Mauro Ferreira no G1

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sábado, 6 de outubro de 2012

Box reedita discos da década em que Wanderléa desbundou maravilhosa

Resenha de caixa de CDs
Título: Wanderléa Anos 70
Artista: Wanderléa
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * *

Wanderléa desbundou nos anos 70, década em que se beneficiou das liberdades tropicalistas e rompeu com a imagem da Ternurinha, construída e alimentada durante a ascensão, o apogeu e a queda da Jovem Guarda. Os cinco álbuns da cantora embalados na caixa WanderléAnos 70 - ora lançada pelo selo Discobertas para festejar os 50 anos de carreira fonográfica da artista - retratam o começo e o fim desse desbunde de Wanderléa. O pontapé inicial na virada estética foi dado com a gravação do compacto que trazia o frevo Chuva, Suor e Cerveja (Caetano Veloso), não por acaso incluído entre os 17 fonogramas reunidos na coletânea Raridades (Anos 70), exclusividade do box produzido pelo pesquisador Marcelo Fróes. O compacto marcou a entrada de Wanderléa na gravadora Philips e preparou o terreno para a gravação de ...Maravilhosa (1972), álbum de estúdio inspirado em show que bombou no circuito mais antenado do eixo Rio-São Paulo. Puxado pela música Quero Ser Locomotiva, composição da lavra do então pouco badalado Jorge Mautner, ...Maravilhosa é disco impregnado de alegria, de atitude e da vibe do samba-rock da primeira metade dos anos 70. Entre temas de Assis Valente (1911 - 1958) e Gilberto Gil, Uva de Caminhão e Back in Bahia, Wanderléa deu voz a duas músicas de Hyldon, Vida Maneira e Deixa, três anos antes de o Brasil se render ao soul romântico do compositor baiano Na sequência, Feito Gente (1975) - álbum gravado ao vivo em outro show concebido fora dos padrões musicais vigentes na época - manteve a atmosfera underground de ...Maravilhosa e conectou Wanderléa a compositores da MPB como Joyce (Carne, Osso e Coração), Gonzaguinha (1945 - 1991) - autor de Eu Nem Ligo e Palavras - e Sueli Costa (Lua e Verdes Varandas). Jorge Mautner reaparecia com Ginga da Mandinga, tema composto em parceria com Rodolpho Grani Jr. que reiterou que, sim, Wanderléa caía no suingue com naturalidade. E foi assim, ainda parada na contramão, que a cantora migrou para a gravadora Odeon e gravou arrojado disco arranjado por Egberto Gismonti, Vamos Que Eu Já Vou, único título da caixa que já havia sido reeditado em CD pela EMI Music. Amigos de fé desde os tempos da Jovem Guarda, Roberto Carlos e Erasmo Carlos contribuíram com A Terceira Força, música que se destacou em repertório dominado por temas de Gismonti (Café, Calypso, Carmo e Educação Sentimental, os três últimos compostos por Gismonti com Geraldo Carneiro). Gismonti seria co-autor e convidado da música que batizaria o álbum seguinte de Wanderléa, Mais que a Paixão (1978), menos inventivo do que seu antecessor, mas ainda assim marcado por bom (e até hoje desconhecido) repertório de compositores da MPB. Ainda em processo de consolidação de sua obra autoral, Djavan assinava O Canto da Lira, em cuja gravação tocava violão. Os irmãos camaradas Roberto Carlos e Erasmo Carlos forneciam Antes que o Mundo Acabe enquanto uma ainda desconhecida Fátima Guedes era a autora de Bicho Medo. Já Gonzaguinha marcava sua habitual presença com Lindo e Guerreiro São João. Mas foram-se os anos 70 e, com eles, a face mais desbundada da discografia de Wanderléa. O moderado resultado comercial destes discos desafiadores levou Wanderléa de volta à gravadora CBS - de onde a cantora havia saído em 1971 justamente para poder alçar voos artísticos com liberdade estética - para fazer álbum, Wanderléa (1981), de menor ambição artística. Sintomaticamente foi este disco - produzido por Mauro Motta com arranjos de Lincoln Olivetti e os teclados que começavam a pasteurizar a música brasileira - que rendeu à cantora seu primeiro grande sucesso após a Jovem Guarda, Na Hora da Raiva, balada machista dos fiéis escudeiros Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Wanderléa voltava a pisar no terreno popular romântico que lhe dera fama nas jovens tardes de domingo. Mas aí já era outra década, e não os anos 70 que testemunharam a inquietude de uma cantora que provou que podia ser mais do que a Ternurinha na maior parte dos CDs da caixa WanderléAnos 70.

