Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Silva sintetiza influências em 'Claridão', álbum valorizado por sua sonoridade

Resenha de CD
Título: Claridão
Artista: Silva
Gravadora: Slap / Som Livre
Cotação: * * * 

 Somente um ano e dois meses separam o lançamento artesanal do primeiro EP de Silva - Silva EP, jogado na rede em outubro de 2011 - do anúncio de eleição como melhor cantor de 2012 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), feito esta semana. O prêmio em si soa injustificado porque o capixaba Lúcio Silva de Souza jamais impressiona por seu canto. O que valoriza Claridão - primeiro álbum do artista de 23 anos, recém-lançado pelo selo Slap, o braço indie da Som Livre - é a original interação de timbres eletrônicos e acústicos, é a bela sonoridade que envolve os 12 temas do repertório autoral em tom contemporâneo, são os arranjos de músicas como Mais cedo e Claridão (parcerias de Silva com seu irmão, Lucas Silva), por vezes melhores do que as próprias músicas. Piloto dos sintetizadores que pautam Claridão, Silva sintetiza influências do pop universal em CD que acena para o mundo. Há ecos do grupo canadense Arcade Fire, do cantor e compositor paulista Guilherme Arantes e do produtor e compositor inglês de música eletrônica James Blake no som de ponta feito por Silva. Como compositor, o artista nem sempre alcança o nível de excelência dos arranjos. Mas cabe destacar a sedutora 12 de maio (Silva), 2012 (Silva e Lucas Silva) - uma boa sacada sobre o anunciado fim do mundo - e Falando sério (Silva e Lucas Silva), faixa que sinaliza que, por trás das camadas de sintetizadores, a música de Silva pode se revelar essencialmente pop em atmosfera chillwave. Enfim, a edição de Claridão por gravadora atuante no mainstream pode dar visibilidade ao artista bem além dos recantos escuros da internet que revelaram Silva em 2011.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Somente um ano e dois meses separam o lançamento artesanal do primeiro EP de Silva - Silva EP, jogado na rede em outubro de 2011 - do anúncio de eleição como melhor cantor de 2012 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), feito esta semana. O prêmio em si soa injustificado porque o capixaba Lúcio Silva de Souza jamais impressiona por seu canto. O que valoriza Claridão - primeiro álbum do artista de 23 anos, recém-lançado pelo selo Slap, o braço indie da Som Livre - é a original interação de timbres eletrônicos e acústicos, é a bela sonoridade que envolve os 12 temas do repertório autoral em tom contemporâneo, são os arranjos de músicas como Mais Cedo e Claridão (parcerias de Silva com seu irmão, Lucas Silva), por vezes melhores do que as próprias músicas. Piloto dos sintetizadores que pontuam Claridão, Silva sintetiza influências do pop universal em disco que acena para o mundo. Há ecos do grupo canadense Arcade Fire, do compositor paulista Guilherme Arantes e do produtor e compositor inglês de música eletrônica James Blake no som de ponta feito por Silva. Como compositor, o artista nem sempre alcança o nível de excelência dos arranjos. Mas cabe destacar a sedutora 12 de Maio (Silva), 2012 (Silva e Lucas Silva) - uma boa sacada sobre o anunciado fim do mundo - e Falando Sério (Silva e Lucas Silva), faixa que sinaliza que, por trás das camadas de sintetizadores, a música de Silva pode se revelar essencialmente pop em sua atmosfera chillwave. Enfim, a edição de Claridão por gravadora atuante no mainstream pode dar visibilidade ao artista além dos recantos escuros da internet que projetaram Silva em 2011.

Rafael disse...

Eu gostei deste disco de estréia do Silva. Acho que ele estreou muito bem. Gostei da sonoridade modernosa das canções.