Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Com Crazy Horse, Young se refugia no seu passado em 'Psychedelic Pill'

Resenha de CD
Título: Psychedelic Pill
Artista: Neil Young & Crazy Horse
Gravadora: Reprise Records 
Cotação: * * * * 1/2

Aos 67 anos, completados em 12 de novembro deste ano de 2012, Neil Young não se recusa a envelhecer. Psychedelic Pill - o (longo) álbum duplo que o artista canadense gravou com o Crazy Horse e lançou em 30 de outubro - é manifesto de amor ao passado de Young. Tanto no som - um rock cheio de solos e sujeiras, como as detectadas em She's Always Dancing - como nas letras. O descompasso de Young com o mundo contemporâneo fica evidente logo nos versos de Driftin' Back, tema que abre Psychedelic Pill com inacreditáveis 27 minutos. Mas é nessa heroica resistência ao moderno que reside a força do disco e do próprio Young neste primeiro álbum de inéditas gravado pelo cantor e compositor com o Crazy Horse desde Green Dale (2003). Disco de fôlego! São apenas oito músicas em nove faixas (o Alternate Mix da faixa-título Psychedelic Pill fecha o CD 2). No entanto, entre estas oito músicas, há joias como Ramada Inn e Walk Like a Giant, ambas do quilate da obra monumental de Young. Até o fato de reprocessar música de seu passado - a bela balada For The Love of Man, outrora intitulada I Wonder Why - reforça a sensação de que Psychedelic Pilé disco imerso no universo e no tempo particular de Neil Young, o que já soa eterno na recusa em ser moderno.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Aos 67 anos, completados em 12 de novembro deste ano de 2012, Neil Young não se recusa a envelhecer. Psychedelic Pill - o (longo) álbum duplo que o artista canadense gravou com o Crazy Horse e lançou em 30 de outubro - é manifesto de amor ao passado de Young. Tanto no som - um rock cheio de solos e sujeiras, como as detectadas em She's Always Dancing - como nas letras. O descompasso de Young com o mundo contemporâneo fica evidente logo nos versos de Driftin' Back, tema que abre Psychedelic Pill com inacreditáveis 27 minutos. Mas é nessa heroica resistência ao moderno que reside a força do disco e do próprio Young neste primeiro álbum de inéditas gravado pelo cantor e compositor com o Crazy Horse desde Green Dale (2003). Disco de fôlego! São apenas oito músicas em nove faixas (o Alternate Mix da faixa-título Psychedelic Pill fecha o CD 2). No entanto, entre estas oito músicas, há joias como Ramada Inn e Walk Like a Giant, ambas do quilate da obra monumental de Young. Até o fato de reprocessar música de seu passado - a bela balada For The Love of Man, outrora intitulada I Wonder Why - reforça a sensação de que Psychedelic Pill é disco imerso no universo e no tempo particular de Neil Young, o que já soa eterno na recusa em ser moderno.

Rafael disse...

Assim como Bob Dylan, Neil Young também é grande. Esse último disco está ótimo!!!

Maria disse...

Muito bom o disco!
Neil Young é uma lenda do Rock, com pitadas de Folk e country.
Sou fã da sua guitarra suja e de seus longos solos improvisados.