Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Rodrigo entra no clube harmonioso dos Borges com 'Qualquer Palavra'

Resenha de CD
Título: Qualquer Palavra
Artista: Rodrigo Borges
Gravadora: sem indicação
Cotação: * * *

Com som fincado nas tradições harmônicas da música feita nas esquinas de Minas Gerais, Rodrigo Borges é o mais novo integrante do clube. Com Qualquer Palavra, álbum gravado de forma independente, Rodrigo honra a dinastia musical dos Borges em canções como A Volta de Sally's Tomato (Rodrigo Borges, Beto Lopes e Márcio Borges). O cantor e compositor é filho de Marilton Borges e sobrinho de Lô Borges. Fundador do clube ao lado de Milton Nascimento, Lô é o convidado da (ótima) faixa Deixa Tudo Ser (Rodrigo Borges e Márcio Borges), exemplo do approach pop que Rodrigo dá às tradições musicais de seu clã. Esse viés pop do disco é perceptível na funkeada O Que Há de Novo (Tatta Spalla e Rodrigo Borges) e na faixa-título, Qualquer Palavra (Tatta Spalla e Rodrigo Borges), gravada com a participação de Lenine. Contudo, Rodrigo faz questão de afirmar sua origem. Tanto que, das nove músicas do CD, duas são regravações do repertório de Os Borges, gregário álbum de 1980 que juntou o clã. Deste disco cheio de pérolas, Rodrigo pesca Carona (Marilton Borges) - a rigor, a canção mais bonita do repertório - e Outro Cais (Marilton Borges e Duca Leal). O d.n.a. musical dos Borges está tão entranhado em Qualquer Palavra que, dentro da atmosfera harmônica desse clube familiar, Amanheceu no Samba (Juliana Nunes e Rodrigo Borges) se diferencia pelo balanço à moda de Seu Jorge e somente não causa maior estranheza porque o guitarrista Tatta Spalla - produtor do disco em parceria com o próprio Rodrigo Borges - tem lá sua participação na formatação do som suingante de Jorge. Mas o fato é que basta ouvir uma boa canção como Sempre a Cantar (Rodrigo Borges) para se ter a certeza de que Rodrigo é um legítimo Borges.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Com som fincado nas tradições harmônicas da música feita nas esquinas de Minas Gerais, Rodrigo Borges é o mais novo integrante do clube. Com Qualquer Palavra, álbum gravado de forma independente, Rodrigo honra a dinastia musical dos Borges em canções como A Volta de Sally's Tomato (Rodrigo Borges, Beto Lopes e Márcio Borges). O cantor e compositor é filho de Marilton Borges e sobrinho de Lô Borges. Fundador do clube ao lado de Milton Nascimento, Lô é o convidado da (ótima) faixa Deixa Tudo Ser (Rodrigo Borges e Márcio Borges), exemplo do approach pop que Rodrigo dá às tradições musicais de seu clã. Esse viés pop do disco é perceptível na funkeada O Que Há de Novo (Tatta Spalla e Rodrigo Borges) e na faixa-título, Qualquer Palavra (Tatta Spalla e Rodrigo Borges), gravada com a participação de Lenine. Contudo, Rodrigo faz questão de afirmar sua origem. Tanto que, das nove músicas do CD, duas são regravações do repertório de Os Borges, gregário álbum de 1980 que juntou o clã. Deste disco cheio de pérolas, Rodrigo pesca Carona (Marilton Borges) - a rigor, a canção mais bonita do repertório - e Outro Cais (Marilton Borges e Duca Leal). O d.n.a. musical dos Borges está tão entranhado em Qualquer Palavra que, dentro da atmosfera harmônica desse clube familiar, Amanheceu no Samba (Juliana Nunes e Rodrigo Borges) se diferencia pelo balanço à moda de Seu Jorge e somente não causa maior estranheza porque o guitarrista Tatta Spalla - produtor do disco em parceria com o próprio Rodrigo Borges - tem lá sua participação na formatação do som suingante de Jorge. Mas o fato é que basta ouvir uma boa canção como Sempre a Cantar (Rodrigo Borges) para se ter a certeza de que Rodrigo é um legítimo Borges.

Martha disse...

E o Márcio, o que é do Rodrigo?

Washington disse...

O Márcio é tio do Rodrigo, irmão do Marilton, Lô, Telo etc...