Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 27 de outubro de 2012

Cerebral, 'The 2nd Law' é estranho disco-cabeça que renova o trio Muse

Resenha de CD
Título: The 2nd Law
Artista: Muse
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

É sintomático que o trio inglês Muse apresente na capa de seu sexto álbum de estúdio - The 2nd Law,  recém-lançado no Brasil pela gravadora Warner Music - imagem do The Human Connectome Project que expõe as conexões neurais do cérebro humano, mais especificamente os caminhos percorridos pela informação ao serem processadas pela mente. É sintomático porque The 2nd Law é CD cerebral, conceitual, um estranho disco-cabeça que renova o som do grupo britânico sem ser necessariamente melhor do que os álbuns anteriores do Muse. Primeira das 13 inéditas dispostas no álbum, Supremacy já dá na abertura a pista certeira do tom épico, grandioso e sombrio do disco. Tom que atinge seu ápice nos dois temas finais, The 2nd Law: Unsustainable e The 2nd Law: Isolated System, que compõem a pequena suíte que dá título a um álbum que não nega a origem roqueira do trio em Liquid State. A dose de eletrônica - alta em Follow me e um pouco menos em Madness - cumpre a prometida investida no universo do dubstep sem direcionar  totalmente The 2nd Law para a pista de um gênero que vem se banalizando. A batida funkeada de Panic Station e a pegada mais retrô da também dançante Big Freeze indicam que a pista do Muse pode ser outra. Tema orquestral, Prelude tem a única função de preparar a cama para  Survival, outra música épica, turbinada com solos da guitarra do vocalista Matthew Bellamy e já conhecida do universo pop antes mesmo do lançamento do álbum por ter sido eleita o tema oficial das Olimpíadas realizadas em Londres neste ano de 2012. Com quase seis minutos, a balada Explorers mostra que é preciso se embrenhar no universo particular de The 2nd Law para desvendar a beleza oculta por trás das estranhezas que pautam o disco, impregnado da vontade salutar do Muse de se reinventar. 

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É sintomático que o trio inglês Muse apresente na capa de seu sexto álbum de estúdio - The 2nd Law, recém-lançado no Brasil pela gravadora Warner Music - imagem do The Human Connectome Project que expõe as conexões neurais do cérebro humano, mais especificamente os caminhos percorridos pela informação ao serem processadas pela mente. É sintomático porque The 2nd Law é CD cerebral, conceitual, um estranho disco-cabeça que renova o som do grupo britânico sem ser necessariamente melhor do que os álbuns anteriores do Muse. Primeira das 13 inéditas dispostas no álbum, Supremacy já dá na abertura a pista certeira do tom épico, grandioso e sombrio do disco. Tom que atinge seu ápice nos dois temas finais, The 2nd Law: Unsustainable e The 2nd Law: Isolated System, que compõem a pequena suíte que dá título a um álbum que não nega a origem roqueira do trio em Liquid State. A dose de eletrônica - alta em Follow me e um pouco menos em Madness - cumpre a prometida investida no universo do dubstep sem direcionar totalmente The 2nd Law para a pista de um gênero que vem se banalizando. A batida funkeada de Panic Station e a pegada mais retrô da também dançante Big Freeze indicam que a pista do Muse pode ser outra. Tema orquestral, Prelude tem a única função de preparar a cama para Survival, outra música épica, turbinada com solos da guitarra do vocalista Matthew Bellamy e já conhecida do universo pop antes mesmo do lançamento do álbum por ter sido eleita o tema oficial das Olimpíadas realizadas em Londres neste ano de 2012. Com quase seis minutos, a balada Explorers mostra que é preciso se embrenhar no universo particular de The 2nd Law para desvendar a beleza oculta por trás das estranhezas que pautam o disco, impregnado da vontade salutar do Muse de se reinventar.

Daniel disse...

Tb gostei do álbum mas prefiro The Resistance