Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sábado, 17 de dezembro de 2011

Gravação ao vivo do show 'Manuscrito' expõe acertos (e erros) de Sandy

Resenha de CD + DVD
Título: Manuscrito ao Vivo
Artista: Sandy
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * *

Alvo de amores e ódios apaixonados, Sandy dá o segundo passo fonográfico de sua carreira solo com a edição - em CD, em DVD e em pacote duplo que embala CD e DVD - da gravação ao vivo do show Manuscrito (2010), baseado no primeiro homônimo álbum solo da artista, lançado em maio de 2010. Espetáculo de moldura graciosa, Manuscrito ganha um registro audiovisual igualmente refinado. A qualidade da filmagem é primorosa, inclusive quando aborda a plateia composta por fãs arrebatados. Musicalmente, Manuscrito ao Vivo expõe acertos e erros de Sandy. A cantora e compositora parece à vontade ao apresentar canções autorais como Pés Cansados (Sandy Leah e Lucas Lima), Dedilhada (Sandy Leah, Junior Lima e Lucas Lima) e Ela / Ele (Sandy Leah e Lucas Lima). Em contrapartida, falta naturalidade quando Sandy incursiona por temas alheios como Hoje Eu Quero Sair Só (Lenine, Mu Chebabi e Caxa Aragão), número quase constrangedor no confronto com interpretações anteriores da balada. Lenine, a propósito, é um dos convidados do registro ao vivo do show Manuscrito. Mas pouco faz por Sem Jeito (Sandy Leah e Lucas Lima), número em que Sandy se aventura na percussão. A participação de Seu Jorge na funkeada Tão Comum (Sandy Leah, Junior Lima e Lucas Lima) resulta bem mais adequada porque a música tem um suingue black que se ajusta bem ao canto de Jorge. A cantora, compositora e pianista britânica Nerina Pallot também está no tom certo em Dias Iguais, parceria de Pallot com Sandy. Quanto à edição em si, o DVD entremeia os 21 números musicais com vídeos (de imagens projetadas no show) e depoimentos de Sandy e seus convidados. Mas peca por alocar a fala de Seu Jorge e o depoimento sobre o cantor antes do dueto com Lenine, dois números após a participação de Jorge. No todo, Manuscrito ao Vivo é registro fiel ao show que sinaliza a (salutar) busca de Sandy por identidade musical.

12 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Alvo de amores e ódios apaixonados, Sandy dá o segundo passo fonográfico de sua carreira solo com a edição - em CD, em DVD e em pacote duplo que embala CD e DVD - da gravação ao vivo do show Manuscrito (2010), baseado no primeiro homônimo álbum solo da artista, lançado em maio de 2010. Espetáculo de moldura graciosa, Manuscrito ganha um registro audiovisual igualmente refinado. A qualidade da filmagem é primorosa, inclusive quando aborda a plateia composta por fãs arrebatados. Musicalmente, Manuscrito ao Vivo expõe acertos e erros de Sandy. A cantora e compositora parece à vontade ao apresentar canções autorais como Pés Cansados (Sandy Leah e Lucas Lima), Dedilhada (Sandy Leah, Junior Lima e Lucas Lima) e Ela / Ele (Sandy Leah e Lucas Lima). Em contrapartida, falta naturalidade quando Sandy incursiona por temas alheios como Hoje Eu Quero Sair Só (Lenine, Mu Chebabi e Caxa Aragão), número quase constrangedor no confronto com interpretações anteriores da balada. Lenine, a propósito, é um dos convidados do registro ao vivo do show Manuscrito. Mas pouco faz por Sem Jeito (Sandy Leah e Lucas Lima), número em que Sandy se aventura na percussão. A participação de Seu Jorge na funkeada Tão Comum (Sandy Leah, Junior Lima e Lucas Lima) resulta bem mais adequada porque a música tem um suingue black que se ajusta bem ao canto de Jorge. A cantora, compositora e pianista britânica Nerina Pallot também está no tom certo em Dias Iguais, parceria de Pallot com Sandy. Quanto à edição em si, o DVD entremeia os 21 números musicais com vídeos (de imagens projetadas no show) e depoimentos de Sandy e seus convidados. Mas peca por alocar a fala de Seu Jorge e o depoimento sobre o cantor antes do dueto com Lenine, dois números após a participação de Jorge. No todo, Manuscrito ao Vivo é registro fiel ao show que sinaliza a (salutar) busca de Sandy por identidade musical.

leitordomauro disse...

Tive a oportunidade (?) de ver essa moça cantando Michael Jackson em São Paulo. Carisma zero, talento vocal somente para quem se contenta com as notas no devido lugar e mais nada. Passo bem longe cada vez mais

Teo Dantas disse...

