Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Entre covers, Peyroux expande obra autoral em 'Standing on the Rooftop'

Resenha de CD
Título: Standing on the Rooftop
Artista: Madeleine Peyroux
Gravadora: Emarcy / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Em 2009, Madeleine Peyroux se assumiu de vez como compositora no álbum Bare Bones, desenvolvendo obra autoral que já havia se insinuado no anterior Half The Perfect World (2006). Dois anos depois, a cantora norte-americana - identificada com o jazz, mas hábil no blues e no folk que canta com sua voz que evoca Billie Holiday (1915 - 1959) - se reafirma compositora em Standing on the Rooftop, já lançado no Brasil pela Universal Music. Sexto álbum de estúdio de Peyxoux, Standing on the Rooftop evidencia certo aprimoramento da obra autoral da artista - sobretudo em faixas como Leaving Home Again e o blues The Kind You Can't Afford, parcerias de Peyroux com Bill Wyman, baixista que tocou no grupo Rolling Stones entre 1962 e 1991 - sem deixar de reiterar que a cantora ainda seduz mais do que a compositora. Basta ouvir o cover de Martha My Dear (John Lennon e Paul McCartney) que abre este disco produzido por Craig Street. A música dos Beatles é levada para outro universo em arranjo que combina guitarra e banjo com suavidade. Mais crua, a guitarra pontua também I Threw It All Away, tema de Bob Dylan, outro cover que reitera a habilidade de Peyroux em se apropriar com personalidade de obras alheias. Nessa seara, a artista também brilha ao repaginar Love in Vain, tema do seminal bluesman Robert Johnson (1911 - 1938), adornado com violino no registro de Peyroux. De volta à esfera autoral, a bela balada Ophelia - parceria de Peyroux com David Batteau, já apresentada pela cantora nos shows que fez no Brasil em junho de 2010 - sinaliza que tanto a cantora quanto a compositora não raro se inclinam para o folk. No todo, o CD Standing on the Rooftop reafirma a fineza da obra de Madeleine Peyroux.

3 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Em 2009, Madeleine Peyroux se assumiu de vez como compositora no álbum Bare Bones, desenvolvendo obra autoral que já havia se insinuado no anterior Half The Perfect World (2006). Dois anos depois, a cantora norte-americana - identificada com o jazz, mas hábil no blues e no folk que canta com sua voz que evoca Billie Holiday (1915 - 1959) - se reafirma compositora em Standing on the Rooftop, já lançado no Brasil pela Universal Music. Sexto álbum de estúdio de Peyxoux, Standing on the Rooftop evidencia certo aprimoramento da obra autoral da artista - sobretudo em faixas como Leaving Home Again e o blues The Kind You Can't Afford, parcerias de Peyroux com Bill Wyman, baixista que tocou no grupo Rolling Stones entre 1962 e 1991 - sem deixar de reiterar que a cantora ainda seduz mais do que a compositora. Basta ouvir o cover de Martha My Dear (John Lennon e Paul McCartney) que abre este disco produzido por Craig Street. A música dos Beatles é levada para outro universo em arranjo que combina guitarra e banjo com suavidade. Mais crua, a guitarra pontua também I Threw It All Away, tema de Bob Dylan, outro cover que reitera a habilidade de Peyroux em se apropriar com personalidade de obras alheias. Nessa seara, a artista também brilha ao repaginar Love in Vain, tema do seminal bluesman Robert Johnson (1911 - 1938), adornado com violino no registro de Peyroux. De volta à esfera autoral, a bela balada Ophelia - parceria de Peyroux com David Batteau, já apresentada pela cantora nos shows que fez no Brasil em junho de 2010 - sinaliza que tanto a cantora quanto a compositora não raro se inclinam para o folk. No todo, o CD Standing on the Rooftop reafirma a fineza da obra de Madeleine Peyroux.

Luca disse...

ela não emplacou como autora, seus discos eram melhores quando cantava só músicas dos outros

KL disse...

Salvo raríssimas exceções as mulheres, definitivamente, não nsaceram para compor, mas para cantar. Além do mais, MP é cópia de Billie Holiday; assim não dá.