Mauro Ferreira no G1

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sábado, 2 de janeiro de 2016

Ícone da música erudita contemporânea, Gilberto Mendes sai de cena aos 93

Compositor e maestro de música erudita contemporânea, o paulista Gilberto Ambrósio Garcia Mendes (13 de outubro de 1922  1º de janeiro de 2016) foi nome fundamental para o Brasil dentro do universo musical no qual se exercitou desde a década de 40, quando iniciou estudos em conservatório musical de Santos (SP), cidade na qual veio ao mundo há 93 anos e três meses e na qual saiu de cena no primeiro dia de 2016. A importância de Mendes para a música do Brasil foi tanta que o nome do artista extrapolou as fronteiras nacionais na seara da música erudita. Gilberto Mendes - como era conhecido no meio da música clássica - foi um dos pioneiros da música experimental aleatória, um compositor que desbravou caminhos no terreno em que pisou com maestria. Assinado por Mendes, o Manifesto Música Nova - publicado em 1963 - sintetizou os caminhos vanguardistas seguidos pelo compositor e maestro na criação de música que dialogou com a obra de poetas concretistas como os paulistas Décio Pignatari (1927 - 2012) e Haroldo de Campos (1929 - 2003). Aliás, dois destaques da obra do compositor são Beba coca-cola - música para coral composta a partir de poesia concreta de Pignatari - e Nasce-morre, música aleatória feita com texto concretista de Haroldo de Campos. Doutor pela Universidade de São Paulo, Gilberto Mendes publicou livros, foi professor universitário - tendo dado aulas sobretudo na USP - e conferencista, atividades em que passou para os ouvintes e/ou leitores o singular conhecimento que já tornara imortal o nome deste compositor na história da música erudita contemporânea produzida no Brasil.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

♪ Compositor e maestro de música erudita contemporânea, o paulista Gilberto Ambrósio Garcia Mendes (13 de outubro de 1922 – 1º de janeiro de 2016) foi nome fundamental para o Brasil dentro do universo musical no qual se exercitou desde a década de 40, quando iniciou estudos em conservatório musical de Santos (SP), cidade na qual veio ao mundo há 93 anos e três meses e na qual saiu de cena no primeiro dia de 2016. A importância de Mendes para a música do Brasil foi tanta que o nome do artista extrapolou as fronteiras nacionais na seara da música erudita. Gilberto Mendes - como era conhecido no meio da música clássica - foi um dos pioneiros da música experimental aleatória, um compositor que desbravou caminhos no terreno em que pisou com maestria. Assinado por Mendes, o Manifesto Música Nova - publicado em 1963 - sintetizou os caminhos vanguardistas seguidos pelo compositor e maestro na criação de música que dialogou com a obra de poetas concretistas como os paulistas Décio Pignatari (1927 - 2012) e Haroldo de Campos (1929 - 2003). Aliás, dois destaques da obra do compositor são Beba coca-cola - música para coral composta a partir de poesia concreta de Pignatari - e Nasce-morre, música aleatória feita com texto concretista de Haroldo de Campos. Doutor pela Universidade de São Paulo, Gilberto Mendes publicou livros, foi professor universitário - tendo dado aulas sobretudo na USP - e conferencista, atividades em que passou para os ouvintes e/ou leitores o singular conhecimento que já tornara imortal o nome deste compositor na história da música erudita contemporânea produzida no Brasil.

Luca disse...

desculpe a ignorância mas nunca tinha ouvido falar desse senhor