Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Trinta após a morte, Nelson Cavaquinho revive em 'Rei vadio', CD de Romulo

Faz 30 anos neste mês de fevereiro de 2016 que Nelson Cavaquinho (29 de outubro de 1911 - 18 de fevereiro de 1986) saiu de cena. Mas o cantor, compositor e músico carioca - cuja obra girava em torno do samba e abordava a morte com morbeza romântica - é reavivado por Romulo Fróes em Rei vadio - As canções de Nelson Cavaquinho, álbum editado pelo Selo Sesc e já à venda na livraria do Sesc (clique aqui se quiser comprar o CD). Com arte gráfica criada por Júlio Dui a partir de frames do curta-metragem sobre Cavaquinho filmado sob a direção do cineasta Leon Hirszman (1937 - 1987), o disco foi gravado pelo artista paulistano com os três músicos (Kiko Dinucci, Marcelo Cabral e Rodrigo Campos) que formam o quarteto Passo Torto com Romulo - e também com instrumentistas como o baterista Curumin, o guitarrista Guilherme Held e o saxofonista Thiago França. Há ainda intervenções vocais de Criolo, Dona Inah e Ná Ozzetti. No primeiro álbum como intérprete, o cantor e compositor dá voz a 14 músicas da lavra do autor de Luz negra (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso, 1961) e Rei vadio, parceria com Guilherme de Brito (1922 - 2006) que batiza o CD. O encarte reproduz ensaio sobre Cavaquinho escrito por Nuno Ramos há anos para a revista Serrote. Eis, na ordem, as 14 músicas de Rei vadio - As canções de Nelson Cavaquinho:

1. Pode sorrir (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973)
2. Não me olhes assim (Aceito teu adeus) (Nelson Cavaquinho, Luis Rocha e Amado Régis, 1967)
3. Notícia (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Nourival Bahia, 1955)
4. Erva daninha (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1976)
5. Eu e as flores (Nelson Cavaquinho e Jair do Cavaquinho, 1968) - com Dona Inah
6. Cinzas (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Renato Gaetani, 1955)
7. Luto (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Sebastião Nunes, 1960)
8. Caminhando (Nelson Cavaquinho e Nourival Bahia, 1963) - com Ná Ozzetti
9. Vou partir (Nelson Cavaquinho e Jair do Cavaquinho, 1965)
10. Rei vagabundo (Nelson Cavaquinho, José Ribeiro e Noel Silva, 1968)
11. História de um valente (Nelson Cavaquinho e José Ribeiro, 1966)
12. Mulher sem alma (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973)
13. Luz negra (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso, 1961) - com Criolo
14. Juízo final (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, 1973)

7 comentários:

Mauro Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael disse...

Repertório magnífico!!! Deve estar um belo tributo a obra de Cavaquinho!!! Contando os segundos pra ouvir esse disco!!!!

Luca disse...

O crítico do jornal Globo falou mal do disco

Raffa disse...

E?

Marcos Rizzo disse...

O repertório é show de bola! Fugiu do "mais do mesmo", mas esse Rômulo Froes que não me agrada. Não vejo com bons olhos Nelson Cavaquinho ser gravado com bateria, guitarra, etc.

Unknown disse...

João Máximo falou mal do disco. E daí? Ele tem todo o direito de não gostar; afinal, ele é crítico. E é um dos poucos que podem falar com propriedade sobre a música produzida antes de 1958, uma vez que não foi criado ao som de acordes dissonantes e guitarras distorcidas.

Pedro Progresso disse...

muito ansioso por esse lançamento pq sou fã de Rômulo, considero um dos melhores cantautores da atualidade (além de excelente intérprete de canções). o setlist foge do óbvio e ao ir atrás das canções que não conhecia identifiquei na hora os motivos da escolha - elas tem a mesma intenção que acompanha Rômulo desde o EP de 2001. e adorei o que ele disse sobre não regravar "folhas secas" e "duas horas da manhã": não tinha o que fazer ali. adoro isso. se metade das cantoras tivesse esse pensamento e um pouco menos de preguiça em suas pesquisas, teríamos discos com repertórios surpreendentes. mas é sempre a mesma Lily Braun requentada de quinta categoria.
salve Rômulo! tudo indica mais um discaço.