Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mesmo pop, Linkin Park firma retorno ao nu metal em 'The hunting party'

Resenha de CD
Título: The hunting party
Artista: Linkin Park
Gravadora: Warner Music / Machine Shop
Cotação: * * * *

Sexto álbum de estúdio do Linkin Park, The hunting party consolida a volta do grupo norte-americano ao básico do nu metal - retorno iniciado no disco anterior Living things (Warner Music / Machine Shop, 2012) - sem desviar a banda por completo do trilho pop. Distante dos experimentos psicodélicos de A thousand suns (Warner Music / Machine Shop, 2010), mas nem tanto da abordagem pop do diluidor Minutes to midnight (Warner Music / Machine Shop, 2007), The hunting party é álbum quase sempre vibrante, gravado na pressão, sobretudo nas faixas mais pesadas. Descontadas as músicas de maior apelo pop, fãs do clássico Meteora (Warner Music, 2003) vão reconhecer o velho Linkin Park neste sexto álbum, que dissocia a banda de seu habitual produtor Rick Rubin. Quem assina a produção do revigorante The hunting party são o vocalista Mike Shinoda e o guitarrista Brad Delson, integrantes dessa banda que se consagrou com a mistura de rock pesado, rap e eletrônica que caracteriza no universo pop o gênero rotulado como nu metal. Mistura que volta ao seu ponto ideal em músicas como a explosiva Keys to kingdom, a excelente All for nothing e A line in the sand, que encerra o álbum em grande estilo. Como já sinalizara o single Guilty all the same, o Linkin Park recuperou a pegada e a energia de tempos idos. Seja na velocidade hardcore de War ou no passo mais pop de Wastelands, o disco quase sempre mantém o pique. É inegável que a escolha da balada Until it's gone como segundo single do álbum - o terceiro e atual single é a também palatável Final masquerade - indica que o grupo quer que sua festa seja aberta ao maior número possível de convidados. Em contrapartida, Drawbar mostra que o Linkin Park não abandonou de todo as experimentações do passado duvidoso. Mas há bem mais altos do que baixos. Guitarrista e vocalista da banda System of a Down, Daron Malakian encorpa Rebellion, fazendo com que a (ótima) faixa soe mais como uma gravação de sua banda do que do próprio Linkin Park. No todo, a festa do Linkin Park é boa. Entre nessa festa!

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Sexto álbum de estúdio do Linkin Park, The hunting party consolida a volta do grupo norte-americano ao básico do nu metal - retorno iniciado no disco anterior Living things (Warner Music / Machine Shop, 2012) - sem desviar a banda por completo do trilho pop. Distante dos experimentos psicodélicos de A thousand suns (Warner Music / Machine Shop, 2010), mas nem tanto da abordagem pop do diluidor Minutes to midnight (Warner Music / Machine Shop, 2007), The hunting party é álbum quase sempre vibrante, gravado na pressão, sobretudo nas faixas mais pesadas. Descontadas as músicas de maior apelo pop, fãs do clássico Meteora (Warner Music, 2003) vão reconhecer o velho Linkin Park neste sexto álbum, que dissocia a banda de seu habitual produtor Rick Rubin. Quem assina a produção do revigorante The hunting party são o vocalista Mike Shinoda e o guitarrista Brad Delson, integrantes dessa banda que se consagrou com a mistura de rock pesado, rap e eletrônica que caracteriza no universo pop o gênero rotulado como nu metal. Mistura que volta ao seu ponto ideal em músicas como a explosiva Keys to kingdom, a excelente All for nothing e A line in the sand, que encerra o álbum em grande estilo. Como já sinalizara o single Guilty all the same, o Linkin Park recuperou a pegada e a energia de tempos idos. Seja na velocidade hardcore de War ou no passo mais pop de Wastelands, o disco quase sempre mantém o pique. É inegável que a escolha da balada Until it's gone como segundo single do álbum - o terceiro e atual single é a também palatável Final masquerade - indica que o grupo quer que sua festa seja aberta ao maior número possível de convidados. Em contrapartida, Drawbar mostra que o Linkin Park não abandonou de todo as experimentações do passado duvidoso. Mas há bem mais altos do que baixos. Guitarrista e vocalista da banda System of a Down, Daron Malakian encorpa Rebellion, fazendo com que a (ótima) faixa soe mais como uma gravação de sua banda do que do próprio Linkin Park. No todo, a festa do Linkin Park é boa. Entre nessa festa!

Tiago Conceição disse...

depois dessa crítica já estou até baixando o álbum.