Mauro Ferreira no G1

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sábado, 31 de março de 2012

Marcia Castro se excede na produção do segundo CD, 'De Pés no Chão'

Resenha de CD
Título: De Pés no Chão
Artista: Marcia Castro
Gravadora: Deck
Cotação: * * *

Piada interna nos bastidores musicais dizia que, ao ser lançado pela gravadora Deck neste mês de março de 2012, o segundo álbum de Marcia Castro, De Pés no Chão, corria o risco de ser eleito o melhor disco de 2010. A piada - embebida na ironia que pauta as interpretações da (ótima) cantora baiana para músicas como Vergonha (Luciano Salvador Bahia), uma das poucas inéditas do sucessor de Pecadinho (2007) - se referia ao fato de o disco ter demorado dois anos para chegar ao mercado. Preterido pela Warner Music em 2011, em favor do primeiro álbum da banda Ava, De Pés no Chão confirma o talento e a verve de Marcia Castro, embora seja menos sedutor do que Pecadinho e tenha sido formatado sem a pressão dos shows da artista, vocacionada para os palcos. Em De Pés no Chão, Castro se excede na produção, capitaneada pelo baterista Guilherme Kastrup e pelo guitarrista Rovilson Pascoal em parceria com a cantora. Os arranjos detalhistas - todos criativos e repletos de referências como a evocação do tango pelo acordeom de Ricardo Prato em História de Fogo (Otto e Alessandra Negrini, 2003) - por vezes põem em segundo plano a interpretação de Castro, tornando seu canto menos fervido. O tema de Otto, por exemplo, é aquecido em fogo brando. Pena, pois quem já viu Marcia Castro em cena sabe que suas interpretações cheias de nuances e ironias é que a fizeram se destacar de imediato na cena contemporânea nacional. O toque nordestino da faixa-título, De Pés no Chão, ameniza a pegada do rock lançado por Rita Lee em 1974. "Lacinhos cor-de-rosa ficam bem / Num sapatão / Eu nasci descalça / Pra que tanta pergunta?", questiona Castro ao calçar, livre e assumida, os versos da Ovelha Negra, ouvidos também entre ruídos e loops do remix que encerra o CD  De Pés no Chão. Quando a alentada produção do disco peca, é sempre por excesso. As cordas arranjadas por Luiz Brasil em Logradouro, por exemplo, parecem estar sobrando nessa canção da lavra de Kleber Albuquerque com Rafael Altério. Em contrapartida, os sopros orquestrados por Letieres Leite para Preta Pretinha (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1972) estão no lugar certo. Introduzida por inusitada citação de Gererê (Valfredo Reluzente), sucesso do grupo baiano Gera Samba, a serelepe Pretinha entra com propriedade na roda do samba baiano com toques de afrobeats. Também do repertório do grupo Novos Baianos, a pouco ouvida 29 Beijos (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1971) - música lançada pelo coletivo tropicalista em raro compacto e revivida por Castro em dueto com Hélio Flanders - expõe com clareza a atmosfera indie-contemporânea em que Castro ambienta De Pés no Chão. 29 Beijos e Crazy Pop Rock (Gilberto Gil e Jorge Mautner, 1971) - faixa orquestrada com frescor por Letieres Leite, arranjador dos sopros - destacam as presenças definidoras do guitarrista Rovilson Pascoal (antenadíssimo e habilidoso no manejo de múltiplas cordas) e do baterista Guilheme Kastrup, cujo MPC cria a moldura eletrônica de temas como o samba Catedral do Inferno (Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, 1974), repaginado por Castro com a mesma aura indie com que envolve outro samba, Nó Molhado (Monsueto Menezes e José Batista). Um terceiro (ótimo) samba - Pois É, Seu Zé (Gonzaguinha, 1973) - se destaca mais ao fim do disco ao equacionar de forma bem mais equilibrada arranjo e interpretação. Equilíbrio também perceptível em Você Gosta (Tom Zé e Hermes Aquino) - faixa sensual em que o disco expõe a malícia presente no canto de Castro - mas nem sempre detectado neste CD que certamente vai ter suas qualidades evidenciadas com mais clareza na pressão do show. É quando põe os pés no chão do palco que Marcia Castro se mostra por inteiro com a força e a pegada nem sempre aparentes neste coerente segundo CD.