31 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Wanderléa desbundou nos anos 70, década em que se beneficiou das liberdades tropicalistas e rompeu com a imagem da Ternurinha, construída e alimentada durante a ascensão, o apogeu e a queda da Jovem Guarda. Os cinco álbuns da cantora embalados na caixa Wanderléa Anos 70 - ora lançada pelo selo Discobertas para festejar os 50 anos de carreira fonográfica da artista - retratam o começo e o fim desse desbunde de Wanderléa. O pontapé inicial na virada estética foi dado com a gravação do compacto que trazia o frevo Chuva, Suor e Cerveja (Caetano Veloso), não por acaso incluído entre os 17 fonogramas reunidos na coletânea Raridades (Anos 70), exclusividade do box produzido pelo pesquisador Marcelo Fróes. O compacto marcou a entrada de Wanderléa na gravadora Philips e preparou o terreno para a gravação de ...Maravilhosa (1972), álbum de estúdio inspirado em show que bombou no circuito mais antenado do eixo Rio-São Paulo. Puxado pela música Quero Ser Locomotiva, composição da lavra do então pouco badalado Jorge Mautner, ...Maravilhosa é disco impregnado de alegria, de atitude e da vibe do samba-rock da primeira metade dos anos 70. Entre temas de Assis Valente (1911 - 1958) e Gilberto Gil, Uva de Caminhão e Back in Bahia, Wanderléa deu voz a duas músicas de Hyldon, Vida Maneira e Deixa, três anos antes de o Brasil se render ao soul romântico do compositor baiano Na sequência, Feito Gente (1975) - álbum gravado ao vivo em outro show concebido fora dos padrões musicais vigentes na época - manteve a atmosfera underground de ...Maravilhosa e conectou Wanderléa a compositores da MPB como Joyce (Carne, Osso e Coração), Gonzaguinha (1945 - 1991) - autor de Eu Nem Ligo e Palavras - e Sueli Costa (Lua e Verdes Varandas). Jorge Mautner reaparecia com Ginga da Mandinga, tema composto em parceria com Rodolpho Grani Jr. que reiterou que, sim, Wanderléa caía no suingue com naturalidade. E foi assim, ainda parada na contramão, que a cantora migrou para a gravadora Odeon e gravou arrojado disco arranjado por Egberto Gismonti, Vamos Que Eu Já Vou, único título da caixa que já havia sido reeditado em CD pela EMI Music. Amigos de fé desde os tempos da Jovem Guarda, Roberto Carlos e Erasmo Carlos contribuíram com A Terceira Força, música que se destacou em repertório dominado por temas de Gismonti (Café, Calypso, Carmo e Educação Sentimental, os três últimos compostos por Gismonti com Geraldo Carneiro). Gismonti seria co-autor e convidado da música que batizaria o álbum seguinte de Wanderléa, Mais que a Paixão (1978), menos inventivo do que seu antecessor, mas ainda assim marcado por bom (e até hoje desconhecido) repertório de compositores da MPB. Ainda em processo de consolidação de sua obra autoral, Djavan assinava O Canto da Lira, em cuja gravação tocava violão. Os irmãos camaradas Roberto Carlos e Erasmo Carlos forneciam Antes que o Mundo Acabe enquanto uma ainda desconhecida Fátima Guedes era a autora de Bicho Medo. Já Gonzaguinha marcava sua habitual presença com Lindo e Guerreiro São João. Mas foram-se os anos 70 e, com eles, a face mais desbundada da discografia de Wanderléa. O moderado resultado comercial destes discos desafiadores levou Wanderléa de volta à gravadora CBS - de onde a cantora havia saído em 1971 justamente para poder alçar voos artísticos com liberdade estética - para fazer álbum, Wanderléa (1981), de menor ambição artística. Sintomaticamente foi este disco - produzido por Mauro Motta com arranjos de Lincoln Olivetti e os teclados que começavam a pasteurizar a música brasileira - que rendeu à cantora seu primeiro grande sucesso após a Jovem Guarda, Na Hora da Raiva, balada machista dos fiéis escudeiros Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Wanderléa voltava a pisar no terreno popular romântico que lhe dera fama nas jovens tardes de domingo. Mas aí já era outra década, e não os anos 70 que testemunharam a inquietude de uma cantora que provou que podia ser mais do que a Ternurinha na maior parte dos CDs da caixa Wanderléa Anos 70.

lurian disse...

Esse box está muito bom. Registra bem o quanto Wanderléa teve importante virada estética, tão underground ou até + corajosa que Gal Costa (que por essa época já havia diminuído seus arroubos tropicalistas). As músicas do Walter Franco, outro indie pouco focado, são perfeitas! Teve também gravação da estreante Marlui Miranda, outra 'figura' que o Brasil precisa conhecer melhor.
O que eu queria mesmo saber era se o compacto de 1971 virá nas raridades > Com o frevo "Sem se atrapalhar" (Caetano Veloso - Moacir Albuquerque), além de Pula, Pula (Jards Macalé - Capinam)?

