Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 16 de junho de 2014

'Único cantor que fazia Madonna chorar', Jimmy Scott sai de cena aos 88

Tem sido recorrente nos obituários de Jimmy Scott (17 de julho de 1925 - 12 de junho de 2014) a informação de que o intérprete norte-americano de jazz era o único cantor que fazia Madonna chorar, como confidenciado publicamente pela própria estrela norte-americana do universo pop. Valorizadas em excesso, as lágrimas de Madonna são meros indícios do poder de sedução de Scott, que saiu de cena na quinta-feira passada em Las Vegas (EUA), a pouco mais de um mês de completar 89 anos, vítima de ataque cardíaco. O raro registro de contralto de Scott - efeito de uma doença genética, síndrome de Kallmann, que afetou o desenvolvimento de seu corpo e, por extensão, suas cordas vocais - foi mesmo comovente para o reduzido séquito de admiradores deste cantor que iniciou suas atividades profissionais em 1945. Na sequência desse início solo, no fim da década de 1940, quando já era conhecido no universo jazzístico como Little Jimmy Scott, o cantor integrou a Lionel Hampton Band. Nos anos 1950, Scott voltou à carreira solo, gravando álbuns como Very truly yours (1955) e If you only knew (1956) pela gravadora Savoy Records. Mas, contrariando todas as expectativas, a carreira fonográfica do cantor entrou em progressiva hibernação nas décadas seguintes. Foi somente a partir dos anos 1990 que Jimmy Scott voltou a ficar sob os holofotes, gravando álbuns pelo selo Sire e comovendo sua pequena, mas fiel, legião de fãs - à qual pertenceu uma certa Madonna.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

♪ Tem sido recorrente nos obituários de Jimmy Scott (17 de julho de 1925 - 12 de junho de 2014) a informação de que o intérprete norte-americano de jazz era o único cantor que fazia Madonna chorar, como confidenciado publicamente pela própria estrela norte-americana do universo pop. Valorizadas em excesso, as lágrimas de Madonna são meros indícios do poder de sedução de Scott, que saiu de cena na quinta-feira passada em Las Vegas (EUA), a pouco mais de um mês de completar 89 anos, vítima de ataque cardíaco. O raro registro de contralto de Scott - efeito de uma doença genética, síndrome de Kallmann, que afetou o desenvolvimento de seu corpo e, por extensão, suas cordas vocais - foi mesmo comovente para o reduzido séquito de admiradores deste cantor que iniciou suas atividades profissionais em 1945. Na sequência desse início solo, no fim da década de 1940, quando já era conhecido no universo jazzístico como Little Jimmy Scott, o cantor integrou a Lionel Hampton Band. Nos anos 1950, Scott voltou à carreira solo, gravando álbuns como Very truly yours (1955) e If you only knew (1956) pela gravadora Savoy Records. Mas, contrariando todas as expectativas, a carreira fonográfica do cantor entrou em progressiva hibernação nas décadas seguintes. Foi somente a partir dos anos 1990 que Jimmy Scott voltou a ficar sob os holofotes, gravando álbuns pelo selo Sire e comovendo sua pequena, mas fiel, legião de fãs - à qual pertenceu uma certa Madonna.