Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

'Júpiter' sinaliza que Silva quer habitar o populoso planeta da canção popular

Resenha de CD
Título: Júpiter
Artista: Silva
Gravadora: Slap / Som Livre
Cotação: * * 

Em diversas músicas de seus dois álbuns anteriores, Claridão (Slap / Som Livre, 2012) e Vista por mar (Slap / Som Livre, 2014), o cantor, compositor e músico capixaba Lúcio Silva acenou para o universo pop. Só que uma aura cult e por vezes sombria envolvia o som de Silva, superestimando a obra autoral do artista, visto exageradamente por alguns como espécie de sucessor do artesão pop Guilherme Arantes - cantor, compositor e músico paulista que se tornou hitmaker na década de 1980 na onda tecnopop na qual Silva também vem surfando com beats eletrônicos ligeiramente mais modernos. Júpiter - o álbum que Silva vai lançar em 20 de novembro de 2015 - dissipa essa aura cult e sinaliza que o cantor quer habitar o já populoso planeta da canção popular romântica. Todo assinado pelo artista em parceria com seu irmão Lucas Silva, o repertório inédito de Júpiter gravita em torno desse universo romântico com letras mais simples. O dilema amoroso exposto nos versos de Se ela voltar, por exemplo, poderia estar na letra de qualquer uma das muitas canções simples e por isso eficazes da dupla de hitmakers Michael Sullivan & Paulo Massadas, donatários - como Guilherme Arantes - de boa parte das paradas populares dos anos 1980. O fato de a voz de Silva estar sempre à frente dos arranjos minimalistas - feitos no mesmo tom tecnopop dos discos anteriores, mas com eventuais referências ao R&B - e a notícia de que o cantor está paralelamente em cena com show em que canta o repertório pop de Marisa Monte corroboram a sensação de que Silva quer expandir seu público com a diluição de sua obra em Júpiter. A rigor, ele tem dois trunfos entre as 11 faixas do disco (cujo repertório inclui a vinheta instrumental IO) que produziu e que gravou em estúdio de Vitória (ES). E um deles não é o tom moderninho com que Silva pinta Marina (1947), o samba-canção do compositor baiano Dorival Caymmi (1914-2008). As duas músicas que roçam a perfeição pop em Júpiter são Eu sempre quis - parceria do compositor com o irmão Lucas Silva acertadamente escolhida para ser o primeiro single do álbum, já em rotação na web com direito à clipe que intercala imagens do planeta Júpiter com takes do cantor em estúdio - e Feliz e ponto, canção que versa sobre amor realizado, gravada com o próprio Silva fazendo uma segunda voz de timbre feminino. Descontadas estas duas músicas, Júpiter gravita em torno da trivialidade da canção pop romântica. Entre a súplica amorosa de Deixa eu falar (faixa que flerta de longe com o universo do miami bass e do funk melody) e a receita de bolo dada em Sufoco ("Se você sabe o que é amar, nunca irá aprisionar alguém"), Silva rima jeito com conceito e defeito em Sou desse jeito. "Vou somar você e eu / E as palavras de amor / Faço um verso e um refrão / Que eu já sei de cor", avisa Silva em Nas horas. Sim, de certa forma, Silva dá sua voz correta a versos que o ouvinte tem a impressão de saber de cor, por mais que a letra de Notícias ostente a palavra merda em seus versos. Última música do disco, Notícias expõe a intenção de fuga da personagem da letra, reverberando a insatisfação e a sensação de inadequação espacial já explicitadas na letra da faixa que abre o álbum, a canção-título Júpiter. A mudança para outro planeta é a solução proposta para escapar do tédio cotidiano ("Se por lá não houver esse povo que só quer controlar o que a gente quer", ressalva Silva na letra). Álbum mais fraco do artista, Júpiter deixa a impressão de que Silva quer migrar para o mesmo planeta pop romântico habitado por seu colega de selo, Tiago Iorc, dono de obra mais simples e, por isso mesmo, mais popular do que a do terráqueo Silva.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Silva pinta rosto da 'Marina' de Caymmi no tom de seu tecnopop em 'Júpiter'

Cantor e compositor guardião das tradições da música brasileira, Dori Caymmi pode vir a se zangar, a se aborrecer e a ficar de mal com Lúcio Silva... É que o cantor e compositor capixaba Silva pinta o rosto de Marina (Dorival Caymmi, 1947) - um dos mais célebres sambas-canção do cancioneiro de seu pai, um certo Dorival Caymmi (1914 - 2008) - com as cores de seu tecnopop. Silva regrava Marina em seu quarto álbum, Júpiter. O disco chega ao mercado fonográfico através do selo Slap, da gravadora Som Livre, em 20 de novembro de 2015. Marina integra o repertório quase todo inédito e autoral composto pelo artista com seu irmão Lucas Silva. Sucessor de Claridão (Slap / Som Livre, 2012) e de Vista pro mar (Slap / Som Livre, 2014), Júpiter apresenta músicas como Deixa eu te falar, Notícias,  Se ela volta, Sou desse jeito, IO e Sufoco ao longo de 11 faixas.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Silva lança segundo EP digital consecutivo com gravações ao vivo de shows

