Mauro Ferreira no G1

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sábado, 4 de agosto de 2012

Alma egocêntrica de Billy Corgan move Smashing Pumpkins em Oceania

Resenha de CD
Título: Oceania
Artista: The Smashing Pumpkins
Gravadora: Martha's Music / EMI Music
Cotação: * * *

Independentemente dos méritos do oitavo álbum de estúdio do Smashing Pumpkins, e eles existem, Oceania parece um disco movido pelo espírito egocêntrico de Billy Corgan, único membro remanescente da formação original do grupo norte-americano de rock alternativo, cria dos anos 90. Desdobramento de Teargarden by Kaleidyscope, projeto de edição de 44 músicas em formato digital iniciado pelo grupo em 2009, Oceania é o primeiro álbum gravado pelo líder e mentor do Smashing Pumpkins com o baterista Mike Byrne, o guitarrista Jeff Schroeder e a baixista Nicole Fiorentino - músicos incorporados à banda após o lançamento do último álbum de estúdio da banda, Zeitgeist (2007). Corgan produziu o disco - ao lado de Bjorn Throsrud - e o gravou em seu estúdio particular em Chicago (EUA). Bem, faixas como My Love Is Winter, WildflowerQuasar, Violet Rays, Panopticon e Pale Horse oscilam entre as experimentações, as distorções de guitarra (menos presentes) e os eventuais climas acústicos (bem nítidos em The Celestials). Os sintetizadores imperam, mas na dose (quase) certa. Em alguns momentos, a arquitetura das 13 faixas lembra a moldura dos rocks da era progressiva. Contudo, a safra de inéditas de Corgan é de bom nível - o que redime o Smashing Pumpkins de soar em Oceania como mero clone de si mesmo, e sem a pegada dos áureos tempos do grupo.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Independentemente dos méritos do oitavo álbum de estúdio do Smashing Pumpkins, e eles existem, Oceania parece um disco movido pelo espírito egocêntrico de Billy Corgan, único membro remanescente da formação original do grupo norte-americano de rock alternativo, cria dos anos 90. Desdobramento de Teargarden by Kaleidyscope, projeto de edição de 44 músicas em formato digital iniciado pelo grupo em 2009, Oceania é o primeiro álbum gravado pelo líder e mentor do Smashing Pumpkins com o baterista Mike Byrne, o guitarrista Jeff Schroeder e a baixista Nicole Fiorentino - músicos incorporados à banda após o lançamento do último álbum de estúdio da banda, Zeitgeist (2007). Corgan produziu o disco - ao lado de Bjorn Throsrud - e o gravou em seu estúdio particular em Chicago (EUA). Bem, faixas como My Love Is Winter, Wildflower, Quasar, Violet Rays, Panopticon e Pale Horse oscilam entre as experimentações, as distorções de guitarra (menos presentes) e os eventuais climas acústicos (bem nítidos em The Celestials). Os sintetizadores imperam, mas na dose (quase) certa. Em alguns momentos, a arquitetura das 13 faixas lembra a moldura dos rocks da era progressiva. Contudo, a safra de inéditas de Corgan é de bom nível - o que redime o Smashing Pumpkins de soar em Oceania como mero clone de si mesmo, e sem a pegada dos áureos tempos do grupo.

O Neto do Herculano disse...

"Espírito egocêntrico"?
Que ele continue sempre assim.
Disco do ca..lho!
Um dos melhores do ano, já.
Pale Horse baterá na memória da minha pele, sem dúvida.

Luca disse...

Disse tudo, o disco é fantástico, egocêntrico é o Mauro que acha que sua opinião é o centro do mundo