Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Rei dos bailes e do suingue nos anos 60, Ed Lincoln sai de cena aos 80

É clichê se referir a Ed Lincoln (1932 - 2012) como o Rei dos  Bailes. Mas o clichê é inevitável no momento em que a morte do artista cearense - morto aos 80 anos nesta segunda-feira, 16 de julho, vítima de insuficiência respiratória - motiva avaliação do legado desse grande músico e arranjador que começou tocando baixo, passou para o piano e se consagrou com o órgão. Seu espetacular órgão Hammond definiu e modernizou o som suingante dos bailes, dos quais Lincoln - nascido em Fortaleza (CE) em 31 de março de 1932 e radicado no Rio de Janeiro (RJ) desde os dourado anos 50 - se tornaria o rei ao longo da década de 60. Reeditados em 2011 em caixa produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas, os seis áureos álbuns de Lincoln - Órgão Espetacular (1960), Ed Lincoln, seu Piano e seu Órgão Espetacular (1961), Álbum Nº 2 (1962), Ed Lincoln, seu Piano e seu Órgão Espetacular (1963), A Volta (1964) e Ed Lincoln (1966) - expõem sua maestria no instrumento que lhe deu lugar de honra na música brasileira.  Com seu órgão Hammond, Ed Lincoln formatou um som moderno para sua época, redescoberto e cultuado nas pistas europeias a partir dos anos 90. Seu repertório eclético ia da música brasileira aos standards da canção norte-americana. Contudo, em essência, Lincoln tocava samba com uma bossa toda própria, um balanço todo seu que podia incluir toques de samba-jazz, gênero apre(e)ndido pelo músico a partir de 1995, ano em que começou a tocar na noite carioca e que estreou em disco, gravando o LP Uma Noite no Plaza como baixista do Trio Plaza, formado por Lincoln, Luiz Eça (1936 - 1992) ao piano e Paulo Ney na guitarra. É clichê novamente, mas o fato é que Ed Lincoln sai de cena para entrar na História da música dançante brasileira. Seu órgão vai sempre soar espetacular.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É clichê se referir a Ed Lincoln (1932 - 2012) como o Rei dos Bailes. Mas o clichê é inevitável no momento em que a morte do artista cearense - morto aos 80 anos nesta segunda-feira, 16 de julho, vítima de insuficiência respiratória - motiva avaliação do legado desse grande músico e arranjador que começou tocando baixo, passou para o piano e se consagrou com o órgão. Seu espetacular órgão Hammond definiu e modernizou o som suingante dos bailes, dos quais Lincoln - nascido em Fortaleza (CE) em 31 de março de 1932 e radicado no Rio de Janeiro (RJ) desde os dourado anos 50 - se tornaria o rei ao longo da década de 60. Reeditados em 2011 em caixa produzida pelo pesquisador musical Marcelo Fróes para seu selo Discobertas, os seis áureos álbuns de Lincoln - Órgão Espetacular (1960), Ed Lincoln, seu Piano e seu Órgão Espetacular (1961), Álbum Nº 2 (1962), Ed Lincoln, seu Piano e seu Órgão Espetacular (1963), A Volta (1964) e Ed Lincoln (1966) - expõem sua maestria no instrumento que lhe deu lugar de honra na música brasileira. Com seu órgão Hammond, Ed Lincoln formatou um som moderno para sua época, redescoberto e cultuado nas pistas europeias a partir dos anos 90. Seu repertório eclético ia da música brasileira aos standards da canção norte-americana. Contudo, em essência, Lincoln tocava samba com uma bossa toda própria, um balanço todo seu que podia incluir toques de samba-jazz, gênero apre(e)ndido pelo músico a partir de 1995, ano em que começou a tocar na noite carioca e que estreou em disco, gravando o LP Uma Noite no Plaza como baixista do Trio Plaza, formado por Lincoln, Luiz Eça (1936 - 1992) ao piano e Paulo Ney na guitarra. É clichê novamente, mas o fato é que Ed Lincoln sai de cena para entrar na História da música dançante brasileira. Seu órgão vai sempre soar espetacular.

André Queiroz disse...

Caramba, em uma semana perdemos 3 mestres dos teclados, José Roberto Bertrami, Jon Lord e Ed Lincoln. Acho que agora está rolando uma bela jam session de matar no céu.Obrigado,Ed Lincoln.RIP Master.

Felipe dos Santos disse...

Só resta ouvir "Um samba gostoso", para minorar a dor da perda.

Felipe dos Santos Souza