Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Gary Clark Jr. recicla bom material antigo em álbum entre o blues e o pop

Resenha de CD
Título: Blak and blu
Artista: Gary Clark Jr.
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * * 1/2

Primeiro álbum de Gary Clark Jr., recém-lançado no Brasil pela Warner Music, Blak and blu (2012) oferece baixo teor de novidade para quem acompanha a discografia deste cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Metade das 13 músicas do álbum já ganhou registro nos cinco EPs lançados pelo artista entre 2004 e 2012 - caso do estupendo blues-rock When my train pulls in, destaque do EP Worry no more (2008), faixa que exemplifica bem o som de Clark, inclusive pelas distorções de sua guitarra. O blues dá o tom de Blak and blu em temas como Bright lights, Next door neighbor blues (no estilo Delta) e Numb. Contudo, Blak and blu também transita por trilho pop. The life e, sobretudo, a ótima Ain't messin 'round são faixas de certo apelo pop. Já a faixa-título Blak and blu é r & b de boa estirpe que reitera o talento do artista, embora o som de Clark Jr. não tenha um traço de originalidade, a rigor. Tanto que o álbum concentra vasto mix de influências, atirando também para outros lados. Se Travis county evoca o rock'n'roll dos anos 50, a balada Please come home - em que o cantor recorre aos seus falsetes - remete à era do doo wop. No todo, Blak and blu é álbum coeso que, para ouvintes do Brasil, pode soar inteiramente inédito, já que os EPs anteriores do artista tiveram circulação bem restrita, inclusive nos Estados Unidos. O som de Clark tem vigor.

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Primeiro álbum de Gary Clark Jr., recém-lançado no Brasil pela Warner Music, Blak and blu (2013) oferece baixo teor de novidade para quem acompanha a discografia deste cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Metade das 13 músicas do álbum já ganhou registro nos cinco EPs lançados pelo artista entre 2004 e 2012 - caso do estupendo blues-rock When my train pulls in, destaque do EP Worry no more (2008), faixa que exemplifica bem o som de Clark, inclusive pelas distorções de sua guitarra. O blues dá o tom de Blak and blu em temas como Bright lights, Next door neighbor blues (no estilo Delta) e Numb. Contudo, Blak and blu também transita por trilho pop. The life e, sobretudo, a ótima Ain't messin 'round são faixas de certo apelo pop. Já a faixa-título Blak and blu é r & b de boa estirpe que reitera o talento do artista, embora o som de Clark Jr. não tenha um traço de originalidade, a rigor. Tanto que o álbum concentra vasto mix de influências, atirando também para outros lados. Se Travis county evoca o rock'n'roll dos anos 50, a balada Please come home - em que o cantor recorre aos seus falsetes - remete à era do doo wop. No todo, Blak and blu é álbum coeso que, para ouvintes do Brasil, pode soar inteiramente inédito, já que os EPs anteriores do artista tiveram circulação bem restrita, inclusive nos Estados Unidos. O som de Clark tem vigor.

Fernando Moraes disse...

Amantes do blues-rock da nova geração, que curtem John Mayer, Jack White e a banda The Black Keys vão adorar o som deste cara.

Eu conhecia um pouco mas resolvi conferir após este post e acabei comprando este disco, pode o som dele não ter originalidade mas pra quem gosta de compositores que pegam toda influencia da black music, do soul, blues ao hip hop vão curtir muito este disco.

Fernando Moraes disse...

Amantes do blues-rock da nova geração, que curtem John Mayer, Jack White e a banda The Black Keys vão adorar o som deste cara.

Eu conhecia um pouco mas resolvi conferir após este post e acabei comprando este disco, pode o som dele não ter originalidade mas pra quem gosta de compositores que pegam toda influencia da black music, do soul, blues ao hip hop vão curtir muito este disco.

Fernando Moraes disse...

Amantes do blues-rock da nova geração, que curtem John Mayer, Jack White e a banda The Black Keys vão adorar o som deste cara.

Eu conhecia um pouco mas resolvi conferir após este post e acabei comprando este disco, pode o som dele não ter originalidade mas pra quem gosta de compositores que pegam toda influencia da black music, do soul, blues ao hip hop vão curtir muito este disco.

Anônimo disse...

Acho que foi esse cara que andaram comparando com Hendrix.
Li isso e logo me desinteressei - obviamente adoro Hendrix.
Essas pilantragens marqueteiras mais atrapalham que ajudam.

PS: Pela foto pensei que o Nando, aí de cima, era o Lúcio Maia da Nação Zumbi. :-)