Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

DVD da 'Monster Ball Tour' mostra que Gaga atua também nos bastidores

Resenha de DVD
Título: Lady Gaga Presents The Monster Ball Tour at Madison Square Garden
Artista: Lady Gaga
Gravadora: Interscope Records / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Lady Gaga é a personagem criada por Stefani Joanne Angelina Germanotta, jovem cidadã de Nova York (EUA) que entendeu as lições de sua mestra Madonna na arte de criar factoides e notícias para manipular a mídia. Com a pele camaleônica de sua personagem, a cantora e compositora norte-americana atua no palco e nos bastidores. Lançado no Brasil neste mês de dezembro de 2011, com distribuição da Universal Music, o DVD Lady Gaga Presents The Monster Ball Tour at Madison Square Garden mostra que seu teatro também é feito atrás das cortinas se há câmeras ligadas. E, sim, havia câmeras em ação nos bastidores da Monster Ball Tour nas apresentações feitas por Gaga no Madison Square Garden (Nova York, EUA) em 11 e 12 de fevereiro de 2011, ja que, nessa datas, a artista registrava o show para um especial do canal de TV HBO. É este registro ao vivo que ora é lançado em DVD no Basil. Nas cenas de bastidores que costuram o roteiro, Gaga chora e demonstra fragilidade ensaiada. Tudo faz parte de sua mise-en-scène, cuja apoteose acontece evidentemente no palco. Em extravagante (mas no todo cativante) mix de ópera-rock, musical da Broadway, show pop e espetáculo de cabaré, a cantora troca de figurinos - um mais exótico do que o outro - e faz coreografias com seus bailarinos enquanto rebobina as músicas de seus primeiros discos, The Fame (2008) e The Fame Monster (2009), eixos do show que ignorou o Brasil em sua rota internacional. Em cena, é difícil dissociar Gaga de Madonna, mestra também na mise-en-scène do palco. Só que, onde havia conceito e contundência nos espetáculos de Material Girl, há discurso fake e superficialidade na atuação de Gaga. O espetáculo da intérprete de Telephone - um dos destaques do repertório de tom pop dance - se esgota na função de entretenimento. Contudo, é inegável que Gaga sabe entreter seu público e o fim do show - com a sequência eletrizante dos hits Alejandro, Poker Face, Paparazzi, Bad Romance e Born This Way (música-título do álbum que saiu em maio de 2011 e que pode ser ouvida também em registro a capella alocado nos extras do DVD) - reitera a força cênica da midiática estrela. Resta saber até quando Lady Gaga vai domar o feroz monstro da fama enquanto acena para os paparazzi

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Lady Gaga é a personagem criada por Stefani Joanne Angelina Germanotta, jovem cidadã de Nova York (EUA) que entendeu as lições de sua mestra Madonna na arte de criar factoides e notícias para manipular a mídia. Com a pele camaleônica de sua personagem, a cantora e compositora norte-americana atua no palco e nos bastidores. Lançado no Brasil neste mês de dezembro de 2011, com distribuição da Universal Music, o DVD Lady Gaga Presents The Monster Ball Tour at Madison Square Garden mostra que seu teatro também é feito atrás das cortinas se há câmeras ligadas. E, sim, havia câmeras em ação nos bastidores da Monster Ball Tour nas apresentações feitas por Gaga no Madison Square Garden (Nova York, EUA) em 11 e 12 de fevereiro de 2011, ja que, nessa datas, a artista registrava o show para um especial do canal de TV HBO. É este registro ao vivo que ora é lançado em DVD no Basil. Nas cenas de bastidores que costuram o roteiro, Gaga chora e demonstra fragilidade ensaiada. Tudo faz parte de sua mise-en-scène, cuja apoteose acontece evidentemente no palco. Em extravagante (mas no todo cativante) mix de ópera-rock, musical da Broadway, show pop e espetáculo de cabaré, a cantora troca de figurinos - um mais exótico do que o outro - e faz coreografias com seus bailarinos enquanto rebobina as músicas de seus primeiros discos, The Fame (2008) e The Fame Monster (2009), eixos do show que ignorou o Brasil em sua rota internacional. Em cena, é difícil dissociar Gaga de Madonna, mestra também na mise-en-scène do palco. Só que, onde havia conceito e contundência nos espetáculos de Material Girl, há discurso fake e superficialidade na atuação de Gaga. O espetáculo da intérprete de Telephone - um dos destaques do repertório de tom pop dance - se esgota na função de entretenimento. Contudo, é inegável que Gaga sabe entreter seu público e o fim do show - com a sequência eletrizante dos hits Alejandro, Poker Face, Paparazzi, Bad Romance e Born This Way (música-título do álbum que saiu em maio de 2011 e que pode ser ouvida também em registro a capella alocado nos extras do DVD) - reitera a força cênica da midiática estrela. Resta saber até quando Lady Gaga vai domar o feroz monstro da fama enquanto acena para os paparazzi.

Pedro Progresso disse...

A capa e a contracapa são lindas, o dvd é muito bem produzido (igual a tudo que Gaga faz), porém ela não sustenta um show, como foi bem pontuado no seu texto, Mauro.

Duas horas com Gaga são maçantes demais. Um videoclipe, uma performance numa premiação, ok. Ela até chama mais atenção que os outros. Mas no show completo... É apenas feak e chata.

Denilson Santos disse...

Símbolo máximo da decadência da música pop internacional...

abração,
Denilson

Anônimo disse...

Isso é música? ela faz arte? Sei não...

Daniel disse...

Ela tem muitas músicas conhecidas, algumas realmente boas, mas o show dela é muito confuso. Ela não sabe se canta, se dança, se toca piano ou se faz discursos "enblemáticos"... O palco também se torna uma bagunça de figurinos, cenários, dançarinos e bizarrices. Gaga tem talento como compositora, intérprete e instrumentista, isso é inegável, mas talve ela precise das pessoas certas para ajudarem a focaliza-lo nas coisas certas.