Mauro Ferreira no G1

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sábado, 27 de julho de 2013

Fagner celebra 'Seu Domingos' em Garanhuns em show com Manassés

Garanhuns (PE) - Desde que a notícia da morte de Dominguinhos (1941 - 2013) correu o Brasil na noite da última terça-feira, 23 de julho de 2013, vários shows da 23ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns - principal atração do calendário cultural da cidade natal do cantor, compositor e músico pernambucano - têm sido pontuados por naturais homenagens ao artista. Não foi diferente no show de Fagner, amigo de Seu Domingos, como o cantor e compositor cearense se referiu a Dominguinhos ao lamentar a morte do sanfoneiro no Palco Guadalajara, diante da multidão que lotou a Esplanada Guadalajara na noite de ontem, 26 de julho de 2013, para ver os shows de Fagner, de Eddie e de Daniela Mercury. "O Brasil está triste. A música brasileira está de luto. A música nordestina perdeu a nossa maior diferença", ressaltou Fagner, antes de homenagear Seu Domingos com a interpretação da canção Quem me levará sou eu, parceria de Dominguinhos com Manduka com a qual o cantor saiu campeão de festival promovido pela extinta TV Tupi em 1979 - vitória que levou a música a ser incluída numa segunda edição do quinto álbum de Fagner, Eu canto - Quem viver chorará (CBS, 1978). A homenagem seria repetida, já no fim do show, com a lembrança de Pedras que cantam, tema forrozeiro que deu título ao álbum lançado por Fagner em 1991. "Essa é pra você, Seu Domingos", ofereceu Fagner antes de recordar Pedras que cantam, a segunda parceria de Dominguinhos com Fausto Nilo - conexão promovida por Fagner, que mostrou em Garanhuns o show comemorativo de seus 40 anos de carreira fonográfica. O show marca o reencontro do cantor com Manassés, violeiro cearense (de Maranguape) que ajudou Fagner a cristalizar, a partir de 1978, cultuada sonoridade que identifica os discos gravados pelo cantor entre o fim dos anos 70 e o início dos 80. De caráter retrospectivo, o roteiro do show de Fagner em Garanhuns incluiu sucessos como Canteiros (Fagner sobre poema de Cecília Meirelles, 1973), Revelação (Clésio e Clodô, 1978), Noturno (Graco e Caio Silvio, 1979), Eternas ondas (Zé Ramalho, 1980), Fanatismo (Fagner sobre poema de Florbela Espanca), Cartaz (Francisco Casaverde e Fausto Nilo, 1984) - última das 18 músicas cantadas por Fagner em sua calorosa e coesa apresentação no Fig 2013 - e Deixa viver (Francisco Casaverde e Fausto Nilo, 1985), reminiscências de fase mais pop de sua discografia que culminou com gravações de canções de romantismo bem mais popular, casos de Deslizes (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1987) e Borbulhas de amor (Tenho um coração) (Juan Luis Guerra em versão em português de Ferreira Gullar, 1991), ambas evidentemente incluídas por Fagner - visto no Palco Guadalajara na foto de Eric Gomes / Fundarpe - no show de hits que agitou o Festival de inverno de Garanhuns.

O blog Notas Musicais cobre o Festival de Inverno de Garanhuns a convite da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

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