Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Com molejo, Sacramento canta os sambas e os amores de Becker e Pinheiro

Resenha de CD
Título: Todo mundo quer amar
Artista: Marcos Sacramento e Zé Paulo Becker
Gravadora: Borandá
Cotação: * * * 

♪ Parafraseando a letra de A gente samba, a mais inspirada das 14 músicas inéditas assinadas pelo violonista Zé Paulo Becker com Paulo César Pinheiro no CD Todo mundo quer amar, é no ritmo do samba que Marcos Sacramento tem crescido e aprendido a caminhar como cantor. Com molejo, ele dá voz às 14 parcerias dos compositores neste disco produzido com esmero por Becker. O álbum poderia resultar excepcional se a qualidade do repertório fosse uniforme. Nem todas as músicas soam especialmente inspiradas (sobretudo na segunda metade do CD), mas o resultado é bom. Sacramento tem ginga para encarar sambas mais sincopados como Remendo e Dois lados. Nas canções, como a lírica Sem rumo e Conformação, o intérprete esboça um registro mais intenso que não pega o ouvinte. Dos temas mais lentos, vale destacar Coisa fugaz, faixa em que sobressai a cuíca chorona de Paulino Dias. Todo mundo quer amar, aliás, prima pelo requinte instrumental. Vários virtuoses tocam ao longo das 14 faixas do álbum, valorizando o repertório que expõe as várias faces do amor. Inclusive o amor pela boemia, abordado em De madrugada com o auxílio luxuosíssimo do acordeom de Bebê Kramer. Entre choro (Gota de ouro), sambas (Temperamento e o saudosista No Clube Democráticos) e canção (Convés), o álbum Todo mundo quer amar deixa boa impressão sem nunca impressionar quando Sacramento canta os sambas e os amores da dupla.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Parafraseando a letra de A Gente Samba, a mais inspirada das 14 músicas inéditas assinadas pelo violonista Zé Paulo Becker com Paulo César Pinheiro no CD Todo Mundo Quer Amar, é no ritmo do samba que Marcos Sacramento tem crescido e aprendido a caminhar como cantor. Com molejo, ele dá voz às 14 parcerias dos compositores neste disco produzido com esmero por Becker. O álbum poderia resultar excepcional se a qualidade do repertório fosse uniforme. Nem todas as músicas soam especialmente inspiradas (sobretudo na segunda metade do CD), mas o resultado é bom. Sacramento tem ginga para encarar sambas mais sincopados como Remendo e Dois Lados. Nas canções, como a lírica Sem Rumo e Conformação, o intérprete esboça um registro mais intenso que não pega o ouvinte. Dos temas mais lentos, vale destacar Coisa Fugaz, faixa em que sobressai a cuíca chorona de Paulino Dias. Todo Mundo Quer Amar, aliás, prima pelo requinte instrumental. Vários virtuoses tocam ao longo das 14 faixas do álbum, valorizando o repertório que expõe as várias faces do amor. Inclusive o amor pela boemia, abordado em De Madrugada com o auxílio luxuosíssimo do acordeom de Bebê Kramer. Entre choro (Gota de Ouro), sambas (Temperamento e o saudosista No Clube Democráticos) e canção (Convés), o CD Todo Mundo Quer Amar deixa boa impressão sem nunca impressionar.

Cris Carriconde disse...

achei lindo!