Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Biografia precoce de Adele somente esboça perfil preguiçoso da cantora

Resenha de livro
Título: Adele
Autor: Chas Newkey-Burden
Editora: LeYa
Cotação:

Fenômeno mundial do mercado fonográfico em 2011, por conta da repercussão e das vendas de seu álbum 21, Adele já tem sua vida narrada em biografias precoces e oportunistas como a que está sendo lançada no Brasil pela editora LeYa. A cantora britânica tem apenas 23 anos e faz sucesso desde os 20. A curta trajetória da estrela não seria, em si, um obstáculo para a arquitetura de um bom livro se Chas Newkey-Burden - biógrafos de celebridades que já rascunhou livros sobre Amy Winehouse (1983 - 2011) e Justin Bieber - tivesse feito seu trabalho de  forma menos preguiçosa. Não há nas 212 páginas de Adele uma exposição minuciosa da vida pré-fama dessa cantora e compositora que seduziu o mundo com voz potente que expia dores de amores mal-resolvidos em série de canções confessionais de grande carga emocional. O autor se limita a esboçar um perfil bem superficial e preguiçoso de Adele, superestimando a importância da artista no univers pop para justificar a narrativa e própria existência do livro. A matéria-prima da biografia são basicamente entrevistas concedidas pela artista a jornais, revistas e sites. Fica nítida a falta de assunto - ou encheção de linguiça, para usar termo mais popular - quando Newkey-Burden gasta páginas para falar da importância da Brit School na vida de Adele, para descrever a mecânica da indústria da música na era da internet e para reproduzir numerosos trechos de resenhas dos discos da cantora. O que o livro oferece de mais interessante são as análises do cancioneiro de Adele. Todas as músicas dos álbuns 19 (2008) e 21 (2011) têm seus sentimentos, motivações e alvos expostos no livro. São informações que já circulavam nas redes sociais e em outras publicações, mas que, reunidas no livro, ajudam a entender os significados dessas músicas que seduziram o universo pop pelo discurso direto e sincero exposto nas letras emotivas. Ainda assim, Adele é uma biografia tão rasa que nem consegue surpreender os admiradores da artista que pouco (ou nada) sabem da vida da artista.

6 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Fenômeno mundial do mercado fonográfico em 2011, por conta da repercussão e das vendas de seu álbum 21, Adele já tem sua vida narrada em biografias precoces e oportunistas como a que está sendo lançada no Brasil pela editora LeYa. A cantora britânica tem apenas 23 anos e faz sucesso desde os 20. A curta trajetória da estrela não seria, em si, um obstáculo para a arquitetura de um bom livro se Chas Newkey-Burden - biógrafos de celebridades que já rascunhou livros sobre Amy Winehouse (1983 - 2011) e Justin Bieber - tivesse feito seu trabalho de forma menos preguiçosa. Não há nas 212 páginas de Adele uma exposição minuciosa da vida pré-fama dessa cantora e compositora que seduziu o mundo com voz potente que expia dores de amores mal-resolvidos em série de canções confessionais de grande carga emocional. O autor se limita a esboçar um perfil bem superficial e preguiçoso de Adele. A matéria-prima da biografia são basicamente entrevistas concedidas pela artista a jornais, revistas e sites. Fica nítida a falta de assunto - ou encheção de linguiça, para usar termo mais popular - quando Newkey-Burden gasta páginas para falar da importância da Brit School na vida de Adele ou para descrever a mecânica da indústria da música na era da internet. O que o livro oferece de mais interessante são as análises do cancioneiro de Adele. Todas as músicas dos álbuns 19 (2008) e 21 (2011) têm seus sentimentos, motivações e alvos expostos no livro. São informações que já circulavam nas redes sociais e em outras publicações, mas que, reunidas no livro, ajudam a entender os significados dessas músicas que seduziram o universo pop pelo discurso direto e sincero exposto nas letras. Ainda assim, Adele é biografia tão rasa que nem consegue surpreender os admiradores da artista que pouco (ou nada) sabem da vida da artista.

Maria disse...

Não consigo gostar de Adele, achei o som muito chato faço parte da minoria eu sei.

Anônimo disse...

Fazemos parte da minoria Mary...sabemos.

O Neto do Herculano disse...

Para mim, até agora, Adele era apenas o nome de uma musa da pornochanchada, estrela de filmes facilmente reprisados nas madrugadas do Canal Brasil, mas já não estou bem certo. Quando um artista faz parte do setlist do dj do ônibus, da trilha da novela, do repertório dos calouros do Raul Gil; quando é ringtone de gato e cachorro, capa da Vogue, entrevistado por Zeca Camargo (espero que Florence fique apenas nesse ítem) ou minha mãe conhece, estes não são, necessariamente, bons sinais.

Unknown disse...

Eu gosto dela,mas acho uma biografia agora muito precoce aff

Anônimo disse...

Pô, Herculano, quer dizer que se o som agradar ao povão não presta?
O bom tem que ficar circunscrito aos eleitos?
Eu sempre lembro do D2 quando aparece esses papos. Era bacana pra tchurma, aí quando passou a fazer sucesso, sem mudar o som, deixou de ser. Bobeira das grandes.
Em tempo: Não conheço o som dessa roliçinha e vou zapaer mais pelo Canal Brasil. :>)