27 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Piada interna nos bastidores musicais dizia que, ao ser lançado pela gravadora Deck neste mês de março de 2012, o segundo álbum de Marcia Castro, De Pés no Chão, corria o risco de ser eleito o melhor disco de 2010. A piada - embebida na ironia que pauta as interpretações da (ótima) cantora baiana para músicas como Vergonha (Luciano Salvador Bahia), uma das poucas inéditas do sucessor de Pecadinho (2007) - se referia ao fato de o disco ter demorado dois anos para chegar ao mercado. Preterido pela Warner Music em 2011, em favor do primeiro álbum da banda Ava, De Pés no Chão confirma o talento e a verve de Marcia Castro, embora seja menos sedutor do que Pecadinho e tenha sido formatado sem a pressão dos shows da artista, vocacionada para os palcos. Em De Pés no Chão, Castro se excede na produção, capitaneada pelo baterista Guilherme Kastrup e pelo guitarrista Rovilson Pascoal em parceria com a cantora. Os arranjos detalhistas - todos criativos e repletos de referências como a evocação do tango pelo acordeom de Ricardo Prato em História de Fogo (Otto e Alessandra Negrini, 2003) - por vezes põem em segundo plano a interpretação de Castro, tornando seu canto menos fervido. O tema de Otto, por exemplo, é aquecido em fogo brando. Pena, pois quem já viu Marcia Castro em cena sabe que suas interpretações cheias de nuances e ironias é que a fizeram se destacar de imediato na cena contemporânea nacional. O toque nordestino da faixa-título, De Pés no Chão, ameniza a pegada do rock lançado por Rita Lee em 1974. "Lacinhos cor-de-rosa ficam bem / Num sapatão / Eu nasci descalça / Pra que tanta pergunta?", questiona Castro ao calçar, livre e assumida, os versos da Ovelha Negra, ouvidos também entre ruídos e loops do remix que encerra o CD De Pés no Chão. Quando a alentada produção do disco peca, é sempre por excesso. As cordas arranjadas por Luiz Brasil em Logradouro, por exemplo, parecem estar sobrando nessa canção da lavra de Kleber Albuquerque com Rafael Altério. Em contrapartida, os sopros orquestrados por Letieres Leite para Preta Pretinha (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1972) estão no lugar certo. Introduzida por inusitada citação de Gererê (Valfredo Reluzente), sucesso do grupo baiano Gera Samba, a serelepe Pretinha entra com propriedade na roda do samba baiano com toques de afrobeats. Também do repertório do grupo Novos Baianos, a pouco ouvida 29 Beijos (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1971) - música lançada pelo coletivo tropicalista em raro compacto e revivida por Castro em dueto com Hélio Flanders - expõe com clareza a atmosfera indie-contemporânea em que Castro ambienta De Pés no Chão. 29 Beijos e Crazy Pop Rock (Gilberto Gil e Jorge Mautner, 1971) - faixa orquestrada com frescor por Letieres Leite, arranjador dos sopros - destacam as presenças definidoras do guitarrista Rovilson Pascoal (antenadíssimo e habilidoso no manejo de múltiplas cordas) e do baterista Guilheme Kastrup, cujo MPC cria a moldura eletrônica de temas como o samba Catedral do Inferno (Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, 1974), repaginado por Castro com a mesma aura indie com que envolve outro samba, Nó Molhado (Monsueto Menezes e José Batista). Um terceiro (ótimo) samba - Pois É, Seu Zé (Gonzaguinha, 1973) - se destaca mais ao fim do disco ao equacionar de forma bem mais equilibrada arranjo e interpretação. Equilíbrio também perceptível em Você Gosta (Tom Zé e Hermes Aquino) - faixa sensual em que o disco expõe a malícia presente no canto de Castro - mas nem sempre detectado neste CD que certamente vai ter suas qualidades evidenciadas com mais clareza na pressão do show. É quando põe os pés no chão do palco que Marcia Castro se mostra por inteiro com a força e a pegada nem sempre aparentes neste coerente segundo CD.

lurian disse...

E... Marcia Castro vai continuar apenas promessa. Disco fraquinho...

Rafael disse...

Não concordo com essa crítica feita pelo Mauro. Já ouvi várias vezes o CD da Márcia Castro e de cara já gostei dele... Deu para sentir o "feeling" do álbum só na primeira audição... E deu para constatar também que a grande cantora Márcia Castro tem um belo futuro a frente, não só no palco, como o Mauro fez questão de relegá-la, mas sim também nos discos. Cada faixa desse disco é melhor do que a outra e dá para sentir a exatidão e expansão do talento da moça... Letras bem produzidas, arranjos idem, e regravações deliciosas de canções como "Preta Pretinha" e "29 Beijos", dos Novos Baianos. CD indispensável para qualquer bom amante da boa música!!!

Rafael disse...

A crítica do Mauro foi injusta e sem fundamento nenhum... O talento desse álbum e de Márcia Castro não se resume só aos palcos, como você fez questão de frisar aqui...

Luca disse...

Rafael tem razão! Já ouvi várias músicas do disco e enxergo aí um grande trabalho, de cantora cheia de personalidade. Márcia Castro arrebenta, merecia quatro estrelas nesse cd;

Anônimo disse...