 Somente um mês após a plataforma Rdio ter disponibilizado EP ao vivo de Silva, com cinco músicas captadas em apresentação do cantor e compositor capixaba em festival em Austin (Texas, EUA), o selo Slap arremessa nas plataformas digitais, neste mês de setembro de 2015, outro EP com números gravados ao vivo em show do artista. No caso, com sete músicas gravadas em apresentação de Silva no Circo Voador, no Rio de Janeiro (RJ). Das sete músicas, cinco - Janeiro, Universo, Claridão, Okinawa (cantada em dueto com Fernanda Takai) e Entardecer - são do segundo álbum do artista, Vista pro mar (Slap, 2014), tendo sido compostas por Lúcio Silva em parceria com seu irmão Lucas Silva. Completam o repertório do EP Vista pro mar ao vivo o cover de Mais feliz (Cazuza, Dé Palmeira e Bebel Gilberto, 1986) e Noite, música recente, lançada por Silva em junho deste ano de 2015 como single digital. Tal como a gravação de estúdio, o registro ao vivo de Noite conta com adesões do cantor e compositor carioca Lulu Santos e de Don L, rapper cearense (radicado em São Paulo).  Don L - aliás - também figura no gravação ao vivo de Universo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

EP captado em sessões da plataforma Rdio concentra o melhor pop de Silva

Resenha de EP digital
Título: Silva Rdio sessions
Artista: Silva
Plataforma: Rdio
Cotação: * * * 1/2

Lúcio Silva de Souza - o cantor e compositor capixaba conhecido pelo nome artístico de Silva - tem sido superestimado por conta de seus dois álbuns, Claridão (Slap / Som Livre, 2012) e Vista pro mar (Slap / Som Livre, 2014). Ambos os discos apresentaram repertórios irregulares, mas, neles, sempre houve algumas músicas que apontaram a inspiração eventual deste compositor que surfa em tom contemporâneo na onda do tecnopop dos anos 1980, já tendo sido comparado (com certo exagero...) a gênios do pop nacional como o cantor e compositor paulista Guilherme Arantes. Disponível na plataforma Rdio a partir de hoje, 13 de agosto de 2015, o EP Silva Rdio sessions - sétimo título da série Rdio sessions Brasil - concentra o melhor pop de Silva. Com cinco músicas captadas ao vivo em show do artista no festival South by Southwest (SXSW), em Austin, Texas (EUA), em estúdio montado pelo Rdio, o EP rebobina amostras do pop mais inspirado de Silva. Para começar, há as duas melhores músicas do álbum Vista pro mar - a música-título Vista pro mar (Lúcio Silva e Lucas Silva, 2014) e Janeiro (Lúcio Silva e Lucas Silva, 2014) - ao lado de correta releitura eletrônica de Mais feliz (1986), canção de Cazuza (1958 - 1990), Dé Palmeira e Bebel Gilberto que permaneceu obscura até ser regravada com toda propriedade por Adriana Calcanhotto no álbum Maritmo (Sony Music, 1998). Aliás, o registro de Calcanhotto continua imbatível. Músicas também extraídas do repertório do álbum Vista pro mar, Universo (Lúcio Silva e Lucas Silva, 2014) e Volta (Lúcio Silva e Lucas Silva, 2014) completam o EP e reiteram a vocação de Silva para o pop radiofônico de discurso direto e de melodias acessíveis, mas nem sempre sedutoras e nunca contagiantes como deve ser o pop perfeito ainda não alcançado por Silva. Por ter poucas músicas, o EP de Silva na série Rdio sessions  concentra a melhor produção autoral do artista, seu supra-sumo.

domingo, 7 de junho de 2015

Silva lança 'Noite', single feito com participações de Lulu e do 'rapper' Don L

♪ Um ano e três meses após ter lançado seu segundo álbum, Vista pro mar (Slap / Som Livre, 2014), o cantor e compositor capixaba Lúcio Silva vai lançar gravação inédita em single (capa) que estará a partir de amanhã, 8 de junho de 2015, nas plataformas digitais através do selo Slap. A música se chama Noite e tem as participações do cantor e compositor carioca Lulu Santos e de Don L, nome artístico de Gabriel Linhares Rocha, um emergente rapper nascido em Fortaleza (CE) e radicado na cidade de São Paulo (SP). Com melodia assinada por Silva e a letra escrita por Lucas Silva (irmão de Lúcio) e por Don L, Noite é música inédita na discografia de Silva. Amanhã na web.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Moska e Silva dão mergulho em canções do Clube da Esquina para 'Mar azul'

