Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sem identidade, Rita Ora soa como mera xerox de colegas no álbum 'Ora'

Resenha de CD
Título: Ora
Artista: Rita Ora
Gravadora: Sony Music
Cotação: * * 

É difícil encontrar em Ora - o primeiro álbum de Rita Ora, lançado no Brasil pela Sony Music  neste mês de outubro de 2012 - algum traço determinante capaz de delinear uma identidade própria para esta cantora e compositora de origem albanesa, nascida em Kosovo e naturalizada britânica. No embalo de dois singles alçados quase instantaneamente ao topo da parada do Reino Unido, How We Do (Party) e R.I.P., Ora foi despejado no mercado comum da música com o vasto time de produtores - Diplo, Greg Kurstin, Stargate, The Dream, The Runners e will.i.am, entre outros nomes - habitualmente recrutados para formatar discos de cantoras que rebobinam a já trivial mistura de pop, dance, r & b e rap. Ora faz Rita soar como mera xerox de Rihanna e Cia. e sequer esboça uma marca pessoal para artista. Se Facemelt tem algo do batidão funkeado de M.I.A., Shine Ya Light evoca a pegada do eurodance. Radioactive não deixa dúvida de que Rita Ora se joga na mesma pista de suas colegas - inclusive com o já obrigatório flerte com o universo do hip hop, mote em Ora de faixas como Love and War (na qual figura J. Cole). A robótica Fall In Love (tema produzido e gravado com a adesão de will.i.am) e a balada Hello, Hi, Goodbye reforçam a impressão de que Ora é álbum fabricado com já desgastada fórmula industrializada que inclui doses estéreis de sensualidade. E, justiça seja feita, nessa seara Rihanna se sai bem melhor do que Rita Ora.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É difícil encontrar em Ora - o primeiro álbum de Rita Ora, lançado no Brasil pela Sony Music neste mês de outubro de 2012 - algum traço determinante capaz de delinear uma identidade própria para esta cantora e compositora de origem albanesa, nascida em Kosovo e naturalizada britânica. No embalo de dois singles alçados quase instantaneamente ao topo da parada do Reino Unido, How We Do (Party) e R.I.P., Ora foi despejado no mercado comum da música com o vasto time de produtores - Diplo, Greg Kurstin, Stargate, The Dream, The Runners e will.i.am, entre outros nomes - habitualmente recrutados para formatar discos de cantoras que rebobinam a já trivial mistura de pop, dance, r & b e rap. Ora faz Rita soar como mera xerox de Rihanna e Cia. e sequer esboça uma marca pessoal para artista. Se Facemelt tem algo do batidão funkeado de M.I.A., Shine Ya Light evoca a pegada do eurodance. Radioactive não deixa dúvida de que Rita Ora se joga na mesma pista de suas colegas - inclusive com o já obrigatório flerte com o universo do hip hop, mote em Ora de faixas como Love and War (na qual figura J. Cole). A robótica Fall In Love (tema produzido e gravado com a adesão de will.i.am) e a balada Hello, Hi, Goodbye reforçam a impressão de que Ora é álbum fabricado com já desgastada fórmula industrializada que inclui doses estéreis de sensualidade. E, justiça seja feita, nessa seara Rihanna se sai bem melhor do que Rita Ora.

Rafael disse...

Rihanna canta até bem, mas gostei dessa moça. Rita Ora tem uma bela voz. Querer comparar ela com Rihanna chega a ser tolice. Tem um belo futuro a sua frente.

kaik disse...

Rita Ora realmente tem traços muito parecidos com a Rihanna, chega a ser constrangedor, até mesmo na forma de dançar. Nessa praia a Rihanna impera e consegue se renovar, prova disso é o novo single Diamonds que foge completamente do que esperavam dela depois do sucesso de We found love, Diamons é suave, urbana e deliciosa.
Da Rita hora gostei bastante de R.I.P., mas nada, achei tudo muito superficial e já visto, espero que ela consiga achar seu rumo e sua identidade, afinal tem boa voz.

Daniel disse...

A Ora foi uma invençao do Jay-Z pra substituir às pressas o boom da Rihanna, que o anda irritando com sua postura digamos que meio fora dos limites. Mas concordo com o Mauro, embora ela tenha algumas faixas boas, não é o tipo de cantora que passa uma identidade, que vc sente mta atração pra ouvir. Ora ela parece Beyoncé, ora Rihanna, ora Nicki Minaj. Assim, prefiro as originais, mesmo porque não curto o estilo de música estéril de R&B + hip hop + dance que ela adota. Só Rihanna consegue me seduzir nessa praia, deve ser porque ela está sempre se reinventando, vide Diamonds, um single que vc não imagina sendo cantando por nenhuma outra cantora que não seja ela.