Tombom disse...

Mai um "gol" memorável da Discobertas!

André Queiroz disse...

Lurian

As duas faixas estão no CD de raridades,sim.faixas 12 e 13.

Roberto de Brito disse...

Mauro, vc poderia passar pra gente o repertorio do cd de raridades?

Roberto de Brito disse...

Mauro, voce poderia nos passar o repertorio do cd de raridades?

Mauro Ferreira disse...

São estas as faixas do CD de raridades. abs, MauroF

1. Você Vai Ser O Meu Escandalo
2. Chegou, Sorriu, Gostei (You Came, You Saw, You Conquered)
3. Nunca Mais Vou Repetir Que Te Amo
4. Quando Eu Vi Você Dormindo
5. Eu Respiro Você
6. A Charanga
7. Bye Bye (Sing Sing Barbara)
8. Anônimo Veneziano
9. Lourinha
10. Que Horas São?
11. Chuva, Suor E Cerveja
12. Pula, Pula (Salto De Sapato)
13. Sem Se Atrapalhar
14. Eu Quis Falar Do Meu Amor
15. Krioula
16. A Tua Imagem
17. Mané João

lurian disse...

Obrigado André e Mauro, por responderem. Realmente esses relançamentos e o disco de raridades vai valer. Se vierem remasterizados lá vou eu comprar td de novo...

Roberto de Brito disse...

Muito obrigado, Mauro!

Luca disse...

esse disco de 81 não devia estar na caixa se não segue a linha dos outros

Rafael disse...

Linda a caixa do box. Morrendo de vontade de ter dinheiro para comprar essa caixa! Vacilo feio do Marcelo Fróes em não incluir no disco de raridades a bela canção "Acorda Saci", da trilha sonora do especial infantil "A Turma do Pererê", exibido em 1983 pela Globo e "Perdidos de Amor", músicas essas lançadas juntas somente num compacto simples.

Yuri disse...

Graaaaande fase da Wanderlea, né! cantora afinadíssima, muito musical e que raramente tem o devido reconhecimento, provavelmente pelos rumos que tomou na sua carreira após os anos 80...

Roberto de Brito disse...

Rafael, o compacto de 1983 teria que sair numa caixa dos anos 80. Mas eu acho que eles não pretendem lançar essa, uma vez que o disco de 1981 veio na dos anos 70 como bônus!

Rafael disse...

Roberto, tens razão no que disse. Tomara que o Fróes lance em separado e tão brevemente com o áudio remasterizado o disco de 89 e "Te Amo" (1992) dela. São os únicos que ainda são inéditos no formato digital ainda.

Roberto de Brito disse...

O disco de 89 realmente continua inédito, mas o "Te Amo" (1992) saiu em cd na época.

Rafael disse...

Roberto, na époica em que o "Te Amo" foi lançado provavelmente o áudio não havia sido remasterizado da master original e deve ter saído numa tiragem muito pequena.

Tiago disse...

O disco de 89 já saiu inteiro em uma coletânea. Como já foi dito, o disco de 81 é um bônus (tem escrito) e achei ótimo que tenha saído (seria difícil outra oportunidade), até porque o padrão de boxes da Discobertas são 6 cds. Quanto às faixas Acorda Saci/ Perdidos de amor/ Menino bonito e Happy end, todas estão como bônus do disco de 81. O pessoal nem se dá ao trabalho de olhar o tracklist nas lojas virtuais.

Roberto de Brito disse...

Rafael, eu tenho o cd que comprei na época do lançamento e o som está ótimo!. Posso te passar, caso te interesse.

Tiago, o disco de 89 saiu na coletânea "Eles e elas", mas sem 02 últimas faixas.Caso exista outra coletânia com o disco completo, por favor me passe o nome.
Obrigado por informar sobre as faixas-bônus do disco de 81. Eu já tinha procurado na internet e não tinha encontrado nenhuma informação, inclusive sobre o cd de raridades!

Rafael disse...

Meu caro Roberto, dá para você me escrever no rafaeldesanjose72@gmail.com? Me interesso sim pelo CD. Aguardo seu contato. Abraço e obrigado.

Rafael disse...

Não me dei ao trabalho de olhar a tracklist porque ela não foi divulgada aqui no blog, e também porque não sabia que esse box já estava à venda em lojas. Agora que procurei também, não achei praticamente nada sobre a relação de faixas do CD de raridades e das faixas bônus dos demais. E o disco de 89 ter saído inteiramente numa coletânea para mim não conta. Conta ele sair remasterizado, sem faixas faltando e com a arte do encarte original. Se informe você melhor também.

