Mauro Ferreira no G1

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sábado, 1 de dezembro de 2012

CD 'Thunder Dope' é bom acerto de contas do Matanza com sua pré-história

Resenha de CD
Título: Thunder Dope
Artista: Matanza
Gravadora: Deck
Cotação: * * *

Thunder Dope é azeitado acerto de contas do Matanza com sua pré-história fonográfica, feito com a velocidade e a crueza que caracterizam o countrycore da banda formada no Rio de Janeiro (RJ) em 1996. Em urgentes 26 minutos, o disco apresenta novos registros de 13 velhas músicas do grupo. Músicas veiculadas pelo Matanza em fase embrionária através de  demos - como Terror em Dashville (1998) e De Volta a Tombstone (1999) - e da coletânea Barulho Tapes, editada em 1999 pelo selo curitibano Barulho Records com mix de grupos de rock pesado. Dessa compilação, por exemplo, o grupo rebobina Matanza em Idaho (Donida). Por mais que não tenha a unidade conceitual de um álbum, Thunder Dope - CD produzido por Rafael Ramos, piloto de vários discos do Matanza - está em sintonia com a obra fonográfica oficial do grupo. Há pepitas como Goredoom Jamboree (Donida) - primeira música oficial do Matanza - e como My Old Friend Liver (Donida), tema composto para dar algum peso a um controvertido show acústico da banda. Countrycore Funeral (Jimmy e Donida) e Dashville Chainsaw Massacre (Diba e Donida) são hardcores cantados com alma e virulência punk. Sobra do segundo álbum do grupo (Música Para Beber e Brigar, Deck, 2003), Mulher Diabo (Donida) cruza rock e cerveja, combustíveis do som sujo do Matanza. A ressaca, aliás, é o tema de Sunday Morning After (Donida), música criada antes mesmo da existência da banda, mas que se ajusta ao universo musical do Matanza. Fechando Thunder Dope, há Pane nos Quatro Motores (Donida), música-piada já utilizada pelo grupo na abertura de seus shows. Por ser projeto apegado ao passado do Matanza, o disco poderia ser um porre, mas desce até bem.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Thunder Dope é azeitado acerto de contas do Matanza com sua pré-história fonográfica, feito com a velocidade e a crueza que caracterizam o countrycore da banda formada no Rio de Janeiro (RJ) em 1996. Em urgentes 26 minutos, o disco apresenta novos registros de 13 velhas músicas do grupo. Músicas veiculadas pelo Matanza em fase embrionária através de demos - como Terror em Dashville (1998) e De Volta a Tombstone (1999) - e da coletânea Barulho Tapes, editada em 1999 pelo selo curitibano Barulho Records com mix de grupos de rock pesado. Dessa compilação, por exemplo, o grupo rebobina Matanza em Idaho (Donida). Por mais que não tenha a unidade conceitual de um álbum, Thunder Dope - CD produzido por Rafael Ramos, piloto de vários discos do Matanza - está em sintonia com a obra fonográfica oficial do grupo. Há pepitas como Goredoom Jamboree (Donida) - primeira música oficial do Matanza - e como My Old Friend Liver (Donida), tema composto para dar algum peso a um controvertido show acústico da banda. Countrycore Funeral (Jimmy e Donida) e Dashville Chainsaw Massacre (Diba e Donida) são hardcores cantados com alma e virulência punk. Sobra do segundo álbum do grupo (Música Para Beber e Brigar, Deck, 2003), Mulher Diabo (Donida) cruza rock e cerveja, combustíveis do som sujo do Matanza. A ressaca, aliás, é o tema de Sunday Morning After (Donida), música criada antes mesmo da existência da banda, mas que se ajusta ao universo musical do Matanza. Fechando Thunder Dope, há Pane nos Quatro Motores (Donida), música-piada já utilizada pelo grupo na abertura de seus shows. Por ser projeto apegado ao passado do Matanza, o disco poderia ser um porre, mas desce até bem.