O carioca Moska e o capixaba Silva - vistos em fotos de Thiago Britto - integram o time de intérpretes que mergulham no cancioneiro dos compositores do Clube da Esquina na série Mar azul. Tributo aos sócios mais ilustres do clube fundado em Belo Horizonte (MG) em 1972, Mar azul - produção da Tocavídeos - vai arremessar na web, entre fim de outubro e início de novembro de 2014, dez vídeos com gravações inéditas de músicas de compositores do Clube da Esquina. Moska, por exemplo, dá voz e violão a Quem sabe isso quer dizer amor (Márcio Borges e Lô Borges, 2002). Silva revive Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges e Lô Borges, 1972) com mix de violões e programações. Já Dani Black refaz Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967). Maíra Freitas põe seu tempero em Cravo e canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971) enquanto Júlia Vargas - cantora carioca avalizada por Milton Nascimento - embarca em Canoa canoa (Nelson Ângelo e Fernando Brant, 1977). Filmados sob direção de Fernando Neumayer e Luís Martino, com fotografia de Thiago Britto, os 10 vídeos de Mar azul estarão no canal da Tocavídeos no YouTube.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Música do segundo álbum de Silva, 'Janeiro' ganha cinco versões em EP

Janeiro (Lúcio Silva de Souza e Lucas Silva) - uma das melhores músicas do (irregular) segundo álbum de Silva, Vista pro mar (Slap / Som Livre, 2014) - ganha cinco versões bem diferentes da gravação original. As cinco versões estão reunidas no EP Janeiro, lançado ontem, 22 de setembro de 2014, nas plataformas digitais de venda e streaming via selo Slap. As três primeiras faixas do EP de Silva são versões em inglês da música, traduzida literalmente como January nessa versão, ouvida no registro original em inglês e em dois remixes. As duas faixas restantes do EP são remixes da gravação em português de Janeiro. Eis, na ordem, as cinco faixas de Janeiro, EP que, diferentemente do álbum Vista pro mar, não ganha edição física:

1. January
2. January (Teen Daze remix)
3. January (Marbeya sound headphone mix)
4. Janeiro (Cosmic Kids remix )
5. Janeiro (Marbeya sound loud mix )

quinta-feira, 27 de março de 2014

Na onda tecnopop dos anos 1980, 'Vista pro mar' já põe Silva no devido lugar

Resenha de CD
Título: Vista pro mar
Artista: Silva
Gravadora: Slap / Som Livre
Cotação: * * 1/2

 "Quem quiser ir além-mar / Vai se deixar levar no mar / Pro seu lugar", adverte Silva através de versos de Maré, última das onze músicas autorais do segundo álbum do cantor e compositor capixaba. Repleto de sons que o põem na onda tecnopop dos anos 1980, elevada à potência máxima na faixa Disco novo, Vista pro mar leva Lúcio Silva de Souza para o seu devido lugar na cena pop contemporânea. E esse lugar é o de um compositor ainda em busca de uma batida pop, sem uma produção autoral relevante que justifique o hype alimentado em torno de seu nome no volátil universo indie. Vista pro mar alinha onze parcerias do artista com seu irmão Lucas Silva no repertório inteiramente inédito e autoral. A (boa) ideia foi fazer um álbum mais orgânico, dando ênfase à construção das melodias para não deixar Vista pro mar calcado mais na sonoridade do que nas músicas em si - como aconteceu com Claridão (Slap / Som Livre, 2012), o primeiro álbum de Silva, sucessor do EP jogado pelo artista na rede em outubro de 2011. Só que jamais emerge uma grande música desse mar de canções, jogando a ideia por água abaixo. Aquecida com trio de metais, a música-título Vista pro mar é a que mais se aproxima da perfeição pop. Mas fica no meio caminho, assim como Janeiro, outro destaque de repertório irregular que, a rigor, não chega a empolgar. Produzido pelo próprio Silva, que pilota sintetizadores entre outros cinco instrumentos, Vista pro mar soa até coeso ao roçar um conceito sonoro e poético. Muitas letras falam de mar, a exemplo de É preciso dizer, música cuja introdução remete a new age. Há sons de ondas em Entardecer. Só que, no caso, a coesão deságua em linearidade. Se o mar de Silva soasse um pouco revolto, o álbum talvez crescesse. Contudo, as músicas soam uniformes como o canto do artista, por mais que haja dose maior de eletrônica em Capuba e por mais que a arquitetura de Universo acene descaradamente - sem apelo - para o pop radiofônico. Em sintonia com essas águas plácidas, o canto suave de Fernanda Takai em Okinawa se afina com o universo de Silva neste álbum que faz marola, levando o artista para seu devido lugar e afundando a intenção de torná-lo o artesão pop...

