Mauro Ferreira no G1

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Barbra mantém sua classe ao cantar versos de Alan e Marilyn Bergman

Resenha de CD
Título: What Matters Most Barbra Streisand Sings the Lyrics of Alan and Marilyn Bergman
Artista: Barbra Streisand
Gravadora: Columbia / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Não se deixe impressionar pela capa estranhamente esmaecida do 33º álbum de estúdio de Barbra Streisand. Mesmo que sua voz já não ostente a potência de gloriosos tempos idos, a cantora norte-americana mantém a classe ao interpretar dez músicas letradas por Alan e Marilyn Bergman, todas inéditas em sua voz. Os arranjos orquestrais que emolduram músicas como Something New in my Life (parceria dos Bergman com Michel Legrand) e Nice 'n' Easy (colaboração dos letristas com Lew Spence) explicitam o tom senhoril do álbum What Matters Most, recém-lançado no mercado brasileiro pela Sony Music. Mas tal conservadorismo faz parte do show de Barbra, hoje à beira dos 70 anos. Ninguém espera viradas estéticas que não vieram nem mesmo no auge da carreira da intérprete. Espera-se a classe e a sofisticação que fizeram da artista um dos símbolos mais populares do canto feminino nos Estados Unidos do século 20.  E essas qualidades abundam em What Matters Most, cujo tom mais íntimo de temas como Solitary Moon (parceria dos Bergman com Johnny Mendel) reflete de certa forma a bem-sucedida conexão feita por Barbra com Diana Krall em seu álbum anterior, Love Is the Answer (2009). Em contrapartida, That Face (outra dos Bergmans com Lew Spence) é ambientado no clima expansivo de um cabaré cheio de suingue. De todo modo, é um prazer ouvir uma música linda como The Windmills of your Mind - outra colaboração dos Bergman com o compositor e maestro francês Michel Legrand - na voz (ainda) imponente de La Streisand. Produzido pela própria Barbra, What Matters Most enfileira temas como So Many Stars (parceria de Alan e Marilyn com Sergio Mendes) e The Same Hello, The Same Goodbye (com versos em melodia de John Williams) com certa linearidade pelo fato de a cantora trazer todas as músicas para seu universo particular. A forte personalidade de Streisand, aliada à sua real classe, confere elegância a What Matters Most, álbum cuja edição dupla reúne no CD 2 outros dez temas letrados por Alan e Marilyn Bergman - entre eles, The Way We Here, sucesso de 1973 - em gravações feitas por Streisand em diversos momentos de sua luminosa carreira.

5 comentários:

Mauro Ferreira disse...

Não se deixe impressionar pela capa estranhamente esmaecida do 33º álbum de estúdio de Barbra Streisand. Mesmo que sua voz já não ostente a potência de gloriosos tempos idos, a cantora norte-americana mantém a classe ao interpretar dez músicas letradas por Alan e Marilyn Bergman, todas inéditas em sua voz. Os arranjos orquestrais que emolduram músicas como Something New in my Life (parceria dos Bergman com Michel Legrand) e Nice 'n' Easy (colaboração dos letristas com Lew Spence) explicitam o tom senhoril do álbum What Matters Most, recém-lançado no mercado brasileiro pela Sony Music. Mas tal conservadorismo faz parte do show de Barbra, hoje à beira dos 70 anos. Ninguém espera viradas estéticas que não vieram nem mesmo no auge da carreira da intérprete. Espera-se a classe e a sofisticação que fizeram da artista um dos símbolos mais populares do canto feminino nos Estados Unidos do século 20. E essas qualidades abundam em What Matters Most, cujo tom mais íntimo de temas como Solitary Moon (parceria dos Bergman com Johnny Mendel) reflete de certa forma a bem-sucedida conexão feita por Barbra com Diana Krall em seu álbum anterior, Love Is the Answer (2009). Em contrapartida, That Face (outra dos Bergmans com Lew Spence) é ambientado no clima expansivo de um cabaré cheio de suingue. De todo modo, é um prazer ouvir uma música linda como The Windmills of your Mind - outra colaboração dos Bergman com o compositor e maestro francês Michel Legrand - na voz (ainda) imponente de La Streisand. Produzido pela própria Barbra, What Matters Most enfileira temas como So Many Stars (parceria de Alan e Marilyn com Sergio Mendes) e The Same Hello, The Same Goodbye (com versos em melodia de John Williams) com certa linearidade pelo fato de a cantora trazer todas as músicas para seu universo particular. A forte personalidade de Streisand, aliada à sua real classe, confere elegância a What Matters Most, álbum cuja edição dupla reúne no CD 2 outros dez temas letrados por Alan e Marilyn Bergman - entre eles, The Way We Here, sucesso de 1973 - em gravações feitas por Streisand em diversos momentos de sua (luminosa) carreira.

Alexandre Siqueira disse...

Essa capa gerou certa polêmica entre fãs de Barbra por trazer foto não inédita (já havia sido usada num matéria com ensaio fotográfico de uma revista de decoração americana, se não me engano), além do fato de estar bem esmaecida mesmo, como diz a resenha. Fora isso, um lançamento como esse é sempre uma grande notícia, pois mostra uma quase setuagenária Barbra Streisand (por mais incrível que isso possa parecer) com vigor de sobra para produzir um álbum com obras inéditas das lendas vivas (como ela própria) Alan & Marilyn Bergman e, claro, do quase octogenário Michel Legrand. Com certeza, classe é o que não falta à Streisand!

Eduardo Cáffaro disse...

Claudio, vc sabe se a edição dupla com o encarte de 24 páginas vai ser lançada no Brasil tb ?

Luca disse...

Edu, saiu no Brasil sim. Eu tenho.

Eduardo Cáffaro disse...

Oba ... obrigado Luca ! vou pegar o meu ! rsrs