Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sonoridade e repertório impedem filme de Celso Fonseca de perder foco

Resenha de CD
Título: No Meu Filme
Artista: Celso Fonseca
Gravadora: MP,B
Cotação: * * *

No Meu Filme já é o 15º título da discografia de Celso Fonseca. O número espanta porque, a despeito de ter angariado prestígio como compositor ao firmar parceria com Ronaldo Bastos a partir da segunda metade dos anos 90, o artista ainda não se impôs de fato como cantor na cena brasileira. Fica sempre a sensação de que a voz opaca do artista nunca está à altura de sua produção como compositor - impressão reiterada por No Meu Filme, o CD que a Universal Music distribui nas lojas neste mês de dezembro de 2011. Se o disco não perde o foco, é por conta da pegada e da boa qualidade (de parte) do repertório inédito e autoral. No álbum, Fonseca reaviva uma sonoridade black que norteou certos estilos das músicas brasileira e norte-americana entre o fim dos anos 70 e o início dos 80. Essa sonoridade é sustentada pelos metais orquestrados por Serginho Trombone, virtuose que põe sua marca em faixas como Enquanto Espero Você Chegar (Celso Fonseca), No Meu Filme (Celso Fonseca) e a menos inspirada Depois de Você (Celso Fonseca), cuja introdução evidencia a maestria de Fonseca como guitarrista. Se Trombone arranja os metais, Eduardo Souto Neto embala as cordas que envolvem temas como Alegria de Viver (Celso Fonseca) e Índigo (Celso Fonseca), destaques da safra de inéditas. Com a leveza que caracteriza No Meu Filme, Índigo - em especial - é bossa moderna à altura dos melhores títulos da obra de Fonseca com Ronaldo Bastos, parceiro de Agora Dancei, de Maio e Junho e de Linda, balada impregnada de lirismo, já propagada na trilha da série de TV Divã (2011). Mas o fato é que, na segunda metade do disco, o repertório perde o brilho inicial. Músicas como Nós Dois Somos Tudo (Celso Fonseca) deixam o filme de Fonseca meio chato. Se o cantor fosse tão bom quanto o compositor, o filme seria excelente.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

No Meu Filme já é o 15º título da discografia de Celso Fonseca. O número espanta porque, a despeito de ter angariado prestígio como compositor ao firmar parceria com Ronaldo Bastos a partir da segunda metade dos anos 90, o artista ainda não se impôs de fato como cantor na cena brasileira. Fica sempre a sensação de que a voz opaca do artista nunca está à altura de sua produção como compositor - impressão reiterada por No Meu Filme, o CD que a Universal Music distribui nas lojas neste mês de dezembro de 2011. Se o disco não perde o foco, é por conta da pegada e da boa qualidade (de parte) do repertório inédito e autoral. No álbum, Fonseca reaviva uma sonoridade black que norteou certos estilos das músicas brasileira e norte-americana entre o fim dos anos 70 e o início dos 80. Essa sonoridade é sustentada pelos metais orquestrados por Serginho Trombone, virtuose que põe sua marca em faixas como Enquanto Espero Você Chegar (Celso Fonseca), No Meu Filme (Celso Fonseca) e a menos inspirada Depois de Você (Celso Fonseca), cuja introdução evidencia a maestria de Fonseca como guitarrista. Se Trombone arranja os metais, Eduardo Souto Neto embala as cordas que envolvem temas como Alegria de Viver (Celso Fonseca) e Índigo (Celso Fonseca), destaques da safra de inéditas. Com a leveza que caracteriza No Meu Filme, Índigo - em especial - é bossa moderna à altura dos melhores títulos da obra de Fonseca com Ronaldo Bastos, parceiro de Agora Dancei, de Maio e Junho e de Linda, balada impregnada de lirismo, já propagada na trilha da série de TV Divã (2011). Mas o fato é que, na segunda metade do disco, o repertório perde o brilho inicial. Músicas como Nós Dois Somos Tudo (Celso Fonseca) deixam o filme de Fonseca meio chato. Se o cantor fosse tão bom quanto o compositor, o filme seria excelente.

Marcelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo disse...

Se a melhor parte da obra do Celso fosse gravada pela Gal seria um cd espetacular!!! A música LINDA é uma obra prima!!!