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Eis a capa e as 11 músicas de 'Vista pro mar', o segundo álbum de Silva

Com (expressiva) capa produzida  pelo fotógrafo português Rui Aguiar com o diretor de arte brasileiro Gabriel Finotti, o segundo álbum do cantor e compositor capixaba Silva, Vista pro mar, tem lançamento agendado para 17 de março de 2014 pelo selo Slap. Produzido pelo próprio Silva, o disco traz a participação da cantora e compositora Fernanda Takai na música Okinawa, faixa que será lançada como single no iTunes em 10 de março. Janeiro - primeiro dos quatro singles programados para serem editados antes do álbum - já vai estar disponível no iTunes a partir de 17 de fevereiro. Eis as onze músicas (autorais) do álbum Vista pro mar:

1. Vista pro mar
2. É preciso dizer
3. Janeiro
4. Entardecer
5. Okinawa - com Fernanda Takai
6. Disco novo
7. Universo
8. Volta
9. Ainda
10. Capuba
11. Maré

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Silva programa para 2014 a edição de seu segundo álbum, 'Vista pro mar'

Cantor e compositor capixaba projetado em 2012 com o lançamento de seu primeiro álbum, Claridão (Slap), Lúcio Silva de Souza - conhecido no meio musical pelo nome artístico de Silva - programou para este ano de 2014 a edição de seu segundo álbum, Vista pro mar.  O disco foi gravado entre Brasil e Portugal, mais precisamente em Lisboa, cidade incluída na rota da turnê do show Claridão. Parte das gravações foi realizada na cidade lusitana em dezembro de 2013. Aliás, Silva - em foto de Rui Aguiar, tirada do Instagram do artista - concluiu o CD em Lisboa.

sábado, 3 de agosto de 2013

Silva disponibiliza para audição gravação inédita de música feita em 2009

O cantor e compositor capixaba Silva libera somente para audição, em sua página no portal SoundCloud, gravação inédita da canção Amor pra depois. De sedutora pegada pop, a canção foi composta pelo artista em 2009 e gravada originalmente pelo cantor entre 2010 e 2011, quando  integrava a dupla Mahmundi & Silva, para EP de distribuição restrita. A atual gravação de Amor pra depois faz aflorar a veia pop da canção e resulta com jeito de hit, mostrando ter maior potencial comercial do que qualquer uma das 12 músicas incluídas no primeiro álbum de Silva, Claridão (Slap / Som Livre, 2012). A propósito, Silva já compõe para seu segundo álbum.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Silva sintetiza influências em 'Claridão', álbum valorizado por sua sonoridade

Resenha de CD
Título: Claridão
Artista: Silva
Gravadora: Slap / Som Livre
Cotação: * * * 

 Somente um ano e dois meses separam o lançamento artesanal do primeiro EP de Silva - Silva EP, jogado na rede em outubro de 2011 - do anúncio de eleição como melhor cantor de 2012 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), feito esta semana. O prêmio em si soa injustificado porque o capixaba Lúcio Silva de Souza jamais impressiona por seu canto. O que valoriza Claridão - primeiro álbum do artista de 23 anos, recém-lançado pelo selo Slap, o braço indie da Som Livre - é a original interação de timbres eletrônicos e acústicos, é a bela sonoridade que envolve os 12 temas do repertório autoral em tom contemporâneo, são os arranjos de músicas como Mais cedo e Claridão (parcerias de Silva com seu irmão, Lucas Silva), por vezes melhores do que as próprias músicas. Piloto dos sintetizadores que pautam Claridão, Silva sintetiza influências do pop universal em CD que acena para o mundo. Há ecos do grupo canadense Arcade Fire, do cantor e compositor paulista Guilherme Arantes e do produtor e compositor inglês de música eletrônica James Blake no som de ponta feito por Silva. Como compositor, o artista nem sempre alcança o nível de excelência dos arranjos. Mas cabe destacar a sedutora 12 de maio (Silva), 2012 (Silva e Lucas Silva) - uma boa sacada sobre o anunciado fim do mundo - e Falando sério (Silva e Lucas Silva), faixa que sinaliza que, por trás das camadas de sintetizadores, a música de Silva pode se revelar essencialmente pop em atmosfera chillwave. Enfim, a edição de Claridão por gravadora atuante no mainstream pode dar visibilidade ao artista bem além dos recantos escuros da internet que revelaram Silva em 2011.