Tiago disse...

tracklist http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4239611/anos-70-box-com-6-cds/

KL disse...

lançamentos há muito aguardados, implorados a outros produtores, cotação seis estrelas. É bom frisar que Wanderlea, nos anos 1970, também encarnou uma corajosa e inétida musa gay, fazendo shows underground na Galeria Alaska, no Rio de Janeiro, o que só lhe acrescenta méritos sociais e políticos além dos musicais de sempre. Repertório pinçado a dedo, incluindo duas versões geniais e definitivas para clássicos de Carmen Miranda. Só não recebe nota 11 porque as faixas dos anos 1970 não foram distribuídas nos álbuns afins. Então, chupa!

lurian disse...

Pois é, bem lembrado KL!!!
Wanderléa e Baby do Brasil são herdeiras de Carmen Miranda e Ademilde Fonseca e dão aula de chorinho pra essas garotas que tentam se aventurar no ritmo brasileirinho!

Rafael disse...

O Fróes poderia ter aproveitado e ter incluído no CD de raridades 2 canções realmente raras de Wandeca lançadas somente lá fora: as versões em espanhol de "Foi Assim (Juventude E Ternura)" e "Eu Já Nem Sei" que respectivamente se chamam "Fue Así" e "Yo Ya No Sé".

KL disse...

*inédita (Iurian, considero o registro dela para 'Uva de Caminhão' o melhor de todos, e 'Casaquinho de Tricot' foi outro achado sensacional. E mais um viva para o produtor Marcelo Froes. Abraço!)

Unknown disse...

No disco de 89 que saiu na coleção "Eles e Elas" faltou duas faixas, sendo que uma delas é a gravação mais bela do disco: "Animais" que foi exibida pelo Fantástico, na época, num clipe maravilhoso. Esta gravação não pode ficar no anomimato.

Unknown disse...

No disco de 89 que saiu na coleção "Eles e Elas", entre as duas faixas ausentes está "Animais" que, para mim, é a faixa mais bonita do disco e que foi exibida pelo Fantástico num clipe maravilhoso. Acho que esta gravação não poderia ficar no anonimato.

Roberto de Brito disse...

Animais”, de Sérgio Sá, seria gravada em dueto com Roberto Carlos. Isso só não aconteceu devido a agenda do cantor. Os produtores do disco decidiram não esperá-lo porque sabiam que os dias da gravadora estavam contados e o adiamento poderia comprometer o lançamento do disco.
Fonte: Blog Sanduíche musical

Robson disse...

Depois desta caixa maravilhosa, estou na expectativa do livro da Wanderléa. Conversando com ela, me disse que desta vez o livro sai! Parece que no começo de 2013. Infelizmente não fizeram nenhum tributo aos 50 anos de carreira dela, o que seria bacana. Um show com vários grupos reinventando seus iêiêiês e fases mais alegres seria muito bom! Mas ela tá ai, ativa, com a agenda lotada, sob o olhar de novas gerações e amada pelo povo. Sucesso é isso, não é vender um milhão de discos e cair no esquecimento.
Adoraria o lançamento do disco de 89, o Te amo eu tenho. Aliás, a música Te amo é pela terceira vez tema de novela. Bem que a som livre podia aproveitar e relançar o disco, né?

Unknown disse...

Apenas uma correção: o pontapé inicial na virada estética da Wanderléa foi dado com “A charanga” - música que apresentou no V Festival Internacional da Canção - FIC acompanhada por Marinês e sua gente e Dom e Ravel - lançada num compacto simples do festival pela Polydor (Philips) em 1970, ano em que a CBS lançou “Quando eu vi você dormindo” e “Eu respiro você” num single que encerra a primeira passagem pela gravadora. “Chuva, suor e cerveja” e “Pula, pula” são do quarto compacto – ou do quinto, se considerar que o single anterior, com “Lourinha” (do VI FIC) e “Que horas são”, teve duas tiragens, com versões diferentes no lado B do disco. O box seria nota 11 se oferecesse como bônus essa versão alternativa e também as músicas do compacto argentino de 1973/1974 com “Kriola” e “Mata-me depressa” em espanhol.

DIDHA PEREIRA disse...

Wanderléa foi e será uma das mais ousadas cantora da musica popular brasileira, é uma pena que estigmatizada pelo sucesso popular da jovem guarda, alguns críticos torçam o nariz para ela e finjam desconhecer a sua importância dentro do movimento mtropicalista quando gravou Caetano, Gil, MNautner, João Donato, Capinam e tantos outros para quem a mídia torcia o nariz. Muita gente desconhece que foi Wanderelea, a primeira cantora de expressão nacional a gravar um frevo: CHUVA SUOR E CERVEJA. O maior sucesso popular que Caetano e todo o movimento da tropicália conheceu naquela década.
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