sonoras de filmes como O Senhor das Armas (2005) e Quincas Berro d'Água (2010). Carregadas de poesia e sentido, as letras imagéticas de músicas como Deus e Seu Guardião (Gui Amabis e Rica Amabis) - destaque do repertório - e Menino Horrível (Gui Amabis e Regis Damasceno) se ajustam à atmosfera uniforme do álbum. Na construção dessa sonoridade cool, as guitarras (a de Dustan Gallas e, sobretudo, a do coprodutor do disco Regis Damasceno) são peças-chaves - ainda que o violoncelo de Fernanda Monteiro também se revele crucial na arquitetura de temas como Tiro (Gui Amabis) e Pena Mais que Perfeita (Gui Amabis e Regis Damasceno). Contudo, paira a sensação de que o canto íntimo de Amabis pulsa em frequência menor do que a de suas músicas. Nesse sentido, Trabalhos Carnívoros se revela bem menos sedutor do que seu antecessor Memórias Luso/Africanas (2011), pelo fato de as memórias anteriores terem sido revolvidas por Amabis com as vozes de Céu e Tulipa Ruiz, entre outros solistas convidados. De todo modo, em seu segundo solo, Gui Amabis pavimenta trilha poética que merece ser ouvida.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Segundo título da discografia solo do produtor e compositor Gui Amabis, Trabalhos Carnívoros é o disco em que o artista solta a voz, meramente eficiente no canto em tons menores de nove dos 10 temas autorais do álbum. A única faixa não cantada por Amabis, Pausa (Gui Amabis), é tema instrumental formatado somente com teclados e programações eletrônicas - faixa que, mesmo sendo quase uma vinheta, dá a pista certa do tom climático deste disco. Em Trabalhos Carnívoros, Amabis se escora em ambiências introspectivas, climas minimalistas que soam coerentes com o currículo do artista, produtor de trilhas sonoras de filmes como O Senhor das Armas (2005) e Quincas Berro d'Água (2010). Carregadas de poesia e sentido, as letras imagéticas de músicas como Deus e Seu Guardião (Gui Amabis e Rica Amabis) - destaque do repertório - e Menino Horrível (Gui Amabis e Regis Damasceno) se ajustam à atmosfera uniforme do álbum. Na construção dessa sonoridade cool, as guitarras (a de Dustan Gallas e, sobretudo, a do coprodutor do disco Regis Damasceno) são peças-chaves - ainda que o violoncelo de Fernanda Monteiro também se revele crucial na arquitetura de temas como Tiro (Gui Amabis) e Pena Mais que Perfeita (Gui Amabis e Regis Damasceno). Contudo, paira a sensação de que o canto íntimo de Amabis pulsa em frequência menor do que a de suas músicas. Nesse sentido, Trabalhos Carnívoros se revela bem menos sedutor do que seu antecessor Memórias Luso/Africanas (2011), pelo fato de as memórias anteriores terem sido revolvidas por Amabis com as vozes de Céu e Tulipa Ruiz, entre outros solistas convidados. De todo modo, em seu segundo solo, Gui Amabis pavimenta trilha poética que merece ser ouvida.

Rafael disse...

Ouvi dizer que esse trabalho novo do Gui está muito bom. Ao menos o primeiro disco dele foi legal.

Luca disse...

esse disco é todo bom, merecia no mínimo quatro estrelas

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.