Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Amy anima festa de Quincy em CD marcado pela onipresença de rappers

Resenha de CD
Título: Q: Soul Bossa Nostra
Artista: Quincy Jones
Gravadora: Interscope / Universal Music
Cotação: * * 1/2

É sintomático que uma lenda viva da música norte-americana como o maestro, produtor e compositor Quincy Jones tenha se cercado de tantos rappers em seu primeiro álbum em 15 anos. Sucessor de Q's Jook Point (1995), o álbum Q: Soul Bossa Nostra (2010) -  recém-lançado no Brasil pela Universal Music - é marcado pela onipresença de estrelas do hip hop dos Estados Unidos entre os convidados das 15 faixas porque são eles, os rappers, que dão a maioria das cartas atualmente no jogo da indústra fonográfica dos EUA. A convocação em massa dos MC's, de certa forma, dá tom contemporâneo à música de Quincy Jones na mesma medida em que a empobrece e reduz seu poder de sedução.O título do disco, Q: Soul Bossa Nostra, evoca tema instrumental (Soul Bossa Nova) que abriu álbum lançado por Jones em 1962. Soul Bossa Nostra - a faixa incluída neste tributo ao maestro - agrega Ludacris, Naturally 7 e Rudy Currence, exemplificando o excesso de rappers e cantores de r &b que quase uniformiza o disco. E o fato é que quem acaba animando para valer a festa de Mr. Jones é Amy Winehouse em deliciosa abordagem de It's my Party. John Legend também marca boa presença em Tomorrow enquanto Jennifer Hudson banaliza seu vozeirão em You Put a Move on my Heart. Já Jamie Foxx nada acrescenta ao que George Benson já fez por Give me the Night. No todo, sem diminuir a grande importância do rap e do r & b nos Estados Unidos, o álbum provoca a incômoda sensação de que a música de Quincy Jones é bem maior do que o som ouvido neste até certo ponto decepcionante Q: Soul Bossa Nostra. Mas Amy vale o CD...

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

É sintomático que uma lenda viva da música norte-americana como o maestro, produtor e compositor Quincy Jones tenha se cercado de tantos rappers em seu primeiro álbum em 15 anos. Sucessor de Q's Jook Point (1995), o álbum Q: Soul Bossa Nostra (2010) - recém-lançado no Brasil pela Universal Music - é marcado pela onipresença de estrelas do hip hop dos Estados Unidos entre os convidados das 15 faixas porque são eles, os rappers, que dão a maioria das cartas atualmente no jogo da indústra fonográfica dos EUA. A convocação em massa dos MC's, de certa forma, dá tom contemporâneo à música de Quincy Jones na mesma medida em que a empobrece e reduz seu poder de sedução.O título do disco, Q: Soul Bossa Nostra, evoca tema instrumental (Soul Bossa Nova) que abriu álbum lançado por Jones em 1962. Soul Bossa Nostra - a faixa incluída neste tributo ao maestro - agrega Ludacris, Naturally 7 e Rudy Currence, exemplificando o excesso de rappers e cantores de r &b que quase uniformiza o disco. E o fato é que quem acaba animando para valer a festa de Mr. Jones é Amy Winehouse em deliciosa abordagem de It's a Party. John Legend também marca boa presença em Tomorrow enquanto Jennifer Hudson banaliza seu vozeirão em You Put a Move on my Heart. Já Jamie Foxx nada acrescenta ao que George Benson já fez por Give me the Night. No todo, sem diminuir a grande importância do rap e do r & b nos Estados Unidos, o álbum provoca a incômoda sensação de que a música de Quincy Jones é bem maior do que o som ouvido neste até certo ponto decepcionante Q: Soul Bossa Nostra. Mas Amy vale o CD...

Unknown disse...

Oi, Mauro,

Creio que o nome da música é It's MY party.

Abraços

Mauro Ferreira disse...

Tem razão, André. Grato pelo alerta. Abs, MauroF

Unknown disse...

Mauro, realmente a sensação, pra mim, não chega a ser decepcionante, mas convenhamos. Quincy ainda é uma lenda viva. Quis brincar de DR DRE, fazer o quê, né? Mas se levarmos em conta tudo que já contribuiu para o cenário POP, até que merece.
Agora, EVERYTHING MUST CHANGE na voz do BEBE WINANS está sensacional. E que virada maravilhosa na música, heim!

Abraços

MARCO SOUZA