Fui pegar um livro encomendado numa grande livraria e tava tocando esse novo disco da Márcia de som ambiente.
Gosto da Márcia, parecia bem promissora. Mas, realmente, o que ouvi achei ruim demais. Ela acabou com algumas músicas e, pasmem, tá cantando mal.
Até chequei pra ver se era a Baiana mesmo.
Pena.

Rafael disse...

Tem gente que não sabe o que diz mesmo... Aff!!!

Anônimo disse...

Verdade, Rafael, existe este tipo de gente mesmo.
Mas piores são aqueles que falam, falam e não dizem nada. Que de cada dez comentários apenas um, com boa vontade, se aproveita.
Eu acho esse tipo pior.

PS: Marcinha andou pra trás. Os pés dela estavam no chão, mas foram mal direcionados.
É mais negócio voar/viajar.

Natival disse...

Achei desnecessária a menção da piada interna e do lance da Warner.Soou um pouco birrento.

No geral, não concordo com o termo "excesso de produção". Na verdade, não entendi muito a ideia do termo. Eu achei um disco bom, agradável. Bem produzido, bem cantado. Eu acompanho a carreira de Marcia praticamente desde o início. Acompanhei a mudança do show do "Pecadinho" para o "De pés no chão".

Sempre soube desde o início que esse cd seria uma transplantação do repertório já testado em palco para o estúdio. Antes do disco sair, eu, que já tinha visto o show-base umas 3 ou 4 vezes, tive medo do cd soar repetitivo, sem muito a acrescentar . Coisa que me aconteceu quando ouvi o "Ame ou se mande" de Jussara Silveira (que eu também adoro), que julguei inferior ao clima do show, do qual eu tinha áudio informal, e achava muito superior. No entanto, houve várias colocações,pra mim, superestimadas.

Mas voltando a Marcia, acho que o disco peca na falta de ineditismo,mas não fica parecendo cansativo, porque o repertório tá bem costurado e alinhado. Temos a sensualidade da música de Otto dialogando perfeitamente com a de Monsueto. Gonzaguinha com Kléber Albuquerque, Cartola com Luciano Salvador Bahia.

Discordo também sobre o arranjo de Logradouro,que eu arriscaria dizer que é o mais bonito do disco. E, algumas vezes, me remeteu um pouco a "Maluca" de Cássia Eller no sensacional disco de 1999, que também contou com Luiz Brasil na produção.

Concordo com "Você gosta", que também é uma das melhores faixas do disco pra mim, assim como o dueto com Hélio Flanders em "29 beijos", que eu esperava não gostar, no entanto, me tocou bastante.

Em termos de frescor, realmente, acho que o "Pecadinho" é melhor, até porque ninguém sabia o que esperar do disco. O inverso desse agora. Mas acho que é um disco muito bonito, que deixa claro que ela faz escolhas inteligentes.Acho que Marcia Castro e Roberta Sá são as cantoras que melhor propiciam um diálogo entre o antigo e o contemporâneo.

O show novo está muito bonito. Sou suspeito, mas posso dizer que ela tá muito bem dirigida por Gero Camilo. O cenário está lindo. O repertório está maravilhoso, a banda incrível como sempre.

PS:Só faltou ela gravar o cover de "Jorge Maravilha".

KL disse...

o clipe de "De Pés no Chão" é hilário: http://www.youtube.com/watch?v=KvCM69KJvdE
e, pelo menos, ela tem uma vantagem sobre as colegas de geração: não compõe. Muito obrigado, MC, por não compor. Não compor, hoje, deveria ser prioridade entre as cantoras. O país agradece seu gesto nobre de ser uma a menos a não publicar abobrinhas "autorais" em série.

lurian disse...

A música do Otto é infinitamente superior com a Alessandra Negrine que nem cantora é. Até hoje nem Thaís Gulin, muito Menos Márcia Castro beiraram a delícia que é ouvir a luxúria de Alessandra nessa música. No mais... eu pensei q seria um disco antenado como as amigas 'indies' da MC, mas nem é tanto assim... Tem umas (poucas) músicas agradáveis e só... concordo com o Zé Henrique, MC foi superior em seu disco de estréia...

Sr. Garcia disse...

Três estrelas? Só?

Poxa, achei um pouco exagerado isso. Acho que mais exagerado até do que o 'excesso da produção' do álbum. Excesso de produção no qual não encaro como defeito, muito pelo contrário... Acho que soa como a procura perfeita dos sons, o cuidado do autor com sua obra.

Concordo plenamente que o Pecadinho ainda é melhor pelo seu ineditismo, mas o De Pés no Chão não é um álbum menor; pois fica claro o processo de amadurecimento e crescimento da Marcia em vários aspectos.

