Jovens de espírito, Stones chegam aos 50 anos como sinônimos de rock

O universo pop celebra esta semana os 50 anos de carreira dos Rolling Stones, tomando como ponto de partida o show realizado pelo grupo inglês em 12 de julho de 1962 no Marquee Club, em Londres, terra natal da banda de Mick Jagger e Keith Richards. Decorridos 50 anos daquela lendária primeira apresentação, os Stones permanecem em cena (entre tapas, hiatos e beijos) como símbolos de rock. Livro e exposição tentam resumir o legado do grupo. Mas talvez o melhor resumo tenha sido feito no título de música gravada pela banda em 1974: It's only rock'n'roll. Sim, é basicamente apenas rock. E, se rock é quase um sinônimo de juventude no mercado comum da música, os Stones desafiam as duras leis da indústria com sua longevidade. Talvez por terem permanecidos jovens de espírito - sobretudo no palco. Se os álbuns ficaram irregulares a partir dos anos 80, os shows continuam incendiários. E é por isso que o universo pop aguarda com ansiedade a confirmação de uma turnê de 50 anos. Senhores na vida, os Stones se recusam a envelhecer em cena. E seu som - por mais que tenha blues e baladas na receita - sempre esteve centrado no rock. Quando tentou flertar com outros sons e ritmos, como no álbum Undercover (1983), o grupo pareceu perdido, sem foco. Mas foram coisas de momento. Na vida e na música, os Stones celebram o rock com todos os clichês e excessos a que têm eles direito. Em essência, it's only rock'n'roll e - por isso mesmo - everybody likes it.