Sandy está seguindo seu caminho e tem toda uma estrada pela frente, de tropeço em tropeço ela chega lá. Acho que o repertório do Manuscrito não é todo fantástico, carece talvez d parceiras fora da dupla marido/irmão da cantora para trazer algum outro tom de tinta pro quadro. Quanto ao show, os covers são realmente o ponto fraco. A balada do Lenine até é pra mim um dos poucos acertos, junto com Casa do Lulu, os outros são batidos demais, com arranjos pouco interessantes, bem dispensáveis, valia ter se aventurado mais na escolha do que cantar, ficou com cara meio populista d botar uns hits no meio do repertório próprio para a platéia ter oq cantar junto, típico de cantor em primeiro disco, mas um descuido que Sandy já é burra velha pra cometer, ainda mais com o imenso cuidado que se vê que ela deu pro seu primeiro show solo.

Teo Dantas disse...

Sandy teve um bom começo de carreira solo. O disco Manuscrito não é fantástico mas possui bem mais acertos do que erros. Talvez tenha faltado se aventurar em compor em parceira com outras pessoas que não o marido e o irmão para trazer outros temperos para a mistura.
Quanto ao show, o ponto fraco realmente são as releituras. Até acho que a balada do Lenine e Casa do Lulu são os únicos reais acertos. Pq as outras escolhas ficaram soando batidas, óbvias demais, sem arranjos realmente interessantes que justificassem. Ficou com cara d escolha populista d botar uns hits no meio do roteiro para a platéia ter oq cantar junto, um erro que mtos cantores em primeiro disco cometem, mas q Sandy é muito escolada para fazer algo assim. Ainda mais pq se vê que houve um cuidado e um capricho enorme por trás do show, que ficou realmente um luxo.

KL disse...

Fãs de Sandy, avisem a ela que lançasse em DVD a única coisa realmente boa (extraordinária, eu diria) que ela fez até agora: aquele show de voz e piano, transmitido pela TV Cultura, em que ela canta Gershwin e Villa-Lobos, entre outros mestres. Esse, sim, vale a pena ver e ouvir.

Unknown disse...

Eduardo, discordo de você de que quem ouve esse tipo de música é apenas gente do interior do Brasil e das camadas mais baixas. O mal gosto está disseminado em todas as camadas da sociedade. Não é privilégio dos menos abastados. Conheço muito, mas muito mesmo "bacana" com gosto musical duvidoso. Da forma como você afirmou, parece puro preconceito.

Unknown disse...

A Sandy é afinada. E só isso.

Douglas Carvalho disse...

Alguém mais, além de mim, tem a sensação de que o rock "Tão", de Rita lee, é uma discreta "homenagem" à Sandy????

Tão boazinha
Tão certinha
Tão discreta
Tão correta
Tão modesta
Tão honesta
Tão decente
Tão boa gente
Tão cordata
Tão sensata

Tão tão tão
Tão tão... chata!
Chata!
Tão chata paca!

Tão risonha
Tão idônea
Tão sincera
Tão galera
Tão normal
Tão legal
Tão jovem
Tão nobre
Tão dotada
Tão centrada

Tão tão tão
Tão tão... chata!
Chata!
Tão chata paca!

Tão gentil
Tão servil
Tão segura
Tão doçura
Tão cristã
Tão irmã
Tão na luta
Tão enxuta
Tão grata
Tão exata

Tão tão tão
Tão tão... chata!
Chata!
Tão chata paca!

Marcelo disse...

Sandy é muito chata, ainda mais com essa voz anasalada e de criança mimada... credo!!!!

isso aí disse...

Os comentários que vcês fazem é para blog de fofoca. Em nenhum momento da resenha o Mauro questionou se a Sandy é chata ou não. O blog é de música. Deixem de viadagem.

KL disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eu mesmo catatau disse...

Eu não sou fã de Sandy, tampouco fui fã da dupla. Na época do auge deles eu estava ouvindo Pinky Floyd e Beatles... Não tenho nada a dizer acerca da idoneidade moral, cristã da cantora. Acredito que não cabe aqui.
Como músico, por preconceito não pegaria o DVD dela - por escolha própria- pra ouvir.
Assistí ao DVD porque minha noiva é fã. Porém durante o percusso fiquei comovido pela delicadeza das melodias de Ela/Ele, A canção que canta com a Narina e a perdida e salva.
No todo tive o sentimento de intimismo como desejo de transmissão, musicalmente falando as canções não tem a marca de melodias complexas, nem de arranjos complicados, no entanto querem deixar o timbre vocal de Sandy bem evidente, no país do privilégio das contraltos...
Isso se confirma até nas releituras, deixando claro a romancidade da intérprete que não interpreta as canções de outros artistas de forma maravilhosa, mas não as deixa grotescas.
Sandy ainda vai acertar na diversidade de possibilidades porque está no processo de evolução de seu caminho musical.