Mauro Ferreira no G1

Aviso aos navegantes: desde 6 de julho de 2016, o jornalista Mauro Ferreira atualiza diariamente uma coluna sobre o mercado fonográfico brasileiro no portal G1. Clique aqui para acessar a coluna. O endereço é http://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Tunstall cresce com sofrimento expiado em seu quarto e melhor álbum

Resenha de CD
Título: Invisible empire // Crescent moon
Artista: KT Tunstall
Gravadora: EMI Music
Cotação: * * * * 1/2


Invisible empire // Crescent moon é o melhor álbum de KT Tunstall. Após o rasgo inicial de inspiração que gerou seu significativo álbum de estreia, Eye to telescope (2004), de tom folk bluesy, a cantora e compositora escocesa posou de roqueira na capa de Drastic fantastic (2007) e se jogou na pista do dance pop em Tiger suit (2010) sem bisar o êxito de seu debut. Camaleônica, a artista se volta em Invisible empire /Crescent moon para o universo folk country, mote de ótimas canções como Old man song. Captado no Arizona (EUA), em duas sessões de gravação que inspiraram o título duplo do CD, o repertório autoral versa sobre mortalidade, perda e perdão - efeito de Tunstall ter perdido seu pai em 2012. A questão é que a compositora cresceu com o sofrimento e adensou seu repertório. A beleza de canções como Carried, Yellow flower - conduzida ao piano tocado pela própria Tunstall - e Made of glass salta aos ouvidos. A alta qualidade dos arranjos e da produção (pilotada por Howe Gelb com a própria Tunstall) contribui para a coesão detectada em Invisible empire /Crescent moon. O álbum é pautado por minimalismo preciso. Nada parece sobrar, nem mesmo quando há (leves) efeitos e cordas, como em Crescent moon. O álbum gravita em torno do mundo country com toques de blues e com (dosada) emoção real que legitima músicas como Waiting on the heart, How you kill me, Honeydew e No better shoulder. Enfim, KT Tunstall apresenta um álbum atemporal que tem tudo para cativar gerações com seu cancioneiro e sua sonoridade elegantes.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Invisible empire // Crescent moon é o melhor álbum de KT Tunstall. Após o rasgo inicial de inspiração que gerou seu significativo álbum de estreia, Eye to telescope (2004), de tom folk bluesy, a cantora e compositora escocesa posou de roqueira na capa de Drastic fantastic (2007) e se jogou na pista do dance pop em Tiger suit (2010) sem bisar o êxito de seu debut. Camaleônica, a artista se volta em Invisible empire // Crescent moon para o universo country, mote de ótimas canções como Old man song. Captado no Arizona (EUA), em duas sessões de gravação que inspiraram o título duplo do CD, o repertório autoral versa sobre mortalidade, perda e perdão - efeito de Tunstall ter perdido seu pai em 2012. A questão é que a compositora cresceu com o sofrimento e adensou seu repertório. A beleza de canções como Carried, Yellow flower - conduzida ao piano tocado pela própria Tunstall - e Made of glass salta aos ouvidos. A alta qualidade dos arranjos e da produção (pilotada por Howe Gelb com a própria Tunstall) contribui para a coesão detectada em Invisible empire // Crescent moon. O álbum é pautado por minimalismo preciso. Nada parece sobrar, nem mesmo quando há (leves) efeitos e cordas, como em Crescent moon. O álbum gravita em torno do mundo country com toques de blues e com (dosada) emoção real que legitima músicas como Waiting on the heart, How you kill me, Honeydew e No better shoulder. Enfim, KT Tunstall apresenta um álbum atemporal que tem tudo para cativar gerações com seu cancioneiro e sua sonoridade elegantes.