Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 22 de dezembro de 2012

Com fé no folk, Mumford & Sons prega espiritualidade no emotivo 'Babel'

Resenha de CD
Título: Babel
Artista: Mumford & Sons
Gravadora: Island / Universal Music
Cotação: * * * * 1/2

As seis indicações do quarteto britânico Mumford & Sons ao 55º Grammy - incluindo a cobiçada indicação à categoria Álbum do Ano por conta de Babel - corroboram a ascensão deste grupo de indie folk no universo pop. Segundo álbum do quarteto, sucessor de Sigh no More (2009), Babel prega lições de vida ao salpicar diversos sentimentos e referências bíblicas nas (ótimas) letras das 12 músicas do disco, já lançado no Brasil via Universal Music. Feita de forma sutil, a pregação vem do fato de o líder da banda, Marcus Mumford (voz, bateria e mandolim) ser pastor em igreja protestante da Inglaterra. Credos à parte, Mumford & Sons reza pela cartilha do folk - com fortes elementos de country, o que talvez justifique a explosão do quarteto nos Estados Unidos - com energia roqueira. As três músicas do CD - a faixa-título Babel, Whispers In The Dark e I Will Wait - são agitadas, velozes como o toque do banjo de Winston Marshall, mote de boa parte dos arranjos e responsável pelo sotaque caipira do álbum. Em qualquer velocidade, a qualidade do repertório resulta alta. Lover of the Light e Lover's Eyes, por exemplo, são belas músicas capazes de converter até quem profana o estilo do grupo. Tais temas começam calmos e vão ganhando intensidade crescente. Músicas como Broken Grown e  Below My Feet corroboram o caráter espiritualizado e emotivo do cancioneiro de Mumford & Sons neste Babel, álbum em que os fiéis devotos do folk devem pôr fé pela força do repertório.

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

As seis indicações do quarteto britânico Mumford & Sons ao 55º Grammy - incluindo a cobiçada indicação à categoria Álbum do Ano por conta de Babel - corroboram a ascensão deste grupo de indie folk no universo pop. Segundo álbum do quarteto, sucessor de Sigh no More (2009), Babel prega lições de vida ao salpicar diversos sentimentos e referências bíblicas nas (ótimas) letras das 12 músicas do disco, já lançado no Brasil via Universal Music. Feita de forma sutil, a pregação vem do fato de o líder da banda, Marcus Mumford (voz, bateria e mandolim) ser pastor em igreja protestante da Inglaterra. Credos à parte, Mumford & Sons reza pela cartilha do folk - com fortes elementos de country, o que talvez justifique a explosão do quarteto nos Estados Unidos - com energia roqueira. As três músicas do CD - a faixa-título Babel, Whispers In The Dark e I Will Wait - são agitadas, velozes como o toque do banjo de Winston Marshall, mote de boa parte dos arranjos e responsável pelo sotaque caipira do álbum. Em qualquer velocidade, a qualidade do repertório resulta alta. Lover of the Light e Lover's Eyes, por exemplo, são belas músicas capazes de converter até quem profana o estilo do grupo. Tais temas começam calmos e vão ganhando intensidade crescente. Músicas como Broken Grown e Below My Feet corroboram o caráter espiritualizado e emotivo do cancioneiro de Mumford & Sons neste Babel, álbum em que os fiéis devotos do folk devem pôr fé pela força do repertório.

Maria disse...

"Babel prega lições de vida ao salpicar diversos sentimentos e referências bíblicas nas (ótimas) letras das 12 músicas do disco"...
Esse trecho atiçou a minha curiosidade em ouvir o Cd e um Folk bem feito é bom demais!

Maria disse...

Fui ouvir toda animada achando que iria gostar, mas achei o som da banda bem broxante!
Mais country, do que Folk de fato.
Resumo da ópera: Não gostei.

Daniel disse...

Álbum perfeito, o Sigh No More já era ótimo. O Babel superou o anterior, não tem uma faixa sequer ruim. Merecem todo o sucesso de vendas e indicações ao Grammy. Ainda há música inteligente e original nos charts, amém.

Rafael disse...

Ouvi "Lover of The Light" e achei linda. O vocalista canta muito bem, tem uma bela voz rouca. Gosto do tipo da voz de cantores como ele.