Mauro Ferreira no G1

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Polysom edita discos psicodélicos de Ronnie na série 'Clássicos em vinil'

Sob as bençãos da Tropicália, Ronnie Von rompeu momentaneamente com a imagem de príncipe da Jovem Guarda e embarcou em viagem musical que rendeu uma trinca de álbuns psicodélicos. Estes três cultuados títulos da discografia do cantor fluminense serão reeditados ainda neste mês de abril de 2013 pela Polysom dentro da série Clássicos em vinil. Ronnie Von (gravado em 1967 e lançado em 1968), A misteriosa luta do reino de parassempre contra o império de nuncamais (1969) e A máquina voadora (1970) são discos que flagram o cantor em onda lisérgica. Ronnie Von e A máquina voadora foram relançados em CD em 2007 - juntamente com o deslocado Ronnie Von de 1966. Já o raro A misteriosa luta do reino de parassempre contra o império de nuncamais estava há decadas fora de catálogo. Os álbuns psicodélicos de Ronnie Von são relançados em vinil no momento em que a fábrica Polysom festeja a duplicação de sua produção. Em 2012, a produção de LPs aumentou 110% e a de compactos, 225% - em relação a 2011, totalizando 24.120 LPs e 12.000 compactos fabricados.

8 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Sob as bençãos da Tropicália, Ronnie Von rompeu momentaneamente com a imagem de príncipe da Jovem Guarda e embarcou em viagem musical que rendeu uma trinca de álbuns psicodélicos. Estes três cultuados títulos da discografia do cantor fluminense serão reeditados ainda neste mês de abril de 2013 pela Polysom dentro da série Clássicos em vinil. Ronnie Von (gravado em 1967 e lançado em 1968), A misteriosa luta do reino de parassempre contra o império de nuncamais (1969) e A máquina voadora (1970) são discos que flagram o cantor em onda lisérgica. Ronnie Von e A máquina voadora foram relançados em CD em 2007 - juntamente com o deslocado Ronnie Von de 1966. Já o raro A misteriosa luta do reino de parassempre contra o império de nuncamais estava há decadas fora de catálogo. Os álbuns psicodélicos de Ronnie Von são relançados em vinil no momento em que a fábrica Polysom festeja a duplicação de sua produção. Em 2012, a produção de LPs aumentou 110% e a de compactos, 225% - em relação a 2011, totalizando 24.120 LPs e 12.000 compactos fabricados.

Vladimir disse...

Ah gente!!!
Por que tanta comemoração com o aumento da produção do LP?

Sei que tem muitos saudosistas com a volta dessa relíquia, mas depois do som digital, considero um retrocesso desencavar o LP nos dias de hoje.

Enfim, não deixa de ser um objeto de consumo para alguns. Para mim, ainda prefiro do som do CD

Tadeu Alcaide disse...

Vladimir, talvez porque a experiência de ouvir um disco de vinil é incomparável, a sonoridade é bem mais orgânica, além da mídia digital não conseguir reproduzir com fidelidade alguns tipos de sons e ruídos, como por exemplo a distorção de uma guitarra, que nos CDs soa mais polida e cristalina.
Sem mencionar a perda da parte gráfica. A arte de um LP reduzida a um encarte de CD é como um filme em HD assistido na telinha de um celular...

Vladimir disse...

Prezado Tadeu, concordo com a segunda parte de seu comentário. Em nada se compara a arte gráfica de um LP com a de um CD.

Quanto à sonoridade, talvez seja para quem realmente entenda e possua aparelhos que possam reproduzir com fidelidade o som de um LP.

Minha percepção e entendimento ainda preferem o som de um CD que por definição é, e deve ser, digital.

KL disse...

desde sempre, sou favorável à convivência entre os diversos formatos, tanto que nunca deixei de comprar lps, mesmo com a histeria provocada pelo surgimento do cd. São duas formas diferentes de ouvir música, todas com suas particularidades. O cd é mais prático de ouvir e permite a exclusão do ruído (para quem não suporta ruídos), ao contrário do vinil, em que o ruído faz parte da experiância de ouvir e, sem dúvida, no todo tem mais qualidade e organicidade do que o cd. Na Europa, por exemplo, não se fala em dj que faz sets com cd; sempre foi o lp, e nem se discute. Até a fita cassete vem sendo reabilitada pois é outro formato interessante; em muitos casos supera em qualidade o som do vinil. Devemos também valorizar o cd, que já consideram uma mídia superada. Isso é um absurdo, não passa de mais uma onda histérica. E, da mesma forma que fizeram com o vinil, o cd tende a voltar com força total, porque - seja qual for o formato - o que não tem graça nenhuma é ouvir gravação pirata, sem encarte, sem nenhuma informação de quem toca, quem compõe, quem canta. Esse formato, sim, com o tempo deve ser superado, pois - excetuando o download de álbuns raros dispostos nos blogs - só beneficia a quem produz lixo musical feito na brincadeira e polui as mídias.

Bruno Ruffier disse...

No relançamento em CD do disco de 1968, a vinheta " bar pires" foi cortada. Nessa edição ela vai estar presente?

Ronaldo Mendonça disse...

Oi, Mauro. Será que tem chance de esses discos sairem em Cd naquela série "Tons de..." (como os do Alceu e do Edu)?
Tomara, né?
O que era Polydor passou para a Polygram - que agora é Sony, não?

Abração,
Ronaldo Mendonça.

Ronaldo Mendonça disse...

Oi, Mauro (e todos),
Contribuindo para as opiniões a respeito do tema, acho que é interessante a volta do LP, sim - exatamente pelos motivos técnicos e estéticos apresentados acima.
O que acho ainda incômodo para essa volta é o fato de eles (os LPs) serem muito caros. Ora, tem loja que os vende a R$ 200. Inviável!
Além do mais, bons aparelhos novos de toca-discos só importando. Ou um bom usado em boas lojas do ramo.

Mauro, será que tem chance de esses discos sairem em Cd naquela série "Tons de..." (como os do Alceu e do Edu)?
Tomara, né?
O que era Polydor passou para a Polygram - que agora é Sony, não?

Abração a todos,
Ronaldo Mendonça.