Mauro Ferreira no G1

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sem inspiração, Maskavo recicla clichês do pop reggae em 'Lovers rock'

Resenha de CD
Título: Lovers rock
Artista: Maskavo
Gravadora: Oba Music / Tratore
Cotação: * 1/2

Ao abandonar o sobrenome Roots em 2000, o grupo Maskavo explicitou a rota pop que segue seu reggae. Sexto álbum da banda formada em Brasília (DF) em 1993, Lovers rock recicla sem inspiração os clichês desse reggae pop. Atualmente reduzido a um trio formado por Marceleza (voz), Prata (guitarra) e Bruno Prieto (baixo), o Maskavo completa 20 anos de vida sem uma característica marcante que o distingua na praia do pop reggae. Ao contrário do que sugere o título, a dose de rock no disco - produzido por Rodrigo Sanches - é tão rala quanto o toque de dub posto em Queremos mais (Prata), faixa em que o grupo esboça alguma politização. Sucessor de Transe acústico (2006), Lovers rock peca pelo repertório insosso. A única música digna de destaque é As horas não voltam (Prata e Felipe Passos). Se Toda brasileira chega a constranger com rimas primárias, Alma de gato (Breno Brites) é balada que destila o mesmo romantismo trivial do pop reggae Clareou (Prata) e de Areia branca (Prata), faixa formatada com violões em clima de luau. Tudo de bom (Bruno Prieto e Felipe Passos) também bate e rebate nessa tecla romântica. Masterizado por Chris Gehringer no Sterling Sound, em Nova York (EUA), o álbum tem som limpo. A produção em si é boa. Mas sucumbe diante da anemia do repertório apresentado pela banda em Lovers rocks. Maskavo se afoga na praia do reggae.

2 comentários:

Rafael disse...

Gostei muito da capa. É linda. Mas a banda perdeu a mão em seus discos já faz tempo.

Mauro Ferreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.