A única coisa que Mauro frisou e morro de curiosidade de ver mesmo é a marcia no palco, pois com uma energia tão grande em estúdio, ao vivo deve ser um furacão!

Rafael disse...

É verdade... Existe aquele tipo de gente que só fala, fala e fala e não diz nada... De nada se aproveita...

Marcelo disse...

Apenas mais uma na maré de cantoras que não acrescentam absolutamente nada.

Ednei Martins disse...

Penso que essa cantora está muito ligada a gente da onda e por isso se destaca um pouco.
Não vejo que não tenha talento, mas não enxergo nada de tão bom. Acho apenas mediana.

Anônimo disse...

Se até o Natival que tem a carteirinha número um do fã clube da moça disse que o disco é bom, e não sensacional/maravilhoso, é porque é ruim mesmo.

PS: Temos ótimas compositoras, KL. Vanessona, Céu, Karina Buhr, Marisa Monte... Eita, me empolguei. Essa última realmente passa vergonha como escriba de letras.

Anônimo disse...

Ahh, realmente Lurian, a versão da Engraçadinha é matadora.
Hummmmmmmmm.
Aliás, esse disco do Otto é todo bom e foi na época pouco valorizado.

Pedro Progresso disse...

Ainda não ouvi, mas apenas um comentário sobre a capa: essa estética rosto P&B e título em cima está muito repetitiva. Duas cantoras internacionais já fizeram em um curto período de tempo e agora são 3 iguais.

Natival disse...

Não é bem esse o viés da questão, Zé Henrique. O fato de eu ser fã nº 1 não me impede de ter uma opinião maravilhada. rs Mas o que eu quis mostrar é que não concordo com a opinião de Mauro, sobretudo na parte de "excesso de produção", porque não acho que isso seja "o" ou "um" problema.

Acho que o que poderia pesar, na crítica de Mauro (ou de quem quer que seja) seria justamente o fato de não ter um repertório majoritariamente inédito, numa época em que as cantoras parecem investir mais nisso do que nunca. Mas reafirmo que isso não me incomodou, porque eu sabia que seria isso desde o início, uma maturação de músicas já testadas no palco. São músicas tão pouco regravadas, às vezes tão desconhecidas e escondidas que se fazem parecer inéditas.

E em termos de produção, acho esse segundo disco mais elaborado e amadurecido que o primeiro. Embora seja impossível não comparar, já que são os dois trabalhos dela e tal, penso que são propostas distintas dentro de uma concepção musical que ela acredita, faz reverberar e eu vou atrás. :)

Maria disse...

Zé, prefiro Adriana Calcanhotto como compositora acho a mais completa apesar de não chegar aos pés de uma Joyce e Fátima Guedes Marisa é uma ótima compositora de melodia agora como letrista realmente passa vergonha.

Anônimo disse...

Fala, Natival. Vc, eu já notei, tenho alguma perspicácia, não é do tipo fã boboca.
Mas achei o seu "bom" com cara de ruim. Tipo quando a gente prova uma comida na casa de alguém e diz que tá boa com uma cara não muito boa. hehehhee

PS: Verdade Marycota, das de quarenta e poucos pra baixo esqueci da Calcanhotto.
Mesmo as melodias de Marisa são pra fazer boi dormir.
Acredito que até literalmente. :>)

Maria disse...

Zé, você já ouviu uma música de Marisa Monte em parceria com Carlinhos Brown chamada "Eu queria que você viesse"? foi gravada por Bethânia é lindona tem no youtube.

Anônimo disse...

Acabei de ouvir, Mary.
É bonitona mesmo, tanto a melodia quanto a letra.
Marizete devia ter gravado.

Maria disse...

Zé,essa sim é uma música a altura do talento e da voz dela espero que ela grave um dia.

KL disse...

Zé Henrique,

"Temos ótimas compositoras". Mude o tempo verbal, por favor, tivemos boas compositoras: Chiquinha Gonzaga, Maysa, Dolores Duran, Joyce, Fátima Guedes, Tetê Espíndola, Lecy Brandão, Rita Lee, Angela Rorô, Suely Costa, Marina Lima e mais uma meia dúzia, porém todas surgidas até os anos 1970. O que veio depois é uma piada - sem graça nenhuma.

Unknown disse...

Sobretudo que bacana quando ainda vemos novas cantoras surgirem e causarem tanto " pano pra manga" Ainda bem que isso ainda acontece!!!!!!

Eduardo Vieira disse...

como vcs são exigentes rsssss não ouvi o primeiro disco da cantora...mas adorei esse....e tb, como alguém falou acho legal mais uma intérprete com excelente gosto e companhia...não é mais uma não...ela chegou pra ficar.... gosto muito desse site.