Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Paramore se debate entre passado e presente no primeiro CD como trio

Resenha de CD
Título: Paramore
Artista: Paramore
Gravadora: Atlantic Records / Warner Music
Cotação: * * 1/2

Não, o quarto álbum de estúdio do Paramore não foi batizado com o nome do grupo norte-americano por acaso.  Paramore, o CD recém-lançado no Brasil pela Warner Music, tem a missão de firmar a identidade do grupo, reduzido a um trio desde a debandada dos irmãos Josh Farro e Zac Farro em dezembro de 2010. Hayley Williams (voz), Jeremy Davis (baixo) e Taylor York (guitarra) ficaram com a missão de levar adiante a discografia do grupo com este disco gravado de abril a novembro de 2012, com produção eficaz de Justin Meldal-Johnsen. Paramore, o disco, até tenta provocar uma ruptura na discografia da banda, mas fica no meio do caminho, se debatendo entre as possibilidades do presente e a evocação confortável do passado. O veloz pop rock Fast in my car, Anklebiters e os singles Now e Still into you são faixas cheias de energia que defendem o status quo do pop punk do Paramore. Inclusive pelas letras de espírito juvenil que pregam diversão e liberdade à moda hedonista. A primeira mudança significativa vem com Interlude: Moving on, canção conduzida (por instrumento que soa como ukelele) em tom mais sereno e acústico, bisado no segundo interlúdio, Holiday. Na sequência, Ain't it fun corrobora mudança na direção do disco, com coro vibrante ao fim, mas sem se afastar efetivamente do trilho pop que conduz Paramore do início ao fim das 17 faixas. No meio da travessia, algumas letras versam sobre o mundo de forma mais realista, menos inconsequente. Contudo, Paramore se revela álbum indeciso entre o passado e o presente da banda. Nessa indecisão, o disco adere até ao sentimentalismo com a balada Hate to see your heart break. Já na última (boa) faixa do disco, sintomaticamente intitulada Future, o grupo experimenta outro clima - mais pesado, quase sombrio - mas já é tarde para que Paramore, o disco, concretize a ruptura que somente esboça ao longo de seus 63 minutos.

2 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Não, o quarto álbum de estúdio do Paramore não foi batizado com o nome do grupo norte-americano por acaso. Paramore, o CD recém-lançado no Brasil pela Warner Music, tem a missão de firmar a identidade do grupo, reduzido a um trio desde a debandada dos irmãos Josh Farro e Zac Farro em dezembro de 2010. Hayley Williams (voz), Jeremy Davis (baixo) e Taylor York (guitarra) ficaram com a missão de levar adiante a discografia do grupo com este disco gravado de abril a novembro de 2012, com produção eficaz de Justin Meldal-Johnsen. Paramore, o disco, até tenta provocar uma ruptura na discografia da banda, mas fica no meio do caminho, se debatendo entre as possibilidades do presente e a evocação confortável do passado. O veloz pop rock Fast in my car, Anklebiters e os singles Now e Still into you são faixas cheias de energia que defendem o status quo do pop punk do Paramore. Inclusive pelas letras de espírito juvenil que pregam diversão e liberdade à moda hedonista. A primeira mudança significativa vem com Interlude: Moving on, canção conduzida (por instrumento que soa como ukelele) em tom mais sereno e acústico, bisado no segundo interlúdio, Holiday. Na sequência, Ain't it fun corrobora mudança na direção do disco, com coro vibrante ao fim, mas sem se afastar efetivamente do trilho pop que conduz Paramore do início ao fim das 17 faixas. No meio da travessia, algumas letras versam sobre o mundo de forma mais realista, menos inconsequente. Contudo, Paramore se revela álbum indeciso entre o passado e o presente da banda. Nessa indecisão, o disco adere até ao sentimentalismo com a balada Hate to see your heart break. Já na última (boa) faixa do disco, sintomaticamente intitulada Future, o grupo experimenta outro clima - mais pesado, quase sombrio - mas já é tarde para que Paramore, o disco, concretize a ruptura que somente esboça ao longo de seus 63 minutos.

Daniel disse...

Gostava de algumas músicas avulsas da banda mas nunca fui fã...e nesse novo álbum continuei não sendo. Poucas faixas me agradaram. E nenhuma está à altura de The Only Exception ou Decode.