Mauro Ferreira no G1

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domingo, 6 de julho de 2014

Biografia do ABBA tem o mérito de detalhar a pré-história do grupo sueco

Resenha de livro
Título: ABBA - A biografia
Autor: Carl Magnus Palm
Editora: BestSeller
Cotação: * * * *

O pesquisador sueco Carl Magnus Palm conhece tão a fundo a história e a discografia do ABBA que se tornou consultor da Polar Music, sendo acionado quando a gravadora sueca - herdeira de toda a obra fonográfica do quarteto sueco - produz coletâneas do grupo. A credencial do autor torna crível a narrativa de ABBA - A biografia, livro recém-lançado no Brasil pela editora BestSeller. O maior mérito da biografia é detalhar, para leitores e fãs do ABBA que nasceram fora da Suécia, a pré-história do grupo. É fato que o quarteto se formou oficialmente no fim de 1972 e que alcançou o sucesso mundial em 1974 quando a música-título de seu segundo álbum, Waterloo (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stikkan Anderson, 1974), se sagrou vitoriosa no festival Eurovision song contest, abrindo as portas de todo o mercado europeu (e até do norte-americano) para o ABBA. Só que a pré-história do grupo - formado pelos casais Benny Andersson & Agnetha Fältskog e Björn Ulvaeus & Anni-Frid Lyngstad (Frida) - começa bem antes, remontando ao início dos anos 1960. Todos os quatro integrantes do ABBA trilharam caminhos musicais na Suécia dos anos 1960 antes de esses caminhos se cruzarem, gerando o grupo, figura fácil nas paradas mundiais de 1974 a 1982 com hits instantâneos como Fernando (Benny Andersson, Björn Ulvaeus, 1975) e Dancing queen (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stikkan Anderson, 1976). Com exceção de Frida, que batalhou sem ter sucesso, os outros três integrantes já eram nomes conhecidos nas paradas suecas antes da formação do ABBA. Benny e Björn sempre se destacaram como compositores e produtores, com afinidades que resultaram numa das parcerias mais afinadas do universo pop. Agnetha já era cantora de sucesso. Apenas a norueguesa Frida - que tivera infância difícil, tendo sido rejeitada por ter sido fruto do envolvimento de sua mãe com soldado alemão que integrava as tropas nazistas - sentiu pela primeira vez o gosto do sucesso já unida profissionalmente aos três colegas. Com escrita objetiva, sem a preocupação de mostrar estilo na construção de seu texto meramente correto, Carl Magnus Palm detalha a gênese de cada integrante do grupo e seus caminhos na música antes, durante e depois do ABBA. Admirador do pop do quarteto, a ponto de apontar corretamente as músicas mais sedutoras de cada álbum do grupo, o autor revela na biografia como a desarmonia dos dois casais resultou no fim do ABBA. Boa em si, a história rende um livro envolvente, cuja narrativa se inicia em 2005, na estreia do musical Mamma mia! em Estocolmo, na Suécia. Ao relatar o frisson do público dentro e fora do teatro pelo simples fato de os quatro integrantes do ABBA estarem presentes no mesmo espaço, 23 anos após o fim do grupo, Magnus Palm já inicia sua história sinalizando que, a rigor, ela não chegou ao fim com a dissolução do quarteto. Quarenta anos após sua explosão, o ABBA ainda mobiliza fãs e cifras.

4 comentários:

Mauro Ferreira disse...

O pesquisador sueco Carl Magnus Palm conhece tão a fundo a história e a discografia do ABBA que se tornou consultor da Polar Music, sendo acionado quando a gravadora sueca - herdeira de toda a obra fonográfica do quarteto sueco - produz coletâneas do grupo. A credencial do autor torna crível a narrativa de ABBA - A biografia, livro recém-lançado no Brasil pela editora BestSeller. O maior mérito da biografia é detalhar, para leitores e fãs do ABBA que nasceram fora da Suécia, a pré-história do grupo. É fato que o quarteto se formou oficialmente no fim de 1972 e que alcançou o sucesso mundial em 1974 quando a música-título de seu segundo álbum, Waterloo (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stikkan Anderson, 1974), se sagrou vitoriosa no festival Eurovision song contest, abrindo as portas de todo o mercado europeu (e até do norte-americano) para o ABBA. Só que a pré-história do grupo - formado pelos casais Benny Andersson & Agnetha Fältskog e Björn Ulvaeus & Anni-Frid Lyngstad (Frida) - começa bem antes, remontando ao início dos anos 1960. Todos os quatro integrantes do ABBA trilharam caminhos musicais na Suécia dos anos 1960 antes de esses caminhos se cruzarem, gerando o grupo, figura fácil nas paradas mundiais de 1974 a 1982 com hits instantâneos como Fernando (Benny Andersson, Björn Ulvaeus, 1975) e Dancing queen (Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stikkan Anderson, 1976). Com exceção de Frida, que batalhou sem ter sucesso, os outros três integrantes já eram nomes conhecidos nas paradas suecas antes da formação do ABBA. Benny e Björn sempre se destacaram como compositores e produtores, com afinidades que resultaram numa das parcerias mais afinadas do universo pop. Agnetha já era cantora de sucesso. Apenas a norueguesa Frida - que tivera infância difícil, tendo sido rejeitada por ter sido fruto do envolvimento de sua mãe com soldado alemão que integrava as tropas nazistas - sentiu pela primeira vez o gosto do sucesso já unida profissionalmente aos três colegas. Com escrita objetiva, sem a preocupação de mostrar estilo na construção de seu texto meramente correto, Carl Magnus Palm detalha a gênese de cada integrante do grupo e seus caminhos na música antes, durante e depois do ABBA. Admirador do pop do quarteto, a ponto de apontar corretamente as músicas mais sedutoras de cada álbum do grupo, o autor revela na biografia como a desarmonia dos dois casais resultou no fim do ABBA. Boa em si, a história rende um livro envolvente, cuja narrativa se inicia em 2005, na estreia do musical Mamma mia! em Estocolmo, na Suécia. Ao relatar o frisson do público dentro e fora do teatro pelo simples fato de os quatro integrantes do ABBA estarem presentes no mesmo espaço, 23 anos após o fim do grupo, Magnus Palm já inicia sua história sinalizando que, a rigor, ela não chegou ao fim com a dissolução do quarteto. Quarenta anos após sua explosão, o ABBA ainda mobiliza fãs e cifras.

Unknown disse...

Muito bem vindo o lançamento desta biografia do maior produto de exportação musical sueca de todos os tempos, o grupo Abba, que foi lançada no Brasil pela mesma editora(aliás nos mesmos moldes)da estupenda biografia de Freddie Mercury de autoria de Lesley-Ann Jones, totalmente indispensável para os fãs do líder do Queen.
Está previsto para o final de setembro o lançamento do cd duplo ´Abba Live At Wembley´para agradar aos milhares de fãs da banda sueca. Por coincidência este livro aqui resenhado é o que estou lendo atualmente com grande interesse.

Unknown disse...

Os casais eram Benny e Frida; Björn e Agnetha. Na verdade, a canção Fernando foi originalmente gravada no começo de 1974, antes da vitória no Festival Eurovision, por Frida cantando em sueco, fazendo muito sucesso naquele país. Só depois foi feita a versão em inglês cantada pelo ABBA.

Unknown disse...
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