Mauro Ferreira no G1

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Boa safra autoral do álbum 'The diving board' evoca o auge de Elton John

Resenha de CD
Título: The diving board
Artista: Elton John
Gravadora: Mercury / Universal Music
Cotação: * * * *

Balada melancólica gravada por Elton John somente com seu piano, Oceans away poderia figurar em qualquer álbum lançado pelo cantor e compositor inglês na primeira metade dos anos 70, década do auge artístico e comercial do artista. Pois Oceans away é a canção que abre o inspirado 31º álbum de estúdio de Elton, The diving board, recém-lançado no Brasil pela gravadora Universal Music. Impressiona o vigor da safra do disco produzido por T Bone Burnett, formada por 13 músicas inéditas compostas por Elton e letradas com apuro por seu fiel parceiro Bernie Taupin, além de três interlúdios instrumentais tocados ao piano e intitulados Dream #1, Dream #2 e Dream #3. Ainda que as melodias soem eventualmente déjà vu, músicas como A town called jubilee, Can't stay alone tonight (pop de tom bluesy) e The ballad of blind Tom honram o currículo do compositor, um dos maiores hitmakers da história do universo pop. O piano reina sobre todos os outros instrumentos, e o fraseado do  piano de Oscar Wilde gets out merece menção honrosa, mas The diving board não é disco de voz & piano. Aos 66 anos, Sir Elton John dispensou sua habitual banda, mas recrutou músicos como o baterista Jay Bellerose e o baixista Raphael Saadiq para ajudá-lo a dar forma a canções como My quicksand e Voeyur, faixas que reforçam o caráter vintage de CD que soa antigo na sua atemporalidade. Desde os anos 2000, aliás, Elton vem apresentando discos de inéditas que o conectam ao seu auge artístico e comercial. The diving board - álbum lançado em setembro de 2013 e precedido em junho pela edição do single Home again, bonita balada de espírito melancólico - é mais um destes discos que vem ao mundo para lembrar a maestria do artista. Por mais que flerte com gospel em Take this dirty water e com blues em Mexican vacation (Kids in the candlelight), entre outros ritmos, The diving board é disco centrado no pop centrado à moda de Elton. A beleza de músicas como Candlelit bedroom - canção alocada como faixa-bônus na Deluxe Edition turbinada com registos ao vivo de composições como The new fever waltz - reitera a categoria do compositor e, como o cantor disfarça em estúdio a perda da potência vocal, The diving board se impõe como mais um grande CD de Elton John.

Um comentário:

Mauro Ferreira disse...

Balada melancólica gravada por Elton John somente com seu piano, Oceans away poderia figurar em qualquer álbum lançado pelo cantor e compositor inglês na primeira metade dos anos 70, década do auge artístico e comercial do artista. Pois Oceans away é a canção que abre o inspirado 31º álbum de estúdio de Elton, The diving board, recém-lançado no Brasil pela gravadora Universal Music. Impressiona o vigor da safra do disco produzido por T Bone Burnett, formada por 13 músicas inéditas compostas por Elton e letradas com apuro por seu fiel parceiro Bernie Taupin, além de três interlúdios instrumentais tocados ao piano e intitulados Dream #1, Dream #2 e Dream #3. Ainda que as melodias soem eventualmente déjà vu, músicas como A town called jubilee, Can't stay alone tonight (pop de tom bluesy) e The ballad of blind Tom honram o currículo do compositor, um dos maiores hitmakers da história do universo pop. O piano reina sobre todos os outros instrumentos, e o fraseado do piano de Oscar wilde gets out merece menção honrosa, mas The diving board não é disco de voz & piano. Aos 66 anos, Sir Elton John dispensou sua habitual banda, mas recrutou músicos como o baterista Jay Bellerose e o baixista Raphael Saadiq para ajudá-lo a dar forma a canções como My quicksand e Voeyur, faixas que reforçam o caráter vintage de CD que soa antigo na sua atemporalidade. Desde os anos 2000, aliás, Elton vem apresentando discos de inéditas que o conectam ao seu auge artístico e comercial. The diving board - álbum lançado em setembro de 2013 e precedido em junho pela edição do single Home again, bonita balada de espírito melancólico - é mais um destes discos que vem ao mundo para lembrar a maestria do artista. Por mais que flerte com gospel em Take this dirty water e com blues em Mexican vacation (Kids in the candlelight), entre outros ritmos, The diving board é disco centrado no pop centrado à moda de Elton. A beleza de músicas como Candlelit bedroom - canção alocada como faixa-bônus na Deluxe Edition turbinada com registos ao vivo de composições como The new fever waltz - reitera a categoria do compositor e, como o cantor disfarça em estúdio a perda da potência vocal, The diving board se impõe como mais um grande CD de Elton John.